(...)

Minha língua sempre enrola pra dizer "Te amo"

Minha perna, sua barriga, amor da minha vida

Em cima do meu colo, eu te mostro os anjos

A gente tem um charme especial

Todo mundo quer parar pra ver

Cada festa, cada praia, os rolês na madrugada

A alma sempre sou eu e você

Tão estranho, nós estamos vivos

Nesses mesmos dias, nesses mesmos anos

Mesmo plano, hora exata

Você me ama e eu te amo

Alinhamento milenar, você não acha?

(Alinhamento milenar - Jão)

O Sanctum Sanctorum, agora residência de Thor e Torunn, vibrava com uma energia renovada. As paredes antigas testemunhavam uma rotina animada e cheia de desafios, especialmente para Torunn. Os treinamentos para a pequena tornaram-se uma rotina diária, com cada membro do grupo contribuindo com seus conhecimentos e habilidades únicas.

Ane Njordottir, agora a Maga Suprema do Sanctum, liderava os treinos com sua experiência de combate e magia. Shang-Chi e Marc Spector, com suas destrezas e maestrias nas artes marciais, guiavam Torunn nas técnicas de combate corpo a corpo. Daisy Johnson, especialista em controle de vibrações, auxiliava na compreensão e aprimoramento dos poderes quânticos da menina. Robbie Reyes, o Motorista Fantasma, por sua vez, ajudava a canalizar e controlar a energia mística que pulsava dentro de Torunn.

No entanto, o que mais surpreendia era a forte ligação que se formava entre Ane e a garota, que nutria um respeito e admiração profundos, buscando incessantemente a aprovação e orientação da Maga Suprema, criando um laço que ia além da mera relação de treinamento.

Simultaneamente, a asgardiana e Wanda Maximoff dedicavam-se a explorar antigos grimórios e textos místicos em busca de uma compreensão mais profunda dos poderes da pequena. A biblioteca do Sanctum tornou-se um refúgio de conhecimento, onde as duas feiticeiras se aprofundavam nos segredos e mistérios que envolviam-na.

Thor acompanhava frequentemente todos os treinos de sua filha, auxiliando com sua força e experiência em batalha. Torunn, por sua vez, absorvia cada ensinamento, não apenas como uma aspirante a guerreira.

A conexão entre Ane e Thor, o qual ainda estava surpreso pela reviravolta que o multiverso trouxera, entretanto, não se limitava aos treinamentos. Pequenos gestos de camaradagem surgiam naturalmente, como olhares compartilhados durante as refeições ou breves toques quando ajustavam as posições nos treinos. O deus do trovão, cada vez mais fascinado pela força e sabedoria dela, encontrava-se involuntariamente cativado por sua presença.

As noites eram marcadas por reuniões informais, onde risadas ecoavam pelos corredores do Sanctum. O irreverente Deadpool, aproveitava qualquer oportunidade para provocar o deus, que lhe respondia com um misto de perplexidade e humor. Marc Spector assistia a tudo com sua habitual seriedade, enquanto Shang-Chi e Daisy Johnson mantinham o equilíbrio com suas personalidades descontraídas.

Foi nesse cenário descontraído que a brincadeira sobre os possíveis nomes de heroína para Ane retornou à tona, com eles retomando as sugestões e podendo contar com a aprovação ou não de Thor e Torunn. Ane, contendo risos, agradeceu pelas sugestões, todavia o título de heroína era algo que ainda pairava no ar.

Enquanto a noite avançava, Ane e Wanda encontraram-se na biblioteca do Sanctum. A atmosfera era carregada de magia e livros antigos, proporcionando um cenário íntimo e propício para uma conversa mais pessoal.

— Ainda estudando, bruxinha? — Brincou a asgardiana.

— É... Estou procurando aqui algum feitiço que faça você parar de ser tão lerda e se permita viver o presente que recebeu do multiverso. — Debochou, fechando o livro próximo ao rosto da asgardiana, fazendo seus cabelos levitarem.

— E por que você não se permite viver uma nova vida, então? — Provocou.

— Eu já perdi tudo, Ane. — Respondeu em um tom melancólico.

— Ainda há tempo de recomeçar. — A amiga colocou a mão direita sobre o ombro da outra. — Já chega dessa auto penitência, Wanda! Você merece e tem o direito de ser feliz.

— E como eu poderia...? — Seu olhar cheio de melancolia, fitou os olhos da outra.

— Por que não vai na pré-estreia daquela peça teatral que o seu "crush", Simon Williams está atuando? — Soltou um sorriso travesso.

— Eu não posso simplesmente ir ao teatro depois de tudo que eu fiz. — Desvencilhou-se, afastando-se e ficando de costas para a outra. — E eu nem teria chance, aquele ator é um galã! — Tentou descontrair.

— E você já foi atriz, roteirista e diretora de sitcoms de várias épocas diferentes. — Ane provocou novamente, recebendo um olhar fulminante de Wanda. — Qual é!? Usa um disfarce, vai até o teatro e pede pra tirar foto com o bonitão. Está uma noite linda lá fora!

Maximoff finalmente concordou e deu um abraço de gratidão em sua amiga.

[X]

Njordottir se dirigiu ao jardim interno do Sanctum, se deparando com um Thor fascinado pelas plantas.

— Você parece encantado com esse jardim, Thor. — Ane observou, sorrindo enquanto tocou uma das flores.

— É um local magnífico, mas minha verdadeira admiração está aqui, ao meu lado. — Thor respondeu, seus olhos azuis encontrando os dela com sinceridade.

A conversa fluiu de maneira natural, tocando em temas que ultrapassavam os limites da magia e dos treinamentos. Thor compartilhou histórias sobre Asgard, sobre seu papel como deus e Ane revelou mais sobre seu passado em seu universo e as responsabilidades que passou a carregar como a Maga Suprema.

À medida que a conversa fluía, Thor, impulsionado pela magia daquele momento especial, tomou a mão de Ane delicadamente.

— Em meio a um possível colapso multiversal, encontrei algo inesperado. Uma conexão que vai além das dimensões. — Falou com seriedade, mas também com uma pitada de descontração. — Ane Njordottir, você é mais do que uma Maga Suprema para mim. Você é a luz que atravessa as sombras do meu passado.

Sentiu seu coração acelerar, tocada pelas palavras do deus do trovão. Antes que pudesse responder, Thor continuou:

— Percebi que, ao longo desses dias, o sentimento que cresce em meu peito é algo que não posso ignorar. Ane, eu... — Hesitou por um momento, suas palavras carregadas de uma vulnerabilidade surpreendente. — Eu me apaixonei por você.

O silêncio que se seguiu foi rompido pelo bater suave de corações que pulsavam em uníssono. Ane, emocionada e ao mesmo tempo radiante, sentiu a magia do momento e respondeu:

— Thor, em meio a tantos universos e desafios, encontramos algo especial. Eu também sinto algo por você. Algo que vai além do espaço e do tempo.

Thor, movido pela emoção, aproximou-se lentamente. Seus lábios se encontraram em um beijo cheio de significados, selando não apenas um momento de paixão, mas também o início de uma jornada compartilhada.

Enquanto o Sanctum testemunhava o nascimento de um novo romance, as estrelas lá fora pareciam dançar em celebração, como testemunhas silenciosas de uma história que se desenrolava.

Envolvidos no calor do momento, não notaram a presença de alguém que os espionava. Sentiam a intensidade do elo que se formava entre eles. O beijo prolongou-se, marcado por uma doce entrega mútua. Enquanto os dois se perdiam no toque delicado de seus lábios, uma energia mágica parecia envolvê-los, selando não apenas um romance, mas uma conexão que transcendia os limites dos multiversos.

Wade chegou à sala principal, onde todos (menos Torunn que já estava dormindo) estavam reunidos para uma noite de jogos e Wanda acabara de chegar da peça teatral:

— Pessoal, veio aí! — Gritou, recebendo olhares confusos dos demais.

— Veio aí o que, Wade? — Pressionou Daisy.

— #Thorane. — Respondeu.

— Finalmente! — Exclamou Shang. — Achei que iam ficar só se comendo com os olhos.

Wanda conjurando uma garrafa de champanhe com uma taça para cada um dos presentes, manifestou:

— Vamos comemorar!

O ambiente do Sanctum, por sua vez, ressoava com a energia da magia e da alegria. A notícia sobre o novo casal fez com que os amigos soltassem sorrisos cúmplices e olhares de aprovação eram trocados.

Ao ouvirem o burburinho que se formava no local, Ane e Thor se avizinharam dos amigos.

Deadpool, como de costume, não perdeu a oportunidade de comentar:

— Olha só, o deus do trovão encontrou seu trovãozinho particular. Parabéns, Thor!

O deus, ainda sorrindo, respondeu com um leve aceno de cabeça. Ane, apesar de seus poderes místicos, não pôde evitar a vermelhidão em suas bochechas, um reflexo do encanto que se estabelecia entre ela e Thor.

As próximas semanas passaram em um turbilhão de atividades.

Torunn continuava seus treinamentos, agora com um brilho especial nos olhos ao ver a felicidade que envolvia seu pai adotivo e a Maga Suprema. Os treinos ganharam uma nova dinâmica, marcada pela presença constante do casal, que, de forma harmoniosa, combinava habilidades e poderes em uma dança mágica.

Enquanto isso, Wanda Maximoff, que observava discretamente de longe, percebia as mudanças no Sanctum. O clima antes tenso e sombrio deu lugar a uma atmosfera leve e acolhedora. Um sorriso discreto curvou os lábios da Feiticeira Escarlate, testemunhando não apenas a transformação do lugar, mas também a redenção de sua própria jornada.

A noite chegou ao Sanctum Sanctorum, mas o movimento não cessou. Wade, Marc, Shang, Daisy e Robbie se reuniram na sala de estar, onde uma sutil vibração de alegria pairava no ar.

— Parece que o cupido fez um trabalho excelente por aqui. — Comentou Marc, olhando para Thor e Ane e Daisy e Robbie, que compartilhavam um momento íntimo no jardim.

— Eu só espero que isso não traga mais problemas do que soluções. — Wade lançou seu típico tom sarcástico.

— Está na hora de uma nova era no Sanctum Sanctorum. — Proclamou Shang-Chi, levantando sua xícara de chá em um brinde improvisado.

— Eu concordo. — Respondeu Wanda, que apareceu repentinamente, fazendo todos os olhares se voltarem para ela. — Pessoal, este é Simon Williams e Simon, essa é minha família.

O homem negro de alta estatura de mãos dadas com a feiticeira, soltou brevemente de sua mão para cumprimentar a todos os presentes.

— Espera, até você tá namorando? — Questionou Wade. — Eu também quero esse feitiço de vocês.

O Sanctum, agora impregnado de magia e novos começos, estava pronto para abraçar os desafios que o multiverso ainda reservava. Mais do que nunca, era um refúgio seguro para aqueles que enfrentavam os mistérios do universo.

Os dias se estenderam em uma rotina repleta de aprendizados, risadas e a construção de novas memórias. E assim, em meio a treinamentos, rajadas místicas, risadas compartilhadas e olhares carregados de significado, a equipe descobriu que o verdadeiro poder estava na união de almas destinadas a proteger o multiverso. E, quem sabe, talvez até mesmo encontrar um pouco de amor no processo.

— Ei narradora! — Chamou Deadpool, quebrando a quarta parede. — Vai mesmo terminar a fanfic assim? Sem nenhuma ameaça, nenhum gancho e o principal... Qual o nome de heroína escolhido para a Ane?

Fica calmo, querido! Quem me acompanha sabe que minhas histórias nunca terminam assim.

— Ah, que bom! Aproveita e me arruma um parzinho também, poxa... O Homem-Aranha nesse universo já é maior de idade? Ele parece ser um gatinho...

Ignorando completamente o Deadpool já quero avisar:

Aguardem a cena pós créditos!

Música do capítulo:

https://youtu.be/A42ERJlitLE