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Capítulo 07

A situação ficou fora de controle. Deduzi isso no curto período em que nos entreolhamos furiosos. Eu havia passado tempo demais suportando todos os últimos acontecimentos, e então naquele exato momento decidi explodir. Christopher me tratava de muitas formas. Como se meus sentimentos não valessem nada para ele, e era mais facial acreditar que não valiam. Mas para mim tinham valor e era necessário por fim na farsa que se arrastava há muito tempo entre nós dois. Se ele pensou que eu iria permanecer na espera do seu próximo distúrbio de humor aquele homem estava completamente enganado.

Depois de fazer aquelas acusações direcionei-me para a saída sendo impedida com muita rapidez pelo peso da sua mão que agora segurava o meu braço com vigor.

Ele me obrigou e encará-lo em um curto espaço de tempo.

- Vamos tentar - As palavras saíram como se rasgassem sua garganta. O ego e o orgulho dele o policiaram pelo ato. Era perceptível.

-Tentar? - Repeti -Tentar o quê? - Eu tinha o direito de inflamar ainda mais aquele deslize.

Ele deglutiu qualquer coisa e voltou a vista do chão para mim.

- O nosso casamento. Para dar certo.

Fiquei bem ali, observando-o a fundo em seus olhos buscando qualquer vestígio de cinismo ou falsidade, porém, não tive a capacidade disso. Mesmo se tivesse não conseguiria captar nada naquele homem. Qualquer um só via o que Galavar estava disposto a demonstrar.

- Christopher, sinceramente não estou disposta para os seus jogos - Afirmei tentando retirar sua mão de mim, mas ele permaneceu forçando o contato e isso me irritou ainda mais - Acabei de falar sobre suas atitudes mesquinhas em relação aos sentimentos dos outros com quem não se importa, e mesmo assim você continua agindo da mesma maneira.

- Estou falando sério, Dulce. Como nunca o fiz antes - Algo nele realmente se mostrou determinado ao dizer aquilo - Nós já estamos casados e sei que você não me ama e nem vai amar, mas podemos tentar melhorar o nosso convívio.

Eu não o amava? Na verdade, eu não sabia mais o que era amor. Eu só compreendia que no fundo gostava de tê-lo por perto e que quando me tocava da sua maneira particular algo era despertado em mim. Algo carnal, imoral me fazendo perder a noção do que era certo ou errado.

Aquele mesmo leviano culpado de todas as minhas confusões estava ali, dizendo que queria dar uma chance a nós e ao nosso relacionamento.

Minha mente necessitada de um afeto verdadeiro quis se desfazer perante a promessa, mas a lembrança de Alfonso e tudo o que havíamos vivido ressurgiu como uma advertência de que meu coração sofria um novo dilema. Embora houvesse passado um tempo desde a última vez em que nos vimos eu não tinha mais certeza dos meus sentimentos. Antes eu acreditava totalmente no meu amor por ele, mas agora tudo era diferente.

Me senti estranhamente confusa. Quando o amor é verdadeiro essa confusão pode acontecer?

- Como isso seria possível? Olha a vida que você leva, Christopher. Nunca teve consideração pelos votos que fizemos. Se envolve com várias mulheres sem se dar o trabalho de escondê-las.

- Eu não sou bom nisso, confesso, e talvez nem vá ser. Só preciso de tempo. Tenha um pouco de paciência comigo e eu terei com você. Podemos aprender isso juntos.

Não compreendi como ouvir aquilo impactou tanto, mas algum impulso interno me fez acalmar e envolver meus braços em volta do pescoço dele. Minha expiração ofegou, meu coração palpitou frenético e pela primeira vez eu o beijei por conta própria sendo correspondida sem hesitação.

Ele era meu marido, nós éramos casados e merecíamos aquela chance de alguma forma. Alfonso também ia se casar, eu lembrava de cada palavra escrita naquela carta. Seria impossível ele não ser obrigado em algum momento a fazer o mesmo que eu estava fazendo, então resolvi não pensar mais. Só me detive em ver o homem que estava a minha frente se entregando a mim, e eu a ele. Foi isso que fiz.

Dei uma chance não só para Christopher, e sim para mim mesma. Para entender de uma vez por todas todo o furacão de efeitos que o leviano me provocava.

****

Depois da nossa última conversa a cada semana que passava nós nos entendíamos melhor. As brigas foram se tornando cada vez mais raras e os motivos delas não passavam de opiniões divergentes. Era quase inacreditável. Christopher se desmontava muito empenhado em tornar aquela promessa real.

Nas noites o leviano ainda se sentia receoso ao me tocar, mas todas as vezes que arriscava de alguma forma instantânea meu corpo correspondia a ele e nós fazíamos amor. Um amor diferente, intenso, apaixonado, sufocante.

Christopher se tornou atencioso, carinhoso e como reposta a isso eu não o encarei mais com ódio ou desprezo, mas gratidão e certo afeto.

Naquela tarde Maitê e eu resolvemos ir ao centro da cidade fazer algumas compras para a chegada de Christian. Ela queria renovar o guarda-roupa e adquirir peças mais atraentes e chamativas mesmo sendo extremamente tímida. Nos divertimos muito em cada boutique nova que entravamos.

- Que tal essa? - Sugeri segurando uma camisola rosa com um belo decote nas costas. Ela tinha um detalhe de renda fina nos seios e isso os deixava com uma transparência sugestiva.

- Dulce! - Ela rebateu envergonhada - Claro que não!

- Qual o problema, May? Isso é normal entre casais - Questionei simulando ingenuidade e ela ficou ainda mais rubra.

- Não é não! - A mulher pegou a peça das minhas mãos e a lançou no meu rosto.

Ambas caímos na gargalhada.

- Seria uma boa surpresa - insisti zombeteira - Já pensou ele chegar e vê-la sobre a cama vestindo isto?

- Dulce Monttier Galavar, Pare já! - Eu me surpreendi ao ouvir meu novo nome completo ser dito com tanto embaraço.

As funcionárias da loja se divertiam conosco e com a brincadeira.

- Hum, as damas estão se divertindo bastante.

 A voz ingressada repentinamente tomou nossa atenção.

Christopher me segurou pela cintura e beijou minha nuca num movimento claramente dominador. Não que eu achasse isso tão ruim.

- Você está me perseguindo ou é impressão minha, sr. Galavar? – indaguei em tom de ironia e ele sorriu galante.

- Sempre vou persegui-la onde for, aonde estiver. Você é minha, meu anjo.

- Isso você está deixando bem claro enquanto agarra minha cintura dessa forma - Todos riram da situação - Não se preocupe. Não estamos fazendo nada demais. Apenas compras de mulheres, e pelo que entendo sua irmã decidiu levar essa peça aqui.

Maitê já nem pensava mais no nosso momento de brincadeira, mas como eu me considerava bastante irreverente, continuei brevemente o assunto. Ela me fitou com os arregalados e ainda mais erubescida.

- Sua traidora! É mentira, eu não vou levar nada!

O desespero dela em se explicar arrancou uma risada infantil do irmão. Admirei aquela expressão como se ele fosse um artefato em exposição. Gargalhadas, Christopher?

- Acho que você deveria leva-la, Dulce. Combina com seu tom de pele e seus cabelos - Fui aturdida por ela aproximando o tecido em mim.
Sim, minha cunhada foi capaz de se vingar sem nem um pingo de temor.

- Concordo. Cairia muito bem.

O feitiço virou contra o feiticeiro, e ao invés dela, agora era eu quem ficava com o rosto completamente avermelhado e sem reação. Maitê gargalhou sentindo-se vingada.

- Muito bem, Sr. Galavar, este é um momento de mulheres. Saia já!

Caminhei empurrando-o da boutique e escutando as muitas risadas de Maitê ressoarem. Christopher se virou veloz e isso fez nossos lábios se encostarem propositalmente.

- Vou fazer o possível para chegar mais cedo hoje.

- Isso é bom. Você tem trabalhado muito ultimamente - ele respondeu minha opinião com um beijo mais intenso que o anterior.

- Acho melhor eu ir ou serei capaz de despi-la bem aqui perante todos.

Ruborizada com a falta de pudor dele em me dizer aquilo. Dei-lhe uma tapa de leve no ombro enquanto se afastava de mim com um olhar sedutor. Galavar parecia querer me devorar viva. Por um momento pensei se ele olhava todas as mulheres daquela forma.

Voltando para a loja ainda com os mesmos pensamentos inseguros na mente, me deparei com Maitê segurando um vestido elegante. Este tinha um belo corte frontal. Ela percebeu que eu o apreciei fascinada.

- O que acha deste? Estou escolhendo algum para o baile de boas-vindas.

Até então aquelas eram apenas comprar casuais, mas ao ouvir a preocupação na voz de Maitê com o traje recordei que ainda não tinha comprado nada para o baile.

A família Galavar sabia ser receptiva. Mesmo de longe, o patriarca não deixou de enviar uma carta para os filhos exigindo um baile de boas-vindas para o mais novo casal que ia se instalar na mansão. Anahí viria impecável, obviamente, e por isso mesmo eu precisava estar à altura.

Aquela mulher ainda era uma desconhecida, mas que suas garras viriam afiadas eu tinha plena certeza disso.

- Ficará lindo em você - respondi voltando aos juízos.

- Se você diz então vou experimentar. Seu gosto para roupas é magnífico.

Eu agradeci pelo elogio e aproveitei que ela foi se vestir para ver se alguma coisa ali me agradaria. Olhei alguns vestidos, mas nem um me deixou empolgada. Resolvi que procuraria no meu guarda-roupa, assim que regressássemos, já que Christopher comprou e o embasteceu quando nos casamos. Pelas nossas divergências eu nunca me interessei em olhar nada. Agora seria conveniente.

Maitê enfim saiu do provador e na mesma hora meus olhos se encheram de luz ao vê-la tão bela. Ela parecia uma boneca de porcelana. Sua meiguice parecia ainda mais ressaltada. Minha reação foi a resposta que ela pensou em fazer.

Quando chegamos na mansão já haviam empregados a nossa espera na escadaria da entrada. Entregamos um mutirão de sacolas para eles, já que naquele dia descobri que minha cunhada tinha compulsão por compras. Eu não tinha nada em meio aquelas coisas.

Subi para o meu quarto disposta a descansar o resto da tarde toda.
Pedi que Mercedes preparasse um banho quente enquanto tirava as roupas para me jogar dentro da banheira. A água estava ótima e na temperatura que sempre me deixava menos tensa. Cada pedaço do meu corpo se relaxava conforme o tempo passava.

Logo que sai do banho, fui deitar na cama e comecei a ler um livro que comprei no caminho enquanto voltávamos do centro da cidade. Sem perceber cai no sono ali mesmo, sentada, e pelo desconforto, acebei tendo um pesadelo.  Eu estava em uma caverna escura, e por mais que eu tentasse achar a saída ela não aparecia.

Aquilo começou a me sufocar de uma forma tão desesperadora, que estava prestes a desfalecer quando senti um peso quente no meu rosto que me fez despertar assustada, deparando-me logo após com Christopher bem na minha frente, de olhos assustados, puxando-me para si.

- Calma, foi só um sonho ruim. Você está bem?

- Acho que sim. Vim ler um pouco e acabei adormecendo.

- Devia estar cansada de passar a tarde toda com Maitê.

- Estava mesmo. Você chegou faz muito tempo?"

- Não. Cheguei a pouco e te vi se debatendo na cama - ele parecia mais calmo - Já comeu?"

- Ainda não. Estou sem fome agora.

- Isso sim eu não admito. Você vai comer. Preciso que fique forte e disposta para mim.

Aquela atenção luxuriosa me fez querer sorrir.

- Bom saber quais as suas prioridades, meu bem - ao contrário de mim ele deu uma leve risada.

- A culpa não é minha se o seu corpo faz isso comigo.

- Pare com isso - Rebati começando a alterar minha cor.

- Tudo bem - Ele revidou levantando as duas mãos como se eu anunciasse um assalto - Vamos ao presente.

- Presente?

- Sim, eu comprei uma coisinha para você - Christopher me apontou uma caixa grande que estava sobre a cama e eu nem havia notado.

- O que é isso?

- Maitê me disse que você não comprou nada para vestir no baile.

- Para ser sincera nem lembrava disso.

- Pois bem, é um vestido. Quero que o vista com isto - Galavar sacou de dentro do bolso do terno outra caixa, porem menor. Dentro dela continha uma linda tiara toda em ouro com detalhes em diamante.

- É linda!  Mas acho que não devia me dar tantas coisas assim.

- Você merece tudo isso. Sinceramente não acho um exagero o marido querer agradar sua esposa - Agradeci pelos presentes e ele logo segurou meu queixo com a ponta dos dedos.

- Certo. Agora você precisa se alimentar.

Após o jantar ficamos todos juntos na sala, conversando habitualmente e rindo alto de bobagens infinitas. Christopher falava algumas coisas de Maitê na infância e isso deixou a mulher completamente indignada. Não era apenas a minha relação com ele que parecia ter mudado, mas a deles também. Algumas vezes Maitê fazia questão de dizer o quanto estava satisfeita com o novo comportamento do irmão. Ela nunca me perguntou nada sobre a mudança, apenas a recebeu.

- Bem, vou ter que deixá-las por uns minutos. Tenho que ir verificar umas coisas no escritório - despedindo com um beijo na minha testa, ele se foi.
Ela mal esperou a ausência dele para me encarar risonha.

- Fico tão feliz de vê-los assim. Que bom que se acertaram. Essa casa ganhou um pouco mais de paz.

- Você ouvia nossas brigas?

- Não só eu como todos os que moram aqui - não pude reclamar ou sentir vergonha. Essa era minha antiga rotina.

- Também estou feliz. Christopher se esforça bastante para as coisas ficarem calmas. Às vezes tenho até medo de me sentir assim.

- Não diga isso, vocês merecem. Quando puderem ter um filho tudo irá se firmar ainda mais - arregalei os olhos em resposta. Nunca parei para pensar em filhos - Não precisa me olhar assim! Isso um dia vai acontecer, não é? Eu por exemplo quero ter vários filhos do Christian.

- E terá - Falei com felicidade, lhe dando um abraço apertado.
Maitê era muito especial e eu a adorava.

****

No dia seguinte Maitê organizou um passeio em trio. Convocou Christopher e eu para ter aquela tarde de folga e cavalgar juntos. Disputamos corrida para não perder o costume enquanto minha cunhada mal conseguia nos alcançar. Ela havia melhorado muito na montaria, mas no fundo eu acreditei que ela quis ser mais lenta de propósito.

Paramos no mesmo do riacho de sempre, só que desta vez todos preparados para mergulhar. Estava um clima favorável. Era ensolarado, ventava e o cheiro das flores deixava o ambiente aromático. O lugar também era lindo e afastado. Eu e minha acompanhante baixamos os vestidos e ficamos com roupas de banho. Tudo muito bem planejado.

Passamos boa parte da tarde aproveitando cada resto de tempo.
Na hora da volta Maitê pegou seu cavalo e correu acenando e nos deixando para trás. Como eu havia atrelado o meu cavalo ao de Christopher, tive que seguir seu ritmo. Estávamos devagar. Aquela situação nos fez ter uma boa conversa.

- O baile já é depois de amanhã. Sua irmã está ansiosa com a chegada do marido.

- Imagino. Eles não se veem faz quase um ano.

- Porque seu pai pediu para os noivos morarem na mansão? - Frisei disfarçando meu incômodo - O noivo dela não pode levar a esposa para sua própria casa?

- Na verdade é porque o pai de Christian e muito amigo de Victor - era assim que Christopher na maioria das vezes se referia ao pai, pelo nome - Então, ele fez questão de que a filha ficasse na nossa casa. Mesmo sabendo que seu noivo mora próximo daqui.

Pensando em suas próprias palavras, Galavar também parecia intrigado com a decisão. Acredito que minha tentativa em disfarçar a leve chateação não foi mais convincente. O homem me olhou por alguns segundos e instigou.

- Meu anjo, não me diga que ainda está com ciúmes de Anahí - Eu estava desatenta ao comentário, mas fiquei furiosa com a noção dele em relação aos meus sentimentos por ela.

- E desde quando senti ciúmes? - Rebati dando de ombros.

-  Deixemos esse assunto de lado e vamos parar um pouco aqui debaixo desta árvore.

- Parar? Maitê pode ficar preocupada com a nossa demora.

- Não irá - Afirmou pausando os cavalos e me ajudando a descer - Eu pedi a ela fosse na frente.

- Christopher! O que ela irá pensar de nós?

- Que somos marido e mulher - o sorriso malicioso em seu rosto foi de puro êxtase.

Ele se despiu da cintura para cima, jogou a camisa no chão e me puxou para perto convidando-me a deitar no gramado. Minha cabeça repousou sobre ele e então pude ser presenteada com os seus batimentos mais apressados do que deviam. O sol já estava de saída, e a vista era majestosa.

- Aqui é muito agradável.

- Verdade. Por isso quero lhe pedir uma coisa.

- Sim.

- Quero que cante para mim.

- O que?! - Porque ele pediu isso? Não fazia sentido.

Eu não teria coragem para executar tal ato, muito menos aos olhos analistas dele.

- Não! Porque está pedindo algo tão ridículo?

- Você canta muito bem, eu já ouvi, e quero ouvir aqui, só para mim - justificou como se as lembranças estivessem sendo repassadas na sua mente - Não precisa ter vergonha, anjo.

Christopher massageou meu rosto e tocou seus lábios em minha testa tentando convencer-me.

- Com alguém me olhando eu não consigo - falei baixando a cabeça totalmente desajuizada.

- Prometo que não vou olhar - ele logo fechou os olhos e eu automaticamente fechei os meus também.

Fiquei o observando um pouco antes de começar a cantar para me certificar de que permaneceria de olhos fechados.

****

Vez ou outra eu abria um pouco os olhos e notava que os dela também estavam cerrados. Sua voz era relaxante e muito tranquila. Dulce era uma mulher cheia de ideais, mas ao mesmo tempo tão doce e meiga que a tornavam delicada como um filhote. O que eu estou sentindo por ela? Me perguntei como se fosse capaz de obter a resposta tão facilmente.
Sua forma de ser me cativa e a amabilidade do seu rosto, do seu corpo, eram os piores. Casei-me forçado, sim, mas as coisas mudaram tanto que eu a via de uma outra forma ainda indefinida. Entretanto, o que mais me intrigava era o fato de nunca saber realmente o que ela pensava sobre mim. Queria poder entrar na sua mente e descobrir se sentia o mesmo, se se sentia igual. Essa incapacidade me frustrava.
Dulce conseguia ser atenciosa e retribuir aos meus agrados, ao mesmo tempo em que era muito distante e pensativa. No fundo eu tinha certo conhecimento do que ela tanto pensava. Ainda existia aquele outro homem entre nós e de alguma forma isso a afetava. Coberto de ódio e aversão, desfiz os pensamentos e me foquei apenas na bela canção que saia de seus lábios.

****

Assim que eu parei de cantar ele reabriu os olhos e permaneceu ao meu lado, silencioso por um longo período, até sua voz retomar o mesmo tom forte de sempre.

- Você não imagina o quanto me segurei para não a agarrar naquele riacho. Estava a ponto de fazer uma loucura.

- Que tipo de loucura? - Perguntei sugestiva. Visivelmente afetada.

- Deste tipo...

Christopher se virou deitando em cima de mim e rendendo os meus pulsos.

- Quero você. Bem aqui e agora.

Ele só podia estar louco. Compactuei da sua loucura fechando os olhos devagar pronta para ser feita de refém. Minha fala não existia mais. Eu simplesmente fiquei calada. Não recusei aquele absurdo, mesmo sabendo que alguém poderia chegar a qualquer momento e nos flagrar.
Christopher começou a me beijar em ritmos gradativos, sem pressa. Seu corpo sempre foi assim, quente, e muito acolhedor. Ele era uma boa mistura de delicadeza e brutalidade, muito bem dosadas e utilizadas.

Aquele homem sabia o que fazer com uma mulher em suas mãos, era obvio, e ainda mais com alguém tão inexperiente como eu. Uma marionete, era assim que me sentia em seus braços sendo levada e posta onde ele achasse prudente.

Rasgando o vestido que recobria o traje de banho, ele ousou me despir mesmo na luminosidade do entardecer, extraviando a timidez sem dó. Com o leviano esse pudor não funcionava. De uma forma desesperada eu me manifestei ajudando-o a baixar o short que compunha os trajes de baixo, enquanto ele aguardava minuciosamente para me preencher. Minhas unhas rasgaram sua costa quando o senti dentro de mim, profundo, sedento. Christopher mordeu e lambeu ombro até a altura do pescoço, demonstrando o quanto eu era uma caça fácil.
E como se não fosse suficiente me deixar a mercê de seus prazeres, o leviano tinha a virilidade para me encarar em cada nova estocada.

Nunca havíamos feito amor no tão claro assim e mesmo depois de esquecer a vergonha ele tornou, e eu virei o rosto de lado evitando um contato visual entre nós.

- Por favor, olhe para mim, meu anjo... - Suplicou com a sua voz praticamente sem som.

Meu coração estava inquieto, minhas maças rubras pelo esforço de seguir seu ritmo veloz, e eu não queria parar, não agora, então obedeci ao pedido, os nossos olhares se encontraram novamente, e eu gostei de vê-lo desmontar perante a mim. O que ele sentia transpareceu pela sua face cansada, me excitando cada vez mais. Era um mar de desejo.

Depois de uma longa série de movimentos violentos, ele agarrou meu rosto e enterrou sua boca na minha em um beijo úmido, desacelerando seu corpo. Christopher caiu em exaustão depois de algo me deixou molhada.

Reservamos apenas alguns minutos para o descanso antes de pôr as roupas e sair. Minhas pernas ainda tremiam, e eu tentava amarar o que sobrou do vestido na cintura, fazendo um péssimo trabalho. Ele sorriu admirando minha terrível desenvoltura com os fios. Christopher resolveu não perder muito tempo com aquelas trivialidades, me pegando pela cintura ainda toda malvestida e me assentando sobre o seu cavalo.

Ambos voltamos juntos até mansão antes do céu ficar ainda mais escurecido.

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