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Quartus

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Era mais uma noite comum em Ulsan. As luzes da cidade estavam ligadas em todo lugar, pessoas voltavam do trabalho, crianças jantavam enquanto assistiam seu desenho favorito, e Namjoon novamente estava trancafiado em seu estúdio improvisado - onde é seu quarto - ao mesmo tempo em que sua irmã tentava convencê-lo a sair de lá.

- Namjoon-ah, por favor! - implorava a garota.

- Soojin... - suspirou, perdendo a paciência. - Pela última vez, eu não quero comer agora.

- Oppa, vamos, colabore comigo. Você só está sobrevivendo à base de salgadinhos e refrigerante - isso era verdade. Há quanto tempo que Namjoon não tinha uma refeição decente? - A mamãe está ficando frustrada toda vez que faz comida e tem que jogar fora porque você não come.

- Então peça a ela para fazer menos - demonstrou frieza em sua fala. - E agora, me deixe por aqui. Quanto mais você me atrasar, mais vou demorar aqui dentro.

- Tudo bem, como quiser - derrotada, Soojin foi se distanciando da porta e deixou o irmão teimoso lá dentro.

Já que tinha se desconcentrado, afastou com um empurrão do pé a cadeira de rodinhas em que estava sentado da mesa de estudos, que ao invés de livros e cadernos didáticos agora possuía computadores, aparelhagem e microfone para simular um estúdio. Levantou-se e deitou sobre a cama, totalmente estressado pelo trabalho exaustivo.

Kim Namjoon era alguém que no auge dos seus 23 anos. Ficar enfurnado em um quarto era seu novo estilo de vida: era um rapper amador e compunha suas músicas para todas as pequenas apresentações que fazia em alguns lugares específicos de UIsan, e agora trabalhava para produzir seu primeiro mini álbum e tinha que ter sua tracklist pronta até o final do mês, pois combinou com a gravadora que faria, distribuiria e promoveria o álbum se ele estivesse concluído até o prazo estipulado e se agradasse aos ouvidos dos fornecedores e críticos da área.

E isso estava o sufocando, sem sombra de dúvida. Seu isolamento só o fez se afastar consideravelmente da sua família e de quase toda interação social que tinha. Havia emagrecido um monte, pois mesmo comendo só porcarias, geralmente era uma refeição ao dia, já que sua mente focava tanto em trabalhar que acabava por pular a hora de comer sem nem perceber. Também devia ter ficado mais pálido pelo o tempo que não via e não sentia a luz solar.

Passou-se cerca de 2 horas desde que Soojin o chamou para comer. Depois de esvaziar um pouco a mente, voltou ao seu trabalho e não parou até escutar batidas na porta.

- Filho? - era voz de seu pai. - Posso falar com você?

- Claro - destrancou a porta e deu espaço para o mais velho entrar. - Bom, o que deseja falar?

- Namjoon, o que tanto faz nesse quarto para que precise passar o tempo todo trancado? Eu e sua mãe estamos bem preocupados, e Soojin sente falta do irmão em seu dia-a-dia.

- Eu estou trabalhando em meu mini álbum, pai. A empresa quer ele pronto até o final do mês e preciso que esteja bom o suficiente para os fornecedores produzirem e distribuí-lo fisicamente.

- Essa era resposta que eu temia - respirou fundo antes de continuar. - Namjoon, quantas vezes vou precisar dizer que esse ramo de rapper não irá lhe trazer futuro nenhum?

- E quantas vezes será necessário falar que estou fazendo o que eu gosto?

- Olha só, você passa horas em frente a esse computador, mal se alimenta, e qual foi a recompensa de todo esse esforço? Hum? Eu não vejo nada que compense seu tempo perdido nisso.

- Pai, tente me entender! Pode ser mais compreensivo? É claro que não estou ganhando nada em troca ainda porque não foi lançado! É tão difícil assim entrar na cabeça de vocês?

- Namjoon, isso é inadmissível! Eu disse a você para seguir meus passos e tomar conta dos negócios da família, que além de ser menos cansativo tem a certeza de lucro e tem algum futuro. É muito melhor do que ficar cantando uma música sem nenhum sentido em prostíbulos - explodiu, e se deu conta do que disse após ver a feição magoada e surpresa de seu primogênito. - Filho, olha, eu não quis diz-

- O quê? O senhor não quis dizer isso? - soltou um riso debochado e interrompeu a fala do mais velho. - Oh, sei bem que o senhor quer dizer isso há muito tempo, só estava aguardando o momento certo - pegou um casaco no seu guarda roupa. - Espero que esteja feliz por ter finalmente dito isso. E também esteja feliz em saber que seu filho não irá lhe dirigir uma palavra a partir de hoje, pois agora eu sei que estou sem o apoio de alguém importante - pôs o boné em sua cabeça e saiu do seu quarto indo em direção à porta da casa, ignorando todos os chamados daquele que ficara no cômodo.

Eram dez horas da noite e o Kim andava pelas ruas desertas do seu bairro até o ponto de ônibus mais próximo. Queria ir para o lugar que lhe acalmava e de certa forma o deixava extravasar suas dores todas as vezes que precisava: a praia - mas esta em questão ficava do outro lado da cidade e precisava pegar uma condução para chegar lá. Sua sorte que os ônibus de Ulsan eram 24 horas e não tinha problema em voltar tarde. Assim que o ônibus chegou, passou o cartão e foi para um dos bancos de trás.

Era visível que estava inquieto. Precisava tirar logo o incômodo que seu pai lhe fez: seu coração batia como louco, pois a sua ansiedade não o ajudava. Ao mesmo tempo, doía como se estivesse uma mão o apertando. Por que justo ele? A pessoa que foi sua principal inspiração para embarcar nessa indústria e lutar para alcançar seus sonhos o deixou de lado, o rebaixou, o feriu como nunca antes. Namjoon tinha um carinho enorme para com seu pai, não só pelos laços paternos, mas sim por ter sido seu companheiro de todas as horas em sua vida.

Em meio a esses pensamentos, se segurava a todo custo para não desabar naquela condução, e se deu conta que era onde deveria descer quando visualizou pela janela o imenso mar. Assim que saiu do ônibus, percebeu que a sua amiga lua ali também estava para lhe apoiar. Sua luz refletia nas águas calmas do oceano, o deixando sem conseguir mais segurar as lágrimas, se desmanchando em prantos.

- Diga-me, amiga lua: o que eu faço agora? Eu sinto que o decepcionei, mas eu estou magoado pelo que ele me disse sobre o que eu amo fazer - ditava baixinho enquanto seu rosto era molhado pelas lágrimas quentes e, ao mesmo tempo, abraçado pelo vento frio característico da brisa marinha. - Me diga o que fazer! Por favor! Eu imploro! - gritou em busca de respostas, sabendo que não iria recebê-las. Se sentou na areia gelada e chorou ainda mais, como uma criança perdida.

Passaram-se alguns minutos e Namjoon continuava ali. Já havia parado de chorar, mas agora estava pensando em qual decisão iria tomar: parar ou continuar? Kim olhou para o horizonte, não conseguindo enxergar nada mais que o brilho da lua, e se sentiu inspirado de alguma forma. Lembrou que carregava consigo em todos os casacos que possuia um bloquinho de notas e uma caneta; tateou o bolso interno do agasalho, logo achando o que procurava e começou a compor uma canção.

"Com seus olhos caídos, olhe para o céu noturno novamente

Eu vou te mostrar, sua janela, seu tempo

Eu sei, até o poste de luz tem muitos espinhos

Olhe atentamente para as luzes piscando mais uma vez

A visão noturna não é cruel

Uma magnífica visão dos espinhos de alguém

Certamente alguém vai olhar para os seus espinhos e sentir conforto também

Somos a visão noturna um do outro, a lua um do outro

Vamos lá

Filho da lua, não chore

Quando a lua nasce, é a sua hora

Vamos lá

Filho da lua, você brilha

Quando a lua nasce, é a sua hora

Vamos lá"


Ao escrever uma parte da música, teve certeza do que fazer. Sua vida não era contas, papeladas, gráficos e escritórios, sua vida era a música, as batidas, os sons, as rimas e letras que faziam parte de si. Pode estar começando agora, mas pensava positivo em questão do destino ter reservado algo bom para o seu futuro.

Pobre garoto tolo, mal sabia que o destino o reservava de verdade.

Não muito longe dali, algo o observava profundamente, não desviando ou piscando os olhos, calculando cautelosamente cada movimento feito pelo Kim, desde sua mão escrevendo até o sobe e desce do seu peito enquanto respirava. Um sorriso sádico surgiu no rosto da criatura que desapareceu em meio às sombras da noite.

Namjoon a posto de sua decisão, levantou e limpou a areia de sua calças. Se sentindo mais leve, foi em direção ao ponto de ônibus. Esperou algum veículo chegar e subiu no primeiro que apareceu - no qual estranhamente havia uma considerável quantidade de pessoas, considerando o horário. Sentou em uma das primeiras cadeiras e continuou escrevendo sua nova música.

Mas algo estava errado, muito errado. Reparou que o ônibus estava demorando mais que o normal para chegar no bairro em que morava. Levantou seus olhos para olhar pela janela e não reconheceu o local que passava, entrando em estado de alerta no mesmo momento. Sentiu alguém o cutucar e quase pulou da sua cadeira quando uma velha enrugada de olhos fundos sorriu para ele com dentes podres e perguntou:

- Você não vai para Setealem, vai?

- Licença, eu não vou para onde? - Namjoon ficou confuso e questionou com um sorriso torto, visivelmente nervoso.

A mulher soltou um riso, como se estivesse achando a situação engraçada, e prosseguiu com sua fala:

- Se esse ônibus vai para Setealem, o que faz aqui?

- É melhor você descer! - gritou alguém. O Kim decidiu levantar o rosto, e foi isso o que ele fez. Lentamente, os olhos do moreno tiveram a visão do resto da condução, e se deu conta de que todos o encaravam com orbes assustadoramente profundas e sem vida, causando-lhe um calafrio que jamais havia sentido antes, e de repente as pessoas começaram a gritar coisas como: "Desce!", "O que faz aqui?", "Desce logo!", "Humano imundo", "Morte ao intruso!". Até o motorista estava gritando também.

Namjoon, assustado, levantou-se do assento e correu para o final da condução enquanto sentia suas costas queimarem com os olhares das criaturas estranhas e saiu do veículo, totalmente atordoado e com medo.

Viu que estava em um túnel macabro, com um odor de carne apodrecida que o fez sentir os salgadinhos que havia comido mais cedo voltarem à sua garganta e descerem de novo. Ele queria sair dali, queria muito fugir dali, então começou a correr na direção oposta a que o ônibus havia seguido viagem. Começou a ir mais rápido assim que risadas assustadoras ecoaram pelo túnel, fazendo-o fechar os olhos com pavor de encontrar algo em seu caminho. E quando se deu conta, como em um passe de mágica, já estava fora daquele lugar e em frente à sua casa.

Não pensou duas vezes em adentrá-la e zarpar para seu quarto. Totalmente em choque, era o que lhe descrevia. Foi já retirando as roupas de seu corpo, a fim de tomar um banho para tirar o odor que ainda estava sentindo. Após isso, pegou as roupas que usava anteriormente, seguiu até a lixeira do lado de fora da residência, retirou o bloquinho de notas de seu casaco e jogou as vestimentas lá mesmo.

Suando frio e ainda apavorado pelos acontecimentos recentes, voltou ao seu quarto e colocou o bloquinho de notas na banqueta. Deitou-se na cama e nem se deu o trabalho de fechar os olhos, porque sabia que não iria dormir aquela noite.

Quando a manhã chegou, Namjoon decidiu sair um pouco do quarto para tentar esquecer ou ao menos amenizar a tensão da noite anterior. Ergueu-se e soltou um grito assim que viu as roupas que tinha certeza que tinha jogado fora ao lado da sua cama. Percebeu que em cima daquele amontoado de tecidos tinha um pedaço de papel no topo, um bilhete, escrito em uma das folhas do seu bloquinho.

Cautelosamente, Kim pegou o papel, respirou fundo e contou até dez antes de ler aquilo que estava escrito.

"Para que pegar um ônibus se sua passagem já está garantida?".

Sua irmã lhe chamando detrás da porta, depois do baque que sofreu após cair no chão, fora a última coisa que ouviu antes de apagar completamente.

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