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01 ♪ Meu outro "eu"

Ajeito o meu avental, o amarrando por trás pela segunda vez. Sábado costuma ser um dia muito agitado e, como de costume, todas as mesas estão ocupadas. No final de semana, pessoas de todas as idades e nacionalidades gostam de frequentar o Fallin'ove. Andar entre cada mesa exige paciência e coordenação, mas eu amo essa passarela aromatizada. Sentir o cheiro dos doces, como pudins e bombas de chocolate, entregar salgados apetitosos, como pastéis de forno e tortas, e, é claro, os amáveis macchiato* e mocha* que adoçam o meu dia. Eu não poderia desejar um trabalho melhor.

Entre as pessoas que nos visitam, estão adolescentes que insistem mostrar a conversa séria e discutiva sobre trabalhados escolares. No entanto sempre estão mais preocupadas em se arrumarem para impressionar o dono da cafeteria. E, por consequência, sempre pedem a mesma coisa.

— Com licença. — Coloco minha bandeja em cima da mesa. — Aqui está o pedido: Cappuccino*, Mocha e Chocolate. — Com sutileza deixo cada xícara com a pessoa correspondente.

As adolescentes sorriem em agradecimento, mas sei que assim que me virar uma delas correrá para o seu amor não correspondido. Doyoung ama cappuccino, mocha e chocolate, como bem pedido pelas garotas. Não acho que meus corações desenhados nas bebidas irão conquistar o seu coração, já que não há ninguém melhor do que ele quando se trata de fazer latte art*. Me acostumei em fazê-los de forma simples, mas os clientes estão ficando cada vez mais exigentes; talvez seja por causa da fama da cafeteria. De qualquer forma, esta é mais uma oportunidade para melhorar o meu trabalho, e quando as muitas garotas entregarem tais bebidas para Doyoung, posso perguntar mais tarde a ele se obtive alguma melhora.

— Boyoung? — Ouço uma voz familiar me chamar pelo nome. — Eu já disse que você não precisa fazer isso depois do expediente. Deixa comigo, pode ser? — Sinto a mão de Doyoung sobre a minha, me impedindo de continuar contando o dinheiro do caixa.

Em um susto, olhando para ele, recuo de seu contato.

— É o mínimo que posso fazer — respondo com sorriso singelo, um pouco sem graça com a sua aproximação.

— Mínimo? Você trabalha mais do que qualquer um! — Se jogando contra o ombro do seu irmão mais velho, Midoo, a querida irmã mais nova de Doyoung, exclama animada comendo um pedaço de torta. — Mas não se preocupa, eu sei o porquê de você ficar até mais tarde. — Com um sorriso, Midoo lança um olhar malicioso para mim e Doyoung.

Desvio o olhar de ambos deixando rápido o dinheiro que estava contando no caixa. 

— Eu acho que vou sair primeiro. — Sorrio fraco indo para a área dos funcionários.

Minhas bochechas queimam, bem mais do que quando estive com febre semanas atrás, mas não consigo entender tal sentimento por não fazer sentido. Eu gosto de Doyoung, mas somente como amigo. Não é por nada nele, apenas me traria problemas namorar com alguém do trabalho, e, principalmente, se esse alguém for o meu chefe.

— Boyoung, tudo bem? — Doyoung segura minha mochila pela alça quando a mesma ameaça cair. — Não liga pra Midoo. Me desculpe por ela ter falado daquele jeito.

— Tudo bem, não tem problema. Eu entendo. — Conserto tímida a alça nos ombros. — Acho que... eu não deveria ficar tão tarde pra não insinuar esse tipo de coisa, tanto pra sua irmã e outras pessoas.

— Eu não me importo de tê-la aqui até mais tarde. De qualquer forma, obrigado por me ajudar todo esse tempo. — Com sorriso gentil, Doyoung consegue tirar totalmente o meu foco. Ele é um homem bonito, educado e carinhoso com a sua irmã mais nova. Aquele típico coadjuvante de um dorama que você roubaria pra si. Acho que o sonho de toda garota. — Quer que eu te acompanhe até o ponto de ônibus?

— Ah, não! — nego com as mãos. — Quer dizer... Não precisa. Eu vou passar no supermercado antes de ir pra lá, acredito que vá demorar. Não quero tomar o seu tempo.

Antes que ele possa continuar, recebo um abraço apertado de Midoo. Apesar de eu não ser alta, a garota adolescente consegue ser mais baixa, sua cabeça na altura do meu ombro. Passo a mão livre sobre os seus cabelos, Doyoung ri olhando para ela, e me faz rir também tirando toda tensão da situação.

— Te vejo amanhã — ela diz sorridente voltando para dentro da loja.

— Boa noite. Volte com cuidado. — Mantendo-se adorável, Doyoung sorri fechando a porta e acenando de dentro da loja antes de ir para os fundos.

Posso me considerar muito amada.

Não tenho uma definição de emprego dos sonhos. O meu objetivo era trabalhar em um ambiente que me fizesse bem, não importa o tipo de emprego; e parece que eu encontrei esse lugar. Somos quase uma família, e, na verdade, se continuar desse jeito realmente vamos virar uma. Não que eu não queira, mas...

— Desculpa!

Alguém esbarra violentamente no meu braço, minha mochila cai com facilidade no chão. Antes que eu possa me abaixar, a garota, com roupas e um boné preto escondendo o seu rosto, me entrega em mãos a mochila se preocupando primeiro em limpá-la.

— Tu-Tudo bem. — Faço uma rápida mensura quando ela faz o mesmo.

E, antes que eu possa ir embora, ela toca no meu braço.

— Me desculpa mais uma vez, mas pode me dar uma informação?

Afirmo com a cabeça, então acrescenta:

— Estou procurando uma pizzaria muito famosa nessa região. Eu não lembro exatamente o nome, mas me lembro que ela vende a melhor pizza de—

— De queijo do bairro? — completo a sua frase.

A garota sorri alegremente, se sentindo mais à vontade para deixar o seu rosto à mostra. Correspondendo a sua alegria, também, com um sorriso.

O ar gélido que passa por nós faz algumas mechas azuladas de seu cabelo castanho escuro irem para trás. E, lentamente, nossos sorrisos desaparecem. 

Dizem que pelo menos uma pessoa no mundo se parece com você.

— Você...

— Você... 

Quem acreditaria numa baboseira dessa?

— Você é igualzinha a mim! — Ela parece não acreditar, os olhos arregalados e a boca entreaberta.

— N-Não... Quer dizer... — Meu olhar é incerto.

A garota tem o mesmo formato de boca e até o mesmo delineado natural nos olhos. Nossos cabelos têm o mesmo tom, somente algumas mechas azuis divergem a nossa igualdade.

— Eu não sou igual a você... — digo mais para mim mesma do que para ela.

E por que eu iria querer ser igual a alguém?

— Você pode me ajudar! — É rápida em segurar o meu pulso, sua ação me impede de ir embora. — Por favor, só você pode fazer isso!

 — Te ajudar? Me solta! Eu nem te conheço!

— Eu ofereço qualquer coisa! — Suas unhas cravam a minha pele, a garota demonstra todo o seu desespero com olhar aflito.

Nada pode abalar a minha feliz e rotineira vida. Estou satisfeita com o que tenho. Como um pássaro que não precisa mais da ajuda dos pais quando voa para fora do ninho, essa sou eu. Mas de repente, em um infortúnio encontro, toda a percepção de vida que tive nesses últimos vinte e dois anos foram por água abaixo.

— Esperamos a sua colaboração — O homem fala com timbre de voz um pouco desesperado, a cabeça levemente abaixada. 

Suspiro em cansaço após tanta informação.

— Eu sei que é estranho. — Apreensiva, a garota segura a lata de refrigerante com as duas mãos. — Eu também não esperava encontrar uma pessoa tão parecida comigo. Não desse jeito. Mas não vou forçá-la a fazer um acordo que não quer.

— Siyeon — o homem ao lado dela diz afoito.

— Youngjae. Não. — Siyeon encara de soslaio o seu gerente. — Precisamos respeitar a escolha dela.

Engolindo em seco, sem vontade alguma de tomar um gole do suco de uva à minha frente, penso em todas as coisas que poderiam dar errado se eu aceitar a oferta.

— Por que... Por que você precisa se ausentar por uma semana? — demando curiosa.

Siyeon me encara amortecida, suas olheiras fortes dão a impressão que não dorme há algum tempo.

— Eu amo cantar, dançar, compor, mas... eu não sou mais a mesma. Preciso de um descanso. Só queria um tempo pra colocar as coisas no lugar e... pensei em ficar por um período no meu bairro antigo.

Abaixo o meu olhar, me sentindo horrível. Não é que eu não queira trocar de vida por uma semana por um preço alto como esse, mas... quantas coisas possíveis podem dar errado? Eu não sou uma idol, não sei me comportar como uma e muito menos acompanho a vida de alguma celebridade que não seja literária.

— Não vai dar certo.

— Pode dar certo! — Youngjae é confiante na ideia. — Eu vou ficar do seu lado vinte e quatro horas pra garantir que tudo saia de acordo. Depois de sete dias, você estará livre com bastante dinheiro na mão. Essa é a melhor das ideias!

— Eu não conheço a Siyeon como cantora e muito menos as integrantes do grupo dela! Como essa é a melhor das ideias?!

A garota abaixa o rosto, visivelmente abalada. Vê-la desse jeito me deixa ansiosa e me faz achar que estou sendo egoísta com a situação.

— São só sete diazinhos que vão passar depressa! — Youngjae permanece positivo sobre a proposta. — Não precisa se preocupar, você vai trabalhar sozinha durante essa semana e não vai precisar encontrar as outras integrantes do grupo. Depois que tudo estiver acabado, cada uma de vocês volta às suas vidas e fingimos que nada disso aconteceu.

Corto contato visual, considerando mais uma vez a ideia – quase quebrando uma das minhas unhas pela ansiedade. 

Siyeon não me forçou em nenhum momento, foi respeitosa e me pediu desculpas por ter machucado o meu pulso. Olhando para a sua situação, parece mesmo estar desesperada por uma pausa. Talvez sua cabeça esteja uma bagunça.

Se pelo menos eu a conhecesse... 

Por que não me pedem para trocar de lugar com meus personagens literários preferidos?

— Certo.

— Como? — Youngjae leva o corpo pra frente esperando a minha confirmação.

— Eu troco de lugar com ela.

Um largo sorriso surge no rosto de Siyeon. A garota não consegue expressar em palavras o quanto está agradecida. Youngjae, o seu, e agora meu, gerente, levanta animado tirando o celular do bolso para fazer uma ligação.

Tenho certeza que vou me arrepender dessa decisão pelo resto da vida.

Glossário

*Macchiato — Café espresso misturado com um pouco de leite quente com espuma.

*Mocha — Um terço de café espresso, um terço de leite vaporizado e um terço de chocolate em pó ou calda.

*Cappuccino — Um terço de café expresso, um terço de leite vaporizado e um terço de espuma de leite vaporizado. 

*Latte art — É a arte de figuras feitas por um barista na superfície de bebidas feitas à base de café espresso.

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