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03 ♪ Seja um girassol

A luz incomoda meus olhos. Lentamente consigo enxergar um teto branco e Youngjae sentado em uma poltrona marrom ao meu lado. Em um pulo, o meu gerente se aproxima perguntando constantemente se estou bem. Sinto um enorme alívio por conseguir respirar normalmente, mas, ainda assim, em alguns momentos me sufoco sem desejar.

— Tem certeza que está melhor? — Me segurando pelas costas, e com olhar apavorado, Youngjae me ajuda a sentar na cama. — O médico disse que você quase morreu! Tem noção disso?

Sua estridente voz me deixa com dor de cabeça, bem mais do que olhar para minha mão e perceber que estive tomando soro por um longo período. Um dos meus maiores pavores é qualquer coisa que envolva sangue e agulhas. Tento evitar todo tipo de situação que as envolva, mas dessa vez eu não tive escolha.

Entrando no quarto, um homem de jaleco branco segurando uma planilha conversa com uma mulher ao seu lado. Ele muda rapidamente o semblante ao ver que estou acordada e se direciona até mim sorridente. A mulher verifica a quantidade de soro que ainda precisa ser terminada, e ajusta a velocidade.

— Como está se sentindo, Siyeon-shi? — ele pergunta próximo à cama.

— Bem... — respondo baixo, talvez nem tenha me escutado.

— Fico feliz que tenha acordado agora de manhã. Você teve um ataque alérgico muito forte, é estranho ter um em alta escala na primeira vez que se descobre alérgico por algo. Você não teve nenhum indício de alergia antes?

— Ela deve ter ficado nervosa com tanta pressão ou alguma coisa do tipo. Vi na internet que essas coisas contribuem — Youngjae intervém no assunto, tentando deixar as coisas menos pessoais possíveis.

— Pode ser, mas ainda é estranho. — O médico checa algo em sua planilha. — Você como gerente deveria prestar mais atenção às necessidades dela — diz em tom sério, quase o repreendendo. — Mas não se preocupe, Siyeon-shi. — Ele olha pra mim com sorriso. — Você está bem e pode voltar às gravações quando quiser.

Se despedindo, o médico conversa baixo com sua, ao que parece ser, assistente, que pega a planilha de suas mãos quando ele a entrega. Os dois saem do quarto um tanto quanto ocupados, talvez se preocupando com outros milhares de pacientes que precisam ver ainda nesta manhã.

— Boyoung — Youngjae chama meu nome, toda minha atenção vai para ele —, por que não me falou que era alérgica a cogumelo? 

— Vai mesmo me dizer que eu tive tempo pra te falar isso? Você me arrastou pra essa ideia absurda no mesmo dia! — Sinto uma leve dor de cabeça por ter aumentado de uma vez minha voz.

— Mas você precisa me contar esse tipo de coisa! O que eu iria fazer se você realmente morresse? 

— Por que tá preocupado com si mesmo, Youngjae?! Fui eu que QUASE morri!

— Não é isso. Simplesmente não me perdoaria...

— Escuta. — Sinto minha garganta arder, toda frustração de antes parece querer ir embora agora. — Eu não vou mais fazer isso.

— O quê?

— Eu não vou mais fazer isso! Não quero! Me leva pra casa, pra mim já deu.

— B-Boyoung, pensa mais um pouco... Pensa no dinheiro! Aguenta mais uns dias, prometo que estarei ao seu lado dessa vez.

— Não quero saber de dinheiro, essa vida não é minha! Entende isso? Eu não faço ideia do que estou fazendo e nem de como agir!

Youngjae olha apreensivo para a porta, provável que com medo de alguém estar escutando a nossa conversa.

— Eu... Eu... Realmente quase... Morri.... — Sinto um grande apavoro, me sufoco no meu próprio processo de respirar. 

Meus olhos se enchem de lágrimas ao pensar que de forma simples eu poderia ter tido um fim; tudo por algo que não tem nada a ver comigo e que poderia ser evitado.

— B-Boyoung, tudo bem? — Youngjae segura meu braço deixando que eu apoie minhas costas em sua outra mão. — Você não morreu, está viva! Jeno... foi muito corajoso em te salvar — Youngjae diz baixo, talvez falando para si mesmo. 

— Jeno?

— Ele carregou você nas costas descendo as escadas até o saguão. Disse que não poderia esperar o elevador, e talvez tenha levado um sermão por ter aparecido desse jeito na frente das câmeras... Quem sabe se ele tivesse esperado? Você não estaria viva agora.

Jeno me salvou...?

Por um momento meu corpo se estabiliza. Vagamente me lembro de ter quase caído, em seguida segurada rapidamente por Jeno. Seu olhar estava aterrorizado. Talvez a sua tentativa de ligar para alguém não deu certo. Mas... por que se preocupar com alguém que nem conhece?

A porta do quarto se abre mais uma vez. Dessa vez, com estilo casual, uma figura de um jovem com a idade de vinte anos se aproxima de mim e Youngjae. Em sua mão esquerda carrega um fino, e delicado, vaso branco com um girassol. Jeno deixa a flor perto de mim em cima da cama, seu olhar penoso diante da minha situação.

— Você está melhor? — pergunta com voz mansa. — Me desculpe, Siyeon-shi. — Ele curva todo o corpo. — Por favor, me desculpe. É por minha culpa que ficou assim. 

Jeno...

— Eu não deveria ter pedido aquilo. Deveria ter prestado mais atenção à sua saúde. Peço imensas desculpas.

Não foi culpa sua.

— Sei que não é possível compensar a vida com nada. — Volta lentamente o corpo ao normal. — Mas eu trouxe esse girassol — acrescenta em um sorriso. — Girassóis sempre seguem o sol, não importa a situação que estejam. Espero que você possa continuar seguindo o que te faz bem, e que possa sinceramente me perdoar.

Encostado sobre a minha perna, o fino e delicado vaso branco se inclina à medida que eu conserto a minha postura. Algumas das pétalas do girassol encostam no lençol, logo impeço que a ação continue para que a adorável flor não perca nenhuma de suas pétalas.

— Você não teve culpa — falo sem encarar Jeno, olhando somente para o seu presente. — Eu não contei pra ninguém que era alérgica a cogumelos. Se eu tivesse nada disso teria acontecido.

E mais uma vez estou me rendendo à situação, concordando em continuar com essa ideia estúpida.

— Espero que a gente possa recomeçar de novo. — O seu jeito animado e ansioso me instiga a encará-lo. — Eu acho que hoje não tem muita coisa a ser gravada, o que sei é que vamos tirar algumas fotos para a divulgação do reality. Espero vê-la recuperada em breve.

Jeno faz uma mensura rápida com a cabeça para mim e Youngjae antes de se afastar e sair timidamente do quarto, as mão sempre na frente do corpo.

Encaro com tristeza o girassol. 

Eu não quero continuar a fingir que sou outra pessoa. Porém se eu desistir agora, Jeno pode ser prejudicado...

"— Tudo bem, não precisa me explicar. — Sorri com os olhos, essa ação que o deixa tão amável. — Sei que em algumas coisas a empresa nos obriga. Por exemplo, eu estou aqui."

— Youngjae. — O gerente é rápido em responder com o olhar. — Se eu desistir agora, Jeno vai sofrer alguma coisa?

— Se estou certo, as filmagens vão ser excluídas e ele começará de novo com uma nova pessoa. — Tira o celular do bolso teclando algo. — Ah, sim. Se não for você, uma atriz será chamada. Ela anda tendo uma fama bem ruim ultimamente então talvez o reality cubra isso.

— Que tipo de fama ruim?

— Dizem que ela é muito difícil de lidar. Já apareceu em vários escândalos de namoro e brigas com outros artistas. Como essas pessoas ainda conseguem ser famosas?

"— Se apresentar, dançar, treinar é diferente do que fingir alguma coisa. — Ele se concentra em olhar para mim, minha respiração quase se finda. Diferente do sorridente garoto de antes, Jeno toma um ar sério no pouco tempo que me encara. — Eu não queria estar no programa... Então peço desculpas se eu fizer alguma coisa pra atrasar as filmagens ou... não sei, qualquer coisa."

Quando disse isso estava tão inseguro... Sinto que não posso deixá-lo lidar com esse tipo de pessoa, como essa atriz. Talvez eu não seja a melhor das opções, mas se ele se sente dessa forma com Siyeon, que não parece ser tão legal quanto eu esperava, como vai se sentir com outra pessoa pior do que ela?

— Quando será o horário das fotos? — demando interessada para o meu gerente.

Youngjae me encara sorridente após entender que eu não desisti da ideia, e me informa o necessário sobre a programação de fotos. 

Não entendo o porquê estou me arriscando por uma pessoa que não conheço. Mas já que preciso estar aqui, vou tentar agir da minha forma e fazer Siyeon ser uma pessoa melhor.

 . . .

O estúdio é bem maior do que imaginei. A equipe do reality preparou um cenário de ar-livre, como se o casal em questão estivesse indo a um piquenique. Minhas roupas, de tons claros puxados para o amarelo, são confortáveis e bonitas, uma simples blusa e uma curta saia quadriculada. Eu nunca fui uma pessoa satisfeita com meu corpo, usar esse estilo me deixa extremamente insegura. Outro ponto é que eu não faço ideia de que pose fazer ou de como tirar fotos. Claramente eu não vou me dar bem com isso.

— O que vamos fazer com essas mechas azuis? — A cabeleireira da equipe fala consigo mesma, nem me atrevo a opinar. Se ela como profissional não sabe, eu vou saber? — Apenas para esse photoshoot vou deixá-las amareladas, tudo bem, Siyeon-shi?

Assinto com um sorriso nervoso. Ainda não me acostumei em ter os cabelos pintados e nem com o estilo de Siyeon.

Confortavelmente, com um tênis casual, piso sobre a grama artificial do cenário. Como pode ser tão verde e fofa sendo de mentira? Se até pessoas podem ser assim então por que um objeto inanimado não poderia, não é?

Dois fotógrafos conversam entre si um pouco afastados do cenário. Há luzes para todos os lados e inúmeras pessoas no local. Claro que eles não podem perder a oportunidade de registrar esse momento em vídeo, então há vários cameramans em diferentes ângulos. No centro do cenário, Jeno recebe um ajuste na roupa por uma das estilistas, e do mesmo lado tem o cabelo consertado por uma cabeleireira. Ainda sim se mantém calmo e centrado, sua vestimenta casual, que combina com as cores da minha roupa, o torna muito bonito, não que ele não estava antes; e não que eu precise dar essa explicação para mim mesma.

Ele sorri quando me aproximo, a estilista e cabeleireira se afastam.

— Você está melhor? — pergunta atencioso.

— Sim, estou. — Sorrio de volta. — É a minha primeira vez com esse tipo de coisa, eu não faço ideia do que fazer. — Olho em minha volta ansiosa.

— Primeira vez? — demanda confuso.

— Ah... — Me lembro mais uma vez que eu não sou a Boyoung. — Pri-Primeira vez com... Alguém... Tirando fotos dessa forma e tudo mais. — Rio aflita, se continuar a dar essas mancadas com certeza vou ser descoberta em algum momento.

O diretor anuncia o início das fotos. 

Youngjae está atrás de toda a equipe averiguando a situação. Ele me garantiu que não deixaria que nada acontecesse comigo a partir de agora. Parece estar levando à sério.

Timidamente me aproximo de Jeno, posso sentir o seu doce perfume. Percebo como sua respiração está acelerada, provavelmente ansioso assim como eu. 

Os primeiros flashes me assustam. 

Quando percebo, Jeno segura meu ombro me colocando para mais perto. Ele parece entender que me sinto ameaçada, como que, mesmo sabendo que para Siyeon não é a primeira vez, me protegendo da situação. Os fotógrafos pedem que mudemos nossa posição para algo mais romântico, posso sentir o quão forte meu coração bate, e também posso ouvir o de Jeno quando me aconchego em seu peito. 

— Siyeon-shi? — Um deles pronuncia o meu nome tirando o olhar da lente da câmera. — Poderia sorrir um pouco mais?

Esse, em questão, foi dito por Youngjae ser um conhecido quase íntimo meu. Diz conhecer todo o jeito de Siyeon ao tirar fotos e por isso me avisou que tenho que seguir o que fala agindo da forma mais natural possível.

Tentando seguir com o seu pedido, tento aconchegar minha bochecha em Jeno para me deixar confortável a fim de sorrir. Mas nada nessa situação me deixa tranquila. O coração do garoto parece estar mais acelerado do que o meu. Percebo que constantemente olha para baixo, para mim, a fim de confirmar se estou confortável ou deve achar que estou percebendo o seu nervosismo.

As próximas poses são fáceis de executar, no sentido de serem simples. De mãos dadas e olhando um para o outro, Jeno e eu interpretamos um casal de namorados totalmente apaixonados, pelo menos é o que um dos fotógrafos diz. Não sei se é para nos incentivar ou pela falsidade do momento. E, é claro, a todo momento estamos sendo filmados.

— E então, como você tá? — Pela situação estranha, meu subconsciente acha que é uma boa ideia começar um assunto.

— O quê? — Ele sorri sem jeito, meio envergonhado e surpreso, talvez não esperasse uma pergunta como essa no meio de um ensaio fotográfico. — Ah, eu estou bem.

Sorrio por sua resposta, e mesmo desejando de todo coração parar de puxar assunto, as palavras saem automaticamente:

— Onde você comprou aquele girassol? Quero dizer... — Mudo o soar estranho da minha pergunta. — Quando conseguiu tempo para comprá-lo? Meu gerente me disse que você estava ocupado gravando um vídeo promocional.

— Na verdade eu não arranjei tempo, mas precisava fazer alguma coisa já que fui eu quem te prejudicou, lembra?

— Já disse que a culpa não foi sua.

Ele sorri abaixando o olhar.

Os fotógrafos não impedem nossa conversa, e toda a equipe parece estar focada em nós dois pelo silêncio.

Novamente meu coração acelera, sinto minhas mãos suarem e rapidamente desfaço meu quase entrelaço de mãos com Jeno. Percebendo minha ação repentina, o garoto é gentil em me segurar pelo pulso. Sorrindo para mim, com intenção de que eu confie nele, Jeno e eu caminhamos sobre, o que é pra ser, a ponte de madeira que dá para o local do piquenique ao fundo do cenário. É estranho estar em um ambiente que não é real, sem o cheiro da grama ou sem o som do balançar das árvores. Mas Jeno faz tão bem que me incentiva a também atuar. Estranhamente me sinto confortável em mostrar para as câmeras que sou a sortuda namorada indo para um piquenique surpresa com o namorado que tanto a ama. É como estar genuinamente feliz por alguns minutos.

Desfazendo toda a atuação, os fotógrafos dizem que as fotos tiradas são o suficiente.

Olhando para baixo, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, agradeço a cooperação de Jeno com uma mensura rápida com a cabeça, ele faz o mesmo. Sorrimos ao olhar nos olhos um do outro, ambos desviando o contato no mesmo momento.

Sendo escoltada por minha equipe, e Jeno pela sua, o ensaio fotográfico é finalizado sem nenhum problema. Não é mencionado nenhum compromisso que eu e Jeno devemos fazer juntos. Me chateio por isso, mas me sinto aliviada só de pensar que não vou precisar mais ver câmeras. Espera. Eu fiquei chateada?

Nos encontramos mais uma vez sozinhos no corredor de nossos quartos. Teclo minha senha, mas paro ao perceber um olhar curioso sobre mim.

 — Se precisar de alguma coisa pode me falar — diz Jeno quando me viro para ele.

— Você também. — Dou um curto sorriso, envergonhada demais para fazer durar esse momento.

Abro e fecho lentamente a porta, vendo Jeno entrar em seu quarto. Sorrio aliviada por estar sozinha depois de um longo dia. Parece que estou vivendo as fanfics que sempre leio nos sites. Jeno é aquele protagonista que me faz derreter de amor por qualquer ação sua. Ele é doce, amável, gentil e educado. Meu coração palpita só de lembrar quando segurou meu pulso, o sentimento era tão real que pude imaginar que estava mesmo indo à um piquenique.

Meu celular vibra, nunca passei tanto tempo longe dele. Youngjae me aconselhou a deixá-lo no quarto para não causar nenhum tipo de problema, ou distração, durante os meus afazeres.

Que tipo de pessoa não gosta de laranja? Pelo menos Siyeon está bem. Espero que esteja aproveitando o descanso. Depois sou eu quem vou precisar de um.

Mesmo longe, Midoo não consegue deixar de surtar por causa dos seus idols. Mas qual será esse que fala? Cada dia é um diferente, não consigo decorar o nome de cada um. 

Agora que parei para pensar, me esqueci completamente de avisar Doyoung sobre a minha ausência... Será que posso falar que vou tirar férias de uma semana para fingir ser um idol?

Pensando sobre essa palavra, preciso decorar ou pelo menos me informar sobre Jeno. Ele parece saber muitas coisas sobre Siyeon. Já eu não sabia nem o seu nome. 

Ah, entendi. Ele pertence a um grupo de... muitos membros?! Meu deus, como Midoo consegue gravar o nome de tantos artistas? Pode ser que seja parecido com personagens de livro, mas... Não, não tem nem comparação. Certo, são muitos fatos. O jeito é deitar e tentar decorar o máximo de informação possível.

Tenho certeza que amanhã vou conseguir colocar a maioria dessas informações em prática.

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