Capítulo 17
- Rainha Maria tenho que confessar um segredo que logo ficará evidente, estou grávida e o filho não é de James, creio que irá ser um escândalo para nossos povos. Tentei te convencer de minha pureza anteriormente para não levantar suspeitas, mas não tenho escolhas quanto a esse assunto - Eleanor diz colocando a mão na barriga e acariciando com uma expressão de culpa.
Maria a encara de cima a baixo com desdém.
- Teremos que providenciar um enxoval adequado a esse bastardo crescendo no seu ventre, lógico, após o casamento com meu filho. Meus parabéns, apenas não espalhe a notícia de que não é descendente de meu filho. Não iria querer ser apedrejada em público não é mesmo criança? - Responde astuta e Eleanor fica vermelha de raiva saindo sem cerimônias.
- Como foi? - James pergunta curioso vendo Eleanor passar por ele rapidamente.
- Meu bastardo que não existe terá um lindo enxoval, isto é, depois do nosso casamento, se não descobrirem que estou "grávida de outro homem" e ser apedrejada publicamente, óbvio. Deveria ter visto o brilho no olhar de sua mãe falando do meu apedrejamento, está para nascer um ser mais odioso que ela! Sem querer te ofender - Cospe as palavras irritada e James passa a mão pelos cabelos preocupado.
- Estamos neste jogo a dias Eleanor. Tentamos traição, envergonha-la, boatos, sua gravidez falsa! O que mais nos sobra?
Eleanor pensava em uma tática, uma escapatória. Queria fazer Maria desistir do contrato de casamento sem ter que prejudicar seu povo com uma guerra. Tinha que pensar racionalmente e tomar uma provisão. Sabia dos riscos que vinham com a decisão de adiar o casamento, mas também sabia dos riscos que o casamento lhe proporcionaria. Seu reino, seu trono, sua liberdade, sua felicidade. Tudo estava em jogo naquele momento esperando um lance bem pensado. Para então encerrar com um xeque mate.
- Poupem esforços meninos - Maria diz se aproximando produzida como sempre - Encarem os fatos, precisamos de vocês e vocês de nós. Nem sempre podemos vencer minha cara Eleanor, esse é o peso que a coroa trás.
Eleanor nunca fora paciente, sempre teve um comportamento explosivo e independente. O que era considerado por muitos um defeito vindo de uma dama, pior, da realeza! Por isso tentava ao máximo agora na nova fase da sua vida não agir por impulso e tentar manter a calma.
- Na verdade rainha Maria nunca precisamos de você e seus Annikranos! - Esbraveja se virando para lhe encarar, mas uma vez perdendo a calma e vendo seu esforço de manter a paz entre os dois reinos indo pelos ares - Se está tão temerosa em desistir desse casamento enfadonho deve ser porquê vocês precisam de nós e apenas não admitem que Bravença os superou.
James arregala os olhos e Maria a encara furiosa.
Vendo o rosto da mãe mais do que depressa foi até Eleanor rindo de nervoso, segurando seus ombros ele a empurra de leve tentando faze-la andar para longe da rainha em fúria.
- Minha querida como é engraçado seu humor - James falava a guiando para fora - Por que não passeamos um pouco para clarear as ideias? Está um lindo dia lá fora vamos observar.
Longe de sua mãe ele a solta e passa os dedos pela têmpora.
- Eleanor perdeu o juízo?? Está tentando declarar uma guerra por acaso?! - Repreende e a loira cruza os braços fazendo bico.
- Uma guerra não iria ser tão ruim nestas circunstâncias - James a encara desacreditado com o que acabou de dizer.
- Está se escutando falar Eleanor?? Pense no meu povo, no seu povo! Pense no casal de idosos, nos dançarinos, na Dona Graça, pense na pequena Bella! Uma guerra destruiria tudo o que eles conhecem e os dois lados sairiam prejudicados! - Grita exaltado assustando Eleanor fazendo-a se encolher.
Não havia pensado nas consequências de seus atos e se sentia tola sendo repreendida, ainda mais como rainha. Ela abaixa a cabeça desanimada.
- Desculpe-me, não pensei nos meus atos.... - Murmura e James solta o ar pesadamente tentando pensar em algo.
- Precisa relaxar um pouco, se ausentar das responsabilidades de ser rainha de Bravença. Que tal irmos para um lugar onde não terá que se preocupar com tudo ao seu redor? - Sugere e a jovem ergue a cabeça o olhando em dúvida.
- Tal lugar existe..?
- Vamos para Annikra garotinha.
Annikra, país vizinho de Bravença, que deu origem a Bravença. Havia visitado Annikra uma única vez com seus pais ainda pequena, depois se tornou impossível passar da fronteira no bosque que os dividia pelos guardas impassíveis. Pensou em passar na casa de sua tia Lívia que se estabeleceu no meio do bosque para cuidar de assuntos da fronteira de perto, mas optou por seguir viagem pois sabia que em vez de uma visita familiar iria se juntar a ela para debater assuntos de Bravença. Queria deixar o estresse de ser rainha de lado por um momento, assim como James a orientou.
- Chegamos, Annikra, o reino costeiro - Eleanor olhava admirada enquanto passava pelos portões da muralha de pedra - Pedi para colocar uma roupa modesta e simples pois estamos aqui como residentes, e não como realeza, seja discreta e aproveite o descanso - Orientou James e Eleanor concorda.
Descendo de seus cavalos, James paga a um dos guardas que protegiam a frente da muralha para cuidar de seus cavalos. Da guarda não conseguia esconder sua nobreza então se aproveitava dela.
- Annikra é dividia em vilas, vilas denominadas Norte, Sul, Leste e Oeste pela falta de criatividade e por pura preguiça - Brinca James andando na frente - O castelo reside no meio das quatro bem no centro de Annikra para ser bem acessível a todos. As fronteiras do bosque com Bravença nos levam a vila Sul, com o maior número de guardas pelo quartel ser localizado nesta vila e sempre estar em constante treinamento.
As ruas estavam agitadas e realmente haviam bastante guardas. As casas da região eram todas de pedras cinzas e madeira, a estrada de pedra combinava, as mulheres passavam com cestos com jarros de cerâmica e os homens com carroças com palha e outros recursos.
- Que lugar agradável de se visitar - Eleanor diz parando em frente a uma tenda que vendia vasos de cerâmica artesanais - Oh que graça este pequeno florido.
James pega algumas moedas de ouro e troco pelo vaso que Eleanor havia gostado, era tão pequenino que não conseguia ver utilidade, mas o comprou mesmo assim.
- Obrigada - Diz admirando os detalhes das flores amarelas e rosas pinceladas a mão na pequena cerâmica - Diga-me, qual das vilas é sua preferida?
- Sem sombra de dúvidas a Leste - Diz simplesmente e Eleanor o encara com seus olhos verdes curiosos - Veja está tendo um debate mais a frente.
Ambos se aproximam sorrateiramente entre a multidão para entender o que estava acontecendo, cobrindo seus rostos com o capuz.
- Ouvi dizer que nosso príncipe tem dois metros de altura e é robusto como seu pai - Dizia um.
- Tolices! Sabemos que o príncipe é baixo e pálido como a rainha - Debateu o outro em uma discussão, Eleanor ouvia curiosa.
- Na verdade o príncipe é alto e musculoso com a beleza de um anjo, pelo menos são os boatos que me chegaram! - Grita James no meio da multidão de cabeça baixa e todos encaram procurando a pessoa que gritou.
- Deve ser um anjo mesmo depois de tanta dificuldade para a rainha engravidar, um milagre da parte de Deus! - A discussão continua e James e Eleanor saem de cabeça abaixada.
- Mas o que foi isso? - Pergunta Eleanor alheia - Muitos do meu reino também não me conhecem, mas grupos como este em um local só debatendo sua aparência é impressionante.
- Digamos que não gosto de vir a publico. Deveria ter imaginado já que soube da minha existência apenas quando foi anunciado nosso casamento garotinha - Fala como se fosse óbvio e Eleanor revira os olhos.
- E o senhor sabia da minha existência príncipe? - Pergunta e James sorri de lado.
- Já escutei sobre, algo semelhante a "mais uma vez a princesa rebelde de Bravença fugiu do castelo" - Eleanor cora envergonhada e anda na frente sem tocar no assunto.
- Águas passadas, sou rainha agora. Tenho que me mostrar responsável e.... Quer fazer o favor de tirar esse sorrisinho cínico do rosto?! - Eleanor diz vendo James parecer estar segurando o riso.
- Que sorriso cínico pessoa extremamente responsável? - Pergunta e a loira range os dentes.
- Ria pode rir, hahaha! - Força uma risada - Sou mais responsável que o senhor pelo menos príncipe das tavernas, neste sentido não pode constatar.
- Será mesmo? Tenho minhas dúvidas, por que estamos em Annikra mesmo? - Pergunta ansiosa pela resposta e Eleanor revira os olhos.
- Cale-se e me mostre o resto de Annikra como um bom guia - Ordena por fim sem dizer mais nada.
- Como a senhorita preferir garotinha.
Continuaram andando até saírem da vila Sul e parar no centro de Annikra, onde ocorriam feiras e comércio em frente ao castelo. O castelo de Annikra era bem diferente do castelo de Bravença. Era mais rústico feito de pedras escuras, tinha menos torres mas em questão de espaço era mais amplo. Seu castelo era mais alto e cheio de torres feito de tijolos em um tom claro.
- Alteza - Os guardas cumprimentam discretamente passando por ele e James acena.
Eleanor estranha muito o comportamento que James tem com seus súditos e servos em público. Se fosse Eleanor em público sendo cumprimentada, fariam reverências e a saudariam, em pouco tempo uma multidão estaria ao seu redor. Com James era tudo tão simples, quase como se ele não fosse da realeza. Mas guardou os comentários para si, cada reino com seus costumes.
- Vou conhecer o castelo? - Pergunta animada. Havia ido uma única vez e se lembra pouco.
- Mais tarde certo? Vamos visitar a província Norte primeiro onde fica o porto. Já viu o mar antes? - Eleanor balança a cabeça negativamente o seguindo - Então verá hoje.
- Certo - Diz olhando em volta e depois se vira novamente para o homem ao seu lado - Não me lembro de ter te visto no castelo quando visitei Annikra criança.
- Devia estar na casa de minha tia ou apenas ocupado, o castelo é grande creio que não viu todas as áreas.
Eleanor se convence de sua resposta e o segue pela vila Norte.
Cada vila assim como em Bravença parecia ter seu ponto forte. Esta estava fácil de perceber: Pescadores. O cheiro de frutos do mar era grande e estava presente por toda parte. Pessoas com varas, redes e outros instrumentos de pesca passavam a caminho do mar. A brisa trazia consigo não apenas o cheiro de frutos do mar, mas do própria mar se é que era possível.
- Maresia - James diz vendo a expressão de Eleanor olhando ao redor parecendo atenta - O aroma que está sentindo é maresia, por conta do mar.
Eleanor ergue as sobrancelhas entendendo e para ao ver o mar em frente.
- Eleanor? - Chama James ao ver que a moça havia parado.
Paralisada encarava a grande imensidão azul a sua frente, indo e voltando em ondas. Barcos pequenos e grandes navegações passavam ao fundo, pescadores orgulhosos por terem fisgado um peixe, crianças correndo na beira do mar. Seus olhos brilhavam com a linda paisagem.
- É...tão lindo.
- Sim é.
- Tudo isso de água... tão azul. Parece não ter fim - Profere admirada, fechando os olhos e sentindo a brisa com o cheiro de maresia - Podemos ir até a beira?
James estende o braço para ela ir na frente e Eleanor como uma criança feliz anda animada em direção do oceano.
Descendo por algumas pedras que separavam a vila da costa, seus sapatos tocam na areia branca do lugar. Ela se abaixa e tira seus calçados sentindo a areia fria entre seus dedos e riu com isso. James se sentia babá de uma criança com seus brinquedos novos.
Deixando as preocupações de lado de uma vez por todas, a loira solta seu capuz o fazendo voar e aterrissar na cara de James, correndo em seguida em direção ao mar. Correu animada até el, mas ao chegar na beira travou vendo as pequenas ondas indo e voltando.
Colocou um pé devagar e em seguida o outro. Estava no mar. Pela primeira vez. Sempre ouvia as histórias mirabolantes de Félix em suas caçadas por bandido, muitas delas envolviam ter que navegar com seus homens pelo imenso mar azul. Estava nele naquele momento.
- Entre no mar ele não irá te morder - James diz achando graça da loira receosa na beirada.
Eleanor anda aos poucos e a água alcança sua panturrilha, ele sorri boba com a sensação e amando.
Sem prestar atenção uma onda se formou vindo em sua direção, molhando a barra de seu vestido erguida por ela. A mesma solta um gritinho agudo surpresa e encara sua barra molhada boquiaberta.
- Meu vestido! - Reclama e James ri.
- O mar não te morde, mas te molha - James diz rindo da expressão da loira e em resposta ela joga água em seu rosto.
James reclama colocando as mãos em seus olhos.
- O que houve? Não sabe lidar com um pouco de água no rosto senhor Leonel? - Diz debochando de sua expressão.
- Eleanor essa água é salgada! - Diz piscando com os olhos vermelhos. Eleanor olha para a água ainda mais maravilhada pouco se importando com os olhos de James.
- Vamos antes que me cegue por completo - Diz lhe entregando sua capa. Eleanor a amarra e olha uma última vez para o horizonte.
Depois corre pela água voltando a areia, molhando novamente James que a encara emburrado enquanto a loira ria.
Eleanor olhava atentamente a vila Oeste enquanto caminhava. As pessoas pareciam estar ocupadas com seus afazeres e andavam de um lado para o outro atarefados. Alguns passavam por eles cumprimentando sem saberem se tratar da realeza e Eleanor se sentia muito bem com isso.
- Obrigada - Eleanor diz baixo sem encarar James.
Ele olha em volta para ver se realmente foi com ele, e quando teve certeza se virou para Eleanor com um sorrisinho de lado.
- O que disse majestade? - Pergunta e Eleanor olha para o outro lado sabendo que tinha deixado seu companheiro ainda mais convencido.
- Eu disse obrigada seu energúmeno, me escutou bem está escrito nos seus lábios - James desfaz o sorrisinho voltando a ficar sério, tentando ao máximo segurar o riso - Eu precisava me lembrar de como é ser apenas eu, em vez da grande rainha Eleanor Lucy Bellarose de Bravença. Annikra é um reino muito bonito, confesso.
James encara um local mais a frente e aponta.
- Isto é porque não provou da nossa culinária, vamos vou te levar para um local que gosto nesta vila.
Eles caminham até uma taverna rústica, o local era simples e confortável, e realmente tinha um aroma agradável de refeições sendo entregues. Alguns homens conversavam perto do bar se divertindo, outras pessoas faziam um refeição em grupo. James e Eleanor sentaram=se em uma mesa mais discreta para não chamarem atenção indesejada, sempre com seu capuzes cobrindo o rosto.
- Que local aconchegante - Comenta e uma moça vem atende-los esperando o pedido.
- Na minha modesta opinião este lugar tem a melhor torta de abóbora que irá experimentar em toda sua vida - James aconselha e Eleanor diz sem pensar duas vezes querer a torta, ambos pedem um pedaço da torta.
- James... - Eleanor começa dizendo incerta - Por um acaso já idealizou como seria sua vida, se fosse plebeu..?
James a encara por um tempo sem responder e Eleanor fecha os olhos se arrependendo de sua pergunta estranha.
- Desculpe é só um pensamento que passou pela minha cabeça e...
- Sim. Sim pensei como seria minha vida se não fosse da realiza - Diz bebericando de sua cerveja que havia pedido.
- É intromissão minha perguntar como seria? - James sorri vendo os olhos curiosos da loira aguardando uma resposta.
- Digamos que sim seria, mas vou lhe dizer mesmo assim - Fala e limpa a espuma da cerveja passando o braço na boca. Eleanor apoia a cabeça na mesa ouvindo atenta - Moraria em um local aberto...Afastado da sociedade.
- Como uma fazenda? - Indaga e James pondera sua resposta.
- É, como uma fazenda.
- Nunca pensei que fosse do tipo tranquilo que gosta de morar em fazendas, confesso estar surpresa - Admite erguendo as sobrancelhas.
- E a sua vida de plebeia? - Pergunta curioso.
Eleanor ri sem jeito, estava envergonhada em contar-lhe sua visualização de vida simples.
- Ah o senhor sabe. Uma casa simples, não precisa ser grande ou luxuosa, apenas minha onde eu possa cuidar. Ter livros, preparar minhas próprias comidas, sem medo de enxerir algo propositalmente envenenado ou de um golpe por trás das costas. Ter amigos que realmente posso tratar como amigos, e não empregados que me servem...Ser...Normal...
Um silencio se instala na mesa até os pedidos serem entregues na mesa.
Eleanor prova da tão elogiada torta e tem que concordar, era a melhor torta de abóbora que havia comido.
- O de sempre querida! - Grita um homem entrando acompanhando com outros seis.
Eles se sentam na mesa atrás deles fazendo bastante barulho, pareciam cansados. Todos altos, fortes, e um pouco encardidos.
- O território está quase coberto nas áreas mais pobres da vila Sul e Norte, Oeste e Leste estão relutantes como sempre. Devotos a rainha que não dá a mínima para eles - Cospe as palavras indignado e Eleanor gela.
- E o que devemos fazer?
- Contatei um amigo para dar um jeito nessa situação, se não adiantar, mandaremos um último aviso. Ou se juntam a nós ou estão contra a nós.
Eleanor arregala os olhos na direção de James que faz um sinal de silencio para a loira.
Ele mexe os lábios silenciosamente e Eleanor tenta entender o que tentava lhe dizer.
Rebeldes.
- Estamos fazendo nossa parte em Annikra, agora é esperar que algum dos poucos Bravences inteligentes façam o mesmo contra aquela pirralha loira que assumiu o trono recentemente.
- Os pobres coitados estão piores do que nós com uma adolescente como rainha - Diz rindo um deles e todos se juntam.
- Recuperaremos Bravença. Bravença são terras Annikranas, nossas terras tiradas de nós! Meus antepassados sofreram na guerra negra, perdemos nossas terras e tiveram que mendigar para recuperar seus ganhos, tentando sobreviver na sarjeta. Esses nobres não ligam para as as consequências de seus atos, pensam apenas em seu próprio umbigo.
Os homens concordam indignados.
- A guerra vermelha matou meus pais, e eles pensam que com um casamento arranjado vão resolver as coisas conosco. Se mostram fortes mas estão desesperados. Do que adianta reunir Annikra e Bravença se os lideres serão os mesmos? Fantoches de seu pais hiócritas.
- Morte a realeza! - Exclama e brindam sem se importar com as pessoas ao redor.
Eleanor sentia seu corpo gelado, parecia pálida, n~çao entendia do que falavam, não entendia todo aquele ódio. Ódio dirigido também a sua pessoa.
James vendo a palidez da rainha em sua frente a puxa para sair, deixando o pagamento na mesa.
Saindo do lugar, Eleanor se esbarra com um homem alto que entrava.
- Desculpe - Pede ela antes de sair.
- Não foi nada - Responde o homem se dirigindo a uma mesa no fundo do estabelecimento.
Eleanor não vê, mas é a mesa dos brutamontes rebeldes.
Eleanor saiu do lugar respirando com dificuldade.
- Eleanor se acalme por favor, não queremos chamar atenção - Implora James vendo que algumas pessoas já o encaravam por parecer que Eleanor iria desmaiar a qualquer momento.
Eleanor respira fundo concordando e ambos caminham lentamente.
- Aqueles homens... - Começa dizendo Eleanor.
- Rebeldes contra o governo, afetados pelas guerras - James completa.
- Mas as guerras cessaram, somos reinos civilizados que convivem pacificamente. Não entendo...Pensava que Annikra era tão maravilhosa... - Fala em um tom triste, James nega com a cabeça se pondo em sua frente.
- Escute garotinha, Annikra é um lugar bom assim como Bravença, não generalize todos por conta daqueles rebeldes sem amor a vida. Em todo reino tem grupos como aquele, onde temos que conter ao máximo para que não prejudique os de mente boa.
- Bravença não é desse modo - Eleanor diz certa de suas palavras.
O povo que a aceitou se curvando na praça quando anunciada sua breve regência, que a acolheu nas províncias d emodo caloroso depois de sua coroação, não podiam ser como aqueles homens maus.
Mas mesmo assim, as vaias daquele dia no comercio insistiam em voltar para atormentar sua mente.
Capítulo maior para aproveitarem enquanto escrevo a continuação. O que estão achando? Votem e comentem.
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