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8: Colisão

Uma luz branca forte e cintilante iluminava uma espaçosa sala aparentemente confortável, com detalhes azuis em suas paredes alaranjadas, sofás vermelhos e amarelos espalhados aleatoriamente pelo aposento, sob um tapete preto que cobria todo o chão do lugar, e, no centro daquela área perfeitamente quadrada, uma ampla maquete de algo familiar.

Da origem que clareava tudo ao redor, dois delinquentes, algemados, adentraram a sala, indelicadamente, sendo os primeiros a deixarem o labirinto.

- É isso? – V perguntou, ao ar, por esperar que sua dupla ainda continuasse o ignorando. – Acabamos a primeira fase?

- Acho que sim – surpreendentemente, Hope respondeu, sem muita alegria.

Os dois olharam para trás, analisando de onde vieram, e notaram um largo portal, que se esticava do chão até o teto, com o que parecia ser o mesmo material do tapete preto cercando fortes feixes de luz, que brilhavam majestosamente, até pararem e desaparecerem.

Com a luz apagada, foi revelado mais da mesma parede laranja atrás, porém, a sala continuou muito bem iluminada, apesar de ser impossível dizer por onde.

- O que é aquilo? – V se questionou, ao se aproximar, puxando Hope, para o elemento mais em destaque de onde estava.

V e Hope fitaram uma maquete posicionada no centro do cômodo, e reconheceram como sendo uma réplica perfeita, e em óbvia menor escala, da primeira fase. Era um enorme labirinto, com paredes gigantes, corredores estreitos e extensos, muitos levando a lugar nenhum, e, em sua extremidade direita, uma parede menor que as outras. No lugar das picaretas, no fundo da parede de escalada, havia duas chaves, presas juntas, que foram pegas por V, no momento em que as notou.

- Nunca esperei tanto por esse momento – disse V, no instante que encaixou a chave na minúscula fechadura de sua algema, abrindo as argolas, e libertando-se de Hope.

Ali, visto de cima, era explícito os cipós guiando a saída, por corredores que não tinham nenhum sinal de armadilhas.

- Isso é o que tô pensando? – Hope soltou, enquanto aproximava o próprio rosto da maquete, e V, que já estava se afastando, retornou, curioso, seguindo seu olhar.

Hope encarava um pequeno borrão colorido, parecido com um holograma, que se movia pelo labirinto, sem seguir uma lógica constante nos caminhos que escolhia. Com um pouco mais de atenção, era notável se tratar de, não apenas uma, mas duas projeções juntas.

- São eles – V afirmou, ainda observando as humildes figuras holográficas que percorriam o labirinto, na tentativa de reconhecer algum rosto. – São os outros de nós.

Percebia-se que as cores que se mexiam simbolizavam o uniforme dos delinquentes, tendo alguns brilhos vermelhos, amarelos, verdes e outros laranjas por toda a maquete.

- Wish está de amarelo, então ela só pode ser essa – deduziu Hope, apontando para o único holograma completamente amarelo, que se encontrava longe de onde estava a saída. – Merda, tem tantos na frente dela...

V, que continuava observando o labirinto em miniatura, notou certos hologramas azuis, imóveis, espalhados por todo ele. Em um dos corredores, duas luzes, uma verde e outra amarela, se encontraram com um dos azuis, e desapareceram, o inquietando. Hope desgrudou seu olhar do modelo da primeira fase, e o fixou no jovem ao seu lado.

- Você é um idiota – expressou Hope, e V, lentamente, lhe olhou, torcendo para que ela não o perturbasse novamente. – Deveríamos ter ficado do lado de fora do portal, como eu prometi pra Wish.

- É sério isso? – V perguntou, levantando uma de suas sobrancelhas, ao inclinar sua cabeça, levemente, para o lado, de uma forma tenebrosa. – Passamos a fase inteira sem trocar sequer uma palavra, além daquela discussão que tivemos, e agora você vem reclamar comigo? Se não fosse eu, nós ainda estaríamos perdidos andando sem rumo lá embaixo.

Hope voltou a se sentir com medo. O sentimento de segurança, por ter deixado o labirinto, a deixou branda o suficiente para ser irritante, como é normalmente, com o delinquente que mais a assustava.

- Você devia é me agradecer – disse V, se aproximando de Hope e apontando para um dos hologramas azuis fixos no modelo, esperando que ela o olhasse. – Tá vendo isso? São muito provavelmente armadilhas, e tivemos a sorte de não passarmos por uma delas. Todos, literalmente TODOS, os caminhos que seguimos fui eu quem escolhi, então que tal parar de reclamar e começar a mostrar certa gratidão? – Desabafou, conforme se aproximava, mais e mais, de Hope, até ela dar um passo para trás, expondo completamente seu rosto amedrontado, enquanto tremia discretamente.

A jovem de cabelos negros sentiu dentro de si, mais do que qualquer momento em sua vida, o medo de morrer, ali, naquele exato momento, por estarem completamente sozinhos, sem nenhuma pessoa para testemunhar ou tentar ajudá-la. Era essa a sensação que ser encarado por V, irritado, passava, não importava a pessoa.

V percebeu que Hope não havia escutado nada do que dissera, e parecia ter apenas entendido tudo como uma ameaça de morte, então balançou a cabeça, inconformado, e se afastou, de vez, se sentando, no que, espantosamente, era um sofá bastante confortável.

Todo o lugar lembrava o pátio de preparação, desde a localização do portal, os sofás espalhados como os bancos de pedra, e a maquete no centro igual a grande árvore de folhas volumosas. O fato de não ser ao ar livre era o mais diferencial de um para o outro.

Demorou apenas alguns minutos, depois do silêncio tenso que ficou entre Hope e V, para que o portal acendesse novamente, retornando com sua forte luz branca. Dele, saiu a segunda dupla que sobrevivera a primeira fase: Júpiter e Orion. As luzes em suas costas se apagaram, quase imediatamente, após a travessia dos dois.

- ISSO, PORRA! – Orion celebrou, puxando Júpiter para um abraço torto, devido ainda estarem algemados, que ela correspondeu, na mesma intensidade. Eram claramente o oposto da dupla que já se encontrava na sala.

Júpiter olhou ao redor de onde estava, enxergando Hope, ainda localizada na frente da maquete, e V, sentado, pensativo, em um sofá a sua direita.

- Então era por isso que o monitor mostrava apenas 14 vagas – Júpiter explicou, para Orion, que já havia se esquecido do assunto, mesmo tendo acabado de lhe ser comentado. – Eles foram os primeiros a passar.

- Bom, primeiros ou não, o que me importa é estar vivo.

- As chaves para as algemas estão ali – indicou V, e Orion lhe agradeceu, com uma balançada de cabeça.

Os recém-chegados se juntaram a Hope, descobrindo o que ela encarava, tão atentamente, e usaram as únicas chaves existentes para se soltarem, a acompanhando na observação da progressão dos delinquentes ainda presos.

Levou alguns minutos para o portal repetir o que já havia feito, duas vezes, e a terceira dupla sobrevivente surgiu.

- Consegui! – Eco gritou, ao socar o ar, com a picareta da escalada que ainda carregava consigo. – Ótimo, agora vamos destruir a merda dessa algema que eu tenho certeza não ser mais precisa.

- Tem uma chave aqui – orientou Orion, chamando Eco.

- Bom, melhor ainda.

Eco arrastou Dama, sem delicadeza, até onde Orion estava, e ele lhe entregou as chaves para as algemas, libertando-a da jovem garota, que se afastou, imediatamente, dela, e foi se deitar em um sofá, perto de V, virada com a barriga para baixo, enfiando o rosto no material fofo que ele era feito.

Um evento chocou ambos Orion e Júpiter, mas Hope não se abalou, por apenas olhar para o holograma representante de Wish e Faith, rezando, de dedos cruzados, para que sua amiga continuasse seguindo os corredores com cipós, e se mantivesse distante das armadilhas.

- Cacete, eles caíram? – Orion perguntou, buscando confirmar o que havia visto.

- Merda, eu acho que sim – Júpiter confirmou, e o rápido diálogo dos dois atraiu a atenção de V, que se levantou do sofá onde estava, e se virou para olhá-los, perguntando:

- O que houve aí?

- Uma dupla caiu da parede de escalada.

- Quem?

- É aquele loiro musculoso e a garota chata – Eco se intrometeu, por saber a identidade de quem havia sofrido o acidente.

V reconhecera a descrição de Roma, e se lembrava dele por terem ficado no mesmo grupo de nomeação. Se recordava dele ser gentil, e sentiu sua morte, mas sentou-se aliviado.

Pouco tempo depois da chegada de Eco e Dama, surgiram Ino e Lobo, com expressões de choque no rosto.

- O que houve lá embaixo? – Júpiter perguntou. – Deu pra ver aqui que uma dupla caiu. Eles... morreram?

Lobo olhou para Júpiter, e Orion, ao seu lado, e se aproximou dos dois, com um andar confrontador.

- É, eles morreram – Lobo contou, estressado. – Mas Roma não morreu na queda – então encarou Orion, de forma agressiva. – Ele foi assassinado pelo seu amiguinho.

- Amiguinho? – Orion buscara entender a situação.

- O Kraken, ou vai fingir que não andou trocando ideia com aquele merda?

- E o que eu tenho haver com as atitudes que ele toma? – Orion empurrou Júpiter para trás, e se aproximou de Lobo, expressando indignação. – Nós conversamos, no pátio, e só. Ele se responsabiliza pelas atitudes dele, e eu pelas minhas. O que acha disso?

Hope, que era a única não prestando atenção ao conflito, percebeu um holograma, verde e vermelho, no topo da parede de escalada, parado, sem atravessar o portal, o que a fez estranhar, mas retornou seu foco a Wish e Faith, que estavam se aproximando mais do lado leste do labirinto.

- Que se dane – Lobo xingou, e se virou para se afastar.

- As chaves para as algemas estão aqui – falou Orion.

Júpiter pegou as chaves, e atirou em Lobo, que as agarrou no ar, com uma mão, então as inseriu nas fechaduras, liberando as argolas, e quando o seu pulso, e o de Ino, estavam livres um do outro, foi exposto uma grande marca profunda vermelha que os circulava como uma pulseira.

Os dois se sentaram juntos, em um sofá distante dos que já estavam sendo ocupados por V e Dama, e a sensação de segurança percorreu ambos.

- É, acho que a primeira fase foi isso – Lobo, sem mais medo na voz, falou.

- Já se foram um sétimo, agora só mais 6 desses e estamos livres – Ino brincou, e Lobo sorriu, ainda o olhando.

- Olha, menino, sei que não estamos mais algemados, mas eu ainda me sinto preso a você. Se continuar perto de mim, eu prometo protegê-lo até o final.

- Acha que eu tenho alguma chance de chegar no final? – Ino questionou Lobo, com uma dúvida que perturbava sua cabeça a todo momento, porém, o comentário anterior dele havia sido tudo que mais queria ouvir. Alguém que pudesse estar junto, que o fosse proteger. Roma era a pessoa em sua mente, devido ao seu porte físico, mas o jovem que havia sido sua dupla também dava para o gasto, apesar de não poder ter seu corpo comparado com o do delinquente morto.

- Se ficarmos juntos tenho certeza que conseguimos chegar onde quisermos.

Ino sorriu, confirmando com a cabeça que adotara a ideia de Lobo, e ele continuou.

- Sabe, meus pais sempre quiseram ter outro filho, e eu, por causa disso, acabei ficando com essa vontade junto deles. Mas toda essa merda de precisar ter a liberação do governo para que pudessem engravidar os deixava loucos. Ficaram na fila de espera, aguardando a permissão para poderem me ter, por mais de 4 anos. O mundo era muito mais simples há uma década, e as vezes eu apenas desejo que tivesse nascido nessa época.

- Eu nunca pensei nisso. Não cheguei a estudar sobre a história do mundo no início do século 21, apenas toda a situação política e essas baboseiras que os países estão atualmente. Kevin e eu íamos bastante pra casa dos nossos avós, já que era onde eu recebia amor de verdade, mas eles nunca nos contaram detalhes das vidas deles. E agora... sabendo que posso morrer a qualquer momento... penso que devia ter os escutado mais. Devem ter tantas histórias para contar, e eu talvez nunca as escute.

- Kevin?

- É... meu irmão... ele...

- Tudo bem – Lobo interrompeu Ino, por não querer fazer o garoto falar o que já entendera. – Não imagino como seja a dor de perder alguém da família... mas, caso um dia queira falar sobre ele, pode me chamar.

- Obrigado – Ino falou, baixo, fitando o chão, com seu pensamento distante dali, relembrando os bons momentos que viveu com seu irmão mais velho. – E você? – Retornou ao mundo normal, olhando Lobo. – Como é a sua família? Sua relação com seus pais?

- Bom... – Lobo parece se fechar. – Nós tínhamos uma ótima relação pra falar a verdade, mas... eu os decepcionei. Não tenho nem a certeza se estão torcendo pra eu sair vivo daqui.

- O que você fez? – Ino não se tocou o quão pessoal e invasiva aquela pergunta era, apenas a soltando com a sua curiosidade. – Você realmente fez o que estão te acusando?

- Sim, eu... sou culpado.

Após a afirmação de Lobo, Ino o olhou, dos pés à cabeça, e notou que seu uniforme tinha detalhes laranjas.

"Ele está de laranja. As únicas pessoas que eu lembro também vestirem essa cor são Kraken e Eco, o que não me deixa tão confortável. Kraken é um preconceituoso psicopata, e matou o Roma a sangue frio. Como alguém pode ser capaz de tirar a vida de outra pessoa? E tem a Eco também, que até o momento eu não vi matando ninguém, apenas sendo completamente escrota com a Dama"

Ao pensar no delinquente, o portal tornou-se a brilhar, e dele apareceram Kraken e Kant.

- Quem diria que vocês chegariam antes de mim – Kraken falou, olhando para Eco e Orion, juntos, perto da maquete, e foi até eles, acompanhado de Kant, que apenas andava como se não tivesse nenhum controle do próprio corpo. Seu físico estava ali, mas a mente não.

- Não sabia que era uma corrida – Orion brincou.

- É, na próxima fase veremos quem chega primeiro. Eu só demorei nessa por causa do macaco aqui junto de mim – Kraken indicou Kant, com a cabeça, ainda tentando tirar uma risada de Orion ou Eco, com suas piadas racistas. – Agora me digam logo como se soltaram pra eu me libertar desse bicho.

- Pede desculpas pra ele que eu te dou a chave – Lobo surgiu, encarando Kraken, e foi mal olhado por ele, Eco e Orion.

- Como é, parceiro?

- Você é surdo?

- Não, não sou. Apenas não quero acreditar que você tá tentando criar confusão COMIGO.

- Com você o quê? Acha que você é especial ou algo assim? Matar o Roma no momento que ele não conseguia se defender só torna você a merda de um grande covarde.

- Entrega a porra da chave, agora, ou você vai se arrepender.

- É mesmo? O que você vai fazer?

- Acha que consegue se defender?

- Não acho, tenho certeza.

- Bom, bom, e o menininho ali? – Kraken olhou, sorridente, para Ino, sentado no sofá atrás de Lobo, que observava o conflito dos dois torcendo para que não acabasse com nenhuma fatalidade, já que Kraken ainda carregava consigo uma picareta.

- Você tá ameaçando uma criança? – Lobo sussurrou, se aproximando de Kraken, para que Ino não ouvisse o que falava. – É esse mesmo o seu nível de covardia?

- A chave – murmurou Kraken, perto do ouvido de Lobo, e estendeu sua mão, mantendo os olhos fixados nele, com um sorriso maquiavélico estampado no rosto.

Lobo puxou as chaves, soltando-as na mão de Kraken, e deu poucos passos para trás, ainda o encarando, enquanto o delinquente se libertava de Kant, e guardava as chaves no bolso.

Kant permaneceu parado, como se não soubesse poder se mexer, ou aguardasse uma liberação.

- Dá o fora daqui, chocolate – Kraken ordenou, e calafrios percorreram a pele de Kant, que foi para um sofá distante, se isolando de todos.

Kraken foi para perto de Orion, Eco e Júpiter, de cabeça erguida e peito estufado, esperando palmas pela atitude que tomara.

- Você realmente matou o Roma? – Júpiter questionou, e Kraken, a olhou, perdido.

- O que você tá fazendo aqui?

- Eu... tô junta do Orion.

- Bom, agora já pode ficar desjunta, e dar o fora, garota.

Júpiter olhou para Orion, buscando uma manifestação dele, lhe defendendo, mas não a conseguiu.

- Não vai falar nada?

Orion relutou, e olhou para Kraken, que pulou com suas sobrancelhas, empurrando a cabeça para frente, no aguardo que ele a mandasse embora.

- Não estamos mais algemados, Júpiter – afirmou Orion, que não era mais reconhecido por sua dupla como sendo a mesma pessoa que passara a primeira fase. – Você não se encaixa aqui.

- É, ótimo, ainda bem que não – disse, decepcionada, ao se afastar do trio e da maquete, tomando um sofá próximo ao que Dama se encontrava.

- Isso! – Comemorou Hope, ao ver que Wish e Faith chegaram na parede de escalada. Ela se virou, rapidamente, contando quantas pessoas já haviam atravessado, e percebeu que a conta dava perfeitamente para que elas, e as duplas já no topo, fossem as últimas a ocupar as vagas disponíveis.

O portal se acendeu, novamente, e Cabrón e Lotus foram cuspidos por ele, tropeçando e caindo ao entrarem na sala. Os dois se levantaram, comemorando, mas rapidamente voltaram ao estado de seriedade, e seguiram para frente.

- Então, onde conseguimos nos soltar disso? – Lotus perguntou, com um tom alto, para que qualquer um pudesse lhe responder.

- Tem certeza que quer se soltar? – Cabrón virou para Lotus, e ela percebeu que o espírito brincalhão de sua dupla havia retomado o corpo. – Afinal, como eu disse, você pegou a melhor pessoa para passar a fase.

- Eu ainda não tenho certeza se isso é verdade.

- Aqui – Kraken se aproximou da dupla, com a mão levantada, expondo as chaves penduradas em seus dedos, mas, no momento que Lotus se estendeu para pegá-las, ele retira de seu alcance, guardando-as dentro da mão fechada. – O que eu ganho dando a chave para vocês?

- Posso dizer o que você deixa de ganhar – Lotus fechou o punho, juntamente do rosto.

Kraken soltou uma leve risada, e deu as chaves para Lotus, se afastando dela e de Cabrón, com um olhar interessado.

Os dois se libertaram das algemas, e quando Lotus notou que Cabrón ia na direção de onde Ino e Lobo estavam, seguiu para o lado contrário.

- Bom, - começou Cabrón, na frente de Ino e Lobo. – não pensei que ela fosse me dispensar tão cedo.

Lobo se entalou com uma risada, e Ino sorriu.

- É bom ter você aqui, Cabrón – Lobo afirmou.

- É bom estar aqui. Apenas... queria que Roma também estivesse. Mierda, aquele grandão era gente boa.

- Realmente, agora, deixa eu te contar o que aconteceu de verdade com ele.

Cabrón tomou o espaço restante no sofá de Ino e Lobo, e escutou o delinquente mais velho reconstituir o assassinato de Roma.

Alguns minutos se passaram, e Hope notou uma agitação no topo da parede de escalada, fazendo seu coração acelerar, temendo que o pior pudesse acontecer. Porém, antes que mais pensamentos ruins surgissem em sua cabeça, Wish e Faith atravessaram o portal, chegando na sala, ao tomarem as duas penúltimas vagas. Hope correu na direção de ambas, as agarrando com um forte e apertado abraço, e as duas retribuíram.

- Vocês demoraram demais! Nunca mais façam isso.

- Foi só pra dar aquela emoção, sabe – Faith, ofegante, brincou, enquanto mesclava, em seu rosto, expressões de medo, felicidade e alivio.

Sem mais ninguém olhando a maquete, o brilho verde do holograma que estava parado no topo da parede desapareceu, e segundos depois, o brilho vermelho seguiu, sozinho, passando o portal, e concluindo a primeira fase.

Ares apareceu, do outro lado, e todos lhe olharam estranhando o fato de não estar acompanhado. Tinha sangue em suas mãos, e a algema presa em seu pulso estava com as correntes quebradas. Ele sentiu ser observado e analisado por todos, e torceu, dentro de si, para que não fosse questionado de como aquilo era possível. O delinquente andou, perseguido por olhares vindos de todos os lugares da sala, que eram desde curiosidade até medo, e se sentou em um sofá vazio.

Não foi possível passar muito tempo teorizando sobre como Ares estava livre de sua dupla, antes de concluir a fase, devido ao portal se acender mais uma vez, iluminando toda a sala e os 15 delinquentes nela, que testemunharam a chegada do último jovem. Primo adentrou o local, coberto de sangue, por todo seu uniforme, pescoço, e mãos, e, assim como Ares, estava sozinho, porém, com uma picareta na mão, e um olhar repleto de ira.

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