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02 ♪ Jantar de negócios

— Ficou linda em você! Não gostou? — A voz animada da estilista me desperta dos meus muitos devaneios

Me esforço em manter uma boa expressão após a sua pergunta.

Nunca acreditei naqueles que sempre dizem, em um tom lúdico ou não, que pelo menos uma pessoa no mundo se parece com você. Não é que eu não goste das cores do meu conjunto ou das bijuterias brilhantes, mas depois de experimentar mais de dez colares me sinto desorientada. Toda a correria de um maquiador que faz as minhas sobrancelhas, reclamando que dias atrás estavam perfeitas, e outro que me pergunta qual cor de sombra eu mais gostei, me faz pensar que sou uma boneca a ser enfeitada. Além de que é difícil opinar com total certeza o que fica melhor em mim por não conhecer a personalidade de Siyeon. Youngjae, com a ajuda da verdadeira celebridade, pintaram as mesmas mechas do cabelo dela, Siyeon, em mim. Azul não é a minha cor preferida, mas a julgar pelas várias coisas escolhidas antecipadamente pelos estilistas de acordo com o meu gosto, Siyeon deve amar essa cor.

Quando me olho no espelho vejo somente a sombra de outra pessoa, e isso me assusta.

Depois de finalizarem minha maquiagem e vestimenta, procuro com olhar frustrado o, agora meu, gerente que disse que estaria comigo vinte e quatro horas. O que vejo são os maquiadores guardando os seus equipamentos e os estilistas colocando nas muitas araras roupas que espero não ter que usar mais tarde.

Eu não fui avisada do que vim fazer aqui, mas a julgar das diversas câmeras espalhadas pelo restaurante reservado, Siyeon estava para gravar algo importante. Youngjae me disse para manter o meu personagem e que assim tudo daria certo. O problema é que ele não me deu um roteiro, o que torna impossível atuar um personagem sem saber o que vai acontecer.

— Sieyon-shi? — Ouço alguém chamar o meu nome. — Estamos prontos, já pode sair — diz uma mulher, de voz mansa, com o rosto coberto por uma máscara segurando uma planilha.

Levanto desajeitada, tentando me equilibrar em um salto que nunca mais vou usar na vida. Não porque detesto esse tipo de calçado, mas o alto custo deve ser maior do que a minha própria casa. Me pergunto por que o vestido precisa ser tão curto, meio acima do joelho, e ainda ser rodado, podendo a qualquer momento revelar algo que eu não quero. Pisando sobre o carpete, que torna difícil o meu andar, me esforço em manter a postura respirando fundo, e repetidas vezes, enquanto acompanho a mulher por um corredor.

Nunca fui a restaurantes privados, mas o que ouço dizer é que são adornados de forma radiante. Não é diferente da sala que entro. Ela é espaçosa e há, até mesmo, uma varanda com uma bonita vista das plantas que a enfeitam e da cidade ao fundo. No centro da sala uma mesa, coberta por um pano branco, e duas cadeiras, e em cada canto do cômodo há uma pessoa com uma câmera apontada para diferentes ângulos. Seja lá o que for acontecer, deve ser muito importante para que precise ser registrado dessa forma.

Me sento constrangida na cadeira do lado esquerdo, ajustando o vestido no corpo.

Em cima da mesa há um conjunto de pratos e talheres requintados, cada um deles parece ser usado para diferentes comidas; e eu não faço ideia do que cada um serve. Quero dizer... Tem aquele garfo pequeno para sobremesas e a menor das colheres para misturar o café, mas é só isso que entendo da cultura refinada dos mais altos. A sala é muito bem montada com flores e adornos meio... românticos; principalmente pelas velas no centro da mesa.

Eu não estou aqui para encontrar alguém, né? Não pode ser. Youngjae teria me avisado.

As câmeras apontam para a porta por qual eu passei. Ela se abre, e dela entra a figura de um belo jovem que aparenta ter vinte anos. Ele anda sorridente como se estivesse em uma passarela, seus olhos afinam pelo sorriso, como que sorrindo também com eles. Gesticula naturalmente para as câmeras andando até mim como faria no seu dia a dia sem a pressão de tantos olhares. Mantendo-se elegante e encantador, o jovem se senta na cadeira à minha frente.

— Olá, Siyeon-shi — diz jeitoso, a sua voz é bonita assim como ele.

Mas nenhuma palavra sai da minha boca entreaberta, meu olhar se perde entre os possíveis pontos do seu rosto.

— Dá um nervoso com tanta câmera virada pra gente, não é?

Consinto timidamente abaixando meu olhar, mas rapidamente volto a ele pela ansiedade do que insinua dizer em seguida:

— Vamos apenas fingir que estamos em um restaurante comum. — Ele faz uma pausa sem tirar o seu olhar sobre mim. — Mas para isso precisamos conversar.

Ao sorrir de canto entendo o que quer dizer: eu também preciso dizer algo, e isso é óbvio.

Mesmo sem fazer ideia de quem ele seja, as câmeras em volta de nós e a mesa posta indicam que esse é um evento muito importante para Siyeon, e que eu não devo estragá-lo.

— Desculpe... só estou nervosa — falo baixo, sorrindo quando consigo.

Antes que eu possa desenvolver alguma tentativa, uma mulher, provavelmente da equipe por trás das câmeras, entrega um cardápio para nós dois. Existem inúmeros pratos que nunca provei e outros que nunca ouvi falar. Não há nenhum preço e isso me instiga a pedir tudo. Porém, ao virar a página do cardápio, um envelope pequeno cai em cima da mesa. Noto que para o rapaz acontece o mesmo, nós dois nos olhamos em confusão.

"Bem-vindo ao Pair Love. Para começar, que tal um jantar romântico com o seu par? Escolha neste cardápio um prato para o seu amado. Bom apetite!" – leio silenciosa o cartão que tirei do envelope.

Espera. Pair Love?! Não pode ser aquele programa bobo onde dois artistas fingem estar namorando, né? — dou uma risada nervosa.

— Foi uma coisa engraçada? — ele me pergunta com olhar curioso.

— O quê? Ah, n-não — respondo acanhada. — Na verdade está escrito que—

Recebo um "shh" da mesma mulher que entregou o cardápio, ela está afastada atrás de uma das câmeras. Observo que além dela outras cinco pessoas estão espalhadas pela sala atrás de outras câmeras.

— Acho que você não pode falar as suas missões pra mim — o rapaz diz com sorriso, sendo mais amistoso no seu aviso do que a mulher.

Pair Love é um reality show onde duas celebridades passam uma semana como um casal. Eu sempre detesto quando Midoo resolve assistir isso na cafeteria porque sempre deixa o volume no máximo fazendo questão que eu e Doyoung ouçamos. Do pouco que assisti, o reality não passa de uma farsa. Até já colocaram duas celebridades que se odeiam para participar. Foi o episódio mais falso da história...

— Como você está hoje, Siyeon-shi? — Ouço a mesma voz elegante de antes.

Mas espera um minuto...

— Estou bem! Eu não poderia estar melhor.

— Sério? Eu fiquei sabendo que há dois dias atrás você se machucou em uma apresentação e torceu o tornozelo. Achei que estaria doendo já que faz pouco tempo.

Ele é uma celebridade!

— Ah... é! Eu.... eu... machuquei sim. Mas está tudo bem! Essas coisas passam, né? — Rio nervosamente escondendo parte do meu rosto atrás do cardápio.

— É, eu acho. Também me machuquei da mesma forma em uma apresentação. Demorou duas semanas para melhorar totalmente, nos primeiros dias eu não conseguia andar. Mas fico feliz que no seu caso esteja sendo diferente! — Genuinamente feliz, o jovem volta a sua atenção ao cardápio e faz o seu pedido ao garçom, que até então não notei que estava parado do nosso lado.

Há tantas pessoas nesta sala que não parei para analisar a situação e perceber que estou conversando com alguém famoso! Ou seja: é para mim saber tudo sobre ele assim como ele sabe sobre mim. Meu deus... Estou totalmente e completamente ferrada... Não conheço praticamente ninguém do mundo da música e dos dramas. Eu realmente sou muito fechada nesse assunto. Deveria ter prestado atenção nas vezes que Midoo conversava comigo sobre seus idols preferidos...

— E você? — pergunto tentando extrair alguma informação.

— O que tem eu?

— Você estava... É... Ontem, não é?

— Ah, sim! — Parece se lembrar. Uma jogada de mestre da minha parte. — Você deve ter visto a foto que eu e Haechan postamos ontem.

Certo... Ele tem um amigo chamado Haechan. Mas e o nome dele?

— E foi legal?

— Sim! Fazia tempo que não saia para um lugar tão divertido.

— E o... Haechan-shi... — Procuro saber através do seu olhar se pronunciei o nome de forma correta.

— Ele gostou muito também. Na verdade foi ele quem me arrastou pra lá — explica à vontade, como se conversássemos todos os dias.

Não esperaria menos de qualquer celebridade nessa situação. Eles precisam ser sempre animados e felizes mesmo com estranhos.

Atrás dele, um membro da equipe do reality levanta uma placa escrito "converse usando o nome dele", mas não faço ideia de quem ele seja!

Antes que eu possa arriscar uma letra, quatro garçons trazem a nossa comida; o que me leva a pensar que tudo já estava pronto pelo pouco tempo que pedimos. Cuidadosamente, cada um coloca à nossa frente os pratos correspondentes. Para o jovem de nome desconhecido, escolhi um "filé de atum ao forno com aspargos" porque acredito que todo mundo gosta de carne, a não ser que eu caia no azar dele ser vegetariano. Para a minha infelicidade, ele escolheu "strogonoff de cogumelo", e é possível vê-los por cima do prato.

De todas as coisas que poderia escolher, por que cogumelos?

— Espero que goste — sua fala me tira um olhar penoso, ele deve ter pensado muito antes de escolher. — Eu pensei muito antes de escolher. — Droga. — Li que você gosta de strogonoff e esse de cogumelos parece ser diferente e delicioso.

Sorrio em agradecimento voltando a minha atenção para o monstruoso prato.

Olho para os lados meio nervosa, e o membro da equipe continua com o cartaz levantado.

Eu não sei o que fazer.

Não posso comer isso e não sei o nome dele!

— Sabe o que isso me lembrou? Ontem Haechan me obrigou a comer algo que eu não gostava. — Relembra risonho. — Mas eu não podia nem contestar. Ele disse: "Jeno, se você não comer não vai poder continuar jogando. Eu não vou deixar!".

Jeno!

— É bom poder comer algo que eu gosto. Obrigado pelo pedido, Siyeon-shi — agradece. — Suas companheiras também são assim? Brincam o tempo todo?

— Ah... sim! Elas...são divertidas também — respondo depois de provar o Strogonoff, tentando de todas as formas mostrar um sorriso. — A gente faz isso direto no... é... onde vivemos...?

Jeno assente risonho, feliz enquanto prova sua comida. A sua genuína alegria me contagia em um sorriso bobo, meio apaixonado. Ele parece ser tão novo, mas algumas de suas expressões o torna um jovem adulto; é difícil saber a sua verdadeira idade.

— Jeno-shi...? — O chamo pelo nome, apenas para ter a certeza da pronúncia.

O garoto corresponde com um amável olhar.

— Sim, Siyeon-shi?

— Ah, eu... é... como você passou essa semana?

Jeno sorri, e sempre que sorri os seus olhos também sorriem, o que o deixa ainda mais belo.

O que conta é extenso, sua semana foi repleta de atividades. Me sinto insegura ao pensar que não estou no mesmo nível que ele, principalmente nos cuidados com a beleza, esta é uma situação surreal mesmo sem conhecer o seu lado artístico ou quem ele realmente é no mundo da fama.

Aproveitamos bem a janta, na verdade ele mais do que eu, já que me forcei a cada garfada.

A equipe do reality nos avisa que a gravação é suficiente e nos elogia pela boa atuação e naturalidade. Como eu disse, esse programa não passa de falsidade. Claramente depois que sairmos daqui, Jeno vai se mostrar como uma celebridade qualquer e ignorar a minha existência. E... talvez eu devesse fazer o mesmo.

— Acho que nos saímos bem — Jeno diz sorridente enquanto se levanta.

— É, eu acho que sim. — Correspondo com sorriso de canto.

Espero ele ir à minha frente. Observo suas largas costas e o jeito modelo de andar que, também, usou para entrar na sala; nossa diferença de altura é gritante.

Somos levados ao hotel de nossa estadia durante a semana até o término das filmagens. Convenientemente estamos no mesmo andar e somos vizinhos de quarto.

Não consigo expressar em palavras o meu constrangimento por estar sozinha com ele no elevador. A equipe nos deixou livres no saguão, então Jeno e eu concordamos em subir para descansar. Mas lá de longe estavam eles nos gravando como um casal indo para casa depois de estarem juntos durante todo o dia.

— Você está bem? — sua pergunta faz meu olhar levantar para encará-lo.

— Sim, tudo bem — respondo com sorriso forçado.

— Hoje teve muita pressão, eu não gosto disso.

Sua fala me surpreende.

— Mas você não passa por essa situação todo dia?

— Se apresentar, dançar, treinar é diferente do que fingir alguma coisa. — Ele se concentra em olhar para mim, minha respiração quase se finda. Diferente do sorridente garoto de antes, Jeno toma um ar sério no pouco tempo que me encara. — Eu não queria estar no programa... Então peço desculpas se eu fizer alguma coisa pra atrasar as filmagens ou... não sei, qualquer coisa.

— Tudo bem. — Tento tranquilizá-lo com um sorriso. — Eu também não queria estar aqui. Tudo parece ser uma primeira vez e isso me assusta...

Na verdade essa é a minha primeira vez.

— Você? Assustada com isso? — pergunta após sairmos do elevador. — Eu li que gosta de participar desses programas, até disse em uma entrevista que prefere atuar do que cantar.

— Ah... — Tento disfarçar minha confusão. Eu devia ter pesquisado sobre Siyeon antes de qualquer coisa. — É que...

— Tudo bem, não precisa me explicar. — Sorri com os olhos, essa ação que o deixa tão amável. — Sei que em algumas coisas a empresa nos obriga. Por exemplo, eu estou aqui.

Seu riso me contagia, nós dois paramos em frente à porta de nossos quartos.

Jeno digita a senha e segura a maçaneta para abrir a porta.

— Jeno-shi — mas eu o chamo antes que entre no quarto —, foi bom saber que você não gosta de fingir.

Voltando com o corpo para fora do batente, o garoto me encara com a testa levemente tensionada.

— Por que diz isso? — demanda curioso, mantendo um doce sorriso.

Me esqueci por um momento que minha situação não é de uma pessoa comum. Eu não sou a Boyoung.

— Ah, é que...

— Siyeon-shi?! Tudo bem? — Ele me segura pelos ombros.

Me sinto afogar em meu próprio fôlego.

— Você está quente e fria ao mesmo tempo... Siyeon-shi?!

O meu falso nome é chamado várias vezes antes de Jeno me segurar por completo nos braços.

Não consigo manter meus olhos abertos.

— Siyeon-shi?!

Não consigo respirar.

Jeno tira rapidamente o seu celular do bolso apertando um só número de discagem rápida. É impossível ouvir o que fala, seu olhar assustado para mim me deixa mais preocupada sobre a minha situação.

Com certeza vou me arrepender dessa escolha para sempre.

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