Capítulo 10
Com a atual situação da historia, os seguintes capítulos serão substituídos de narrador em 1º pessoa para Narrador Observador.
Agradecida ;)
_____________________________________
Senti os segundos da queda desde o momento em que escorreguei e bati com a cabeça em cada degrau, até o de chegar no assoalho frio e ríspido com os últimos suspiros me dando abrigo. Minha cabeça e corpo doíam e a sensação de morte me consumiu quase que instantaneamente ao pressentir o líquido quente escorrer pelo meu nariz. Com muito esforço consegui abrir uma pequena porção dos olhos me deparando com a imagem do homem que acabara de me magoar tão profundamente. Ele que tanto me fez sentir uma mulher sem escrúpulos ou emoções, uma mundana, tão suja quanto os próprios pensamentos que eu mesma havia alimentado dele, parecia estar triste. Seus olhos se preenchiam e despejavam lágrimas legítimas. Eu quis tanto lhe explicar tudo, contar que nunca faria algo para magoá-lo a tal ponto, que me importava com ele, mas a minha voz não surgiu, era apenas imaginaria.
E então meu corpo entorpeceu e minha cabeça latejou pela última vez, dando lugar a escuridão que me engoliu sem misericórdia.
****
- Dulce! Acorde! Não permito que faça isso comigo! - Ela permanecia em seus braços, amolecida e desacordada, e a única reação dele foi a de chorar sem pensar em quem o observava em volta.
Não se importou de ser visto em tamanha exibição de fraqueza, porque realmente a única apreensão que teve foi a de nunca mais ver aquela mulher com vida em sua frente. Quando olhou para o lado viu Maite estática e de olhos arregalados segurando o próprio rosto, aos prantos, enquanto seu marido corria e gritava para todos os lados pedindo ajuda. Os empregados chegaram rápido ao lugar depois de toda a agitação, mas nem um deles parecia saber o que fazer, até sua irmã sair do seu estado e reagir.
- Vamos levá-la ao quarto, Christopher - Ele obedeceu aquela ordem como nunca havia feito em toda a vida.
Posicionado a cabeça dela com cuidado, ele firmou o corpo e se ergueu do chão. As veias do braço de Christopher saltaram ostentando seu vigor físico e os passos foram acelerados para evitar qualquer tipo de lesão a mais. Quando chegaram ao quarto ela foi posta sobre a cama, lentamente, com tanto temor que aparentemente parecia uma boneca frágil e de louça.
Foi uma cena triste para Maite, ver o irmão chamar por Dulce, insistentemente, e não obter resposta. Christopher a tocava limpando os últimos resquícios de sangue. Desestabilizado. Anahí e Alfonso adentraram o cômodo também se deparando com a cena. Alfonso tentou se aproximar, mas a esposa não permitiu. Ele segurou seu braço e o fez recuar.
- Alfonso, é melhor sairmos daqui - insistiu falando baixo, próximo ao seu ouvido, mas o que ela não esperava era ser ignorada, e pior, Alfonso se soltou de seu toque e deu um passo largo a frente firmando uma expressão ríspida e revoltosa, contestando com o inimigo.
- O que você fez? O que houve aqui!
Seu coração bateu mais depressa prevendo uma nova tragédia.
- Ele não fez nada. Dulce escorregou e caiu da escada, sozinha - esclareceu Maitê.
- Sim, eu fiz - rebateu Galavar, se erguendo para fitar Alfonso - Ela correu por minha culpa.
- Nunca mais diga isso. Tudo foi um acidente.
Alfonso olhou uma única vez para a mulher de cabelos pretos e curtos, nervosa ao tentar justificar os atos do irmão insano ao seu ver. Ele tinha muitos sentimentos naquele momento, mas nem uma parecia amenizar sua dor e revolta.
- Vou sair daqui, mas se algo grave tiver acontecido a ela. Espero que nunca consiga conviver com a sua culpa e que sua mente traga apenas pensamentos deprimentes e pavorosos - Rouco e choroso o homem saiu açoitando o chão com os pés pesados sem olhar para trás.
Aquilo fez Christopher baixar a vista e se calar. A culpa era sua e nada do que dissessem poderia mudar seu pensamento sobre aquilo.
- Meu irmão, não dê ouvidos a ele. Alfonso está chateado e você não teve culpa alguma. Ninguém teve.
- Maitê. Saia.
- Não faça isso consigo mesmo.
- Por favor, deixe-me a sós com ela - suplicou - Assim que o médico chegar mande-o entrar imediatamente.
Desistindo de tentar articular qualquer coisa que fosse, ela não se opôs mais e saiu fechando a porta com um aperto no peito. Os olhos dele se encheram novamente, mas desta vez de uma forma mais brusca. Vê-la daquela forma o destruiu. Christopher sabia que a pesar de tudo seus sentimentos eram fortes e inexplicáveis.
Tirando uma mecha ruiva de seu rosto ele se perguntou muitas vezes o porquê de tudo aquilo ter acontecido. Porque as coisa tinham que ser tão difíceis.
- Eu não ia bater em você. Lembra que te prometi isso? Não seria capaz de fazer mais nada assim - suas mãos deslizaram a face desacordada buscando qualquer sinal de vida.
Aquele amor não era fácil, e nem pretendia ser.
Quando olhou algo estranho na colcha de cama se espalhar o homem fez uma ruga no meio da testa e sentiu seu coração palpitar aterrorizado. Era sangue, e estava por todos os lados. Dulce parecia estar envolvida por um poço cheio do líquido avermelhado quente e viscoso. Ela estava perdendo sangue, muito sangue.
- Maite! Onde está o médico? Ela está sangrando!
Como em uma premunição o senhor de aparência idosa, com poucos cabelos e um belo jaleco branco adentrou veloz acompanhado de uma mulher vestida igual, caminhando ambos para o mais próximo possível dela. Sem pestanejar, a primeira coisa que ele ordenou foi o de que todos se retirassem de lá, imediatamente, mas Galavar se negou, firme. Christian que havia guiado o médico até o local, percebendo a resistência dele começou a puxa-lo pelos braços.
- Você deve sair, Christopher. Não podemos ficar aqui. Acalme-se.
Racional, ele finalmente se rendeu ao pedido o virou-se para sair dali.
As horas na sala de espera pareciam infinitas para todos. O clima era tenso, silencioso e obscuro. Sem notícias, cada um dos membros da família resolveram apenas esperar. O único que não escondeu sua angustia foi Christopher. Ele caminhava de um lado ao outro, inquieto, sendo observado pelos demais. A auxiliar do médico saia e entrava do quarto a todo o memento, pegar materiais, água, panos limpos, mas em nem uma dessas vezes ela dizia uma palavra sequer. Era discreta e sua profissão exigia essa posição. Quando contestada, a mulher apenas pedia paciência.
Maite e Christian estavam abraçados, Alfonso e Anahí pareciam pensativos, distantes, e os hematomas dele, ganhos durante a briga, já começavam a se expor. Como o espera parecia estar longe de terminar, Maite acabou dormindo nos ombros do marido, que permaneceu em alerta em nome dela.
A loira pensou por um segundo em como sua presença não fazia sentido e em como tudo ali era desagradável demais. Discretamente ela se aproximou do esposo e o olhou nos olhos.
- Alfonso, vamos para o nosso quarto.
Negativo, ele revirou os olhos e fingiu desinteresse.
- Eu não vou a lugar nenhum. Se você quiser ir, pode fazer isso sozinha.
- Você vai sim comigo - rebateu furiosa, e nada delicada - Já houve muitas brigas por hoje e você vai arrumar mais uma comigo agora se não for. Vamos.
- O que pensa que está fazendo, Anahí?
- Estou sendo sua esposa - gritou - Dulce, é esposa dele - afirmou apontando para Christopher - Ao menos uma vez em sua vida seja prudente e me obedeça.
Todos perceberam o olhar de fúria dela. Anahí se mostrou decidida, e querendo ou não, ele acabou indo.
Depois de cerca de duas horas o médico enfim desceu. Seu semblante era sério. Ele vinha enxugando as mãos, sem errar nem um dos passos. Os olhos do leviano o perseguiram até que ficasse bem a sua frente. Maite despertou com Christian a chamando, então logo se atentou as notícias.
- E então. Como ela está? - ele o abordou impaciente.
- Bom, primeiramente quero lhes pedir que sentemos um pouco. Estou cansado e vocês também, acredito - todos sentaram, mas a tensão não deles aumentou com o suspense.
- Não queremos rodeios, doutor. Peço que seja direto e claro.
- Não se preocupe, Sr. Galavar. Serei - O homem pensou um pouco, como se escolhesse a melhor maneira de falar - Primeiramente gostaria que soubessem que Dulce está estabilizada agora. Foi um pouco difícil conseguir isso, mas ela é jovem, forte e respondeu bem as nossas tentativas.
- Ela acordou? - Maite fez a primeira pergunta.
- Este é o outro ponto que temos que deixar esclarecido. Ela é forte, como eu já disse, mas o seu acidente foi grave e graças aos baques na cabeça não posso definir quando ela vai acordar. Por isso, só o que posso pedir a vocês é paciência. Muita paciência.
Como assim não acordou. repetiu Christopher a si mesmo dando espaço novamente aos sentimentos de culpa reprimidos. Passando as mãos pelo cabelo ele respirou profundamente e serrou os dentes.
- Como pode nos pedir paciência. E se ela não acordar nunca mais? Você não é capaz de me garantir isso.
- Christopher, não vamos pensar assim. Ela tem chances, não é , doutor? - Maite tentou ser confiante com a situação mais uma vez, mostrando crença mesmo que por fingimento. Ela segurou o ombro dele e apertou demonstrando sua presença.
Para ela os defeitos do irmão não lhe causavam ódio. No fundo compreendia a infância de Christopher e o quanto ele havia se tornado uma pessoa fechada. Ela sabia valorizar todas aquelas reações novas, verdadeiras, que presenciou. Dentro da sua alma algo se aliviava ao assistir que ele estava mais humano, mais suave.
- Isso mesmo senhor, tenha confiança. Tudo acabara bem, mas sinto muito em ser o dono dos avisos ruins.
- O que quer dizer? Tem mais alguma coisa que eu não saiba? - Perguntou engolindo em seco percebendo que o tom de voz dele havia modificado.
O médico parecia decepcionado. Não queria ter que falar mais uma tragédia para aquele homem desolado.
- Sinto muito. Sua esposa estava grávida de poucas semanas, e todo aquele sangue na cama era ela perdendo o bebê.
Christopher estava de pé, fixo, ouvindo cada palavra em velocidade lenta quando sentiu seus joelhos se dobrarem sendo pego apenas pelo assoalho. Ele caiu no chão, enterrando o rosto nas mãos, se escondendo de si mesmo. Suas lágrimas dessa vez não pareciam dispostas a ter limites. Jorraram desesperadas como se estivessem presas dentro dele tanto tempo. Ele mesmo não lembrava quando foi a última vez chorou desde aquele dia.
A única coisa que sua mente repetiu foi: - Eu matei meu filho.
****
Os dias seguiram e os membros da mansão não pareciam felizes. Tudo bem que naquele lugar os risos não eram tão comuns, mas pelo menos existiam. Depois do acidente de Dulce, os últimos resquícios de alegria haviam desaparecido.
Ela se alimentava por meio de uns aparelhos que o médico deixou na casa disponíveis para eles. A mulher estava emagrecida, sua pele era pálida, tinha perdido todo o brilho que tanto conheciam. Durante as noites, Christopher sentava sob o leito da cama e vez ou outra encostava ser ouvido próximo ao coração dela para ouvi-lo bater. Ele precisava ter certeza de que ainda estaria viva, mesmo que de olhos cerrados. Sem isso ele não conseguia dormir. A poltrona que havia no ambiente se tornou seu novo dormitório. Ele não se importava de sentir dores nas costas. Nada se comparava ao que sua amada poderia estar sentindo.
As farpas entre Alfonso e ele não deixaram de existir. Ambos estavam discutindo durante o café da manhã quando o loiro na cadeira ao lado chegou ao seu limite elevando o tom de voz.
- Sabe o que eu acho? Que já cansei de vocês dois. Cansei de todas as manhãs ser a mesma coisa. Agem como dois adolescentes imaturos e ninguém ganha nada com isso.
- Eu também cansei. Por mim isso tudo já deu - Disse Alfonso, se levantando da mesa e jogando um guardanapo sobre a xícara.
Tudo era tensão.
Mesmo com muita vontade de pigarrear alguma revolta, Galavar se manteve silencioso para não complicar mais nada, já que precisava trabalhar, e aquilo era a última coisa que ele realmente queria fazer naquele momento. Decidiu que tinha que manter a motivação. Mesmo que não cumprisse todo o seu horário. Ele sempre retornava mais cedo para ficar ao lado de sua esposa.
Sua fisionomia era cansada, com olheiras e inchaço. Christopher parecia querer perder a beleza que tanto preservava. Sentado do mesmo modo ao lado dela, ele recostou as costas e reclamou baixo por uma curta dor nova. Retomando o semblante inexpressivo.
- Você precisa se animar - a voz suave de Maitê o abordou assim que adentrou.
- Me diga como fazer isso. Todos os dias eu fico aqui olhando ela por horas, tentando lembrar do seu sorriso, das suas risadas, e da maneira como seus cabelos esvoaçavam no vento enquanto monta a cavalo - Puxando o ar continuou - E meu filho, Maitê, eu fiz aquilo com ele.
- Pare de dizer isso. Você não fez nada! Não podíamos prever - Ela usou seu instinto familiar e correu para abraçá-lo com piedade - Também sinto falta dela. Dulce era cheia de vida, distinta, amigável, mas eu me recuso a falar como se estivesse morta, porque não está! Ela está aí, viva, e pedindo a nossa resistência.
- Eu sei disso.
- Christopher, posso lhe perguntar uma coisa?
Assentindo com a cabeça ele concordou.
- Porque bateu em Alfonso? Até hoje não entendi o motivo - O homem a encarou com reprovação, pretendia não tocar mais naquele assunto, mas Anahí foi quem o livrou do momento incomodo.
Ela entrou no quarto e se deparou com o clima desagradável.
- Olá. Me desculpem, eu atrapalho alguma coisa?
- Não, Any. só conversávamos coisas simples - elucidou Maitê lhe retribuindo um sorriso - Estou de saída, vou ver Christian. Até mais ver.
Com uma reverencia comum ela se despediu e desapareceu.
- Como você está? - Indagou ao se aproximar mais dele.
- Na mesma.
- Quero que saiba que percebi desde o primeiro dia em que cheguei nesta casa o fato de ama-la - Christopher a encarou indiferente - Por esse motivo não interferi entre vocês. Sinceramente gostei dela, não sei por que, mas não consegui ter raiva dessa mulher.
Ele não conteve o curto sorriso ao pensar em como era fácil gostar de Dulce. Depois da curta conversa com Christopher, a loira se direcionou ao seu próprio quarto decidida em descansar um pouco e talvez prosseguir uma de suas leituras atrasadas de francês. Ela era obrigada a estudar a língua, dentre muitas outras. Sua linhagem sabia como convencer uma moça a ser útil.
Quando abriu a porta e entrou, ela observou Alfonso sentado no sofá, perdido como sempre em seus próprios pensamentos. Refletindo em como sua vida era medíocre, ela mordeu o canto da boca e expulsou, quase inaudível, algum xingamento em francês. Seu marido sabia bem como ignorá-la mesmo quando tentava trata-lo com gentilezas. Agora ela também sabia o motivo, um pouco óbvio. Anahí era mulher, tinha uma boa intuição. Embora soubesse o que acontecia em sua volta, isso não a magoou tanto assim. Já estava acostumada a ser vista apenas como uma bela mulher e não como alguém interessante.
Não resistindo exibir sua amargura, ela permaneceu parada no meio do cômodo, agora o afrontando de nariz em pé.
- Você a ama tanto assim? - Engolindo uma saliva seca, ela não perdeu a postura.
Surpreso com a sua presença, os olhos dele se encontraram com os dela por alguns segundos antes de voltarem a mirar o chão mantendo o desinteresse.
- Porque perguntas isso?
- Porque eu não sei o que fiz de errado, então estou procurando motivos para sua maneira fria de me tratar.
- Não estou com paciência ou saudável para ouvir os seus momentos de carência, Anahí.
Uma lágrima solta escapou de seus olhos azuis e deprimidos.
- Claro. Você nunca tem paciência quando tem a ver comigo, isso eu já sei. Também já sei que se casou só para se reaproximar dela. Eu fui algum tipo de ponte para os dois?
- Não, você não foi. Eu não te conhecia e muito menos sabia da sua ligação com os Galavar. Quando descobri nós já estávamos no altar, nos casando - esclareceu com confiança - Você acha que eu seria capaz de planejar uma situação dessas?
- Não tem diferença nem uma. Você não é obrigado a sentir desejo por mim. Conclui quando nos casamos e você nem sequer teve coragem de beijar meus lábios ou muito menos consumar nossas núpcias.
Anahí virou-se de costas e marchou contra ele enquanto falava todas as suas inseguranças, mas o que ela não previu foi que Alfonso seria capaz de sair da sua atitude isolada para ir atrás dela e segurar um de seus braços. Acanhada com o toque, a mulher tentou se sustentar sozinha.
- Quem lhe disse que não é desejável? O calor da sua voz a deixou chateada.
Anahí precisava ser amada, beijada, tocada com prazer, e depois de muito tempo sem nem uma destas coisa ela se sentia fraca, derrotada e subordinada.
- Você é uma linda mulher. Sinto muito por não poder retribuir o que sente por mim.
Obstinada, ela virou-se novamente e deixou seus rostos a poucos centímetros. Aquele movimento pegou Alfonso de surpresa. Ele apertou um pouco mais os olhos e tentou avalia-la.
- Porque não tenta me olhar dessa forma? Eu quero um casamento feliz, Alfonso, pelo menos me suporte um pouco mais - implorou com os olhos mareados.
- Não se deprecie.
- Tente se apaixonar por mim. Tente me tratar como sua esposa, sua amiga, ao invés de me olhar como uma estranha! - Suplicou pela última vez, aumentando a voz.
Ele permaneceu calado, olhando-a sem ter nada para falar. Anahí já havia estourado seu próprio limite de sujeição. Não ia mais voltar a insistir. Ela não era Dulce, e nem queria ser. Queria ser ela mesma, e ser amada por isso. Como sou estúpida, pensou. Ele a ama. Conforme-se.
Dando-se por vencida, entrou no closet, trocou as roupas por algo de dormir e foi diretamente para a cama. Ele já estava lá, deitado e esperando ainda com algumas velas acesas. Pondo a cabeça sobre o braço direito, Anahí ficou de lado, encarando uma das obras de arte que enfeitavam o lugar. Sentindo as mãos dele tocarem sua cintura, ela segurou a respiração e apertou os olhos.
- Não durma ainda... -Seu corpo vibrou espontaneamente - Prometo que vou tentar ser um marido melhor. Não sou estúpido, já percebi que perdi ela para ele, e agora estamos casados. Na verdade não há motivos para não tentar fazer o mesmo. Seguir em frente.
- Você faz isso parecer um favor - Refletiu - Eu não estou mais disposta. Só vou ansiar por isso quando você tomar essa decisão sozinho, porque realmente quis assim.
Ela permaneceu como estava deixando as lágrimas caírem devagar, escondida dele. Alfonso deu um sopro apagando todas as velas e deixando o ambiente escuro. Finalmente eles iam dormir, mas Anahí estava longe de conseguir isso naquela noite.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro