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2 - As Sete Velas


Só pra vocês saberem o nome do tatuado é Ramon, tá? Em 2014 eu conheci o Ramon numa festa e a gente começou a namorar, mas por conta da faculdade e da mala da Marcela a gente nunca conseguiu passar muito tempo sozinhos até as férias de 2015. Em 2015 já estávamos a um ano namorando e eu resolvi dar uma moral pro garoto, quando ele falou dessa viagem incrível de férias eu me animei e aceitei ir com ele. E não, essa história não é sobre o Ramon ser um chupa cu nem nada assim, tá seus preconceituosos? Ele era tatuado, mas ele era um cara super legal e um fofo, nós só terminamos porque ele foi fazer mestrado fora e esse lance de relacionamento à distância não é pra mim.

- Perdeu a oportunidade de morar no exterior com um marido tatuado, por isso que ainda bebe com nós mortais - Marcela cutucou. 

- Eu amo meu marido, tá bom! Nem por toda Europa do mundo eu deixaria o meu cururu véi - Letícia retrucou sem pensar duas vezes.

- Awn como ela é fofa, vou falar tudo pro César quando ver ele - Allan já mais sóbrio comentou.

Mas tu é um fofoqueiro mesmo, hein? Enfim, Ramon me chamou pra uma viagem de carro até a casa de um primo dele que era num estado vizinho e a gente percorreria todo o interior do estado até chegar lá. Vocês sabem como eu adoro uma viagem de carro, né? Claro que eu topei! Larguei a Marcela em casa, fiz minhas malas e peguei a estrada. Na época tanto eu como ele erámos bolsistas, então tudo era com os nossos míseros centavos que a gente recebia da BIA. Na época a gasolina era bem mais barata que hoje, mesmo assim, depois de pagar a gasolina do carro a gente não tinha dinheiro sobrando pra dormir em hotel e coisa assim. Era dormir no carro, comer comida baratinha na beira da estrada e usar banheiro de rodoviária por um bom tempo. Hoje em dia eu nunca me submeteria a isso, morreu meu espírito aventureiro assim que eu tive o Rafa, mas na época eu amei a experiência que ficou ainda melhor por causa da ótima companhia.

Nessa viagem a gente conheceu todo tipo de lugar. Pequenos museus escondidos em cidadezinhas do interior, casinhas lindas, paisagens incríveis e tudo que se tem direito. Posso dizer com certeza que aquela foi a viagem da minha vida e não me arrependo nem um pouco de ter feito ela. Tava tudo indo às mil maravilhas, mas, como alegria de pobre dura pouco, no meio da viagem o carro quebrou. Nem eu, nem o Ramon tínhamos o mínimo conhecimento de mecânica pra saber o que tava errado ali, então a gente teve que passar uns dias numa cidadezinha perto da divisa. Acho que a gente tinha mesmo cara de universitário faminto, porque o mecânico, que era um anjo na terra, disse que não ia cobrar o serviço e até arranjou um canto pra gente ficar até ele arrumar o carro. 

Ele botou a chave do canto na nossa mão e disse pra nos sentir a vontade, ele mesmo não ia lá tinha um tempo, mas o lugar era bem cuidado pela comunidade porque a antiga dona era muito querida pela cidade. O tal lugar era uma casinha já meio afastada do centro da cidade, mas bem bonitinha. Segundo o mecânico a antiga dona havia morrido há uns anos e, como não tinha filhos, ninguém sabia bem o que fazer com a casa. Ele disse pra gente que resolveram se revezar pra cuidar da casa porque doía demais ver ela abandonada, porque, como eu já disse, a dona era uma pessoa muito querida por todos. Mesmo não tendo nenhum filho, ela era parteira e tinha muitos filhos de coração.

O Ramon disse que não gostava do ar da casa, que era esquisito, então a gente passava o dia andando pela cidade e à noite dormíamos no carro mesmo. Quando o carro já tava quase pronto pra irmos embora, deu uma chuva terrível. Era um pau d'água pesado e a gente até estranhou, chuva à essa altura de julho? Mas tanta era a água que começou a entrar na parte de baixo do carro e o mecânico colocou pra dentro da oficina, daí não teve jeito. Quando ele trancou a oficina à noite, ficamos sem ter onde dormir e então a gente teve que ir pra tal da casa. 

Num primeiro olhar ela não tinha nada demais. Era uma casa bem simples, até porque a dona era sozinha. Tinha uma salinha com uma tevê de séculos atrás e um sofazinho de dois lugares, um banheiro pequeninho com duas toalhas - provavelmente o mecânico tinha colocado ali - com cheiro de amaciante, a cozinha com uma geladeira que ainda funcionava e um fogão de 4 bocas e o último cômodo que era o quarto dela. A gente passou boa parte da noite assistindo televisão e jogando conversa fora na sala, mas a chuva era tanta que no meio da noite teve um apagão e só nos restava dormir. O sofá da sala era muito pequeno pra qualquer um de nós dois dormir, então depois de mil anos ali a gente foi abrir o quarto pra dormir na cama de lá.

Assim que entramos no quarto levamos um susto por causa da claridade, afinal, apagão né? A casa toda tava escura, mas o quarto estava iluminado por velas. Era um quarto simples com uma cama de solteiro, várias coisas da antiga dona e um pequeno altar com uma estátua de Santo Antônio e sete velas brancas. Olhar aquilo me deu um arrepio na espinha, pra mim esse negócio de vela branca é coisa de velório. Não conseguia dormir com a luz das velas, então a otária foi lá apagar. Assim que eu apaguei a primeira vela senti uma pressão enorme no meu corpo, como se alguém tivesse me empurrando e escutei claramente alguém gritando "sai!". Eu gelei. Não esperamos nem o apagão passar, eu e o Ramon corremos assustadissimos pra casa do mecânico que ficou sem entender nada, mas deixou a gente dormir na sala dele. No outro dia pegamos a estrada de novo e em pouco tempo a gente passou uns dias ótimos na casa do primo do Ramon, mas eu vou confessar que aquele negócio das sete velas tá na minha cabeça até hoje.

- Ui, que horror! - Patricia abraçou a si mesma pra espantar o medo.

- Ih, mas quem mandou apagar a vela alheia? - Marcela lhe deu língua - Na casa de morto além do mais, só sendo doida mesmo.

- Você sabe que eu não acreditava nessas coisas!

- Tá bom. Agora parou  a briga - Allan interrompeu - Agora eu vou aproveitar que tou mais normalzinho pra contar a minha história, daqui pra mais tarde quero tomar mais umas e não vou ficar sem a minha vez, né?

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