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40

Os restos das horas passaram com leveza. Eu gostava do que estava fazendo, mas volta e meia deixava-me levar pelo momento que tive com Tom Flanagan. Será que as coisas dariam certo entre nós dois no mesmo ambiente? Eu me sentia muito insegura no mesmo cômodo que ele, a sós, temendo que agisse pela impulsividade. Já tinha agido assim antes, e o resultado não havia sido satisfatório.

Quando o horário de voltar para casa chegou, recolhi minhas coisas, desliguei o computador e saí do escritório acompanhada de Grace e Tiffany. Tiffany ainda parecia desgostosa com a minha presença, mas já se dirigia a mim com olhares menos arrogantes. Eu gostaria de contar a verdade a ela, mas se a tal amiga Camille não fez, quem era eu pra fazer isso? E Tom — era estranho ainda me referir a ele pelo primeiro nome — tinha pedido para manter segredo, e assim eu faria.

Aguardamos o elevador chegar. Alguns segundos depois as portas se abriram, contudo, meu chefe saiu de lá. Ele ainda usava a típica roupa de trabalho, a dólmã, e parecia cansado. Enquanto eu estava saindo, ele ainda passaria o resto da noite trabalhando. Quando me viu, abriu um meio sorriso e cumprimentou todas as presentes.

— Melissa — iniciou ele, se dirigindo a mim. — Pode vir ao meu escritório, por favor?

Assenti e comecei a acompanhá-lo. Grace soltou um muxoxo triste, pois havia me convidado para tomar um café após o expediente. Movimentei os lábios dizendo para deixarmos para a próxima. Ela aceitou.

Eu e Tom chegamos ao seu escritório, que agora estava vazio sem a presença da secretária. Ele aguardou que eu passasse e fechou a porta, dando-nos privacidade.

— O que quer? — perguntei, desejando que não envolve-se mais nenhuma declaração ''romântica'' pedindo para ficarmos juntos, mesmo que uma parte minha almejasse isso.

Tom caminhou até sua mesa e parou diante da janela que dava uma vista esplendorosa da cidade movimentada. Depois se virou para mim e começou a desabotoar os botões de sua dólmã. Meus olhos pregaram no movimento que fazia, soltando cada botão de sua casa e começando a expor o que havia por debaixo da roupa. E eu estava ansiosa para saber o que poderia encontrar por debaixo de todas aquelas peças...

Infelizmente, quando todos os botões foram abertos à única coisa revelada foi uma camiseta branca. Tentei não deixar a decepção transparecer meu rosto, mas Tom notou, porque um sorriso malicioso brotou em seus lábios e não desapareceu tão cedo.

— A trouxe até aqui para ter sua resposta. Vai continuar trabalhando no restaurante?

Eu não entendia o motivo de sua pergunta. Já havia vindo até ali, passado o dia trabalhando. Será que ele não conseguia imaginar a resposta?

— Sim — respondi, vendo que não tinha mais nada para dizer além disso.

O sorriso malicioso se transformou em um de contentamento.

— Excelente! — comemorou o chef de cozinha. Logo em seguida colocou a dólmã de lado e procurou algo na gaveta da mesa. Retirou de dentro dela papéis e colocou diante de mim sobre a mesa. — Esse é o novo contrato que você deve assinar, que a transfere da função da limpeza para o trabalho no escritório na marcação de reversas.

Mais um contrato, pensei. Ao menos esse era bom para mim, já que se tratava de ter um trabalho e ganhar um bom salário no final do mês. Ainda estava traumatizada pelo contrato que assinei na manhã do dia de hoje, mas esse era diferente. Tom Flanagan me estendeu a caneta, a qual encarei por alguns segundos antes de decidir. Era uma situação complicada, mas eu tinha pesado os prós e contras na balança. Não teria que fingir ter um falso relacionamento com meu chefe, mas teria que manter uma relação formal de funcionária e patrão. Eu precisava do emprego e precisava manter distância de Tom para as coisas saírem bem e darem certo. Mas também dependia dele. Eu esperava que ele cumprisse com a promessa, por isso aceitei a caneta e assinei meu nome no local indicado, depois repeti o mesmo em mais duas folhas e concluí.

— Pronto — murmurei, deixando a caneta de lado.

— E o que você vai fazer agora? — Intriguei-me por sua pergunta, não entendendo o sentido dela. Ele a refez. — O que vai fazer depois do trabalho?

Era estranho responder a aquele questionamento para o meu chefe. Eu iria descansar, claro. Encontrar com meus amigos, contar as novidades e comer uma pizza saborosa. Eu precisava desse descanso após dias turbulentos.

— Vou para casa — respondi, simplesmente.

— Quer uma carona? — Eu sabia que a casa dele não era na mesma direção que a minha, mas também sabia que era só uma tentativa para passar mais tempo comigo. Eu também queria, mas ao assinar aquele contrato precisaria manter somente à relação profissional e jamais ultrapassar a linha tênue que existia entre nós dois.

— Não, sr. Flana... Tom — corrigi minha fala, chamando-o pelo primeiro nome como desejava. — Eu posso ir de metrô.

— Agora é o horário de pico e o metrô deve estar lotado, vai ser bem difícil e desconfortável voltar para casa — argumentou.

— Eu sei, mas estamos em Manhattan, então não existe hora boa para andar de metrô.

— Eu posso buscá-la e levá-la para casa todos os dias, se quiser — propôs ele em expectativa. Tentei não bufar, já aborrecida por sua insistência.

— Tom — iniciei, como ele sempre fazia quando se dirigia a mim. Ele arqueou as sobrancelhas e aguardou pelas minhas palavras. — Não quero que faça isso, por favor.

Ele pareceu compreender que estava ultrapassando o limite e assentiu, aceitando.

— Então, até amanhã, Melissa — despediu-se educadamente.

— Até amanhã! — também me despedi e dei um último sorriso antes de sair do seu escritório.

Ao pisar do lado de fora do restaurante senti que finalmente conseguia respirar normalmente. Aparentemente meus pulmões esqueciam de suas funções quando estavam na presença de Tom Flanagan. E meus neurônios — a qualquer distância dele — também faziam seus trabalhos de maneira incorreta.

Segui pelo caminho familiar que fazia todos os dias, indo em direção da estação de metrô, para finalmente retornar para a casa. Estava ansiosa para contar as novidades para Lilly e Will, que certamente ficariam surpresos. Algumas quadras depois desci pela escada até a estação subterrânea — que estava cheia, assim como Tom Flanagan havia mencionado — e aguardei pela chegada do trem. Eu sabia que quando as portas se abrissem seria uma correria até o interior do mesmo, por isso deveria me preparar. Dessa vez minhas duas mãos estavam saudáveis, aptas para agarrar quem quer que tentasse roubar meu lugar ou para segurar as barras com firmezas e não correr nenhum risco de cair.

Enquanto eu aguardava como qualquer outra pessoa, ouvi meu celular tocando no interior da bolsa. Imaginei que se tratasse de Lilly e, como a conhecia bem sabendo que não gostava de ser ignorada, decidi atender. Peguei o celular e olhei a tela, esperando vislumbrar o nome de minha melhor amiga. Para a minha surpresa, o nome que brilhava no visor era ''Número Desconhecido''. Hesitei antes de tomar a decisão de atender. E se fosse algum chantagista querendo me roubar? Ou alguém querendo me rastrear? Mas quem iria querer fazer isso? Acho que os livros de suspense policiais haviam deixado minha cabeça maluca.

Deixando a preocupação de lado, decidi atender. Coloquei o celular ao lado da orelha esquerda e tampei a direita para ouvir a pessoa do outro lado da linha.

— Alô? — falei meio alto, já que a estação de metrô estava barulhenta. — Quem é que está falando?

Do outro da ligação ouvi uma risada divertida, provavelmente pelo meu questionamento direto e grosso. Eu não gostava de trotes ou pessoas me cobrando dívidas que nunca havia feito.

— Eu poderia pedir para você adivinhar, mas acho que deve ter se esquecido de mim — respondeu uma voz masculina. Travei no mesmo instante em que a ouvi.

Não, pensei, eu jamais me esqueceria dele. Tentei não controlar o riso histérico que desejava sair de mim. Ele ligou! Ele ligou!, eu queria gritar para todos os cantos.

Eu pensei que você tivesse se esquecido de mim — contra ataquei, deixando o tom de voz suave, mas ainda elevado.

— Jamais me esqueceria de você, Melissa Fontoura — brincou. Caramba, ele ainda se lembrava do meu nome!

Hmmm — prolonguei o som, fingindo estar duvidando, mas aproveitando para pensar sobre o que iria dizer. — Posso saber o motivo de sua ligação?

— Como sempre, você ainda é direta. — Ele deixou um riso baixo escapar e continuou: — Eu estou em Manhattan e queria saber se está livre para tomar um café.

Caramba! Eu realmente estava ouvindo aquilo? Estava acontecendo? Ou havia ficado louca? Ele estava cumprindo com a promessa de me chamar para um café. Afastei o telefone do rosto e dei pulinhos de alegria, comemorando com socos no ar. As pessoas ao redor olharam-me com estranhamento.

Pigarrei e retornei com o telefone para perto do rosto.

— Agora? — indaguei, tentando bancar a difícil. Era o mínimo que deveria fazer após mais de duas semanas aguardando aquela ligação.

— Sim, se estiver livre. — Eu estava livre, completamente livre! Para ele sempre estaria.

— Em qual café?

— Qual você desejar. Fique à vontade para escolher — disse, sendo um cavalheiro, como sempre.

— Pode ser no Starbucks da Terceira Avenida?

— Claro! Nos encontramos lá em 15 minutos?

— Sim.

— Até daqui a pouco, Melissa Fontoura — falou, carismático, para logo desligar a ligação.

Fiquei parada no meio da estação ainda processando o que tinha acabado de acontecer. Meu trem que ia para o Brooklyn chegou. Observei as pessoas entrando com pressa, empurrando uma as outras. Nem considerei em entrar ou não. Virei-me e retornei para o pique de Manhattan, indo me encontrar com meu ídolo Louis Turner!

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