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Capítulo 12

Chagando a mansão fui direto ao quarto, pois precisava de um banho relaxante. A caminhada e os esforços contínuos me cansavam com facilidade.

Mercedes me ajudou a entrar na banheira e me lavar. A falta de independência era irritante. Nunca fui acostumada a explorar aquelas utilidades na mulher, mesmo que fosse algo comum para muitas burguesas.  Refletindo sobre minha situação, vi Christopher entrar e nos surpreender com uma aparência discreta e aparentemente confiante.,

Ambas nos encaramos intimidadas. Mercedes corava como se fosse ela própria que estivesse nua e não eu. Embora fosse meu marido eu ainda tinha muita vergonha de me expor a ele em certas situações. A espuma da banheira cobria o necessário, mas o olhar ambicioso daquele homem parecia transpassar até a minha alma.

Agora meu corpo não era tão limpo e impecável como sempre me orgulhei. Havia marcas, cicatrizes do acidente, o que me incomodou ainda mais.

- Mercedes, pode se retirar. Deixe que eu faça isto - Ela acatou o pedido saindo do ambiente e lhe entregando a esponja antes de nos deixar a sós.

Meu rosto se enrubesceu enquanto posicionava minha vista para frente, evitando contato visual. Ele se assentou no banco atrás de mim pegando o objeto macio para esfregar meu corpo. Christopher massageava com cuidado cada local. Foi como se ele sentisse alguma dor. Suas mãos eram leves a ponto de ser quase imperceptíveis.

Era inacreditável alguém como ele ter a facilidade de ser forte e suave ao mesmo tempo.

- Por que decidiu vir aqui? - perguntei com os olhos serrados – Percebi que está me evitando há alguns dias.

- Queria cuidar de você – respondeu sem explicar-se, ressaltando apenas a minha visível intimidação – Gosto de vê-la tão corada como agora.

Sua voz soava muito enfraquecida e sem a sua real identidade. Aquilo me alertou, e mesmo sendo desviado o assunto, decidi insistir.

- Então o que está acontecendo? Você não faz mais amor comigo e sinto que não me anseia mais – suspirei insatisfeita - São estas cicatrizes, não é?

- Nunca diga isso – saltou confrontado - Você sabe que ainda está se recuperando, por isso não pode fazer esforço.

- Isto é um martírio - ele sorriu da minha queixa de abstinência enquanto virei para enfim encará-lo - Ultimamente o vejo muito sério. Ainda está chateado comigo? Se quiser eu posso esclarecer tudo.

Sua face se contorceu como se eu houvesse lhe golpeado. Christopher ficou infeliz.

- Quem deveria estar com raiva era você, meu anjo. Foi eu quem te fez mal. Te ofendi naquele dia sem ter certeza e você não merecia isso.

-  Então vamos esquecer! Tudo isso não passou de um pesadelo – conclui beijando-o rapidamente - Estou tão feliz por você confiar em mim.

- Volte para sua posição. Preciso terminar o banho – Ordenou.

Obedecendo decidindo voltar. Durante um segundo de relaxamento minha mente curiosa fez-me recordar de algo em particular.

- Posso saber que bebê é esse que todos falam? – Dessa vez a minha pergunta fez suas mãos pararem de se mover. Foi quando percebi que havia algo muito errado.

- Mercedes! - gritou ele.

Ela parecia estar sempre em alerta com os chamados de Christopher. a mulher entrou logo em seguida me surpreendendo. Sua agilidade era mesmo admirável.

- Volte a ajudá-la com o banho.

Não tive reação de manda-lo voltar. Foi tudo muito rápido. O que eu havia dito? Porque aquele assunto parecia incomodar tanto as pessoas? Pensei no mesmo momento que devia ser algo muito ruim.

Me apressei nos preparativos o máximo que pude para ir até a cama, mas fui surpreendida com a solidão. Meu marido não estava lá. Toda as noites Christopher estava ali, esperando-me. Um golpe de decepção apunhalou meu peito, mas mesmo deprimida deitei e aguardei o sono vir.

Durante a madrugada o som dos passos cautelosos de Christopher me acordou. Ele se posicionou ao meu lado, lentamente, deitando e cobrindo-se. Ao ver que meu cobertor estava baixo ele o colocou de volta no lugar num gesto carinhoso. Ainda fingindo dormir, decidi então dar o primeiro alerta.

- Boa noite - ele se virou admirado.

- Me desculpe. Acordei você.

- Não. Estou com insônia.

- Mas devia dormir, meu anjo. Passou a tarde toda caminhando além do que podia.

- Não estou morta, Christopher. Sinto falta de fazer as coisas sozinha. Sem ninguém.

- Logo irá voltar a fazer, basta ter paciência - mesmo respondendo ele não parecia estar com a mente focada em nós.

- Quanto tempo eu passei em coma?

- Por que isso agora, Dulce?

- Responda. Quanto tempo? - mesmo hesitante ele respondeu.

- Aproximadamente dois meses.

Meu semblante decaiu. Eu nunca tinha tido vontade de saber, porém, não imaginei que fosse tanto tempo assim.  Fiquei muito abismada. Tinha a sensação de ter sido bem menos que aquilo. Minha cabeça se encheu de questões. O que havia acontecido durante esse tempo todo? Todos na casa estavam estranhos e evitavam esse assunto quando era tocado. Quase nunca falavam do acorrido naquele dia do acidente. O silêncio era predominante.

- E como foi todo esse tempo? O que aconteceu aqui? - ele virou o olhar para a janela que estremecia com a forte chuva que caia naquela noite.

- Deixamos de sorrir – disse breve - Você não reagia e todos tentavam te manter bem. Com o tempo começou a perder peso e ficar cada vez mais fraca.

Seu falar era difícil de entender. A voz quase inaudível aos ouvidos continuou.

- Enfim você está aqui agora.

Christopher me abraçou com força, puxando-me para perto. Mesmo sabendo que o clima mudaria escolhi mais uma vez esclarecer aquela situação.

- E o bebê. Quem é? -  Ele me soltou imediatamente.

Meu temperamento começou a irar-se.

- Por que pergunta tanto sobre este assunto?

- Não entendo porque não quer falar sobre isso. Que bebê é esse? – insisti- É tão ruim assim?

- Descanse e esqueça-se disto por enquanto.

Em um ato de raiva afastei o lençol e levantei injustiçada. Não queria mais esperar.

- Sinto-me perdida. Todos me olham estranho e pensam que não percebo. Eu sofri um acidente que me deixou em coma por semanas e ninguém tem nada a dizer. O que essa história tem a ver comigo?

Ele me olhou duro. De uma forma familiar. Seu rosto se fechou fazendo-me ver alguém que pensei ter desaparecido com o tempo.

O olhar de homem leviano havia retornado aos seus olhos.

- Você quer saber – pigarreou - Então saberá.

Resolvi sentar na cama enquanto Christopher dizia cada detalhe do acidente. Eu sabia da briga deles, mas não relembrava de ter sido descuidada e cair pela escadaria. Foram detalhes difíceis de ouvir e imaginar. Maitê e Any me disseram algumas coisas, mas nada muito claro.

- Por isso se diz culpado – rebati - Foi um acidente, uma distração minha.

Ele ainda me encarava de forma obscuro. Triste. Então o homem levantou-se da cama, deixando-me sozinha, sentada e continuou a falar.

- Isso não foi o único que aconteceu – desta vez sua voz hesitou por um segundo, ficando mais silenciosa.

- Diga, Christopher. O que mais aconteceu?

- Você estava grávida Dulce – Estava? Meu coração disparou - Perdeu o bebê por causa da queda.

Minha cabeça parecia ter dado um giro sem fim. Eu agora estava em choque. Um bebê, então era isso. Era meu bebê. Automaticamente meus olhos encheram de lagrimas.

- Não pode ser – gaguejei.

O desespero tomou conta de mim. A maternidade era algo com que sempre havia sonhado. Agradeci por estar sentada, caso contrário com certeza cairia ao chão. Christopher só me olhou sem se aproximar de mim. E nem deveria. Minhas emoções foram bagunçadas ao extremo. Senti raiva, medo, aflição e senso de justiça prejudicado.  Quando enfim ele decidiu chegar perto eu recuei e com a mão fiz um gesto de pare.

- Não se aproxime de mim.

- Dulce...

- Não Fale mais! - exclamei gritando mais do que minha voz pudesse suportar. Segurei os ouvidos tentando tampar o som da fala que vinha dele - Isso não devia ter acontecido! Sempre ocorre consequências por causa dos seus surtos de ciúmes – suspirei - Meu bebê, Christopher - enquanto falava ele permaneceu de cabeça baixa. Seu olhar era penoso - Por que não me disse antes? Por que? - encolhi-me nos lençóis da cama, como que se me escondesse - Por favor, saia da minha frente. Agora.

Os gritos tinham chegado até o corredor e eu só me deu conta disso quando Maitê e Christian entraram no quarto se deparando com um Christopher abatido e destroçado.

- O que está havendo?

- Ela já sabe de tudo Maitê. Fique com ela - Christopher falou se retirando dali às pressas.

- Meu amor, vá com ele – a morena pediu ao marido antes de vir ao meu encontro - Dulce, acalme-se.

Maitê disse sentando-se ao meu lado e me puxando em um abraço acolhedor.

- Porque tinha que ser comigo? Era o meu filho - meu rosto já estava vermelho e meus olhos pesados de tanto chorar.

- Vai ficar tudo bem – Ela assentia amaciando meu cabelo.

- Isso não vai dar. Não vou esquecer o que aconteceu - afirmei arrasada - Já chega de esquecer as imprudências de Christopher. Dessa vez foi longe demais. Ela não se pronunciou, apenas permaneceu ao meu lado todo o resto da noite.

****

Na sala, Christopher estava com o coração aflito. Ficando sentado em silêncio por horas. A dor dela também era a mesma dele. Ambos tinham perdido um filho, mesmo que Dulce só pensasse em si.

- Tenha paciência. Ela disse aquilo porque está alterada.

- Dulce só disse a verdade, Christian.

- Claro que não. Você não fez aquilo de propósito.

- De propósito ou não, já foi feito, meu filho agora está morto e Dulce me odeia. Tudo já foi decidido.

- O que pensa em fazer?

- Vou para Madri.

- E deixa-la sozinha aqui? Não acho de boa ideia

- Acredite. Ela vai preferir assim. Será melhor para todos.

- Vocês são jovens, podem ter mais filhos.

- Já decidi. Não encha mais minha paciência com este assunto - rebateu saindo do lugar e ignorando as falácias do cunhado.

Sim ele voltou. O antigo Christopher havia voltado e da pior forma possível, pensou Christian, enquanto via a imagem do homem se afastar como uma sombra negra.

****

No quarto dos Herrera, bem distante dali, Anahí estava deitada e o início do sono já começava a surgir quando ela sentiu algo refrescante percorrer suas costas, suavemente, fazendo-a despertar.

- O que houve? - perguntou ainda sonolenta.

- Não houve nada. Só quero lhe tocar. Isso a incomoda?

Alfonso soltou um pouco de ar quente produzido por sua boca bem próximo aos lábios dela quando respondeu, lhe causando arrepios em todos os lugares possíveis de seu corpo.

- Há essas horas sim. Além do mais, eu já disse, não vou mais permitir que me use como objeto.

- Você fala como se eu fosse um desprezível. Sabe que não a uso - ela se virou e ambos ficaram face a face.

- O fato de ser educado, me respeitar e ser gentil, não significa nada. Comigo você não age assim. E depois do episódio de hoje, tive mais certeza.

- Chamei Dulce para dizer a ela que ia tentar fazer nosso casamento dar certo. Embora eu e ela não tenhamos mais nada, ainda somos grandes amigos. Sempre fomos - Anahí sentiu seu coração aquecer. Seu olhar foi de surpresa. Ele respondeu sua reação com um sorriso diferente.

- Foi você que decidiu isso. Sozinho?

- Totalmente sozinho - ela não podia crer no que estava ouvindo. - Agora podemos dar início a um novo relacionamento?

- Novo. Como?

- Um novo casamente. E como não temos o padre no momento, vamos direto a noite de núpcias.

Brincou puxando Anahí para seus braços, indo para cima dela. Ele disparou vários beijos sequenciados que lhe causavam cócegas. A loira gargalhou incessante e Alfonso inconscientemente fez o mesmo.

"Ele começou a me despir enquanto eu me agarrava a ele. Todos os lençóis foram parar no chão e cada beijo parecia refrescar o fervor do meu corpo. Suas mãos foram ágeis e precisas. Eu pude sentir que ali existia interesse de ambas as partes. Foi uma entrega dupla. Assim levamos a noite toda".

O dia seguinte chegou e todos estavam silenciosos à mesa quando Anahí e Alfonso entraram brincando e sorrindo de forma leve, mas logo a sua alegria foi interrompendo ao sentarem. O clima estava tenso demais.

- Bons dias a todos – as respostas que Alfonso recebeu soaram de forma abatida, assustando o casal.

- Está tudo bem? Dulce e Christopher não vem tomar café? – Anahí mostrou interesse.

- Vocês não ouviram nada ontem? Deve ser porque o quarto é distante -questionou Maitê.

- Não entendi. Não ouvimos o quê?

- Dulce já sabe de tudo o que aconteceu. - Os semblantes de Any e Alfonso mudaram se igualando ao restante de todos.

- E como ela está, May?

- Péssima. Não quis sair do quarto, e o pior, está culpando Christopher.

- E ele, onde está?

- Foi bem cedo para a cidade resolver pendências. Decidiu que vai para Madri junto do nosso pai.

- Isso não é correto. Ele devia ficar e enfrentar o que está acontecendo.

- Nem quis opinar Any. Ela agora está muito fragilizada, então deixarei para depois a conversa. E meu irmão você conhece bem. Ninguém é capaz de convencê-lo do contrário.

- Nisto tem razão. Christopher é impossível.

- Devemos compreender a dor dela neste momento - Alfonso exclamou segurando a mão de Anahí que estava sobre a mesa.

- Diferente de vocês.  Percebi estarem se dando bem agora – Maitê mostrou surpresa. Anahí e Alfonso sorriram enquanto se olharam.

- Graças! Estava na hora – disse saltitante - Que família com altos e baixos é essa. Impressionante.

Embora estivessem felizes pela união do novo casal, todos estavam tristes por Dulce e Christopher. Anahí e Alfonso se sentiam mal por estarem tão alegres e unidos.

****

No escritório da cidade Alfonso não conteve a indignação da decisão indo falar com Christopher. Ele adentrou o escritório sem muita cerimônia.

O leviano estava concentrado pegando alguns papéis dentro da gaveta que havia em sua mesa, e mesmo com todo o barulho da porta ele ignorou a entrada conturbada do inimigo como se já conhecesse o motivo daquilo.

- O que você quer? - perguntou sem desviar os olhos vidrados dos seus afazeres.

- Você está fugindo ou estou enganado? - Christopher ergueu o olhar mais grosseiro que tinha, dando o que ele queria.  Atenção.

- E o que você tem a ver com o que faço ou deixo fazer? Não lembro de pedir que se pronunciasse.

- Sabia que era um desprezível, mas covarde, essa é nova.

Christopher jogou os papéis ao chão indo até ele e segurando a gola da sua camisa com força. Seus olhos queimavam como duas fogueiras. Alfonso não se moveu.

- Bata em mim se é isso que quer fazer e mesmo assim não irá resolver seus problemas - ele pareceu não se importar, permanecendo com as mãos sobre a camisa, lhe lançando ódio.

Alfonso tinha medo, mas não deixou que ele percebesse isso. Christopher estava fadado demais continuar aquela discussão desagradável. Soltando o ar, bufante, ele enfim desprendeu o homem que tinha nas mãos.

- Saia daqui e não se meta mais nisso.

- Dulce merecia alguém melhor que você.

- E qual seria a sua sugestão? - perguntou em ironia - Você?

- Talvez - seu sorriso partiu o olhando com frieza – Mas não se preocupe, agora sei o meu lugar e estou muito bem com minha esposa, Anahí - ele arrumou a gola da camisa recompondo-se andando na direção da porta.

Quando ia sair, voltou à cabeça para olhar Christopher e dizer uma última palavra. Alfonso sentiu necessidade de tirar todo o peso que carregou por muito tempo.

- Quem sabe você só está pagando o mal que já fez a ela - disse, por fim, saindo.

Como ele haveria de negar, aquilo tudo soava como a mais pura verdade. O leviano apenas continuou de pé aceitando a própria derrota.

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