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2: A luz ao final do corredor

O menino deixou a sala, após ser analisado por todos, e sentiu na pele como aquilo não era uma sensação boa. Cruzando a porta azul, se encontrou em um longo corredor branco, ausente de janelas, com uma luz em seu final que parecia se tratar de algo divino, mas que não era para onde ele estava indo.

Graham abriu uma porta ao lado direito do garoto, no início do corredor, e ele viu outra sala, dessa vez, uma minúscula, onde mal havia espaço para se abrir a porta sem esbarrar na cadeira que se posicionava logo em seguida.

O jovem se sentou na cadeira, puxando-a para frente, e o guarda o deixou naquele lugar claustrofóbico, fechando a porta, com uma batida forte. Na frente do menino havia uma grande parede de vidro, que o separava de um homem bem mais velho, com um cômodo bem mais aconchegante e espaçoso. Pensou em analisá-lo, guardar seu rosto em sua cabeça, pensar e teorizar sobre sua vida, mas se negou, pois havia visto como ser julgado por outros, que não sabem nada sobre sua vida, é algo ruim e que deixa um sentimento agoniante por todo o corpo.

- Zachary Weble, certo? - questionou o homem, enquanto olhava, com seus óculos de lente arredondada, para uma folha, presa num fichário, em suas mãos.

- Sim, também - falou o garoto, confirmando sua identidade.

- Deixe-me ver o que temos aqui... você está sendo julgado por homicídio, certo?

- É.

- E você se declara culpado ou inocente?

- Sou inocente.

- Claro, - murmurou o interrogador, acompanhado de um pulo irônico de suas sobrancelhas, com um tom de que escutava isso de quase todos. - e você tem do... - não conseguiu concluir sua frase, pois acabara de notar a idade de quem interrogava.

O garoto foi observado pelo homem, pela primeira vez, e, novamente, o sentimento de ser julgado de forma preconceituosa o incomodou.

- O quê? - Zachary perguntou, como se não soubesse do que se tratava a curiosidade do homem.

- Não é nada. Apenas nunca havia interrogado alguém tão novo aqui. Creio que você tenha batido o recorde.

- E o que eu ganho com isso?

- Creio que você só tem a perder, criança - comentou o interrogador, ao abaixar sua cabeça, voltando a fitar seu fichário, e evitando contato visual com o menino. - Certo, agora você precisa escolher um novo nome.

- Novo nome? - questionou o garoto, se perguntando, internamente, se aquilo se tratava da tal nomeação que escutara anteriormente.

- Sim. Na verdade, é um apelido. Será como os outros irão se referir a você durante a Absolvição.

- E para que serve isso? - perguntou, ficando alguns segundos sem uma resposta, até que o interrogador voltou a olhá-lo, e finalmente falou.

- Para que os delinquentes não criem laços uns com os outros.

A resposta que Zachary obteve não o agradou. Se tratava do fato de que a maioria que é enviada à Absolvição acaba morta. Mensalmente ocorria aquele evento, com todos os menores de idade acusados de crimes lutando para serem julgados por algo que cometeram, ou não. Zachary não sabia ao certo quantas pessoas podiam chegar à sétima fase. E não sabia se ele mesmo conseguiria isso.

- E então? - o silêncio fora da cabeça do garoto havia sido quebrado pelo interrogador - Preciso registrar seu apelido.

- Eu sou Inocente.

- Isso não me importa, criança. Preciso de um nome. Pode ser uma cor, um animal, qualquer coisa.

- Esse será meu nome. Inocente.

O interrogador congelou por um momento, encarando profundamente o olhar de Zachary, que parecia gritar de que aquele não era seu lugar. O acinzentado nos olhos do menino combinava com uma nuvem em um dia nublado. Ameaçava chover, mas estava longe de derramar qualquer lágrima. Mais alguns segundos de contato visual entre os dois, e então o velho apertou um botão vermelho na parede ao seu lado. A porta atrás do menino se abriu e Graham ressurgiu, retornando com seu imenso nariz.

- Acabou ou esse daqui deu algum problema? - perguntou o guarda, pesando sua mão no ombro fino da criança.

- Acabamos por aqui. Leve-o de volta - disse o interrogador, como se sentisse alguma pena do garoto que acabara de ouvir. Não o agradava enviar aquele pequeno delinquente para o que considerava ser uma morte certa. Visto o porte físico e a ficha dos sete adolescentes que interrogou brevemente, tinha certeza de que ele não duraria muito, mas não podia fazer nada. O egoísmo era algo necessário para sobreviver àquele mundo caótico - E, criança, - o chamou, antes dele se levantar. - não revele fatos da sua vida, ou do seu crime, para os outros. Pode ser uma desvantagem - sugeriu, soltando como uma dica do que viria futuramente.

Zachary se pôs de pé, olhando para o homem atrás do vidro, e não evitou reparar na semelhança dele com o seu pai. Os dois possuíam um corpo esguio, não muito cabelo na cabeça e um olhar de frieza e indiferença capaz de causar calafrios até nos de coração mais quente. Se pudesse diferenciar algo entre ambos, diria que o interrogador ao menos o deixou concluir sua fala sem lhe xingar ou agredir.

- Vai vir ou eu vou ter que te arrastar? - Graham perguntou.

- Não há necessidade disso - o interrogador direcionou sua fala ao guarda. - Vamos, criança, vá embora, terminamos aqui.

Zachary voltou ao mundo real, escutando e processando o que havia acontecido, e conseguiu falar novamente.

- Ah, sim. Obrigado - agradeceu, partindo, com uma expressão diferente da que mantinha anteriormente. Parecia não ser mais Zachary ali, mas, sim, uma nova pessoa.

A última fala do garoto para o interrogador o fez ficar em sua sala por alguns minutos, mesmo sem haver mais pessoas para serem colocadas ali, não até a chegada do próximo grupo. Após um tempo, finalmente pediu para que o retirassem de lá, e deixou o local.

Sendo levado de volta à sala de espera, por Graham, Zachary começou a questionar se ele realmente tinha chances de sobreviver até a sétima fase ou se apenas estaria caminhando para sua morte nas mãos de algum daqueles que havia analisado.

- Tá devolvido. Agora, se senta no teu canto ali, quietinho, e logo o tio volta pra te dizer o que fazer, beleza? - Graham falou, no ouvido de Zachary, com um tom de provocação, que já havia se tornado uma marca.

Sentado no mesmo lugar que escolhera quando entrou na sala, o menino iniciou um surto interno, com medo de que, de repente, qualquer um poderia lhe atacar e matar, quando bem quisesse. Porém, quebrando essa teoria, de todos ali que poderiam questionar o seu estado, quem ele menos imaginaria, foi quem aparentou se preocupar.

- Ei, você está bem? - o adolescente de olhar profundo direcionou sua fala ao menino.

- Sem papo! - Gritou Mark, acompanhado de seu rosto arrogante.

- Ele é uma criança, cara.

- Eu quero que ele se dane. Se está aqui, é um criminoso, e será tratado como tal - rebateu Mark, se posicionando na frente do jovem com nome desconhecido.

Antes, Zachary pensara que era aquilo que queria: mais atração para sua cabeça, mas agora que estava acontecendo, se arrependeu de ter desejado. Principalmente, por ser por sua causa que o desentendimento havia ocorrido.

- É, certo, peço perdão - o delinquente se desculpou com o guarda, o acalmando e o fazendo retornar para seu canto, porém, era notável que a última fala dele não havia caído bem no jovem.

A porta azul se abriu e Graham apareceu, de costas, puxando um carrinho de suporte de roupas, com oito jaquetas e calças pretas penduradas em cabides e enroladas em um saco plástico.

- Essas são as roupas que vocês vão usar daqui pra frente, então se troquem logo, e descartem suas roupas antigas no plástico.

- Com licença, - a garota loira do trio levantou a mão, já falando - onde que nós podemos nos trocar?

- Aqui mesmo - Tony respondeu.

- Mas... e nossa privacidade?

- Não sei se você percebeu, - Graham começou a falar, lentamente, enquanto se direcionava à Anne - mas você é uma criminosa, o que significa que você não tem o direito de pedir por direitos. Entende? Então apenas cale a boca e troque de roupa.

Anne deu alguns passos para trás, conforme Graham se aproximava, e Taylor e Riley se posicionaram em sua frente, a protegendo.

- Está tudo bem, gente, só vamos... trocar de roupa logo. Por favor - pediu Anne, tocando nos ombros de suas amigas, as fazendo abaixar a guarda.

Os quatro guardas se posicionaram na parede da porta azul, um ao lado do outro, e esperaram os delinquentes ficarem prontos, sem trocar nenhuma palavra entre si. Zachary tomou a iniciativa de ser o primeiro a pegar a vestimenta, e foi seguido pelos outros garotos, que começaram a se trocar, enquanto Anne, Taylor e Riley faziam uma forma de barreira, para que ninguém as visse se trocar. A menina de sardas viu as três garotas sendo observadas por Mark, com um sorriso no canto do rosto, e foi até o trio, as ajudando a se trocar sem que ele visse. Taylor encarou a recém-chegada de forma desconfiada, não aparentando gostar tanto de sua presença ali.

- Bom que eles nos deram bastante opção pra escolher né? - o mexicano falou, tentando acalmar o clima pesado entre todos. - E já tô vendo que não vai ficar um lugar muito colorido com esse tanto de roupa preta.

O adolescente loiro colocou sua jaqueta e ela ficou extremamente apertada, dando grande destaque para seus músculos.

- Se eu falar que minha jaqueta ficou apertada será que eu levo uma coronhada na cara? - sussurrou para o mexicano, que acabou dando uma risada baixa.

- Vocês vão levar uma coronhada se continuarem fazendo graça com esses caras aqui do lado - o delinquente que antes havia perguntado sobre Zachary se manifestou.

- Relaxa, güey, nem dói tanto assim - o mexicano fez graça com o evento que ocorrera com ele mais cedo.

Todos terminaram de se vestir e descartaram suas antigas roupas nas sacolas plásticas. Então, vestidos completamente de preto, o que para muitos poderia ser chamado de mágica, aconteceu. Os apelidos escolhidos pelos delinquentes, na sala de nomeação, apareceram em uma etiqueta branca em suas jaquetas, do lado esquerdo de seus peitos. Logo em seguida, um grosso fio que se estendia do ombro até a extremidade da manga, de ambos os lados, além de alguns outros pequenos detalhes por toda a roupa, recebeu uma cor única, divergindo de algumas pessoas para outras. Zachary olhou para sua jaqueta, notando seu novo nome: Ino.

"Não foi bem isso que eu escolhi" - pensou Ino, sem compartilhar com ninguém sua indignação.

- Mas que desgraçado - sussurrou o jovem mexicano, apelidado "Cabrón", enquanto olhava para seu novo nome na jaqueta. - Eu zoei o velho daquela sala, o chamando de cabrón, e o hijo de puta fez isso.

O loiro de bigode e barbicha, apelidado de "Roma", riu, balançando a cabeça, sem acreditar que aquilo havia acontecido, e foi acompanhado do adolescente sério, agora chamado de "V", que soltou um leve sorriso no canto da boca, mas o desfez rapidamente, retornando à sua cara séria. A garota de temperamento explosivo passou a atender pelo nome "Lotus", enquanto Anne, Riley e Taylor se tornaram "Wish", "Faith" e "Hope", respectivamente.

- Tem algo errado aqui - Faith falou para sua amiga, Hope, com um tom alto o suficiente para ser ouvida pelos guardas.

- O que é agora? - Mark perguntou, deixando Graham aliviado, pois, claramente, já estava cansado de gastar sua voz.

- Minha amiga Taylor está marcada com a cor vermelha, sendo que nós três estamos sendo julgadas pela mesma coisa, senhor.

Uma coronhada atingiu a mandíbula do rosto bochechudo de Faith, assustando todos e fazendo com que a delinquente caísse para trás. Wish e Hope se ajoelharam para ajudar a amiga, que buscou algum dente quebrado, com sua mão.

- Primeiramente, não há mais "Taylor" aqui. A partir de agora a criminosa será referida como "Hope" - o guarda afirmou, apontando para a etiqueta identificadora na jaqueta da garota de cabelos negros. - E, segundamente, senhor é o corno do seu pai. Que todos tenham aprendido.

O guarda se afastou, conforme Faith se colocou de pé novamente, e V demonstrou curiosidade.

- O que há de errado com vermelho?

- Acho que ela quer trocar de roupa com a amiga - supôs Cabrón. - Se ficar com o uniforme vermelho vai combinar com o cabelo dela.

- Não. Não é nada disso, idiota - Faith falou, pausadamente, devido uma imensa dor da boca. - É que... existem cinco cores que podem representar você aqui: roxo, vermelho, laranja, amarelo ou verde. Sendo cada uma relacionada à um tipo de crime, e pelo o que eu sei, roxo e vermelho são as piores.

V, ao escutar Faith lhe explicar o sentido das cores nas jaquetas e calças, olhou para si mesmo, com uma leve expressão de indignação. Porém, o adolescente notou que ele e Hope não eram os únicos de vermelho ali. Ino e Lotus também haviam sido amaldiçoados pela mesma cor. Enquanto Cabrón, Wish e Faith possuíam detalhes amarelos, e Roma, verde.

- Acabaram todos? - Graham gritou, não buscando uma resposta, apenas confirmando de que poderiam prosseguir. - Já demos tempo o suficiente para se trocarem e baterem um papinho. Agora é hora de mandá-los para onde a diversão começa.

Os quatro guardas guiaram os oito delinquentes para fora da sala de espera, passando a porta azul e seguindo reto pelo corredor. Caminhando na direção da luz divina que antes parecia ser inalcançável, Ino voltou a pensar de que era aquele o momento em que tudo se iniciava, ou acabava. O literal tudo ou nada. Sabia que iria precisar se esforçar para sair vivo das sete fases e provar sua inocência. Mas sabia mais ainda de que não seria nada fácil.

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