Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

22

Recobrei a consciência quando senti a água ficando mais quente contra minhas costas. Há quanto tempo eu estava debaixo do chuveiro? Decidi terminar meu banho mais rapidamente, já que não queria desperdiçar mais água.

Aquela foi a última vez que vi Lee. Desde então nunca mais nos encontramos ou nos falamos. Nem mesmo por um telefonema. Pra falar a verdade, até tentamos. Mas somente conversávamos por cartas, já que era algo ''romântico''. Contudo, a verdade era que ambos tínhamos vergonha demais em falar ao telefone. Manter uma relação à distância seria complicado, ainda mais para nós dois que não sabíamos nada sobre relacionamentos. Eu acreditava que um dia ele cansaria das cartas e voltaria quando terminasse o ensino médio. Que voltaria para os Estados Unidos em busca de mim e me levaria consigo para a Coreia do Sul. Se isso acontecesse com a Melissa de 16 anos, ela certamente aceitaria, achando uma das coisas mais românticas do mundo. Atualmente, mesmo acreditando no romantismo, eu recusaria, mesmo não havendo nada para mim no Estados Unidos.

Ainda assim, depois das cartas e dos anos que se passaram, eu jamais o esqueci. Era imprudente ficar relembrando de um amor do passado. Eu era apenas uma jovem apaixonada acreditando que duraria toda a vida, acreditava demais nos romances. Hoje em dia eu sei que nada daquilo que lia era real. Acabei percebendo isso após ter feito sete pedidos de aniversário desejando um romance clichê como os dos livros. Entretanto, no momento eu era a protagonista completamente ferrada, no fundo do poço, sem uma herança secreta ou um emprego novo que me pagava bem. Na verdade, eu estava envolvida com um CEO cretino — que eu temia profundamente sobre os planos dele para mim — e tinha tido a capacidade de beijar meu chefe, que agora eu odiava mais do que antes. E, para minha surpresa, eu estava fingindo ser a namorada do meu vizinho por um fim de semana — isso sim era completamente anormal, mas clichê em livros. Talvez tenha sido o mais próximo que eu havia chegado do meu pedido de aniversário, pensei. Mas também havia o fato de ter encontrado com meu ídolo, Louis Turner — que não me ligou como prometido.

Todavia, eu sabia que não tinha sorte em nada e que tudo não passava de uma coincidência. Não existia destino ou pedidos se realizando. Eu tinha 23 anos e já estava mais do que na hora de parar com os sonhos tolos. Na verdade, logo retornaria para a vida real, então deveria contar sobre minha demissão do restaurante para Lilly e encontrar um novo emprego. Eu precisava de um salário para me manter ou senão retornaria para vida que havia fugido.

Saí do banho, me sequei e vesti as peças de roupas que havia trazido comigo. Uma blusa branca, suéter laranja, calça jeans escura e tênis. Nada muito diferente do tradicional já que não tinha condições financeiras para comprar roupas de marcas ou algo diferente. Penteei meu cabelo, para logo prendê-lo em um rabo de cavalo. Mas por um momento parei diante do espelho e observei minha expressão facial e todo meu rosto. Eu parecia cansada, como sempre. Lembrei-me de Alex e preocupei subitamente com minha aparência. Não desejava aparentar ser uma desleixada perto dele — mesmo eu sendo uma. Deveria fingir ser uma namorada organizada e bonita, pelo menos por um fim de semana. Depois que voltássemos para Manhattan eu poderia retornar a ser a Melissa desorganizada de sempre.

Maquiei meu rosto, escondendo minhas olheiras, as espinhas — até parecia que eu estava na adolescência — e passei um pouco de rímel para dar volume aos meus cílios, e concluí passando um batom, deixando minha aparência mais saudável. Não era nada profissional ou diferente, já que eu não tinha paciência e talento para aprender algo novo.

Enquanto eu terminava a maquiagem ouvi uma leve batida na porta. Atentei meus ouvidos e escutei alguém pedindo para entrar. Permiti a entrada do visitante e observei Alex adentrando no quarto, e logo ao me ver abriu um sorriso. Retribui, um pouco tímida.

— Vim avisar que o jantar está pronto! — Abri a boca, surpresa, imaginando que eu tinha demorado no banho mais do que havia imaginado.

— Me desculpe! Eu já estava descendo — avisei, colocando as mãos sobre minhas bochechas e sentindo o calor se espalhando por elas.

— Tudo bem! Na verdade, também vim dar outra notícia. — Arqueei as sobrancelhas em expectativa. — Vamos ao parque de diversões hoje!

Alex soou animado, parecendo completamente em êxtase com a ideia.

— Que legal! — Eu estava surpresa. Fazia muito tempo que não frequentava um parque de diversões. E agora eu iria com a família de Alex! Fiquei ligeiramente mais nervosa.

— Você não parece animada — observou ele, notando minha hesitação.

— Na verdade... — comecei, indicando que fechasse a porta. Ele o fez. — Estou preocupada. — Alex arqueou as sobrancelhas, incitando que eu continuasse a falar. — Você não me disse nada sobre uma festa de aniversário! E que teria convidados!

— Caramba, Melissa! Me desculpe! Eu esqueci de mencionar essa parte, mas... — Alex passou a mão pelo cabelo curto e crespo, parecendo sem jeito. — Sim, meus pais planejaram um churrasco e convidaram algumas pessoas! Mas com certeza você vai se sair bem!

— E se eu não conseguir atuar tão bem? — indaguei aos sussurros. — Já está sendo um pouco difícil fazer isso com seus pais, que são pessoas adoráveis.

— Me desculpe... — pediu ele, se aproximando. Alex colocou as mãos em meu ombro, como se me confortasse. Meu corpo inteiro ficou tenso com seu súbito contato. Era estranho, mas de fato reconfortante. — Sei que estou pedindo demais de você, mas precisamos manter isso até o fim.

Soltei um suspiro e ergui a cabeça. Acebei ficando cara a cara com Alex, fitando seus olhos cor de mel. Seus lábios grandes e aparentemente macios... Suas sobrancelhas grossas, maças do rosto altas e suas belas covinhas que surgiam em seu meio sorriso reconfortante. Senti o fôlego fugindo de meus pulmões e percebi a necessidade em manter distância.

— Tudo bem — murmurei, mais para mim mesma do que para Alex. — Eu vou saber me controlar e soar bem realista.

Ele fez uma careta.

— Quando você diz isso parece que não somos reais. — Arregalei meus olhos quando o ouvi dizendo aquilo. — Bem, somos vizinhos, nos conhecemos. A única parte que não é verdade é o fato de sermos namorados. Mas parecemos um casal, certo?

Após suas palavras comecei a considerar sobre o assunto. Parecíamos um casal? Não era como se fossemos totalmente diferentes. Na verdade, eu sentia que conseguia dar certo com Alex. Gostava da companhia dele, ainda mais quando me fazia rir — assim como sua família estava conseguindo. Até o momento estávamos nos dando bem.

— Bem, falando assim, parecemos — concordei após minha breve reflexão.

Logo em seguida fui surpreendida por suas palavras.

— Que tal fazermos assim... — Ele voltou-se a aproximar de mim. Tentei controlar minha respiração e mantive a expressão facial neutra. — Vamos continuar com a mentira, como se não fosse, e quem sabe ela se torne real.

Eu acabei engasgando com o ar que respirava e comecei a tossir. Desviei-me de Alex, tentando recuperar o ar após desengasgar, contudo, ele decidiu me ajudar. No meio do meu desespero pela busca do ar o senti vindo em meu amparo e passando os braços em volta do meu tórax, sobre meu diafragma, e o comprimindo. Aquele súbito contado me gerou mais constrangimento e as tosses surgiram novamente. Coloquei as mãos sobre a boca, mais em total surpresa do que para impedir as tosses. Estávamos muito próximos! Ele estava atrás de mim! Meu corpo ficou mais tenso do que antes.

Em meio àquela cena e minhas tentativas de dizer que estava bem, a porta foi subitamente aberta e o senhor e a sra. Hall surgiram com suas expressões preocupadas.

Se fosse possível de acontecer, minha cara tinha ido parar no chão. Olhei para a janela, rezando que ambos desaparecessem ou que Alex se afastasse rapidamente. Contudo, ele levou a mão para os meus cabelos e afastou-os de minha nuca.

— Você está bem? — questionou, soando preocupado.

O empurrei, afastando meu corpo e indicando com a cabeça a porta. Alex voltou-se para a direção que apontei e notou a presença dos pais.

— Eu estava ajudando-a desengasgar! — falou Alex, justificando a cena que os pais haviam visto.

Arrumei minha postura enquanto massageava minha garganta machucada pelo engasgo e as repetidas tosses.

Ah! Bem, só ficamos preocupados com a demora de vocês! Estaremos aguardando-os lá embaixo! — disse o sr. Hall para logo em seguida fechar a porta. A sra. Hall parecia chocada e provavelmente não acreditando nas palavras do filho.

Será que eles imaginavam que estávamos fazendo outra coisa? Seria impossível fazermos com roupa! Ou não? Empurrei o estúpido pensamento para longe e voltei-me para Alex. Ele parecia tão constrangido quanto eu.

— Você acha que eles...? — murmurei ainda em choque, tampando minha boca com a mão.

— Se eles ouviram?! Isso não é o pior! — Alex subitamente abaixou o tom de voz, preocupado que ainda pudessem estar nos ouvindo. — Bem, o que acabou de acontecer foi bastante constrangedor, mas... Se eles tinham alguma dúvida, creio que foi sanada.

— É, mas você estava me desengasgando, não fazendo outra coisa! — soei exasperada. Minhas pernas estavam trêmulas, mas eu sabia que não era o medo de ser descoberta pelos pais de Alex e sim pela súbita proximidade que havíamos ficado.

Ele pareceu ponderar mais um pouco e depois deu de ombros.

— Deixei-os pensar o que quiser! Apenas vamos continuar como antes! Só não aja como se tivesse de fato fazendo algo errado — disse ele, soando com convicção. Fitei-o boquiaberta. Como poderia agir naturalmente? Ainda não conseguia tirar da minha mente àquela imagem. Imagine então os pais dele!

— Certo — afirmei, sentindo-me totalmente o oposto dele. Não havia confiança em meu corpo. Nenhuma. E ela terminou de desaparecer quando ele estendeu a mão para mim, convidando-me a segurá-la. Eu o fiz, mas com todos os tipos de pensamentos impuros passando por minha mente.

Saímos do quarto, mas minha mente continuou me traindo. Imaginando se a sanidade me trairia quando fossemos dividir o quarto durante a noite... Bem, eu não poderia negar que seria tentador... Tentador sentir seus braços fortes em minha volta, seu hálito quente em meu pescoço, seu perfume envolvendo todos os meus sentidos e o movimento de seus quadris contra os meus... Caramba, Melissa! Eu estava parecendo uma tarada! Ainda bem que ele não conseguia ouvir meus pensamentos, pensei, um pouco aliviada.

Tentei fazer como ele havia pedido. Suavizei minhas expressões faciais e continuei agindo como uma boa namorada. Uma namorada sem pensamentos maliciosos e ousados sobre o corpo másculo e atraente do namorado... Ah, como eu adoraria ter novamente a oportunidade de bisbilhotá-lo da sacada...


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro