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05 ♪ Que indiretamente o faz mal

Esperei pacientemente por uma advertência de Youngjae noite passada. Para a minha surpresa, o gerente só me elogiou dizendo que a minha ação gerou emoção para o reality e que os produtores gostaram muito. Claro que os outros funcionários da equipe, ali na hora, não devem ter achado nada empolgante sair correndo atrás de dois adultos que não sabiam para onde corriam, mas a palavra final quase sempre são dos produtores.

Não estou acostumada a acordar tão cedo, muito menos ficar longas duas horas na frente de um espelho sob forte luz. Meus olhos curiosos vão para a tela do celular em cima da penteadeira, parece ter sido posto propositalmente perto de mim; e eu entendo o porquê. Até ontem, eu não poderia imaginar o quanto Siyeon é uma pessoa polêmica. A notícia em destaque na tela do celular, diz: "Ex-assessor de Siyeon alega ter sido extorquido por ela". 

Preciso ignorar as frias olhadelas de um dos maquiadores a me pincelar. É nítido a sua raiva pela forma como aperta mais do que deve o pincel sobre minhas pálpebras. O inesperado é que eu não tenho reação. Não sou Siyeon, não sei me comportar como ela, não consigo imaginar o que a verdadeira faria agora.

— Siyeon, que história é essa que você engordou? — Uma mulher estilosa, trajada à moda anos 80, aparece na porta do camarim. 

Me levanto no mesmo segundo fazendo uma rápida mensura com o corpo, talvez o seu tom de voz tenha me deixado com medo.

— Tudo bem engordar em algumas partes, é totalmente compreensível. Mas você aumentou de número nas pernas, nos braços, busto, cintura, ombros... Como conseguiu isso? Você não tem ideia do quanto demorou para conseguir ajustar os pontos em sua roupa. Quero dizer, se não tivesse que comer tanto não precisaria. Andou esquecendo de fazer exercícios também?

Apesar de corresponder com sorriso amarelo, suas incessantes perguntas relacionadas ao meu corpo me deixam totalmente desconfortável. Talvez Youngjae e Siyeon não tenham pensado muito bem no fato de que eu e ela não temos o mesmo corpo nas medidas. Quero dizer, ela é uma celebridade que usa roupas de marcas famosas e que, com certeza, anda muito bem vestida, é claro que os seus estilistas saberiam mais do que a própria Siyeon sobre o seu corpo.

 — Mas, deixando essas coisas de lado, você ficou muito bonita de Jasmine. Acha que o seu Aladdin irá gostar de sua princesa? — pergunta sorridente chocando nossos ombros.

Me desequilibro pelo esbarro, mas rapidamente me tenho de volta no mesmo lugar. 

A estilista, talvez no automático, se abaixa para ajustar a barra da minha calça estilo árabe, na mesma cor azul de Jasmine. É realmente lindo o tecido fino azul bebê que sobressai por cima da calça, me tornando uma verdadeira princesa. A estilista volta a ficar de pé para me encarar de cima a baixo. Sorri ao olhar para meu colar dourado e arruma a tiara azul fixa em meus cabelos. O cropped no mesmo tom da calça me deixa envergonhada, mas é exatamente assim que a personagem se veste nos desenhos. De tudo o que mais gostei foram as sapatilhas azuis cujas as pontas dão uma pequena enroladinha, esse detalhe a torna fofa. Dou um sorriso genuíno ao me olhar no espelho, mas não entendo o porquê, ao fim do bom sentimento, me sinto insegura.

Após duas horas de preparação, me encontro pronta para, enfim, me juntar a Jeno em uma sala decorada como um quarto real de um palácio da Arábia. É muito bonito como o ambiente é colorido, desde às frutas, em uma bandeja em uma mesa baixa de centro, à decoração cultural. A estilista não precisa mais estar presente, e em seguida avisto Youngjae atrás das muitas câmeras no cenário. Há sempre uma que nos filma a todo momento, sua luzinha vermelha nunca se apaga, e tenho a impressão de que será lançado algum tipo de conteúdo relacionado aos bastidores. Consigo sentir menos receio de estar perante cada uma das monstruosas câmeras, é como se estivesse me acostumando com a ideia.

Jeno aparece no mesmo momento que me sento próximo a mesa de centro, meu olhar rapidamente vai de encontro a ele. Embora simples, comparado com a vestimenta da princesa Jasmine, Jeno consegue ser radiante. Está perfeitamente adornado com uma blusa de manga branca e por cima um colete, de tecido firme, vermelho. 

Preciso ajeitar a postura na pequena almofada no chão. É estranho de repente não estar acostumada com um costume que também tenho.

Jeno se senta ao meu lado bastante sorridente, meu coração palpita quando nossos olhares se encontram.

— Você está muito bonita — diz amável.

— Você também. — Correspondo baixo. 

A este ponto já posso me considerar amiga dele. Quem poderia imaginar que passaríamos por tanta coisa ontem? 

Apesar disso, essa situação agora é estranha. Não sou eu quem ele realmente conhece, estou na pele de outra pessoa...

— Quando fiquei sabendo que a missão era se fantasiar de um casal da Disney fiquei super animado! — ele conta entusiasmado.

A felicidade dele me contagia.

— Eu também porque não sabia que casal poderia ser — digo tais palavras com sorriso tímido. — Por que você acha que escolheram a Jasmine e o Aladdin? 

— Você não gostou?

— Não é isso! É que existem muitos outros casais mais famosos.

Jeno coloca os dois braços para trás no chão apoiando firmemente o seu corpo.

— Acho que dessa vez querem demonstrar o verdadeiro sentimento do casal. 

— Tá me conta, fiquei interessada. Onde os dois passam essa visão pra você?

— Pensa comigo: Jasmine é uma princesa que tinha alto status, e Aladdin era um ladrãozinho de rua. Os dois não tinham nada pra dar certo. Mas o que fez o certo acontecer foi que os dois foram verdadeiros um com o outro.

Seu sorriso me desnorteia rumo a um profundo devaneio. 

Jasmine estava procurando um verdadeiro amor, e não se importou com a origem de Aladdin, pois ele foi verdadeiro e é por isso que os dois se apaixonaram.

Embora ver o sorriso de Jeno todos os dias me deixe encantada, eu não estou sendo verdadeira. E neste caso só a sinceridade não é o suficiente.

— É realmente uma conclusão muito bonita. — Concordo com um sorriso. — Mas... e se acontecesse de um dos dois mentir um pro outro? Quer dizer... Aconteceu, né... entre eles... na história...

— Então espero que você me perdoe rápido! — Gargalha, e eu não entendo o motivo. — É que na história quem mente sobre si é o Aladdin, você, Jasmine, é quem fica com raiva — explica.

— Ah, sim é claro! Eu me esqueci... Não se preocupe, Jeno, irei te perdoar bem rápido.

O garoto ri baixo consertando a postura levando o rosto para o lado a fim de que uma maquiadora pincele abaixo de seus olhos.

Jeno parece não notar a minha insegurança, a única coisa verdadeira em mim.

Toda palavra que digo parece não ter peso. As coisas que sinto e penso não são nada, como se eu não existisse ou não vivesse esse momento. Até agora não tinha reclamado sobre essa não existência.

O primeiro jogo, para as filmagens do reality, é um jogo de palavras. Jeno lê uma palavra que a produção já preparou para ele, elas estão em cartões pequenos dentro de um envelope vermelho, e eu preciso dizer a primeira coisa que vem à minha mente. Parece ser bem simples e divertido, e, apesar de me embaralhar algumas vezes, consigo rir e sorrir das conclusões estranhas das primeiras palavras que penso.

— Vamos fazer uma pequena pausa! — o diretor anuncia. 

Os maquiadores se apressam e rapidamente se juntam ao redor de Jeno e eu. O garoto precisa deixar o rosto imóvel para a maquiadora à sua frente que retoca a sombra na lateral do olho. Em contraste, recebo uma batida de pó na bochecha que me faz tossir um segundo depois. A maquiadora em questão é grosseira ao pincelar meus lábios, meus olhos lacrimejam ao tentar conter outra tosse.

Jeno olha para mim. Em uma mudança de comportamento, a maquiadora se preocupa em ser delicada ao terminar de corrigir as falhas do meu batom, e se afasta em seguida.

— Tudo bem? — ele me pergunta.

Correspondo com um leve aceno de cabeça. 

Sinto que assim que abrir a boca para falar começarei a chorar.

— Não se preocupe, Siyeon, são só boatos. Essas revistas de fofocas lançam esses tipos de notícias todos os dias.

Então ele já sabe dos rumores.

— Se estão te tratando de uma forma que não goste fale na mesma hora com o seu manager — finaliza.

Como pode ser tão atencioso...

— Obrigada, Jeno, está tudo bem, não aconteceu nada desse tipo. E mesmo se acontecer é melhor seguir de cabeça erguida, não é? — Sorrio de lábios afastando meu olhar.

Devo confessar a verdade?

— Fico feliz por pensar assim. Parece que nas últimas vezes que uma notícia desse tipo saiu você não reagiu tão bem.

Porque não era eu...

— A gente não precisa falar disso, deixa pra lá — peço com voz baixa.

Jeno parece consentir.

— Ah, sabe aquele livro que me emprestou noite passada? Estou na metade — sua fala me tira um olhar curioso.

Como ele conseguiu ler tantas páginas em tão pouco tempo? 

— Eu não esperava que você ia gostar tanto do livro.

— Confesso que nem eu achei. — Ele ri. — Mas até o momento estou gostando muito.

— Dizem que cada um tem uma interpretação da história. Eu disse mais ou menos qual era a minha, então qual é a sua?

Jeno se ajeita no mesmo lugar com um sorriso ansioso.

— Pela história a gente sabe que o riacho é muito solitário. Então talvez ele quisesse seguir o fluxo diferente do rio para encontrar alguém.

— Você acha?

É realmente uma interpretação interessante.

— Acho que ele não queria ir contra a sua origem ou o que ele é, apenas gostaria de ter um amigo ou alguém pra passar o tempo.

Sorrio quase sem perceber.

Enquanto a minha interpretação é realística e dolorosa, a de Jeno é sentimental e profunda.

 — Talvez você tenha razão, às vezes ele só queria uma nova vida pra sair do que é habitual — concluo.

Pelo silêncio da conversa, procuro o olhar de Jeno. Ele me encara com uma expressão feliz que demonstra estar calmo ou satisfeito. Porém parece ser muito mais que isso. O seu olhar me condena de uma forma estranha, não ruim.

— O quê? — demando preocupada.

Vai saber o que ele está pensando de mim?

— Nada. Você só é diferente do que ouvi falar e isso continua me surpreendendo.

Ele tem a atenção de um cabeleireiro ajeitando algumas mechas do seu cabelo para o lado, por conseguinte nossos olhares se distanciam. 

A sua fala não me deixa feliz, não aquece o meu coração como foi das primeiras vezes. Pelo contrário, me deixa intensamente triste e apreensiva.

Talvez eu seja como este riacho solitário que buscou uma nova vida, uma nova perspectiva indo contra o seu próprio percurso. Pelo menos no livro ele estava feliz. Já esta é uma realidade muito diferente.

As gravações voltam a todo vapor.

Depois do jogo das palavras, começamos uma brincadeira de jogar uma, das muitas, balas de goma em cima da mesa de centro para o alto a fim de pegar com a boca. O perdedor terá uma penalidade escolhida pelo reality onde disseram ser bastante assustadora. Isso me deixa inquieta, e por consequência totalmente desfocada do jogo. 

O resultado é facilmente decidido.

 Jeno sorri vitorioso como se ganhasse a maior competição de sua vida. Seu sorriso é tão lindo e o deixa tão ameninado...

— Como penalidade, o perdedor  colocará a mão em um animal frio que pode se encantado com o soar de uma flauta. — Jeno lê o cartão dado pela produção.

Uma cobra?

Jeno me encara confuso, ele não parece saber o que é.

Eu não posso de forma alguma ver uma cobra, tenho uma enorme fobia por qualquer uma e só de ouvir o nome meu corpo arrepia.

— Espera... eu não... 

Sinto uma enorme falta de ar ao ver um staffer trazendo um aquário coberto por um pano branco.

— Jeno, eu não... eu não posso fazer isso.

O garoto aproxima o rosto com olhar confuso.

— Siyeon, o que foi?

Chego o corpo para trás quando o aquário é colocado em nossa frente, na mesa baixa de centro. 

— Eu não vou de forma alguma fazer isso.

Sinto muitos olhares confusos sobre mim, e ao mirar a equipe atrás das câmeras, noto que todos, sem exceção, me encaram com sobrancelhas erguidas, alguns com os rostos de lado talvez perguntem uns para os outros o porquê da minha reação. 

Não pode ser que Siyeon alguma vez disse não ter problemas com cobras... Mas de forma alguma eu vou tocar em uma!

Jeno percebe meu olhar intenso sobre a equipe, e impede, segurando o braço do staffer, que o membro da equipe retire o pano que cobre o aquário.

Pela surpresa de sua ação, me encontro perdida no olhar dele à procura de uma explicação. Porém a resposta que recebo é um sorriso. Jeno diz, sem realmente dizer, que tudo ficará bem. Sinto a tensão em meus ombros aos poucos ir embora e minha testa tensionada voltar ao normal.

— Eu quero mudar a regra da missão — Jeno se pronuncia calmo com o olhar para a equipe.

Jeno, como assim?!

— Mu-Mudar? O que você quer dizer? — pergunto.

O diretor acena positivamente a cabeça.

— Eu achei que não precisaria usar isso. — Ri para si mesmo. — Quando o programa começou, me deram a chance de poder mudar a regra de alguma missão. Quero usar isso agora.

Hesito em respondê-lo, bastante surpresa pela escolha dele.

— Gostaria que a regra desse desafio mudasse. O ganhador poderá escolher se ajuda ou não o perdedor na penalidade dele, e eu escolho ajudar. Farei isso por ela.

Olho rapidamente para o diretor, ele está sorrindo e aprova, mais uma vez, com um aceno de cabeça a escolha de Jeno.

Como isso?

— Jeno, você não precisa...

— Olhe o seu rosto, Siyeon — sua fala me paralisa —, está totalmente pálida. Suas mãos estão frias. — Ele toca gentilmente em uma delas. — Você está com medo.

Me incomodo em receber o olhar de pena de Jeno, mas ao mesmo tempo é muito reconfortante tê-lo preocupado comigo.

A missão se estende por mais alguns minutos. Por não poder sair do cenário, viro meu corpo para o lado oposto a fim de não ver o animal no aquário. Somente por ouvir a situação me estremeço, mas saber que Jeno, atrás de mim, preza pelo meu bem-estar, consigo lentamente sair do meu pavor.

A luz vermelha se apaga, finalmente as gravações se findam. A sensação angustiante de ter aquele animal na minha frente ainda amortece todos os membros do meu corpo, inclusive minhas pernas. Jeno me ajuda a equilibrar quando me levanto depois dele, agradeço com um sorriso, que espero ter passado ser sincero.

Quero mais do que só agradecê-lo de forma superficial, gostaria de ser mais verdadeira. Ser a Boyoung e não a Siyeon.

— Nossa, mas ele saiu rápido, né? — Youngjae se aproxima olhando para Jeno e seu manager saindo apressados do cenário. — Bom, a vida de uma celebridade é sempre uma correria. E como você está?

— Youngjae, esses boatos... são realmente verdade? — pergunto, quero ir direto ao ponto. 

Preciso entender o que está acontecendo comigo.

O manager suspira observando a equipe desmontar o cenário.

— Eu não acho que isso seja verdade, embora ele tenha dito ter provas. Vocês dois não se davam muito bem, quer dizer... Siyeon e ele, mas com certeza ela não deixaria chegar a este ponto.

— Não tem um jeito de resolver isso?

— Estou conversando com um advogado, mas não dá pra apressar a justiça. Boyoung — diz meu nome em um quase sussurro —, esse assunto não tem nada a ver com você, por que está preocupada? 

— Ela vai ter muitos problemas quando voltar, e ainda mais Jeno se ele continuar filmando esse reality comigo.

A equipe nos direciona para o camarim. Youngjae vem logo atrás. Ele espera paciente a estilista retirar as jóias do meu figurino, e a maquiadora toda a minha maquiagem.

Me encaro no espelho. A não ser pela mecha azul que ainda não me permite ser totalmente eu, é bom me ver e saber que ainda não me perdi em um personagem.

— Faltam dois dias pra você voltar pra casa, até lá aguente mais um pouco — Youngjae diz depois das profissionais saírem. — Você não tem que se preocupar com nada. Não é problema seu o que acontece com Siyeon ou Jeno.

— Mas ele confia em mim, Youngjae. Sei lá... sinto que eu estou traindo a confiança dele por fingir ser outra pessoa...

— Não vai me dizer que está planejando contar a verdade pra ele?!

— Não! Nada disso, eu...

— Boyoung. — A menção do meu nome tira meu total raciocínio, só me resta olhar fixamente para Youngjae. — Faltam apenas dois dias. Dois dias e você estará livre de tudo isso, desse mundo. E, olha, agradeço imensamente por você ter topado fazer isso, de verdade. Não precisa jogar tudo pro alto quando já estamos no final.

Youngjae parece desesperado. Afinal, esta é a vida dele, e todas as minhas ações recaem sobre ele de alguma forma. Não posso ser egoísta ao ponto de me esquecer disso.

— Você tem razão. Me desculpa.

— Não peça desculpas, esquece isso. Deixa que eu faço o trabalho pesado. Você só está cansada, a rotina é um pouco diferente do que estava acostumada.

— Sim, é bem diferente...

Youngjae sorri de canto, um sorriso aflito um pouco medroso. Sorrio de volta como forma de garantir que tudo vai dar certo. Faltam apenas dois dias. Assim como ele disse, não preciso jogar tudo pro ar quando já estamos na reta final.

De volta ao hotel, Youngjae se despede afetuoso com um demorado aperto de mãos. Há muito mais fotógrafos pelo hall do que a última vez. Parecem não estar aqui pelo reality, mas sim pelo recente escândalo, e isso me preocupa. Siyeon parece não ter um momento de paz.

Desta vez estou sozinha no elevador, mas consigo ver o sorriso de Jeno, a figura do garoto frente a mim. Foi tão estranho o jeito que nos conhecemos que parece surreal acreditar que fizemos amizade. Quer dizer, para ele deve ser algo normal. Deve ser assim que ele conhece outras celebridades.

A porta do elevador se abre no andar correspondente ao meu quarto. O corredor está muito mais frio do que o normal. Meus pés doem a cada passo, quanto mais o meu refúgio se aproxima, mais o meu corpo se desmonta.

— A porta...

Encontro a porta do quarto de Jeno entreaberta, e curiosamente cesso meus passos rente a ela.

Que falta de educação, Boyoung. Isso não tem nada a ver com você!

— Escute o que estou te falando, Jeno. Siyeon não é uma boa influência. Espero que entenda que não poderá ter uma amizade com ela fora do programa. 

Ouço uma voz diferente bastante firme a dizer tais palavras. Me surpreendo com a menção do meu nome.

Minha mão toca a maçaneta, sinto vontade de gritar para eles que não sou eu, mas sou impedida pela continuação da fala dele:

— Ela é toda cheia de polêmicas, e você já está recebendo bastante comentários negativos por fazer par com ela no reality, não precisa piorar ainda mais a sua imagem.

Bastante comentários negativos...

Ao distanciar minha mão, deixo escapar um barulho dos meus pés em um passo para trás. Eles parecem perceber pelo suspiro surpreso que ouço lá dentro, então me apresso em digitar a senha do meu quarto para abrir a porta. De qualquer forma, mesmo que eu não queira fazer barulho, está super na cara que eu ouvi a conversa dos dois... 

Apoiando minhas costas sobre a porta fechada, ouço a porta do quarto de Jeno ser fechada.

Não é exatamente por mim que Jeno está recebendo ódio dos fãs. Porém preciso continuar fingindo que sou essa pessoa, a pessoa que indiretamente o faz mal.

Eu... não quero mais isso.

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