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33

Terminei de descer os últimos degraus e percebi que estava recebendo muitos olhares. Agradeci os elogios repetitivos de Max e Cindy, assim como os da chef Evelyn. A governanta Rose nada disse, mas pelo seu sorriso percebi que aprovava minha aparência. Virei-me na direção do meu falso namorado e aguardei que o mesmo se aproximasse. Assim o fez, estendendo o braço para que eu pagasse. Aceitei, pois serviria como um bom apoio para não cair do salto. E, para minha surpresa, eu não tinha ficado mais alta que Sebastian Johnson. Na verdade, os sapatos de salto fizeram com que ficássemos cara a cara. Eu não tinha reparado sobre o quão alto ele era, pensei.

— Agora eu e a minha namorada temos que ir, pois não podemos chegar atrasados. Com licença — disse ele, ainda com os olhos pregados em meu rosto. Sabia que ele estava sendo irônico ao referir a mim como sua namorada, mas mesmo assim não me abalei.

Partimos em direção ao elevador, que já estava nos aguardando, e adentramos. No instante que as portas fecharam retirei minhas mãos de seu braço que usava como apoio. Seus olhos verdes acompanharam meu movimento com diversão, sabendo o quanto eu o repudiava.

— Você está surpreendente, srta. Fontoura — comentou, cheio de petulância. Revirei os olhos para seu comentário.

— Não preciso de seus elogios, sr. Johnson — contra ataquei, desviando o olhar de seu rosto insolente.

— Não quero ser o único excluído por não lhe conceder elogios. — Lancei um olhar de ódio fervente em sua direção, mas ele estava sério. Meu olhar de ódio se transformou em confusão e depois surpresa quando disse: — Você realmente está muito bonita essa noite.

Engoli em seco ao ouvir seu elogio. Ele estava falando sério?

— Devo admitir que o trabalho do senhor Max Vasselot é realmente bom. Ele fez milagres com a senhorita. — Argh, eu devia imaginar que ele não falaria somente aquilo.

— É uma pena que não posso dizer o mesmo de você — rebati, na defensiva. Contudo, apenas consegui fazê-lo rir.

— Admita, srta. Fontoura, você não vê muitos homens bonitos como eu. — Revirei os olhos mais uma vez, deixando explícito sobre o quão ridículo tinha achado seu comentário.

— Homens ridículos como você? Não vejo mesmo. Na verdade, os homens que eu conheço além de serem muito bonitos, são gentis, cavalheiros e divertidos. Coisa que você não é. — Fiquei satisfeita quando seu olhar se tornou aborrecido. Tinha o atingido em cheio mais uma vez!

— A senhorita deve se lembrar que essa é a maneira que não deve agir comigo, ainda mais quando tem uma dívida grande...

— Já entendi! — retruquei. — Não se preocupe, vou ser a namorada perfeita... Boazinha e que irá te obedecer, até irmos embora daquele evento.

Ele semicerrou os olhos, ainda em dúvida sobre minhas atitudes, mas eu não tinha meios de fugir dele. Eu realmente estava na palma da sua mão.

As portas do elevador se abriram quando chegamos ao último andar, o estacionamento. Segui sozinha, sem o apoio do meu falso namorado, até o carro em que o motorista nos aguardava. O mesmo abriu a porta para mim, permitindo minha passagem. Acomodei-me no banco do passageiro, ajeitando o vestido, e assim a porta se fechou. Sebastian Johnson ocupou o lugar ao meu lado e partimos.

Passei grande parte do caminho pensando sobre como seriam as coisas. Meu coração batia acelerado no peito, imaginando todo o cenário e situações. Eu não me dava bem em ambientes com pessoas ricas e pomposas como Sebastian Johnson, por isso temia cometer um grande deslize e manchar sua imagem. Não me preocupava com ele, de forma alguma, mas nas consequências que gerariam para Lilly. Por isso decidi tomar ao máximo de cuidado, para o bem estar de todos.

Vendo que a viagem seria mais longa que o esperado, deixei meus olhos passarem despercebidos pela cidade, o carro, até pousarem nele. Não podia negar que Sebastian Johnson estava beau — significa belo em francês, uma palavra que Max havia me ensinado.

Ele usava um terno completamente preto com uma gravata borboleta. Uma típica roupa masculina, mas que ornava seu corpo com perfeição. Como eu estava próxima dele — e tinha tido a oportunidade de tocar seu braço — sabia que por baixo daquele terno tinha um corpo aparentemente forte. Mas não era somente isso que o embelezava. Seu cabelo cor de areia — muito parecido com um loiro — estava ajeitado em um perfeito topete. Sua mandíbula realçava a musculatura de seu rosto, como os lábios grossos e proeminentes, o nariz contornado e reto, a bochechas magras, mas coradas. Além, claro, de seus lindos olhos verdes, que chamavam mais atenção.

Sem que eu percebesse, ele notou meu olhar e retribuiu. Quis desviar os olhos, mas como a sensação de poder tomava meu corpo, senti que poderia enfrentá-lo sem temer.

— Acho que devemos conversar antes de chegarmos ao evento — disse ele, já preparando seu discurso do que eu deveria ou não fazer.

— Não se preocupe, eu vou bancar a boa namorada e tentar não cometer nenhum erro — falei, soltando um suspiro entediado.

— Você não entende, Melissa, mas preciso que mantenha as aparências. Ninguém deve suspeitar que o nosso relacionamento é uma farsa. — Ele realmente estava sério enquanto falava. — E também insisto que não conte a ninguém, em hipótese alguma, sobre ser uma mentira.

Decidi não o retrucar, nem nada. Apenas concordei com a cabeça, demonstrando que havia compreendido suas ordens.

— Não se esqueça de parecer uma namorada bastante apaixonada — avisou Sebastian Johnson com os olhos ainda grudados em mim.

Um sorriso cínico cruzou o meu rosto e decidi provocá-lo.

— Mas é claro, meu querido. Eu sou uma namorada bastante apaixonada por você... — caçoei, aproximando-me com sedução em sua direção e tocando seu rosto com leveza. Ele instantaneamente reagiu ao meu toque. Notei suas pupilas ficarem dilatadas, se afastando inconscientemente e seu olhar descendo pela minha pele descoberta. — E o seu dinheiro.

Ao dizer a última frase desci minha mão com ousadia pelo seu braço e comprovei a existência de músculos por debaixo do terno. Eu não sabia de onde tinha vindo aquela ousadia, mas gostei da reação do CEO inabalável — mas nem tanto. Ele pegou minha mão e a retirou de seu braço.

— O que achou? — perguntei, piscando várias vezes cheia de falsa doçura.

— Já entendi que você é boa atuando — resmungou, mal humorado. — Ainda mais depois da prática que você teve com Alexander Hall, certo?

Não me surpreendi por ele saber o nome de Alex. Aposto que tinha pesquisado tudo sobre a vida do rapaz somente para saber meu paradeiro, a não ser que já tivesse alguém me perseguindo sem saber — que eu também não duvidava.

— Ah, com ele eu fiz mais do que fingir, se é que me entende... — Lancei uma piscadela para ele, dando duplo sentido a minha frase. Eu queria provocá-lo somente para aborrecê-lo. Sabia que era o incorreto a se fazer, mas enquanto tivesse a oportunidade, o faria.

Ele não prosseguiu com o assunto — provavelmente porque notou minha grande capacidade de fingir —, por isso prosseguimos o resto do caminho em silêncio. Eu nem queria imaginar o que o motorista estava pensando de mim. Deveria me achar uma louca.

Quando o carro atravessou gigantescos portões de ferro percebi o que de fato me aguardava. Eu não estava completamente preparada, então comecei a hiper ventilar. Tentei controlar a respiração, inspirando e expirando calmamente. Consegui me acalmar, mas o desespero ficou pior quando o carro estacionou diante de um tapete vermelho estendido até a entrada da grande mansão onde aconteceria o baile beneficente.

Olhei desesperada para Sebastian Johnson, que notou meu nervosismo.

— Fique calma, Melissa. Sei que você vai conseguir se sair bem. — Como ele conseguia manter a calma? Teríamos centenas de câmeras fotográficas viradas em nossa direção, assim como vários olhares julgadores e desconfortáveis.

Ele saiu primeiro do carro, dando a volta para abrir a minha porta. Sebastian Johnson estendeu a mão para mim, esperando que eu a pegasse e saísse do carro. Após minha inspiração de coragem, aceitei e saí do interior do veículo. Flashes de câmeras fotográficas vieram em nossa direção. Pessoas chamavam o nome de Sebastian Johnson, esperando que o mesmo olhasse para a lente de suas câmeras.

Passei o meu braço ao dele, usando-o como apoio para caminhar e não desmaiar de desespero. A primeira impressão que tive era que se tratava de um tradicional tapete vermelho, cheio de paparazzi, jornalistas tentando conseguir entrevistas, como nas premiações que víamos na televisão. Haviam pessoas desconhecidas para mim, mas provavelmente famosas para quem acompanhava-as — e que deveriam ser muito ricas.

Me senti completamente deslocada. Aquele não era o meu tipo de ambiente, mas tive que colocar na minha cabeça que naquela noite eu era Melissa Fontoura, atual namorada de Sebastian Johnson, um dos maiores empresários de toda a Inglaterra.

— Sorria — pediu meu falso namorado.

Fiz como ele havia pedido e abri o sorriso mais largo e aparentemente sincero. Minha face doeu, mas todas as câmeras fotográficas voltaram para nossa direção assim que pisamos o tapete vermelho. As pessoas gritavam o nome do homem ao meu lado, mas ele mantinha uma feição inexpressiva em seu rosto. Eu tinha um sorriso muito largo, notei, então decidi deixá-lo menor. Não queria parecer à mulher metida que tinha conquistado o cara rico.

Não sei quantas vezes paramos pelo tapete vermelho para sermos fotografados. Meu rosto já doía pelo esforço de manter o sorriso e meus olhos já lacrimejavam pela quantidade de flashes que vinham em nossa direção. Fiquei aliviada quando fizemos uma pausa. Entretanto, era para Sebastian Johnson ser entrevistado por um canal de televisão.

O frio na minha barriga ficou mais intenso, ainda mais quando a câmera focalizou em nós dois. A entrevistadora se aproximou do meu falso namorado e o cumprimentou com entusiasmo, iniciando com perguntas sobre o evento. Ele respondeu, sem dificuldade alguma e parecendo natural. Perguntas atrás de perguntas, até que ele recebeu alguma sobre mim.

— E vejo que trouxe uma acompanhante essa noite. É uma amiga? — A entrevistadora lançou um olhar de expectativa para Sebastian Johnson, aguardando que ele dissesse a coisa certa para a entrevista dela ser um sucesso. E ele deu o que ela queria.

— Na verdade, a srta. Fontoura é mais que uma amiga... — Os olhos dele voltaram para a minha direção, dando um ênfase apaixonado à frase seguinte. — Ela é minha namorada.

A entrevistadora ficou mais entusiasmada e perguntou:

— E há quanto tempo estão juntos?

Sebastian Johnson lançou um olhar para mim, incitando que eu respondesse. Me neguei, sentindo que não estava preparada ainda. Então ele o fez:

— Oficializamos há algumas semanas... — Mentira, pensei. — Mas nos conhecemos já faz algum tempo.

— E somente agora decidiram expor para a mídia? — indagou a mulher. Sebastian Johnson voltou a atenção para a mulher, já aborrecido pela quantidade de perguntas.

— Eu gosto de manter minha vida pessoal em particular...

— E como se sente a respeito dos rumores que inventaram sobre ser homossexual?

Sebastian Johnson cerrou a mandíbula, claramente insatisfeito por tocar no assunto que mais prejudicava sua imagem. Quis revirar os olhos por achar algo idiota. Ele se aproximou do microfone e respondeu:

— Acho que já b-basta de perguntas, senhorita. — Arqueei as sobrancelhas ao notar o vacilo em sua fala ao dizer tais palavras. Será que aquilo o incomodava mais do que eu havia imaginado? — Tenham uma boa noite.

Sebastian Johnson me puxou pela cintura, guiando-me em direção a porta de entrada da mansão.

Uma mulher encontrava-se recebendo os nomes dos convidados, procurando-os na lista e guiando até seus lugares. Meu falso namorado deu o nosso nome, fazendo com que nossa entrada fosse permitida. Após isso fomos levados para outro recinto. O ambiente em que nos encontrávamos era gigante, o teto em abóbada, com dezenas de mesas espalhadas. O piso era lustroso e claro, e a decoração era composta majoritariamente pela cor vermelha e branca. Além de rosas vermelhas espalhadas por todo lugar, desde nos arranjos de mesa, a espalhados em grandes vasos pelo recinto. Tinha-se também um palco com uma pequena orquestra que tocava uma sinfonia.

A mulher nos deixou na mesa determinada, onde já estavam alguns convidados. Notei que tinha ao todo dez lugares, mas somente três estavam ocupados. E também tive a infelicidade de perceber que conhecia os ocupantes da mesa.

Saiba que quis correr e desaparecer antes que me reconhecessem. Entretanto, apenas lancei um olhar de desespero para Sebastian Johnson. O mesmo me retribuiu com um sorriso maroto, se lembrando assim como eu do ocorrido que nos levou até aquele momento. Não consegui pensar com rapidez em alguma maneira de fugir, apenas rezei para que não se lembrassem de mim.

Nossa chegada chamou a atenção deles. Com entusiasmo o homem mais velho de cabelos brancos, rugas profundas de expressão e rosto rechonchudo cumprimentou o Sebastian Johnson. As outras duas mulheres se mantiveram sentadas, mas pareciam agraciadas pela presença do recém chegado. Aparentemente educado, o sr. Johnson cumprimentou cada uma com um leve beijo em suas mãos — eu achei isso super bizarro e bem século 18!

Todavia, a mais nova — aparentemente deveria ter minha idade — manteve os olhos grudados em mim. Eu a reconheci, e imaginei que ela também tivesse me reconhecido. Aquele grupo se tratava das pessoas que estavam com Sebastian Johnson no dia que eu fui defender a honra de Lilly no restaurante Flanagan Garden, em que resultei em diversos problemas para mim e minha amiga — e que eu estava tentando resolver um no momento.

— Sr. Jones, deixei-me apresentar minha namorada Melissa Fontoura — apresentou-me meu namorado. O homem gorducho estendeu a mão, fascinado pela minha existência.

— Então, é verdade o que o senhor havia me dito! Está realmente namorando! — Quando o homem mais velho disse aquilo, seus olhos foram em direção da jovem sentada. Sua filha, supus.

— Eu não minto, sr. Jones, você sabe muito bem disso — brincou Sebastian Johnson, com um olhar atento sobre o outro homem.

— Claro! — O sr. Jones soltou uma risada, tentando dissipar o constrangimento. Depois indicou a esposa e a filha. — Essa é a minha esposa Celiny e minha filha Jaclyn, srta. Fontoura.

Sorri cordialmente para as duas e disse:

— É um prazer conhecê-las.

— Engraçado... — iniciou a tal Jaclyn, sem de fato estar achando graça de algo. — Você me parece tão familiar. Já a vi em algum lugar? Em alguma revista, por acaso?

— Não — neguei, pegando a indireta dela. — Eu não sou o tipo de pessoa que sai em capas de revista. Mas você sim, certo?

Ela soltou uma risadinha e afirmou, cheia de bom humor. Tentei não revirar os olhos.

Sebastian Johnson afastou a cadeira pra que eu me sentasse, e assim o fiz. Depois ele ocupou o lugar ao meu lado, puxando minha mão para a superfície da mesa e segurando-a descaradamente.

Não participei da conversa. Ele havia dito que eu deveria apenas ser sua namorada, então não me inclui no assunto — que eram negócios, investimentos, empresas e coisas chatas. Mãe e filha se intrometiam, demonstrando compreender do assunto. Eu deixei bem explícito a expressão de tédio, desejando que ninguém me incluísse. Entretanto, meu falso namorado parecia aborrecido com minha atitude.

— Sr. Jones, se não se importa, eu e Melissa vamos conversar um pouco e tomar algumas bebidas. Ela não gosta quando fico falando o tempo inteiro sobre negócios. — Que bom que ele notou, pensei.

Ele me retirou da mesa, obrigando-me a acompanhá-lo até o bar reservado para convidados. O recinto já estava enchendo aos poucos, com pessoas transitando pelo ambiente usando roupas absurdamente brilhosas e caras.

O bar estava quase vazio, então Sebastian Johnson não teve dificuldade em colocar-me em um dos bancos e lançar seu olhar direto e insatisfeito.

— Você está me provocando? — questionou, soando irritado.

— Não. Por que eu estaria? — retruquei, acenando para o barman. O mesmo veio com uma facilidade absurda que cheguei a estranhar. — Quero um Martíni, por favor.

Eu não era o tipo de pessoa que bebia álcool, mas aquela ocasião era especial, então decidi tomar algum drink. Martíni era o único que eu conhecia, por isso o escolhi.

— Um uísque puro — também pediu o CEO. E continuou: — Você sabe muito bem do que estou falando. Aparente estar menos entediada ou odiar estar aqui.

— É um pouco difícil, já que fui obrigada — rosnei, também ficando aborrecida.

- Se você quer livrar seu pescoço, Melissa, faça conforme eu mando. — Dessa vez eu não tinha escapatória. Apenas concordei com a cabeça para ficar em paz.

Nossas bebidas não demoraram para chegar. Beberiquei o Martíni, e quando o fiz não consegui controlar a expressão facial de desgosto. Era péssimo!

— O que tem nisso? — indaguei, apontando para bebida de gosto forte.

— Você nunca tomou um Martíni? É feito com gim e vermute seco — respondeu.

— Não, eu não gosto de tomar bebidas alcoólicas.

— É por que decidiu tomar logo hoje? — Ele me olhou, provavelmente achando-me uma tonta.

— Porque imaginei que fosse bom — falei, como se fosse óbvio.

Sebastian Johnson pegou o Martíni e o tomou por completo quando notou que eu não o tomaria. Depois disso se pôs a beber o uísque puro. Meus olhos acompanhavam com atenção a forma em que tomava cada gole e engolia. Na minha cabeça aquela cena se tornou totalmente pecaminosa, ainda mais seus olhos verdes grudaram nos meus como cola. Não sei por quanto tempo ficamos daquela maneira — imaginei que por muito tempo —, mas subitamente os olhos dele se desviaram para algo atrás de mim. Acompanhei seu olhar e notei uma figura conversando com outros homens a alguns metros de distância.

— Fique aí, já retorno. Vou falar com um colega. — Estranhei a súbita atitude de Sebastian Johnson, mas não pude impossibilitá-lo de ir.

Observei-o se aproximando do sujeito desconhecido e o cumprimentando com entusiasmo. Eles iniciaram uma conversa, aparentemente de um assunto interessante — eu poderia chutar que se tratava de negócios!

Contudo, um pensamento incomum surgiu em minha mente. E se a mídia estivesse certa? E se Sebastian Johnson realmente fosse gay? Pra mim jamais seria um problema. Mas qual seria a razão para esconder aquilo a sete chaves, a ponto de usar uma mulher para fingir ser sua namorada? E se... Aquele homem com quem conversava fosse seu amante?!

Várias teorias começaram a lotar minha cabeça e me coloquei a pensar. Eu não tinha problemas com isso. Adoraria que Sebastian Johnson fosse gay. Seria uma notícia estrondosa. E se ele de fato fosse, eu poderia usar aquilo contra ele? A parte maldosa da minha mente sorriu malignamente, enquanto a consciente estapeava-me por considerar tal absurdo. Certo, talvez eu fosse incapaz de usar aquilo contra alguém. Ninguém escolhia ser homossexual, e não era um defeito ser um. Minha parte empática se recusou a fazer tal crueldade. Se Sebastian Johnson fosse gay, não seria eu quem revelaria isso.

Ainda distraída em pensamentos não notei o lugar ao meu lado sendo ocupado. O que fez com que eu notasse a presença de alguém foi um forte perfume masculino inebriante. Porém, o que me fez ficar completamente arrepiada foi à frase que ouvi.

— Você está incrivelmente linda esta noite — disse Tom Flanagan. Virei rapidamente em sua direção e encontrei seus olhos azuis encarando-me com desejo. — Assim como todos os dias.

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