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Capítulo 11

Christopher estava deitado ao lado da esposa em mais uma das suas muitas noites em claro, apenas observando-a respirar devagar. De olhos fechados e pesados sem nem um sinal de mobilidade.

Passeando com seus dedos sobre os cabelos avermelhados ele pôde perceber que até aquela coloração quente estava perdendo a vida. Abatido, mudou seu toque para segurar as mãos dela. Estavam gélidas e sem a maciez de que tanto lembrava.

O homem a encarou com tanta convicção, por tanto tempo, que se apertasse os olhos ainda assim podia vê-la em sua imaginação. Solitariamente, seu contato se tornou mais intenso e então uma voz rouca e afetuosa saiu.

- Gostaria que soubesse de algo... – seu sussurro foi abatido - Sabia que nós íamos ter um bebê, meu anjo?

Christopher falava como se pudesse ser ouvido e compreendido. O médico havia lhe dito que a audição era o último sentido a paralisar. Então para ele Dulce podia escutar sua voz mesmo estando adormecida.

Crendo nisso continuou a conversar.

- Não sabia como te contar, mas ele se foi.

Os olhos mareados e cheios derramaram sua dor frustrante. Então, de repente, as mãos dela se movimentaram de forma simples, discreta, quase imperceptível. Ele se assustou, abrindo os olhos e dando um leve sobressalto.

- Dulce? Você consegue me ouvir? - Insistiu segurando o rosto dela - Dulce Maria?

Ele aguardou até os lábios da mulher se afastarem, ainda com olhos cerrados, tentando comunicação.

- Christopher - O som da sua voz foi semelhante a um suspiro.

Ainda impressionado, ele pouco sabia o que fazer. A única coisa que conseguiu foi jogar seu corpo sobre o dela na beira do leito, desesperado e com saudade.

- Não se esforce mais. Eu estou aqui - Implorou, afagando-a com gratidão.

- Sinto sede.

- Por favor, não fale mais nada. Providenciarei tudo o que precisar.

Correndo para o lado de fora do quarto buscou por todos os moradores da mansão. Empregados, familiares. Sua excitação era tremenda.

- Maitê! Mercedes! Venham até aqui!

As mulheres saíram desarrumas de seus lugares após ouvirem os gritos insistentes. Obedecendo aos sinais elas entraram no quarto do casal e viram Dulce desperta ainda com poucas expressões.

A morena foi a primeira a manifestar seu estado de choque.

- Dulce! Ela acordou. Christian, Any! -  Maitê parecia tão feliz quanto o irmão.

Mercedes buscava a água com muita emoção. Por breves momentos ela se atreveu a orar por sua querida menina, e acreditava que aquilo seria um milagre de Deus.

- Graças a Deus - Balbuciava a cuidadora, repetidamente.

Assim que Dulce saboreou a água, Christopher já aguardava o médico com inquietude. Quando o homem chegou fez suas avaliações e pediu por espaço. Todos os Galavar estavam ansiosos demais. Aquele quarto gigante se tornou pequeno para todos eles.

Por último, prescreveu algumas medicações dando suas orientações.

- Ela precisa repousar e recobrar a consciência devagar. Sem esforços.

- Qual a chance de ela voltar para o coma?

- Muito improvável, senhor Galavar. Sua esposa está em perfeito estado - Pronunciou-se admirado com o desfecho daquela mulher - Vocês todos deviam agradecer. O que aconteceu aqui hoje foi um episódio raro.

Saindo de lá com sua maleta e seu casaco branco, o silêncio se fez presente novamente até Christopher o quebrar.

- Christian, você pode comprar esses medicamentos? – pediu com a receita em mãos.

- Poderia, mas acho que está tudo fechado há essas horas.

- Então os mande abrir! Ordene que abram onde for necessário.

- Está bem. Vou mandar preparar a carruagem. Preciso de abrigo, já que é tarde e parece que vai cair um temporal.

O Cunhado saiu apressado e prestativo. Para ele não era sacrifício realizar aquele pedido. As farmácias não iam se recusar a abrir as portas para o mandato de um Galavar, então não seria algo demorado. Ainda com autoridade, Christopher pediu que Maitê não deixasse ninguém mais entrar naquele aposento, evitando que o contato com muitas pessoas pudesse incomodar o descanso de Dulce.

Na calma da madrugada, ainda com insônia, ele trocou algumas velas velhas por novas e mais iluminadas, acendendo os candelabros para atenuar a escuridão do tempo fechado. A chuva começava a dar as caras, seguida de trovoes e relâmpagos. O som abafado deles vez ou outra roubava a atenção do homem, que naquele momento já estava acomodado na sua poltrona familiar.

- Christopher?

Assim que ele ouviu aquela doce voz clamar por sua atenção, seu salto foi instantâneo. Logo ele abandonou seu local de descanso para lhe dar atenção. Dulce estava fraca, de lábios ressecados, mal conseguia pronunciar palavras simples.

- Pronto, já estou aqui - desde seu despertar ela não havia dito nada - Está sentindo alguma coisa?

- Sinto frio.

- Vou buscar outro cobertor.

- Não - rebateu, segurando um dos meus braços, sem nem um tipo de força palpável - Deite-se ao meu lado. Abrace-me.

Posicionando-se ao seu lado, Christopher adentrou a fina coberta que ela usava colocando a cabeça dela em seu peito. Na mesma hora ele sentiu o corpo frio como uma pedra de gelo toca-lo. Em um dos seus movimentos Dulce estirou um dos braços, pousando-o sobre a cintura dele, em um abraço confortável. Ajudando-a se aconchegar, ele a aquecendo-a como pode.

Dulce Maria, sua esposa, adormeceu em curtos segundos em seus braços. Christopher ainda a observou por um tempo, admirando o fato de ela ter ganhado um pouco mais de cor nas maças, com tanta rapidez. Porém, sua exaustão venceu, e ele se rendeu a sonolência.

****

A cada nova manhã que seguia eu me recuperava mais um pouco, vagarosamente, mas sem desistências. Os movimentos do meu corpo foram ganhando mais força, mais vitalidade, e aos poucos comecei a andar de novo. Maitê e Anahí me auxiliavam nas curtas caminhadas pelo jardim, ou simplesmente aos arredores do quarto. Nós nos dávamos bem, tínhamos uma boa convivência, e sem compreender comecei a ver Any de uma forma diferente. Ela era boa e atenciosa comigo, prestativa, longe da mulher que conheci e formei primeiras impressões. Pelo jeito era bom ser flexível e dar segundas chances.

Quando em uma das nossas caminhas, por mera coincidência, eu passava em frente os estábulos meu coração se apertava. Era doloroso não poder cavalgar. Aquela tristeza era real, mas impossível de ser detida naquele momento.

Para complementar o resto das coisas inusitadas pós-acidente, a pessoa que menos idealizei encontrar assim a que acordasse, se tornou a que mais me aqueceu durante as noites frias de outono.

Era como uma nova vida, novas experiências. Tudo muito singular.

Em um dos nossos banhos de sol, as duas mulheres e eu percorríamos os jardins da mansão, de braços dados, admirando as folhas caídas e jogando conversa fora.

- Posso te pedir uma coisa Dulce? - Anahí esta saltitante como uma adolescente.

- Claro. pode sim - Respondi sorrindo.

- Assim que você ficar totalmente recuperada, me ensina a montar a cavalo como alguém normal?

May não segurou a gargalhada ao ouvir o pedido peculiar da cunhada.

- Nossa, Any. Estamos na mesma. Assim que comecei a cavalgar com Dulce, era uma tristeza. Eu era péssima - falou aos risos - Agora, digamos que estou razoável.

- Não seja modesta. Você montava bem, May - Afirmei - E não se preocupe Anahí, não sou a melhor, mas posso tentar te ajudar.

Estávamos distraídas, sorridentes e amigáveis. Mas, em um segundo, uma de nós se calou e o restante seguiu o motivo do silêncio. Anahí pausou os passos ao ver que Alfonso se aproximava.

- Boas tardes - Ele foi cavalheiro, fazendo com que respondêssemos a altura - Como se sente hoje, Dulce?

- Bem, obrigada - respondi um pouco acanhada.

- Vejo que está se recuperando bem rápido.

Comecei a ficar constrangida com a forma como ele me olhava, e principalmente pelo semblante de Annie, que agora era distante. Maitê, percebendo o clima tomou a voz.

- Sim, ela está ótima! Todos estão felizes com isso.

- Vocês me desculpam, mas gostaria de falar com ela um instante, em particular.

Assim que ele falou o seu pedido, Anahí apertou meu braço e em seguida o soltou. Tive que manter a firmeza apenas em Maitê.

- Vamos, Maitê. Deixe-os.

Ela agarrou Maitê, fez com que me deixa-se, levando a mulher para longe, às pressas. Percebi que o ele a seguiu com olhar até as duas serem cobertas pelas árvores e arranjos.

- Porque fez isso? Anahí estava bem e sorridente - Contestei irritada.

- Segure-se, você não pode andar sozinha - ignorando minha repreensão, ele ofereceu seu ombro.

Mesmo que aquela ideia não me agradasse, eu não tinha escolha. Minhas pernas já estavam doloridas só de ficar de pé, sozinha. Firmei o braço e olhei bem em seus olhos.

- Seja breve. Não quero problemas com Christopher.

- Nem eu quero. A minha cota com ele já se transbordou - confirmou enquanto caminhávamos.

- Sobre o que quer falar comigo?

- Sei que você e eu já passamos por muitas coisas. Que tudo mudou. Agora está casada, feliz e disposta a amar esse homem.

- Acho que esse assunto sobre nós dois já rendeu muitos problemas e infelicidades - Interrompi pausando os passos para me livrar da posição.

- Não vim até aqui para te pedir uma segunda chance, Dulce, porque sei que não vou ter. Além disso, muitas coisas aconteceram nesses últimos dias. Decidi seguir seu conselho. Vou tentar me aproximar de Anahí.

Aquela noticia mudou totalmente a minha fisionomia. Era inacreditável que aquilo pudesse me deixar feliz. Realmente estava claro que meu sentimento por ele havia mudado por completo.

- Está falando sério? Isso é muito bom. Ela é uma ótima pessoa, embora eu antes pensasse o oposto. Agora sei que precisa de você.

- Mas, apesar disso, quero dizer que não precisa fingir ser forte pra mim. Eu e você tivemos uma ligação muito intensa no passado. Não apenas como um casal, mas como amigos. Sabe que pode contar comigo nesse momento?

O tom de voz dele parecia de preocupação. Deixando-me confusa por um instante.

- Não se preocupe, já superei todo o acontecimento do acidente.

- Acidente? Não estou falando disso - Explicou franzindo o cenho.

- Então do que está falando?

- Do seu Filho, Dulce.

- Filho? Como assim?

Alfonso apertou os olhos de forma indiscreta, mudando de assunto.

- Me desculpe, devo ter me confundido – disse - Melhor irmos embora, não acha?"

Concordei mesmo desconfiada de toda aquela cena mal interpretada de Alfonso. Nada daquilo me convenceu.

Permaneci calada todo o trajeto de volta, ainda refletindo sobre as palavras dele. Filho?

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