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08 ♪ Se apaixone

Youngjae confere repetidas vezes o seu celular à espera de alguma mensagem. Meu rosto, sem maquiagem e qualquer outro esforço para me deixar um pouco menos desanimada, é coberto por um pano vermelho que eu mesma coloquei sobre a cabeça. Em minha visão, é possível ver somente os meus pés e as pernas dos seguranças que me escoltam até o carro. Youngjae conversa irritado com alguém no telefone, não consigo mais vê-lo por conta do pano, mas imagino sua feição frustrada.

— E isso faz algum sentido? É claro que é uma mentira! Não tem como alguém tomar o lugar de outra pessoa! — ele diz tentando conter a voz.

Ouço sons de carros, flashes e muitas vozes diferentes vindo dos dois lados. O caminho da saída do prédio até o carro, na frente dele, de repente se torna longo.

A notícia se espalhou rapidamente e agora todos me odeiam. Sair da Galeria de Arte daquela forma ontem me deixou atordoada por muito tempo, porque eu não poderia imaginar que seria assim. Jeno não voltou ontem para o hotel. Apesar de dormir sozinha no meu quarto, saber que ele não estava no quarto ao lado me deixou muito solitária. A noite passada foi longa e cheia de arrependimentos.

Depois de tirar parte do pano do meu rosto, vejo Youngjae abrir a porta do passageiro, e assim eu entro no carro.

Posso finalmente respirar.

Jogo longe o pano vermelho, ouvindo o tecido se chocar contra o banco do motorista. Logo em seguida, Youngjae entra no carro.

Depois da entrevista, o contrato de Siyeon com o reality acabou uma vez que as filmagens chegaram ao fim, e então, como antes combinado, irei voltar a ser a Boyoung.

Mas... eu não quero.

Não tive a chance de falar com Jeno em nenhum segundo, como se ele fosse um fantasma que desaparecesse da noite para o dia. Estou tão assustada em pensar que nunca mais poderei vê-lo ou no pior dos casos ter a certeza que tudo o que passamos não passou de um divertimento.

Arg! Esses fãs loucos! — Youngjae buzina para algumas pessoas na frente do carro, elas gritam palavras grosseiras utilizando o nome de Siyeon.

E apesar de não ser o meu nome, dói saber que as pessoas odeiam o meu rosto.

Ouço o suspiro de Youngjae. Ainda não tive coragem para conversar com ele sobre o que aconteceu.

— Como eles descobriram? Por que você não me deu uma resposta decente sobre isso, Youngjae? — pergunto para o ex-gerente.

— O que você quer que eu diga? Pense que pelo menos o contrato acabou. Você não precisa mais fazer isso, não é problema seu.

— Mas... Isso é injusto! Eu não pude falar nada com Jeno...

— Boyoung, você sabe que Jeno é uma celebridade, isso acontece muito com eles. Estão acostumados. Vivem algo para depois irem embora, é assim que funciona.

— Ele sabia que eu não era a Siyeon desde o começo, e foi você que contou pra ele. Como quer que eu lide com isso?

O gerente, após parar o carro no semáforo, me encara pelo retrovisor.

— Você sabia disso?

— Não o tempo todo. Jeno me contou antes da entrevista. Ele foi sincero comigo e... Eu não fui sincera com ele.

Meu coração dói só por lembrar da voz de Jeno — aperto meus olhos tentando dissipar o seu sorriso das minhas lembranças.

Youngjae acelera logo após o farol abrir, voltando com o olhar para a pista. Ele aparenta não querer falar mais sobre o assunto. Talvez esteja com raiva por Jeno não ter mantido a promessa de não contar para mim, se é que teve uma, ou só está com pressa de me levar para casa.

Casa... Afinal, eu quero mesmo voltar?

— Youngjae — chamo pelo ex-gerente —, antes de ir pra casa, eu posso me encontrar com Siyeon?

— Acho que é justo que vocês se vejam uma última vez.

— Gostaria de saber como ela está. — Abaixo meu rosto olhando para minhas mãos juntas.

Se eu me conheço bem, sei que esse encontro é ignorância minha para que essa vida que não é minha dure um pouco mais.

Youngjae muda a rota, colocando no GPS o lugar onde Siyeon está.

O bairro que entramos é muito menos visitado do que qualquer outro. Lembro de ter vindo poucas vezes aqui, em lojas que vendem tecidos e aventais sob medida, e mesmo que algumas lojas sejam famosas, o fluxo de pessoas sempre foi baixo.

Youngjae diminui a velocidade. É provável que Siyeon esteja em uma dessas casas.

Como em um bairro de classe média baixa, algumas moradias ainda não foram rebocadas. Para o lado esquerdo da rua que olho vejo três crianças na calçada brincando de amarelinha, enquanto que do lado direito algumas lojas abrem suas portas.

Youngjae estaciona o carro em frente a uma loja de garagem debaixo de uma árvore de flores amarelas. Esse lado da rua está repleto das pequeninas, espalhadas por toda a calçada.

— Chegamos. É aqui — Youngjae fala tirando a chave da ignição e em seguida saindo do carro.

— Obrigada — digo logo após ele abrir a porta do carro para mim.

A casa é bonita, de dois andares, com a pintura meio gastada de cor salmão. Vejo ventiladores, quadrinhos antigos, abajures, cadeiras e estofados de forma organizada na garagem. Bem no fundo da garagem, próximo a uma porta que dá acesso à casa, uma mulher está sentada em uma cadeira com uma das pernas sobre outro móvel. Ela lê tranquilamente um dos quadrinhos que vi visível na entrada da garagem.

— Siyeon? — Youngjae chama.

As mechas azuis, que um dia esbarrei, mexem pela virada de rosto de Siyeon. Ela sorri quando nos vê, se levantando e deixando o quadrinho de lado.

— Oi! — Ela se aproxima entusiasmada, muito diferente da primeira vez que nos vimos. — Boyoung, como você está?

— Oi, Siyeon. Estou bem e você? Esse lugar é seu?

— Estou ótima. Essa venda de garagem não é minha, estou aqui só pra ler aquele quadrinho. A história é legal e o dono da venda deixa os clientes à vontade. Ele acabou de sair para comprar alguma coisa. Eu não ouvi, aquele senhor fala rápido demais.

Youngjae toca em alguns móveis e faz girar a hélice do ventilador próximo de nós duas.

— Ah, parece divertido — falo em um sorriso nervoso. Para ser sincera, eu não faço ideia do que dizer. — Deve estar sendo legal, e você parece melhor do que quando nos vimos pela primeira vez.

— Obrigada! Mas acho que não é o mesmo com você, é? Se anime, hoje é o último dia de você lá. Estou feliz que veio me ver. Já sei! Vamos almoçar todos juntos?

— Eu não acho que seja boa ideia sairmos para restaurantes nesse momento — Youngjae comenta.

— Sei disso, a minha ideia não é sair pra lugares movimentados. Podemos comer aqui mesmo na garagem. Youngjae, pode comprar alguma coisa pra gente no restaurante caseiro da rua de baixo?

Youngjae confirma com a cabeça e sai logo em seguida.

— Vamos, vamos! Senta aqui. — Siyeon me pega pelos ombros, eu não tenho escolha a não ser me sentar em uma poltrona gasta, talvez pelo tempo.

Ouço o som do carro de Youngjae dando a partida, e em pouco tempo ele desaparece do meu campo de visão.

O cheiro dos móveis velhos se torna ainda mais presente ao respirar fundo...

— Eu soube o que aconteceu — a fala de Siyeon me tira de meus devaneios. Ela se senta à minha frente em um banco de plástico. — Me desculpe, eu te coloquei nessa, mas pode ter certeza que vou assumir a culpa quando voltar.

— Mas se você confirmar os rumores, só vai receber mais ódio por parte das pessoas.

— Não dá pra esconder isso por muito mais tempo... Não se preocupe, estou bem melhor agora.

— Sem querer entrar muito na sua vida pessoal, mas... O que exatamente você tem?

Siyeon ri brevemente.

— Está tudo bem, Boyoung, pode perguntar o que quiser. De uns tempos pra cá, me vi com a saúde muito fraca. Nem os suplementos diários que costumava tomar me ajudavam, e o estresse da carreira me consumia todos os dias. Youngjae me viu piorar e disse que eu precisava de férias. Mas como eu tiraria?

— Quando surgiu o reality você fugiu?

— Exatamente. É claro, eu não queria participar de forma alguma. Eu estava tão estressada que... Sei lá! Queria correr o mais rápido que podia.

— Eu também tenho um pouco disso às vezes...

— Foi aí que paramos o carro no seu bairro. Eu queria ar livre, e de repente eu encontrei você — conta em um sorriso.

— A sua solução.

— Não quero colocar dessa maneira. Parece um pouco duro demais, como se você não tivesse escolha.

— Mas eu tive, escolhi te ajudar.

— E foi bom se submeter a isso?

— Eu acho... que sim.

Eu nunca tive uma semana tão rápida quanto a que passou. Em somente sete dias pude experimentar uma vida totalmente diferente.

— Você acha? Aconteceu alguma coisa que te deixou pra baixo? Não sinta medo em me falar. Quando eu voltar vou resolver tudo.

Sorrio antes de dizer:

— Talvez o mais difícil seja deixar pra trás as boas memórias que fiz.

— Com alguém?

Afirmo com a cabeça.

— Acredito que não seja com Youngjae. Ele é legal, um ótimo gerente e amigo, mas... Não acho que tenha sido ele que abalou o seu coração.

Encaro os olhos ansiosos e curiosos de Siyeon. A nossa conversa está totalmente diferente do que eu esperava.

— A verdade é que... — Aperto minhas mãos sobre as pernas, temendo dizer isso em voz alta. — Eu deixei de lado uma amizade...

Siyeon permanece em silêncio com uma expressão meio surpresa.

— Jeno é uma pessoa maravilhosa... Ele me ajudou muito nesses sete dias. Até sabia que eu não era a Siyeon de verdade, desde o começo, e ainda assim foi muito bondoso comigo fora e nas câmeras — acrescento, sinto minhas bochechas queimarem. — Mas no fim eu nem tive tempo de dar tchau...

— Eu não poderia imaginar que vocês seriam bons amigos. Na verdade, nem imaginaria que você se tornaria amiga dele. Não é nada com você! — Ela nega com as mãos. — É só que a vida de uma celebridade é muito corrida e muitas vezes fazer amizades ou manter um amigo perto é uma das coisas mais difíceis de se fazer... — ela fala com certa melancolia.

— Eu... Não poderia imaginar que seria assim, Siyeon. Você deve ter passado por muitas coisas. Aliás, Youngjae me disse que a sua personalidade é algo criado pela empresa. É verdade?

Siyeon suspira.

— É verdade, sou um objeto pra eles. Mas tudo vai mudar depois que eu voltar. Já decidi as coisas que quero fazer, nada vai me impedir. Se eles não gostarem, que me tirem da empresa. — Seu olhar tristonho muda rapidamente, e de repente Siyeon está sorrindo. — E você? O que vai fazer?

— Hãm... Voltar a minha vida normal como barista, rever meus amigos, pagar as contas... Essas coisas.

— Não! Eu quero dizer o que você vai fazer com Jeno. Você disse que não se despediu dele. Não quer fazer isso?

— Eu não sei... Eu...

— Qual é, Boyoung, você claramente sente algo a mais por ele.

— N-Não! Eu gosto dele, mas não desse jeito.

— Está escrito nos seus olhos. Até agora, no pouco que falou sobre ele, você se sentiu nervosa e está triste por não poder se despedir.

— Você mesma disse que a vida de uma celebridade é corrida pra amizades, quanto mais pra coisas românticas...

— Então você admite?

— É impossível se apaixonar por alguém em sete dias.

Siyeon ri brevemente.

— Tá bom, se você diz vou acreditar. Mas caso queira vê-lo outra vez é só me dizer.

— Como assim?...

Ajeito o meu avental, o amarrando por trás pela primeira vez depois de muito afastada do meu conforto. Arrumar os cabelos em um coque me traz boas lembranças: as muitas vezes que Doyoung me chamou atenção por trabalhar de cabelo solto temendo que os clientes encontrem fios de cabelos intrusos em seus cappuccinos. Que ingênua... É claro que algo assim poderia acontecer se eu seguisse a minha vontade. Ele me ensinou muito, e agora me pergunto com dor no coração se ele e Midoo estão bem. Como devem ter reagido sobre o escândalo de haver duas Siyeon? Eu não posso nem imaginar.

— Boyoung? — Ouço a voz de Siyeon ao meu lado.

Me viro para ela, encontrando uma expressão confusa.

— Está tudo bem? — ela pergunta. — Se quiser desistir não tem problema.

Respiro fundo antes de responder.

— Eu não vou desistir agora.

Siyeon sorri após a minha resposta e se aproxima para ajeitar os dois primeiros botões da minha camisa social feminina.

— Vocês terão duas horas pra conversar. É o máximo que eu e Youngjae conseguimos. Na verdade mais ele do que eu.

— Obrigada mais uma vez, Siyeon. Eu... não sei como retribuir.

— Sabe que não precisa. Nós é quem estamos retribuindo pelo que fez por mim e Youngjae.

Siyeon se coloca atrás de mim empurrando minhas costas até a porta que leva ao bar da cappuccinoteria. Ela cessa sua força após estarmos próximas da porta.

— Faça o que você sabe de melhor — ela diz em um sorriso e se distancia logo em seguida.

Ao abrir a porta, me deparo com vários rostos e móveis desconhecidos, mas o ambiente me deixa confortável. O bar da cappuccinoteria, situado no centro da cidade, é mais moderno em comparação ao Fallin'ove, uma cappuccinoteria de bairro. A máquina de cappuccino é muito bonita e tenho a impressão de sorrir sem perceber. As xícaras ao lado, de um porcelanato brilhante, torna a experiência ainda mais assustadora e empolgante.

Antes de começar, olho para os clientes em busca de um rosto conhecido. O ambiente é o mesmo: adolescentes, adultos ocupados em seus notebooks, pessoas que somente querem apreciar um bom cappuccino e ele, o meu alvo, sentado no lugar mais afastado recostado entre a parede e a cadeira em que está sentado.

Inspirada nos momentos que vivemos juntos, a latte art que pretendo fazer é de uma pipa. Essa é a primeira vez que desenharei algo tão detalhado. Doyoung, uma vez, me disse que quando a latte art é feita com o coração o sentimento durante o processo é vivo. Sou capaz de sentir a leveza da pipa que seguramos naquele dia. Tenho certeza que se Doyoung estivesse aqui ficaria orgulhoso da minha evolução.

Com cuidado, coloco a xícara recém adornada em cima de uma bandeja metálica, e olho uma última vez para o meu trabalho. Sinto minhas pernas tremerem de nervosismo e minha respiração oscilar quando olho para ele, o meu alvo. Com coragem, porque preciso tê-la agora, segurando a bandeja com as duas mãos, ando calmamente até Jeno. Ele não percebe a minha aproximação, o seu olhar está fixo para baixo, em algo além do que consigo ver. Coloco a bandeja em cima da mesa em seguida colocando a xícara à frente de Jeno.

— O seu pedido, Senhor — minha voz soa tímida.

E, no mesmo segundo, Jeno aparenta surpresa no olhar ao encarar a latte art. Ele rapidamente levanta o olhar para mim, e eu o espero com um sorriso de lábios com as mãos na frente do corpo.

Os olhos dele se movimentam de forma que parece observar cada ponto do meu rosto.

— Boyoung? — ele pronuncia o meu nome. — O que você?...

Olhando desconfiada para os lados, me sento na cadeira à frente de Jeno.

— Você está bem? — eu pergunto.

— Você desapareceu, sumiu de repente. Aconteceu alguma coisa? Eles descobriram sobre você? — Jeno leva o corpo para frente, mais próximo da mesa, falando quase em um sussurro.

Faço o mesmo, e então nossos rostos ficam próximos.

— Eles descobriram, mas eu estou bem. Queria te ver pela última vez, eu não tive tempo de me despedir.

— Última vez? — ele demanda com a testa franzida. — Como pode ser a última vez? — Jeno olha cismado para os lados. — Eles sabem que você está aqui? Por que não está usando nenhuma máscara pra cobrir o rosto? Há muitos jornalistas por perto.

— Por que eles estariam em uma cappuccinoteria?

— Recebi uma mensagem anônima que deveria vir aqui pra te encontrar. Eu pensei muito antes de realmente me arriscar. Nenhum agente sabe, somente meus seguranças do lado de fora, que também estão disfarçados. Mas eles perceberam o mínimo dos meus movimentos e agora estão por aí.

— Jeno, você não pode confiar em qualquer mensagem anônima que recebe! E se de repente não fosse eu?

— Foi você quem planejou isso, não é? — Ele sorri.

Desvio momentaneamente o olhar.

— Siyeon e o manager dela me ajudaram. Eu não conseguiria se não fosse por eles...

— Boyoung, eu não quero me separar de você. Podemos nos encontrar sempre que quisermos.

Sua fala me tira um olhar sustado.

— Jeno, a vida de vocês é muito corrida e... Eu não conseguiria acompanhar esse ritmo. É melhor que seja assim, a última vez... Talvez doa menos pra mim e pra você.

Jeno pressiona os lábios.

— Não deixei de pensar em você um segundo desde que sumiu depois da entrevista. Me perguntava se estava bem, se estava se alimentando direito ou se as pessoas te fizeram algum mal — ele deixa de sussurrar, agora falando baixo. — Essa semana, pra mim, foi uma das melhores em todos esses anos. Essa filmagem se tornou especial pra mim por causa de você.

Minha boca tremula, desesperada para falar algo, mas meu coração aperta e no fim não consigo dizer uma única palavra.

Existe alguma maneira de nós ficarmos juntos?

— Foi incrível essa semana com você, experimentar algo que eu nunca imaginei... Mas eu não sou a Siyeon. Eu não posso mais acompanhar você. Eu tenho a minha vida, e ela é bem diferente da sua.

Jeno afasta o corpo da mesa, colocando o peso do corpo sobre as costas da cadeira.

Lentamente faço o mesmo, receosa de sua atitude.

— Sei bem que você não é a Siyeon. Eu poderia ter agido de outra forma no momento que soube e tive a certeza disso. Mas sinceramente eu gostei de você. Todo o seu jeito engraçado, o modo como você mostrou que se importa, o seu sorriso...

— Mas...

— Eu gosto de você, Boyoung. Entendo que nossas vidas são diferentes, mas estou disposto a tentar. Não é por isso que arriscou me ver? — ele acrescenta com um sorriso de lábios, suas bochechas rosadas captam minha atenção.

Ele realmente gosta de mim?

— Eu... Eu também gosto de você, Jeno... — Aperto minhas mãos sobre as pernas. — Sim, é por isso que vim te ver.

Jeno abre o seu sorriso, visivelmente feliz. Para mim, vê-lo dessa forma me enche de entusiasmo. Ele estica o braço em cima da mesa, na minha direção, deixando a palma da mão para cima. Automaticamente, sem muito pensar, sinto o toque quente de seus dedos ao repousar a minha mão sobre a dele.

— Isso significa que estamos namorando? — Jeno demanda travesso com uma das sobrancelhas erguida.

Meu coração salta ao ouvir "namorando".

— Namorar um astro da música? Acho que sou muito sortuda. — Rio da minha própria fala, e Jeno me acompanha.

Ele se levanta e senta ao meu lado. Meus olhos abertos, surpresos com a sua ação, buscam alguma explicação no olhar de Jeno, mas ele somente continua a sorrir.

— Eu sou o sortudo por conhecer você — ele diz enquanto entrelaça as nossas mãos. — Agora... Quem é a Boyoung que ainda não conheço?

Sorrio com a sua pergunta. Minhas bochechas queimam e me sinto envergonhada, o que me leva a desviar o olhar.

De forma tão amável, Jeno coloca a mão sobre a minha bochecha fazendo com que eu vire o meu rosto em direção a ele.

Ele se aproxima. Sinto tão de perto a sua respiração como nunca antes. Nossos lábios selam delicadamente um beijo enquanto meus olhos fecham no mesmo segundo.

É como se o mundo ao redor parasse...

Jeno tem um perfume doce e suave, e não consigo distinguir se vem de sua pele ou de suas roupas.

Ficamos assim por longos segundos.

Ele distancia o rosto e eu rio de nervoso quando abro os olhos para encará-lo. Jeno, que também parece estar tímido, ri contido e desvia o olhar para baixo.

Ele fica adorável assim.

— Quero que conheça meus amigos. Eles são meio estranhos de início, mas legais quando você conhece — Jeno fala sorridente, agora com o olhar para mim.

— E você precisa conhecer meus dois amigos! Doyoung e Midoo são ótimas pessoas. Eles são os donos da cappuccinoteria onde eu trabalho.

— Acho que já estamos no nível de querer apresentar pra família. — Sua fala nos torna risonhos. Rio mais por vergonha. — Você é muito talentosa fazendo esses desenhos no cappuccino. Eu nunca parei pra pensar que existe uma arte por trás disso. O que mais tenho para conhecer em você?

Sinto o polegar de Jeno acariciar as costas da minha mão.

Ah! Ele é tão apaixonante!

— Todo esse tempo foi sobre mim. Por que não me fala sobre o Jeno fora das câmeras?

Ele ri momentaneamente.

— Contarei tudo pra você, mas sem pressa.

Jeno trás a xícara para perto de si e toma um gole do cappuccino. O seu lábio superior fica com uma marca branca, mas ele é rápido em limpar. Sorrio pela sua timidez, e compartilho do mesmo gole na mesma xícara propositalmente deixando uma marca branca em meus lábios.

Quem poderia imaginar que o romance dos livros que leio seria tão real?

Estou aliviada de enfim ter falado a verdade...

E agora eu sou capaz de voar, mas nunca, nunca para longe de Jeno.

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