27
Seus traços eram de simples perfeição — mesmo que a perfeição não fosse simples. Ela não precisava de muito para estar bonita, porque já era. Helena tinha os cabelos volumosos e cacheados, um rosto fino, com feições delicadas, além de lábios perfeitamente desenhados e cheios. Seus olhos eram de um castanho claro vívido, notável mesmo à distância. Mesmo usando roupas básicas — tênis, blusa e calça — parecia uma modelo. Gostaria de parecer assim todas as vezes que usava roupas simples — que era na maior parte do tempo, ou seja, sempre.
Tentei me esgueirar para longe, lembrando da conversa da sra. Hall e Dinah. Alex e Helena tinham namorado durante cinco anos, e isso era muito tempo. Era inevitável não haver um sentimento adormecido, esperando para ser acordado. Como Alex se sentia ao reencontrar com a ex-namorada?
Fitei suas feições, notando o espanto transparecer por alguns segundos até mudar para uma expressão branda. Ele estava tentando se manter impassível, mas havia ficado mexido pela presença da jovem. Alex desviou os olhos dela e me encarou. Seu olhar me passou urgência. Eu precisava voltar para o meu papel. Peguei toda a coragem que tinha — mesmo me sentindo diminuta em comparação a garota — e surgi diante da porta outra vez.
— Olá! — cumprimentei, sustentando um sorriso. Eu deveria fingir saber sobre ela? Se soubesse, provavelmente acharia que Alex falava sobre ela? Hesitei.
— Olá! Minha mãe está? — Ela sabia que a mãe dela estava, mas ainda assim foi cordial. Tinha um tom de voz mais acentuado para o grave, mas a rouquidão só a deixava mais atraente.
— Claro! — Afastei-me da porta, dando passagem para Helena.
— Querida! Você já chegou? Trouxe o que lhe pedi? — Dinah surgiu animada, satisfeita por ver a filha. A garota balançou a sacola que tinha em mãos.
— Como você esqueceu o macarrão? É uma das partes mais importantes do churrasco! — Dinah assentiu, concordando.
— Estava com a cabeça em outro lugar... — A mulher mais velha finalmente notou nossa presença, assim como Nora surgiu na sala. — Você já conhece a nova namorada de Alexander?
A expressão de Helena mudou. Ela realmente não esperava por isso. Talvez tivesse a mesma expectativa que a mãe, de voltar para Alex.
— Não! Estou surpresa... Eu sou a Helena, prazer em conhecê-la... — Helena estendeu a mão, aguardando que eu retribuísse. O fiz, apresentando-me também.
— Eu sou a Melissa. E igualmente. Acho que ouvi sua mãe falando sobre você agora pouco... — comentei, tentando soar natural.
— Ah, é? Espero que tenha falado bem.
Voltei meus olhos para Dinah.
— Uh, acho que foi.
Alex permaneceu calado, sem chamar a atenção. Independente de qual fosse sua real intenção ao me trazer ali, não poderia deixá-lo de escanteio, parecendo abalado pela presença da ex-namorada. Cutuquei sua costela com o cotovelo. Nora cumprimentou satisfatoriamente Helena. A garota a desejou um feliz aniversário.
— Bem, já que trouxe o que precisamos, que tal terminarmos com o almoço? — propôs Nora. — Alexander, vá chamar seu pai para começar a preparar o churrasco.
Alex assentiu e desapareceu andar acima.
— Enquanto isso, que tal vocês duas nos ajudarem a terminar o almoço? — Sorri satisfeita para a sra. Hall, por fazer questão de me incluir ao notar meu desconforto.
Retornamos a cozinha e continuamos com os preparativos. As outras mulheres ficaram felizes pela presença de Helena e a encheram de questionamentos. Em parte, fiquei satisfeita por me livrar do bombardeio de perguntas, mas enciumada por ser deixada de lado. Helena contou sobre a última viagem que fez para ajudar crianças carentes em um internato, sobre a ONG que planejava fundar e o sopão que pretendia fazer com a igreja. Nora a olhou cheia de admiração. A garota conseguia surtir um bom enfeito em todo mundo, notei, ainda mais quando envolvia caridade. Ela também notou meu silêncio.
— E você, Melissa, já fez algum trabalho voluntário? — indagou, tentando me incluir no assunto.
— Não. — A resposta era meio óbvia. O máximo que eu fazia era comprar um pacote de ração e distribuir para os animais que encontrava pela rua. Ou dar dinheiro para algum sem-teto.
— Que pena! — Fui esquecida logo após a pergunta. — Lembram-se que Alexander também me acompanhava nos trabalhos voluntários? Era tão divertido!
Por que todo mundo o chamava de Alexander e não de Alex? Será que eu estava seguindo algum protocolo errado? Bem, ele nunca se importou por chamá-lo pelo apelido.
— Lembro-me, uma pena que agora ele raramente tem tempo para isso — falou a sra. Hall um pouco decepcionada.
— Não existe isso de não ter tempo! Quando se quer, faz! — contradisse Dinah. Fiquei aguardando pela próxima discussão, mas Nora apenas deu de ombros.
Alguns minutos depois o sr. Hall surgiu na cozinha — fiquei me questionando onde estava esse tempo todo, mas supus que deveria estar tirando um cochilo.
— Minha querida Helena. — Ele a abraçou, animado. — Fico feliz em finalmente revê-la.
Não prestei atenção na conversa dos dois. Eu realmente não estava fazendo parte daquilo. Comecei a me sentir excluída, como se fosse a garota estranha da turma. E talvez fosse. Eu era nova e dificilmente seria inclusa com facilidade. Nora até havia tentado me colocar no meio, mas a presença de Helena era boa demais. Conseguiu até mesmo trazer minha sogra para sua rede.
Eu não poderia odiar uma garota que havia acabado de conhecer, e também nem culpá-la pela minha falta de sucesso. Percebi que precisava de tempo, então subi para o andar de cima e fui para o quarto. Talvez me chamassem de rude por ter saído de fininho, mas já tinha tentado o meu máximo. Conversei, lavei, ajudei a cozinhar, organizei tudo. Mas agora precisava de um descanso. Precisava fazer uma pausa na atuação e ser a Melissa normal por alguns segundos.
Não era como se eu estivesse fingindo minha personalidade, pelo contrário, estava sendo a mesma de sempre. Mas continuar persistindo em ser a namorada de Alex estava me saturando. Eu temia que estava mexendo tanto com minha cabeça que comecei a tornar tudo real. Eu não sentia nada por ele, não a ponto de sentir ciúmes pela presença de Helena.
Não havia motivo para odiá-la. Eu deveria aceitar que ambos tinham um passado e eu era apenas uma garota qualquer que seria a namorada de Alex por um fim de semana.
Mas e se eu não quisesse? E se quisesse transformar aquilo em real, assim como ele havia proposto ontem? Contudo, e se agora ele não quisesse mais com a chegada da ex-namorada?
Ambos estavam estáveis em suas vidas, formados, adultos. O momento perfeito para retornarem, se casarem e darem os netos dos sonhos para a sra. Hall. Era melhor Alex ter vindo sozinho para cá, assim não me teria como empecilho na relação.
Pretendi que quando o encontrasse, o chamaria para uma conversa. Falaria para ir atrás de Helena se ainda tivesse algum sentimento por ela. Para não desistir do amor deles. Não da forma que eu havia desistido de mim e Lee.
Decidi enviar algumas mensagens para Elizabeth e Will, além da minha família. Deveria noticiá-los avisando que ainda estava viva. Lilly encheu-me de questionamentos, mas informei que contaria tudo quando retornasse para casa. Ela perguntou quando eu voltaria, mas ainda não sabia de nenhuma data. Outra pergunta que deveria fazer para Alex.
Da janela do quarto pude vê-lo ajudando o pai. O dia continuava frio, mas a ideia de fazer o churrasco persistia. Bem, pelo menos todos estavam se divertindo, pensei.
Peguei meu notebook da bolsa e comecei a mexer. A recordação do filme da noite passada surgiu. Não me lembrava do final, mas ainda recordava do beijo em minha testa... E, principalmente, do quase beijo na roda gigante. Espantei os tolos pensamentos. Certamente o melhor era esquecer disso, afinal, se minha intuição estivesse certa, Alex havia me chamado apenas para fazer ciúmes em Helena. Então, talvez, ainda continha sentimentos por ela.
Cliquei nas pastas de documentos e notei muitos inacabados. Livros inacabados. Ao pensar sobre livros me veio a memória Louis Turner. Inconscientemente peguei meu celular, ainda com a expectativa de receber alguma ligação ou mensagem.
Decidi pesquisar sobre seu paradeiro. Vaguei pelos sites, até encontrar uma notícia que informava sobre o famoso escritor Louis Turner ter sido visto em um pub em Manhattan. Ele havia saído desacompanhado. Fiquei um pouco aliviada, ainda na expectativa sobre nosso futuro casamento – coisa de fã. Na página seguinte encontrei uma postagem sobre ter retornado à Inglaterra para o lançamento de seu novo livro. Então era por isso que havia desaparecido e nem cumprido com a promessa...
Também li sobre a turnê que faria pelos países que publicariam seu livro. Dentro de alguns dias ele estaria em Nova Iorque, Manhattan. Seria o destino? Havíamos nos encontrado uma vez, e talvez fosse apenas uma coincidência. Mas e se eu aparecesse por lá, com quem não quer nada, apenas para ele se recordar do café que havia prometido? Poderia estar agindo como uma fã maluca, mas eu jamais esqueceria o cavalheirismo de Louis Turner. Dos sorrisos divertidos, comentários, olhares... De sua beleza.
Prometi a mim mesma que se ele não me ligasse eu iria comparecer a essa sessão de autógrafos.
Não sabia por quanto tempo fiquei observando suas fotos, evitando olhar as pastas dos meus livros inacabados. Eu tinha escrito muitos livros durante anos, concluído alguns, e até tentado ir atrás de alguma editora para publicá-los. Sem sucesso. Não consideravam minhas obras boas o suficiente para desperdiçar folhas de papéis. Foi assim que me contentei em desistir e focar em uma vida adulta onde só havia trabalho pesado e o salário no fim do mês. Desisti do meu maior sonho, ser uma escritora, por causa da falta de motivação. Lilly e Will eram os únicos que me motivavam, mas não era o suficiente.
Quem sabe Louis me ajudasse, pensei. Mas por qual razão ele perderia tempo com uma principiante? Eu não equiparava ao seu talento, jamais chegaria aos seus pés.
Enquanto estava distraída ouvi uma leve batida na porta. Voltei-me atenta e aguardei o novo visitante. Alex adentrou o quarto e abriu um sorriso logo ao me ver. Lembrei dos questionamentos que deveria fazer a ele. Meu falso namorado me devia respostas.
— Notei que você havia desaparecido, então imaginei que estivesse aqui. Espero não estar te atrapalhando — disse ele com certo receio e timidez. Dei de ombros e continuei fingindo estar mexendo no notebook. — Tem algo te incomodando?
Eu não deveria mentir, não mais uma vez. Agora era o momento em que eu deveria ser direta e não agir tolamente. Tinha dúvidas sobre a real intenção de Alex ao me trazer ali. Sendo assim, fiz como planejava.
— Na verdade, tem sim. — Ele aparentou estar surpreso, mas não disse nada, permitindo que eu continuasse. — Helena é uma garota muito bonita e fiquei sabendo que ela é sua ex-namorada. Isso não me incomoda, de forma alguma, mas vamos ser sinceros, Alex... Ela é o motivo de você ter me chamado para fingir ser sua namorada?
Ele não esboçou nenhuma reação. Permaneceu com as mãos atrás das costas, olhou para o teto por alguns instantes. O que ele tanto pensava? Meu falso namorado aproximou-se da cama e focou os olhos em meu rosto.
— Sim, Melissa, esse é o motivo — admitiu Alex. No fundo, eu não desejava que fosse aquela a resposta. Esperava que ele surgisse com um discurso formado, admitindo sua paixão por mim e que só havia me trazido até ali para demonstrar seus reais sentimentos. Foi assim que notei o quanto os romances estavam influenciando em minha vida e sanidade. — Por favor, não fique chateada comigo...
Eu não estava chateada com ele, mas sim comigo. A preocupação se evidenciava no rosto bonito do rapaz, em que eu havia me aproximado em tão poucos dias. E justamente por causa disso deixei-me levar para outro lugar, acreditar em sentimentos irreais que rondavam minha mente. Tive que dizer a mim mesma que só estava atraída sexualmente por ele.
— Não posso ficar chateada com você... Você e eu não temos nada, mas esperava a verdade, e nem isso posso pedir a você, já que iniciamos isso em uma mentira. — Fui curta e direta. Esperava não estar soando como alguém tentando dar uma lição de moral. Eu não era a pessoa mais apropriada pra isso.
— Nós somos amigos agora, Melissa. Sei que deveria ter admitido antes, mas seria constrangedor chamá-la para fingir ser minha falsa namorada para causar ciúmes em minha ex. E ainda havia a possibilidade de você rejeitar. — Bem, isso era verdade, pensei. — De qualquer forma, foi à única coisa que omiti de você. Espero que me desculpe por isso, por favor.
Como não aceitar as desculpas de Alex? Ele realmente parecia estar sentindo muito. Balancei a cabeça em negativa e abri um sorriso.
— Já está desculpado. Mas posso fazer mais uma pergunta? — Ele assentiu, a espera. Desde que posei meus olhos em Helena um único questionamento ficou me perturbando. — Helena é muito bonita, senão perfeita... Por isso, preciso saber. Por que vocês terminaram?
Alex soltou um suspiro pesado e sentou-se na cama. Fechei o notebook enquanto aguardava por sua resposta. Parecia ser algo realmente sério, como havia suposto.
— Ela não é tão perfeita quanto imagina — respondeu ele. Meus olhos se arregalaram e inclinei o corpo em expectativa. O que ele queria dizer com isso? — No início ela era realmente uma boa pessoa, considerada a mais bonita da escola. Começamos a namorar muito cedo, com somente 13 anos. Não passava de andar com as mãos dadas e selinhos, mas com o tempo, quando ficamos mais velhos, começamos a transar... — Apertei meus lábios, sentindo certo desconforto em ouvir aquilo. Mas permaneci com a curiosidade no ápice. — E era tudo normal, dois adolescentes comuns. Mas ela insistia para a mãe dela, a Dinah, que era virgem. Por isso, com o tempo, a mãe dela começou a insistir com um casamento, porque achava que tínhamos um bom tempo de namoro e já estava na hora. Minha mãe aprovou, mas meu pai foi contra. — Alex voltou os olhos para mim. — Ele dizia que ambos éramos jovens demais, com um futuro pela frente, que os tempos eram outros. Eu concordei. Gostava de Helena, mas não queria me casar. Então, continuamos com o nosso relacionamento, mas a mãe dela já não gostava de mim. Minha mãe continuou sonhando acordada com o nosso casamento e acreditando que em breve se tornaria avó. Foi assim que Helena decidiu me manipular... Um dia cheguei em casa e ela estava lá com meus pais. Todos estavam sérios, e foi assim que descobri da gravidez dela.
Tentei conter minha boca aberta, mas fui incapaz. Realmente, a história estava indo para outro caminho e me surpreendendo.
— Eu só tinha 18 anos e havia acabado de conseguir uma bolsa na Universidade de Nova Iorque. Era um sonho se tornando realidade... Mas meus pais disseram que eu deveria desistir daquele sonho para amparar Helena. Tive que concordar, porque jamais a deixaria de lado — Alex continuou com a história. — Ela estava com medo de contar para a mãe, por isso somente faria isso após nos casarmos. Meus pais aceitaram, compreendendo as fofocas que fariam em seu nome por ter engravidado antes do casamento. Realmente estávamos planejando tudo, meu pai não estava satisfeito, minha mãe emocionada e Dinah parecia ter ganhado na loteria. Mas depois de algum tempo comecei a estranhar... Foi inevitável. Eu sabia que com um nascimento de um filho nós deveríamos somente focar nele, mas eu não queria desistir dos meus sonhos, então decidi colocá-la contra a parede e pedi que fizesse um teste de gravidez. — Ele soltou uma risada baixa, como estivesse lembrando-se de algo. — Ela se negou a princípio, mas depois aceitou. Sorte a minha ter a levado para fazer um exame de sangue para identificar a gravidez e não pedido por um teste de farmácia. Sendo assim, depois que saiu o resultado, descobri que era tudo uma farsa.
— Por que ela mentiu pra você? — Alex abriu um sorriso divertido ao notar uma mistura de choque e entusiasmo em meu rosto. Adorava ouvir fofocas bombásticas como aquela.
— Ela não queria que eu fosse embora e a deixasse na Filadélfia. Talvez esperasse que eu a levasse comigo para Nova Iorque, mas meu pai achava melhor permanecermos na cidade.
— Então, você terminou com ela?
— Claro! Ela havia mentido pra mim, após anos de relacionamento. Minha mãe ficou triste, mas meu pai aliviado. Larguei-a e fui embora para Nova Iorque. — Abri um sorriso, aliviada pelo fim da história. — Mas, Melissa, saiba que Helena não é uma pessoa ruim, pelo menos não completamente. Acredito que todas as boas causas que ela faz são com sinceras intenções. Então, não a odeio, sinto pena por sua atitude, mas acredito que ela deve ter evoluído e melhorado.
Assenti, refletindo sobre suas palavras. Mas ainda assim outra dúvida fez cócegas em minha língua.
— E, atualmente, você daria uma nova chance a ela? — indaguei, desviando o olhar para as minhas unhas. Nossa, como elas eram desinteressantes, pensei.
— Se eu voltaria com ela? — Balancei a cabeça e dei uma espiada para notar sua reação. — Não.
— Não? — Eu precisava mais do que isso.
— Não — repetiu. Mas logo em seguida disse o que desejava ouvir. — No momento estou interessado em outra garota, que vale muito mais a pena. Mas, pra ser honesto, não sei se ela sente o mesmo por mim...
Fiz uma careta e desejei ter algum lugar para esconder meu rosto quente.
— Bem, boa sorte com a sua garota — desejei, rezando para não ficar vermelha como um tomate.
— Me diga você... Acha que vou precisar de sorte, Melissa? — Epa! Ele realmente estava se referindo a mim?
Levantei em um salto quando escutei outra batida na porta. Permiti a entrada do novo visitante. O rosto de Helena surgiu pela abertura da porta.
— Desculpe incomodar, mas os convidados estão chegando — informou ela. — E querem rever você, Alex, e conhecer sua namorada.
Alex se levantou da cama e abriu um belo sorriso.
— Claro, já estávamos indo. — Helena assentiu e desapareceu pela abertura. Alex voltou-se para mim e estendeu a mão. — Vamos?
Eu não sabia exatamente o que aquela palavra significava, mas sabia que as outras tinham intenções interessantes por trás. Se ele estava de fato interessado por mim, então eu deveria dá-lo alguma chance? Ele precisaria de sorte, assim como havia perguntado? Comigo o buraco era bem mais embaixo. Todos os quase romances que eu havia tido em minha vida não tinham dado certo. E se com Alex fosse assim? Eu tinha muitos questionamentos e poucas respostas.
Foi naquele momento que desejei por sorte. Sorte para que minha atuação mais brilhante surgisse e fosse capaz de ser a falsa namorada perfeita, mas ao mesmo tempo indagando-me se de fato desejava ser a real.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro