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Capítulo 15

Dentro do estábulo, observei Maitê com sua barriga protuberante e pesada, caminhar no jardim ao lado do marido. Vê-la com a gravidez tão avançada me obrigava a encarar a realidade.
Muito tempo havia passado.

Com o passar dos dias e pelas atuais circunstâncias me tornei uma mulher introvertida. Não podia negar que estar distante de Christopher havia me deixado desacreditada. O meu casamento ia acabar. Nossa distância, e seus possíveis atos promíscuos modificariam ainda mais o seu interesse em mim. Uma das coisas mais difíceis era ter que ler as cartas que ele enviava periodicamente para a irmã. Maitê fazia questão de deixar todas elas sobre a mesa de cabeceira do meu quarto, instigando em mim a vontade de violá-las.

Inclusive, naquele mesmo momento, uma dessas estava nas minhas mãos.

O desejo era tanto que jurei sentir o cheiro dele naquele pequeno pedaço de papel cor marrom.

****

Maitê

Estou muito contente em saber que sua gravidez segue com saúde. A possibilidade de voltar está sendo analisada, por todos aqui. Gostaríamos de participar do nascimento do seu filho. Além disto, há muitas questões para resolver. Se eu voltar, decidi que terei uma conversa definitiva com Dulce. Precisamos resolver nossa situação.

Abraços a todos.

Christopher Galavar

****

Nossa situação? Era quase obvio que nossa relação não teria um bom desfecho. Guardei a carta novamente entre os seios e tornei a escovar as crinas do cavalo. Era o que fazia ao lado deles já que desde o acidente na escadaria nunca mais senti segurança em montar. Nos minutos seguintes acabei distraindo-me e ignorando a entrada de Anahí no lugar.

- Você nunca deixa esta paixão, Dulce Maria.

A voz suave e tranquila dela me trouxeram ao presente. Lhe retribui com o melhor sorriso que pude.

- Me dê um desconto – respondi - Nunca mais pude vir aqui.

- Gostaria de falar com você, mas quero que seja no seu quarto - ressaltou percebendo que fiquei curiosa com seu pedido singular.

- Podemos.

Confirmei tentando o ser a menos invasiva possível. Assim passamos pela porta do cômodo, direcionei-me ao banheiro decida a lavar mãos antes de começarmos o assunto.

- Diga-me, que assunto tão particular é esse, Any? – indaguei.

- Primeiro gostaria que se sentasse bem ali - ela apontava convicta para a poltrona que ficava ao lado da minha cama.

Franzi o centro da testa, duvidosa, mas fiz o que ela pediu. Sentei-me devagar, apoiando os braços. A loira permaneceu de pé, bem à minha frente, aparentemente inquieta.

- Estou ficando assustada com as exigências.

- Desculpe, não quero que fique assim. Meu desejo é que viva essa experiência completamente.

- Qual experiencia?

- Antes me responda se gosta de estar aí, sentada nesse lugar.

- Acho que sim. É uma boa poltrona – ironizei com um riso disfarçado.

- Você dormiria nela?

- Porque estas perguntas tão sem coerência?

- Me responda.

Aquele suspense já estava a me deixar angustiada demais. Levantei dali um pouco desconfortável com a situação.

- Ela é aconchegante, mas não para se dormir. É feita para sentar-se.

- Também acho, mas ela se tornou a cama de alguém por alguns meses – meu semblante se desfez fixando a ela - Você sabe quem dormia aí?

- Não - respondi inexpressiva.

Depois daquela insinuação percebi onde ela pretendia chegar. O assunto com certeza se tornaria doloroso.

- Christopher – disparou como o olhar vibrante - Ele dormiu nesse mesmo lugar todas as noites desde o seu incidente. Cuidando de você, observando o seu sono com medo de sua respiração parar. Chorando na beira dessa cama.

Meu coração começou a bater em acelerado só de ouvir seu nome. Era tão assustador experimentar aquelas sensações pela primeira vez por um homem. Nunca fui frágil ou tola, o que me fazia abominar as jovens da minha idade que sempre se prepararam para ser as melhores esposas. Eu apenas almejava um casamento por amor, por escolha própria. Vendo-me naquela situação, percebi que na verdade eu queria ter apenas o controle dos meus sentimentos.

Christopher e eu não casamos por amor, muito menos por afinidade, e agora estávamos dilacerados por um sentimento consumidor. Anormal e intenso. E como a maioria das aflições, a nossa começou com uma falsa sensação de felicidade. Estávamos felizes demais antes de tudo cair sob os nossos pés.

As lágrimas angustiantes começaram a rolar pelo meu rosto.

- Ele não me disse isso – sussurrei, enterrando o rosto nas mãos.

- Ele foi fraco e nunca admitiria tal fato – Anahí aproximou-se de mim, pondo a mão sobre o meu ombro - Christopher parou de viver no dia que aquele incidente aconteceu.

- Any, chega desse assunto - eu não aguentava mais, meu peito parecia rasgar.

- Sinto muito, mas não vou mais adiar essa conversa. Já se passaram seis meses e isto já foi longe demais.

- Porque decidiu vir aqui e colocar tudo isso à tona?

- Dulce, nem sei o que tem acontecido na minha vida desde que cheguei nessa casa – agora ambas estávamos nervosas – Eu vim casada com um homem que amava você, nos odiávamos porque eu queria o seu marido, e agora me vejo apaixonada e feliz com meu esposo, ao mesmo tempo que me sinto massacrada com a situação de vocês.

O resumo narrado da nossa história mal parecia real. Eu vivi tudo aquilo mesmo ou ainda estava em coma sobre uma cama, sonhando?

- E o que quer que eu faça? - Questionei - Que simplesmente esqueça tudo o que passei?

- Quero apenas que pense menos em si mesma – justificou - Ele sofreu tanto quanto você ao saber do bebê, Dulce. Sentiu-se culpado pelo seu acidente e depois por ter matado o próprio filho, e você sabe que ninguém teve culpa.

- Foi difícil pra mim.

- Foi difícil para todos.

Meu corpo já não respondia mais. Voltei a sentar na poltrona, rendendo-me a tristeza que esmagava minha voz. Anahí se aproximou de mim e me deu um Abraço. Ela me acolheu e chorou comigo.

- Eu não sei o que fazer! – gritei desnorteada.

- Não precisa saber isso agora. Apenas descanse - ela se ajoelhou e ficou na mesma altura que eu - Não queria te fazer chorar, mas você precisava saber a verdade dos fatos.

Anahí me deu um beijo no rosto e se levantou para me deixar sozinha. Eu precisava de solidão. Então elevei minhas pernas e as abracei, escondendo-me de mim mesma.

Tentei idealizar a imagem daquele homem dormindo naquele mesmo lugar, com o coração aflito e cansado. Eu só seria capaz de entende-lo se vivesse a sua dor. Meu choro durou longas horas até o sono vir, e por ironia da vida, eu acabar descansando naquele mesmo lugar.

****

Com o passar dos dias aprendi a conviver com minha última conversa com Anahí. Ela nunca mais me interrogou e eu inevitavelmente vez ou outro chorava recordando aquele detalhe.

Estávamos todos na sala conversando sobre coisas do cotidiano, quando Christian se alegou ao ver a barriga de sua mulher se mover bruscamente. Eu bordava um casaco para o bebê de May, e ela uma blusinha de lã. A morena ignorou a atitude do marido, reclamando da dor que aquilo lhe provocava. Eu sorri com um pouco de desespero pela minha amiga. Realmente parecia desconfortável carregar um bebe daquele tamanho.

Anahí havia acabado de chegar segurando um copo com água quando se desequilibrou levando tudo ao chão. Afonso correu na direção dela e lhe ajudando a erguer-se. Ele a pegou pelos braços e a levou para cima. Fomos atrás para saber o que havia ocorrido enquanto Christian ficou encarregado de chamar o médico para examiná-la.

Assim que chegou o homem que cuidava de todos os Galavar. Ele me cumprimentou rapidamente, ante verificar o estado de saúde de Any.

- Está tudo bem. Ela teve apenas uma leve queda de pressão.

- Eu avisei a eles doutor, que estava bem, mesmo assim todos insistiram pela sua vinda.

- Mas é sempre bom ser avaliada. Pode-me dizer quando foi sua última menstruação?

- Faz cerca de uns dois meses... - a loira pausou sua fala percebendo a barbaridade da sua falta de atenção.

Ela olhou para Alfonso que parecia saber o que estavam a pensar.

- Isso é possível? – indagou ele.

- Para um casal saudável e ativo, isso é no mínimo aceitável senhores – ele tentou dar a notícia em tom de comédia – A senhora pode estar grávida.

Alfonso parecia chocado, mas logo recobrou a consciência e acalentou sua mulher.

- Mais um integrante em nossa família! - Maitê gritou antes de abraçar a amiga.

- Parabéns, Any – festejei – Vou providenciar mais um casaco.

Ela sorriu satisfeita com a minha presença e apoio.

- Agora vamos comemorar!

- Nada de festam Alfonso. Prefiro que seja só entre a nossa família - esclareceu Anahí.

- Se prefere assim, farei o que pedir - eles dividiram uma cumplicidade contagiante.

Depois da notícia se espalhar a mansão parecia respirar pelos futuros bebês que encheriam aquele lugar com vida.

Como de costume me recuei para o estábulo. Alisei o animal com vontade de montar e aliviar meu dia. Ainda não conseguia ter segurança para subir, tudo me assustava, principalmente o medo de sofrer alguma queda e voltar ao estado que fiquei por tanto tempo. Ele era manso, mas não deixava de ser um animal.

- Ainda não escolhi seu nome. Acho que já tenho um em mente - o olhei bem concentrada, como se ele pudesse me entender - Vou te chamar de Ucker .

Aquele era o apelido usado na infância de Christopher. Maitê havia me dito isso há um certo tempo. Meu cavalo era forte, valente, determinado e belo. Merecia aquele nome.

O som de trotes e rodas roçarem no chão me fizeram levantar a vista sobre o muro do estábulo para olhar quem chegava. A escova que estava em minha mão caiu assim que vi a imagem de Christopher todo de preto, com um chapéu no mesmo tom, descer de dentro da carruagem.

Minha boca secou e a saliva desceu pela minha garganta como navalha, cortante. Voltei para onde estava, escondendo-me com as pernas bambas, cogitando sobre o que tinha acabado de ver.

Ele não confirmou a data da sua vinda em nem uma das cartas, apenas sugeriu uma possibilidade, que agora havia se tornado real.

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