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Capítulo 03

- Christopher Puente Galavar, aceita Dulce Maria Monttier Candace, como sua legítima esposa?"

Meus olhos se apertaram indefinidos, como se estivesse recebendo um golpe no meio no peito.

- Aceito.

- Dulce Monttier Candace, aceita Christopher Puente Galavar como seu legítimo esposo?

A minha voz parecia adormecida, inexistente perante a pergunta que jamais poderia responder por livre e espontânea vontade, assim como presava as palavras de Deus. Christopher percebendo a minha recusa me afrontou ríspido, mas sem perder a compostura, fitando-me com intensidade.

Afogada na própria desilusão, os presentes só se acomodaram em seus assentos quando ouviram a minha voz sair tremulando a resposta.

- A-Aceito

Aquelas foram às palavras mais difíceis que um dia eu poderia ter dito na vida. De onde estava, meu pai afrouxou a respiração como se receasse que eu seria capaz de arruinar seus planos.

A partir daquele dia eu já estava casada, abandonando radicalmente meu sobrenome de batismo para assumir o mais novo rótulo.

A festa no salão colossal da mansão dos Galavar estava coberta de pessoas desconhecidas, além dos rostos que estavam na igreja. As mulheres desfilavam seus trajes mais elegantes, exclusivamente preparados para aquela ocasião tão espera na cidade. Após o anuncio oficial do meu noivado os rumores percorreram como o vento, destilando o ódio nas solteiras e famílias interessadas, fazendo aquele ambiente lotar apenas para que a população acreditasse que o casamento era mesmo legítimo. Ninguém imaginava que o sucessor de Victor Galavar, o mesmo que levava uma vida tão promíscua, teria a audácia de adotar um compromisso daqueles.

Confesso que até mesmo eu rezei para que Christopher se arrependesse nos derradeiros instantes.

Vez ou outra, algumas mulheres desfilavam frente a minha mesa, encarando-me com antipatia, já com Christopher era contrário. Ele não se deu ao trabalho de disfarçar o comportamento galante com que retribuía aos olhares delas. Por alguns segundos fiquei aterrorizada pela maneira como todas pareciam atraídas e arrebatadas ao menor movimento que aquele homem fazia enquanto perambulava pelo salão cumprimentando os que estavam ao seu redor de modo gentil.

Experimentei uma ligeira ambição de levantar do assento onde estava e anunciar em alto o bom som — Marido a venda! Alguém se candidata? — Com certeza iria chover ofertas tendo em vista que só com os olhos elas já o devoravam vivo.

Como parte da atração, os músicos tocaram sonetos dançantes e os pares começaram a se formar no centro, realizando os passos ensaiados e cronometrados de sempre. Eu gostava de dançar. Alguns homens vieram por cortesia me convidar, no entanto, de um jeito civilizado eu os dispensava. Não estava com a menor disposição para participar daquele circo, dissimulando sorrisos e boas impressões, assim como os meus pais agiam descaradamente.

Mercedes, que estava ao meu lado, em companhia, modificou seu semblante para — inteiramente horrorizada — assim que percebeu quem se aproximava de nós. Ela me golpeou por baixo da mesa, alertando-me, e foi aí que me dei conta da face emblemática e obscura que estava parada ao meu lado.

Meu corpo reagiu de forma estranha, tanta que eu não consegui definir. Ele tinha uma aura cheia de autoridade e autoconfiança capazes de abalar qualquer um que estivesse próximo a ele. Era extremamente desagradável.

- Me concederia esta dança? - Como eu podia recusar? Ele era o meu esposo e o meu pai me fitava vigilante prestes a me arrancar dali se eu me negasse.

Decidi concordar e lhe ofereci a minha mão junto de um pequeno sorriso. Christopher levou-me até o meio do salão principal para dar início a dança. A atenção foi redobrada em cima de nós.

Ele executou cada movimento, com delicadeza e perfeição, sublimes, como se fosse o próprio inventor dos passos. Galavar dançava muito bem, intimidando a minha própria desenvoltura alcançada em muitos bailes ao transcorrer da vida. Mesmo assim não fiquei para trás, sempre o acompanhando em sincronismo. Conforme a música abrandava, nos aproximávamos mais, ficando de corpos colados, tornando a minha inquietação aparente aos olhos dele.

Demos um grande espetáculo para a plateia que nos testemunhava, dentre eles alguns que antes nos seguiam na dança se renderam a apenas nos admirar.

- Pelo menos finja que está feliz - indagou no minuto em que voltei aos seus braços enquanto terminávamos um dos giros.

Fui surpreendia pelo comentário sagaz.

- Não consigo fingir o que não sinto - rebati provocativa e ele me devolveu com uma risada vitoriosa - Estúpido!

Repudiei tentando afastar-me dele, mas Christopher me agarrou pelos punhos com tanta força que nem sequer pude sair do lugar. Mesmo sob o efeito da adrenalina a expressão serena no rosto dele não se decompôs, já as minhas explanavam pavor.

- Não ouse fazer isso novamente. Você é minha mulher agora e terá de se comportar como tal.

Christopher lançou um olhar frio, me permitido ver a crueldade que habitava neles.

- Eu sei do desastroso destino que meu pai me arranjou, mas não sou obrigada a olhá-lo. Com sua licença" Continuei sustentando o desafio, fazendo menção de me retirar, e outra vez o homem apertou-me, só que desta, com mais determinação - Está me machucando-  reclamei.

- Então fique onde está, e lembre-se das ordens para sair. Não crie caso meu anjo, todos estão nos olhando.

"Dulce era belíssima. Ela tinha os cabelos compridos e ruivos como uma chama acesa. Olhos cor de âmbar, berrantes, que aliciavam como uma facilidade ingênua. Suas curvas marcadas, seios abundantes. Um conjunto de qualidades que o inundava de cobiça — boa escolha — pensou ele. Porém era mesmo uma mulher muito determinada, forte, alguém que com certeza promoveria a Christopher momentos de muito entretenimento".

- Acho que agora já posso ir - Reafirmei ao ouvir a música acabar como em um milagre.

Virei depressa, segurando as pontas do vestido exuberante, me distanciando dele o máximo que pude. Me faltava o ar, o equilíbrio, a sanidade, todos defraudados pelos atos provocativos dele em cada troca de olhar durante a dança. O leviano deixou claro que estava apenas dando início aos seus jogos impetuosos.

"Olhando admirado para a bela curvatura de Dulce ao se afastar dele pelo salão, fez com que Christopher apertasse os olhos, malicioso e um pouco enciumado pela atitude dos homens ao redor dela. Por onde Dulce passava todos eles a encalçavam com o olhar repleto de cobiça. Na mente controladora dele, ela agora lhe pertencia de corpo e alma, e se existia uma coisa que Galavar não tolerava, isso era, ter seus bens reivindicados".

- Cansada senhora? - Mercedes me abordou apresentando uma taça com vinho tinto assim que me reaproximei dela.

Bebi tudo em um único gole, soltando pela respiração a acidez da uva envelhecida.

- Não me trate dessa forma, não são necessárias formalidades entre nós, sabes disso - repreendi e ela sorriu envergonhada.

Cansada de passar mais de duas horas recebendo felicitações como se eu estivesse satisfeita, revirei os olhos ao último casal que veio até mim, deixando nas mãos de Mercedes a função de arquitetar um bom pretexto para a minha reação. Enquanto ela se desculpava, minha vista foi tomada pelos pais de Christopher, no outro lado do recinto. Eles mal me olharam nos olhos durante a cerimônia e ali não foi diferente.

Sem ter plena consciência do rumo da minha visão, consecutivamente, a cada minuto seguinte, eu acabava sendo atraída pela imagem de Christopher disseminando sorrisos especialmente para as donzelas que o cercavam. Quando percebia que estava sendo observado por mim, ele correspondia devorando-me com seus olhos, recebendo em troca o meu desprezo.

Terminadas as celebrações, os convidados começaram a se dissipar e a onda de despedidas iniciou. Fugi em muitas delas indo ao toalete ou apenas simulando não ouvir. Meus pais logo me tiraram de lá, ambos asseverando os seus últimos ensinamentos grotescos de como eu devia agir na nova casa, e por isso, acabei me retardando sendo uma das últimas a deixar o salão.

Na parte de fora uma carruagem dourada estava à espera pronta para me levar até a minha futura residência. Respirei profundamente me organizando para entrar assim que o cocheiro abriu a porta me cedendo o lugar. As mãos de Mercedes foram até a minha cintura em conjunto com seu olhar acolhedor. Eles me diziam para ser forte e seguir em frente. Com os pés trêmulos, instáveis, acabei adentrando e me sentando. Eu agarrava com mais firmeza as mãos da acompanhante toda vez que a covardia me dilacerava.

****

Assim que cheguei frente à casa nobre dos Galavar, desci e fui guiada por um dos empregados. Passei algum tempo admirando a exuberante escadaria localizada na sala, logo na entrada. A estrutura larga decorada por um carpete vinho se estendia até bifurcar em duas direções. Na sala onde estávamos tudo era luxuoso, cheirando a puro poder. Bem típico de famílias como aquela.

Os empregados me aguardavam enfileirados e de pé prontos para pegar meus pertences. Além de receber os cumprimentos formais de sempre eles me olharam com seriedade — iguais a animais treinados e domados — Aquilo me deu certo desprazer. O que acontece com aquelas pessoas? Os funcionários não demoraram a recolheram as malas levando-as a para a parte de cima. Supus que aquela fosse à direção do meu quarto, mas mesmo assim permaneci parada no meio da sala olhando cada detalhe como se tentasse decifrar a sensação que pairava no ambiente.

Meus olhos percorriam tudo até que avistei Christopher saindo de um corredor na parte debaixo, concentrado, folheando uma pilha de papéis presos por algo dourado. Ao perceber a minha presença ele elevou o semblante e me encarou com um sorriso sugestivo.

- Meu anjo, pensei que havia chegado antes.

Porque aquele homem me chamava assim? Isso me incomodava a tal ponto que me fez desviar ao máximo nossos olhares, porém, ele não se incomodou. Christopher decidiu então esvaziar as mãos pondo os papéis em cima de uma mesinha próximo dele.

- Deixe que eu te levo até nosso aposento - ressaltou - E vocês voltem aos seus a fazeres.

A ordem grosseira foi acatada com rapidez fazendo todos sumirem em segundos. O pior de tudo foi que a cada instante que se passava a imagem dele perante a mim somente piorava. Aquela ação lembrou-me de meu pai e não foi nada bom. Eles pareciam ter a mesma maldade, se não mais. Dois homens como aqueles, juntos, seria possível ver até as faíscas saírem com certeza.

Christopher se aproximou tentando segurar minha cintura, porém o reflexo de repulsa me fez recuar. Mesmo assim ele voltou a insistir puxando-me com bastante força para si, limitando meus movimentos. Suas mãos eram tão fortes que consegui sentir a pressão delas mesmo com tanto tecido em volta da cintura.

- Eu já disse, não crie caso, não vai querer me ver chateado.

- Senhor Galavar, também não me considero das mais agradáveis quando me chateio.

- Hmm, então teremos alguns problemas por aqui - Repeliu em tom de deboche - Fique tranquila, falarei com você no quarto.

Gozando do seu autocontrole a atitude dele fez todas as minhas entranhas congelarem. Eu havia esquecido a noite de núpcias, uma obrigatoriedade sublime que ele provavelmente iria exigir. Pensei em muitas maneiras de renega-lo, porém todas pareciam absurdas demais para serem executadas.

Depois que entrarmos no quarto, Christopher me soltou andando até uma porta marrom que dava acesso ao banheiro livrando-se do colete que recobria seu peito.

Observei aquele lugar, e não vi diferença entre o restante da casa. Continha a mesma exuberância. Uma cama grande demais para duas pessoas. Ela ficava bem no cento do quarto com quatro colunas de madeira em volta montando um teto de tecido por cima de quem se deitasse ali. Assemelhava-se a um móvel de realeza

- Não tive tempo para programar uma viajem para nós dois, mas creio que aqui é confortável para você, não é?

- Nem um lugar é confortável se for do seu lado - O meu destrato para com ele já havia se tornado mecânico, aquilo saiu sem que eu percebesse, mas era como me sentia.

Christopher parou no meio do caminho me encarando frio como uma pedra de gelo. Seus olhos não demonstravam sentimento algum e eu sabia que naquele instante tinha acabado de assinar uma bela briga com aquele homem obscuro igual uma noite chuvosa.

- Você não vai facilitar mesmo. Será que ainda não entendeu que é minha? - Exclamou bufante - Acha que eu queria me casar com você?

- Ótimo, então me deixe ir para outro quarto - após ouvir minhas palavras ele deu uma gargalhada alta, conforme se aproximava cada vez mais.

- Pensa que é assim, tão simples? - Suas gesticulações já começavam a me deixar temerosa - Eu te esperei desde os meus dez anos. Meu pai me forçou a isso, mas pelo menos você é muito atraente, tem como ver o ponto positivo da coisa toda.

- Você me dá nojo!

Gritei em protesto tentando escapar da nossa aproximação, mas era impossível, Christopher já havia me jogado sobre a cama e agora estava em cima de mim, sem camisa, segurando meus pulsos acima da minha cabeça em uma pressão absurda.

- Se ficar quieta, isso pode ser mais fácil.

- Solte-me! Está me machucando! - Reclamei já em lágrimas - Nunca serei sua!

- Então não terá acordo - Disse, exibindo sua força sem escrúpulo algum.

Eu apenas virei o rosto deixando minha angustia escorrer pelos olhos mareados.

- Suas lágrimas não me comovem. Não vejo nada de errado, você é minha esposa e este é o seu dever. Os Candace não te ensinaram isso?

O homem leviano começou a arrancar o meu vestido, rasgando cada peça, enquanto eu me debatia. Ele me apertou bem no meio das suas pernas e me virou de costas para tirar o espartilho seguido do corpete. Ao ficar desnuda, Christopher se aproveitou para beijar minha costa arrancando de mim os últimos vestígios do cheiro de Alfonso. A repulsa e náusea me apunhalaram como uma adaga envenenada.

Senti-me como um objeto sem significado ou sentimentos, e então a sensação de abuso brotou. Eu estava sendo violada covardemente pelo meu mais novo esposo. E podia ser diferente? Aquilo era exatamente o que eu tanto temia acontecer.

Quando ele enfim se posicionou para me penetrar de uma vez, meu desespero aumentou. Entrei em pânico pelo que ia se concretizar. Tentei agredi-lo para impedir o ato, mas tudo era em vão. Christopher era forte demais e tinha um físico atlético, longe da minha fragilidade hostil. Envergonhada por ser fraca, não consegui gritar por ajuda sabendo que ninguém seria capaz de se envolver naquilo. Éramos casados e por lei eu estava apenas fazendo o meu dever de submissa.

Galavar anunciou a sua invasão assim que minhas pernas foram afastadas e minha intimidade exposta.

A dor reapareceu, mas não foi prazerosa, ao contrário, era aniquiladora. Eu ainda estava machucada da noite anterior e nem um pouco preparada para ele. Christopher começou a se movimentar e foi então que percebeu algo de errado. Franzindo a testa sem disfarçar a fúria. Meus olhos apertados e fechados temiam o óbvio fazendo-me lembrar de Alfonso e dos resquícios da nossa insanidade.

O leviano foi se reerguendo até se levantar por completo, saindo totalmente e literalmente de dentro de mim. Olhava-me atônito com um furor que eu nunca tinha presenciado antes. Aquele olhar ameaçador e alucinado eu nunca havia visto em nenhum outro rosto. Seus olhos pareciam duas chamas da lareira mais quente. Foi aí que meu corpo sacudiu assustado pela circunstância.

Ele era intimidador suficiente para expelir sua maldade. Eu imaginava bem do que ele seria capaz naquele exato momento. Isso explica o fato de todos o obedecerem como animais treinados.

Agora sim, eu sabia o porquê.

- O que você pensa que fez sua desgraçada! Achas que sou algum idiota!

Meu olhar estava paralisado pelo pânico e automaticamente os fechei quando senti meu rosto queimar.

Ele me acertou um golpe, forte e brusco. Sua mão pesava bastante, o suficiente para fazer o ardor daquele local durar por toda a noite. Pegando-me pelos pulsos sem nenhuma civilidade ele os pressionou aumentando ainda mais a minha aflição.

Foi então que o meu senso de sobrevivência falou mais alto e descuidado.

- Seu estúpido! Imbecil! Solte-me, eu exijo!

Os meus gritos foram interrompidos por outro tapa deferido contra o meu rosto. Este me deixou zonza. Logo pude sentir o gosto de sangue invadir meu paladar, escorrendo pelo canto esquerdo da minha boca.

Era amargo como o meu sentimento por ele.

- Quem fez isso em você? Diga-me, quem o fez!

Percebendo o meu silêncio esforçado, ele agarrou minha garganta pressionando-a com perversidade.

O meu ar queria desaparecer a cada instante enquanto Galavar repetia a mesma pergunta várias vezes comprimindo cada vez mais o meu pescoço. Tentei manter a força para não contar nada. Não podia arriscar a vida de Alfonso. Eu tinha plena certeza de que seria cassado como minúcia. A nossa história não merecia ter um fim tão nefasto.

Aquele homem não o deixaria vivo de forma alguma. Seria capaz de algo pior do que meu pai pudesse pensar em fazer se um dia desvendasse. Eu era a única que podia evitar aquela tragédia, nem que para isso a minha vida fosse posta de lado.

Continuei forte, resistindo contra as insistências dele em descobrir tudo.

- Prefiro morrer, mas não direi... Nunca. - Respondi quando ele por um pouco afrouxou a mão devolvendo-me um curto fio de ar.

Depois daquelas palavras firmes Christopher me soltou, não por bondade, aquilo estava longe de ser. Preparei minha resistência para o que iria acontecer em seguida, enrijecendo minha pele para receber mais pancadas.

- Avisei que não ia querer me presenciar com raiva e mesmo assim você me desafiou. Eu devia te matar aqui e agora, mas vou fazê-la viver para ver o dia em que eu encontrar quem fez isso, e ele irá pagar.

O medo nos meus olhos parecia lhe dar mais coragem.

Aquele ser visivelmente adorou presenciar a minha agonia - E você...- Disse se levantando e me puxando para ficar de pé - Vai me pagar me servindo, agora. Não vou ter qualquer tipo pena ou compaixão.

- Não...- Rangi pela última vez.

Christopher pôs a mão na minha boca, impedido o resto da minha fala. Jogou-me de costas na parede e me possuiu ali, de pé, da forma mais dolorosa.

Ele era grande demais para mim e cada movimento severo que realizava, me obrigava a gritar abafado de desgosto, mas aquilo não pareceu lhe importar. Ciente do quanto era viril, Galavar aprofundava suas estocadas, lacerante. Os meus olhos se apertavam, gemendo por debaixo da sua mão.

Eu senti nojo por tê-lo dentro de mim, como um animal sendo violentado. Chorei incessantemente durante todo o ato, consumida pela raiva e pela vergonha de ser usada e suja. A vida não poderia ser pior.

Após o ocorrido ele me arrastou e me arremessou no chão do banheiro, despida, lançando alguns fiapos do que sobrou da minha vestimenta em mim. Recolhi meus ombros e meus joelhos, acomodando os restos de tecidos no chão molhado. Cobri-me, como uma criatura indefesa. A porta foi trancada, me obrigando a ouvir cada trava ser fechada por completo.

Agora sim eu tinha plena certeza do que ele era capaz. Estava convencida do inferno que seriam os meus próximos dias de vida.

****

O frio da madrugada começou a se alastrar, fazendo meus dentes baterem uns nos outros, junto do meu queixo. Humilhada e viva. Não era o fim que eu queria para aquilo. Porque não morta?

Refletindo no assoalho, eu estava com frio, machucada, com ferimentos por dentro e por fora. Meu ódio por ele me corroeu de uma maneira errante. Eu não poderia permitir que aqueles abusos perdurassem. Depois de horas soluçando e lamentando a destruição do meu corpo, acabei entorpecendo de exaustão.

No alvorecer da manhã seguinte acordei sobressaltada com a mão dele me puxando do chão sem nenhuma paciência. Seria demais esperar isso depois da noite anterior.

O fio de luz saídos da janela parecia arranhar meus olhos com mais intensidade que de costume. Pus uma das mãos frente os olhos, tapando o reflexo do sol e foi ao fazer isso que me dei conta dos machucados. Os músculos relaxados e a adrenalina ausente fizeram os reais efeitos da noitada de horror se rebelar.

Ele me encarava, distante, avaliando o meu corpo quase todo despido. Aquele ato abusivo me fez acuar, escondendo-me.

- Levante-se e saia daqui. Preciso me aprontar para o trabalho - Obedeci, erguendo-me com o restante de força que me sobrou - Assim que eu sair você entra. E não esqueça de se aprontar para o desjejum, isso faz parte da tradição da casa.

Ordenou mais uma vez, antes de me largar fora do banheiro empurrando a porta e se trancando dentro dele.

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