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Capítulo 7

Esse capítulo é muito especial, pois foi escrito em parceria com o amigo querido e escritor super talentoso rodzandonadi . Não apenas esse, como o capítulo 8 também.

Rod, é uma honra ter seus dons abrilhantando o universo de Noturna. 

Como ele mesmo diz "Ficou da hora!"

Thalion corria pelos corredores do castelo seguido de perto por Daena e Faramir.

Em seu peito havia uma urgência incompreensível de chegar ao quarto da princesa ogro.

Ele não entendia o que se passava, já que em sua cabeça deveria estar indo direto para Ani. Mas o general já havia lutado em muitas batalhas. E se teve algo que aprendeu foi a seguir seus instintos. Sabia que isso era primordial para se manter vivo em situações como aquela.

Tudo fez sentido quando encontrou Allania no quarto de Luna. Alívio percorreu seu corpo, quando a viu junto aos pais da princesa. Entretanto, seu sangue ferveu ao ver Cam atrás de Ani.

Os machos se encararam por alguns segundos. Thalion agradeceu por seus anos de treinamento. Precisava ter foco. Seu dever com a família real era prioridade ali.

-Majestades... - Ele falou fazendo uma reverência rasa - Tenho que deixá-los a salvo. Venham!

O som de uma explosão fez o chão tremer embaixo de seus pés.

A rainha sombria, que segurava a filha fortemente em seus braços, balançou a cabeça em negativa. Havia lágrimas em seus olhos.

- Já está decidido, comandante. - O rei falou acariciando ternamente a cabeça da princesa enquanto mantinha o outro braço ao redor de Lady Allania - Você seguirá com Ani e Cam para o reino das fadas. Precisamos garantir que nossa filha sobreviva.

Ele não entendeu aquela ordem. Foi preciso esforço para se dirigir adequadamente ao monarca.

- O reino das fadas? Não posso abandonar Arvedui num momento como esse!

A rainha se ergueu, pegou uma manta e enrolou a bebê.

- Era sobre Luna que a profecia falava. - Disse olhando para ele - Ela é a futura soberana dos elfos.

- Não entendo como pode ter tanta certeza disso, tia. - Cortou Ani, com a voz carregada de medo.

Lady Allania beijou a testa da princesa e a entregou à sobrinha.

Thalion viu a fêmea aconchegar a bebê em seus braços trêmulos.

O coração de Ani batia tão alto que ele ficou com medo de que pudesse assustar a criança. Ele esperava que o seu coração não estivesse batendo tão forte quanto o dela.

Lady Allania acariciou o rosto da sobrinha.

- Durante a gestação Islodel me abençoou. Essa bênção levou a uma visão com a Deusa. A Mãe me disse que Luna era a salvação do mundo. Que eu deveria fazer de tudo para que ela seguisse o seu destino ou estaríamos todos condenados.

Thalion se lembrava daquele dia.

Foi a primeira vez que encontrou a rainha das fadas. Não foi algo agradável. Todos os acontecimentos que se sucederam foram, no mínimo, estranhos.

Ele balançou a cabeça entendendo a situação.

Não havia o que discutir.

Profecias, visões e sonhos eram formas do divino se comunicar com os terrenos. Deveriam ser respeitados a todo custo.

Ele analisou a situação.

Ani estava abalada. 

Cam faria tudo o que ela dissesse. 

Ele precisava ser objetivo se quisesse cumprir aquela missão.

- E como chegaremos ao reino das fadas?

Nesse exato momento, Zuri entrou nos aposentos acompanhada de Islodel.

- A passagem secreta está livre.

O rei tornou a falar:

- Pegue dois guerreiros de sua extrema confiança, comandante, e escolte minha filha até o Outro Mundo. A Rainha das Fadas guiará vocês.

Essa era outra situação sobre a qual não precisava pensar muito. Ele olhou para Daena e Faramir. Os dois assentiram sem pestanejar. Confiaria sua vida a eles de olhos fechados.

Lady Allania levantou o queixo de Ani. Thalion conteve a vontade de apressar a garota, pois seu instinto lhe disse que aquele momento seria importante.

- Estou entregando a você o meu bem mais precioso. Cuide da minha filha como se fosse sua. Mostre à ela todas as virtudes que o seu povo possui. Ensine-a a ser caridosa e a ter compaixão. Faça com que seja capaz de se importar com o sofrimento do outro.

Ele sentiu a incerteza de Allania quase palpável. Queria segurá-la em seus braços e dizer que tudo ficaria bem. Cerrou os punhos ao ver Cam acariciando suas costas para acalmá-la.

Os olhos de Ani e da rainha se encontraram.

- Eu... eu... eu não sei como fazer isso, tia. Luna precisa de você! Ela precisa da mãe por perto para ensinar essas coisas.

Thalion assistiu a Rainha Sombria envolver as duas, filha e sobrinha, num abraço de urso. Seu sorriso era triste, mas seu olhar estava inabalável.

- Eu não sei sobre essas coisas, querida. Nenhum elfo entende esses sentimentos, na verdade, porque é preciso ter algo que nunca tivemos.

Ani uniu as sobrancelhas em uma pergunta muda. O sorriso da rainha se iluminou.

- Estou falando de humanidade, Ani. A bondade que o exercício da humanidade produz é a chave para salvar o nosso povo.

- Mas e vocês? - Indagou Cam - Não posso deixá-la, minha senhora!

Outro estrondo fez todos pularem.

"Será que eles conseguiram ultrapassar a barreira mágica?", Thalion pensou ansioso pra tirar a princesa dali. Ela seria sua rainha, o que era o suficiente para garantir sua lealdade.

O rei se aproximou afobado segurando a mão do guerreiro e depois a de Cam.

- O nosso lugar é aqui, à frente da batalha. Lutaremos e sangraremos por nosso reino. Defenderemos nosso povo. Porque sei que darão suas vidas por Luna ficarei e farei isso. Confio a vocês dois a vida da minha filha, sua futura soberana.

Thalion e Cam se olharam. Um tipo de entendimento se passou entre eles.

Poderiam trabalhar juntos nisso.

Pelo rei e pela rainha.

Pela princesa Luna.

Pelo povo élfico.

E, lógico, por Ani.

- Nós a protegeremos com as nossas vidas, majestade - respondeu Cam se ajoelhando.

Thalion confirmou batendo no próprio peito com o punho fechado, ficando sobre seus joelhos ao lado do feiticeiro.

- Pelo amor da Deusa, levantem-se os dois! - Exclamou Daena rolando os olhos - Precisamos dar o fora daqui logo.

Thalion se ergueu.

Viu gratidão e determinação nos olhos do rei e da rainha. Ele acenou com a cabeça. Não quis pensar que talvez fosse a última vez que os veria.

- Vamos! - Chamou Islodel voando em direção a porta - Eu conheço o caminho.

Faramir, Daena, Ani segurando Luna, Cam e Thalion deixaram o aposento um após o outro em direção a passagem secreta que os levaria para fora do castelo.

Seria bom se pudessem usar uma magia de deslocamento, mas provavelmente os inimigos estavam monitorando encantamentos do lado externo da fortaleza. Por mais irritante que fosse, aquela era a maneira mais segura de sair dali. 

Isso se não quisessem chamar atenção indesejada. O que realmente não queriam.

Eles correram em direção ao quarto do rei. Os sentidos do comandante estavam a mil, atentos a qualquer novidade boa ou ruim.

Uma gota de suor desceu por suas costas.

De repente, um barulho ensurdecedor estremeceu as paredes por onde passavam.

Thalion sentiu quando uma descarga de energia atingiu seu couro cabeludo, atravessou o corpo e se desfez sob seus pés.

Luna começou a chorar no colo de Ani. Ele arregalou os olhos quando a compreensão o atingiu.

- A defesa mágica se foi! - Gritou Faramir.

"Que merda!"

- Precisamos nos apressar!

Chegaram ao aposento real. A rainha das Fadas retirou, apenas movimentando as mãos, um quadro enorme pendurado numa das paredes.

A tal passagem secreta foi revelada.

Após todos terem entrado, ela devolveu a pintura ao local e lacrou a entrada com magia antiga.

"Espero que nem o rei ou a rainha precisem utilizar essa passagem no futuro." Pensou o comandante sabendo que até o mais alto sacerdote teria dificuldade para reabri-la.

Uma chama de luz azul surgiu nas mãos de Cam iluminando o local. Não que eles precisassem disso, pois enxergavam bem no escuro. Entretanto, deixava o ambiente menos traiçoeiro, acalmando todos.

Ani e Cam trocaram olhares e o feiticeiro se aproximou colocando a mão sobre a cabeça da criança.

Thalion estreitou os olhos. 

Avançando para o casal segurou firmemente o pulso de Cam, impedindo o que quer que outro tivesse em mente.

O choro da pequena se tornou mais estridente.

- O que pensa que vai fazer? — ele rosnou.

Cam olhou para a mão em seu braço e exibiu os dentes para Thalion. 

Ani lançou um olhar de advertência para o mago.

Ela colocou a mão sobre o braço do comandante:

- Calma, Prateado. Cam só vai colocar a bebê pra dormir.

Ele encarou os olhos rubis de Ani e foi o suficiente para seus nervos se acalmarem. Sabia que ela defenderia aquela criança de qualquer ameaça. 

Ainda assim relaxou o aperto relutantemente.

- Apenas o suficiente para chegarmos ao destino.

O feiticeiro puxou seu braço, mas acenou concordando.

- Eh... gente! - Chamou Faramir - Estava pensando se não seria mais seguro se todos soubéssemos pra onde estamos indo?

Thalion olhou para Islodel.

Todos fizeram o mesmo.

- Precisamos chegar ao Rio Perdido - Ela tratou de explicar. - Lá existe um portal para Tír Na Nóg, o Outro Mundo.

- Eu já ouvi sobre esse rio. Não é aquele que some no meio das rochas e aparece sei lá quantos quilômetros depois? - Indagou Ani.

A rainha das fadas ergueu uma sobrancelha.

- Na verdade ele não some nas pedras. É uma ilusão para despistar os enxeridos da entrada do portal.

- Uau! Esse portal fica sempre aberto?

- Claro que não. Apenas nos equinócios e solstícios.

- Então como faremos? - Faramir tornou a questionar.

- Ora, eu não seria a Rainha das Fadas se não fosse capaz de abrir um portal qualquer para a minha terra, não é?

Ani deu de ombros.

- Isso é verdade.

- Só há um problema. - Ressaltou Islodel.

"Claro que tem." Debochou Thalion em uma conversa interna. "Sempre tem um "se" quando envolve magia."

Por isso, o macho preferia confiar na sua força e cérebro. Se falhasse seria por sua culpa e não por um porém mágico.

-E que problema seria esse? - Perguntou contrariado.

-Não posso garantir que todos irão passar pelo portal.

-Como assim? - Ani levantou a voz.

-Tír Na Nóg é uma terra sagrada. Só entra quem a Deusa permite. A não ser, é claro, nos dias em que os portais de todos os mundos se abrem.

O silêncio imperou por quase um minuto, no fim foi Thalion quem o quebrou:

- Se é uma decisão da Deusa, não precisamos nos preocupar. Ela é a senhora do nosso destino, ficaremos bem.

-O Rio Perdido fica ao sul daqui. - Informou Daena - Você sabe onde essa passagem vai dar, vossa majestade?

Todos olharam para a escada em espiral que parecia descer até as profundezas da Terra. Estavam no sétimo andar da fortaleza, com certeza teriam que fazer um longo percurso.

- Na ala leste, fora dos muros do castelo. - Respondeu Islodel.

- Bem, teremos que correr até o desfiladeiro ao sul da fortaleza pra seguirmos até o rio.

- O que faremos quando chegarmos lá? - Faramir perguntou coçando a cabeça.

Thalion lembrou do quão íngreme e alta era aquela montanha onde Arvedui foi construída. Só havia um jeito de passar por aquele precipício.

Ani pareceu compreender seus pensamentos, pois foi ela quem respondeu:

- Voamos.

Eles se entreolharam pensando na última vez que fizeram planos que incluíam vôo. Tudo deu errado e Ani acabou sequestrada por Ereinion.

- Certo. - Disse Cam - Dá pra fazer isso. Eu levo Thalion, Ani leva Daena, que estará segurando a princesa, e Islodel...

- A princesa vai comigo. - Interrompeu Thalion.

- Por mim tudo bem - Cam continuou. - Islodel leva...

- Então eu levarei Prateado - cortou Ani.

- Mell, eu posso fazer isso.

- Eu sei que pode, mas minha tia me encarregou de cuidar dela. E eu não vou delegar isso a ninguém. Se não posso carregá-la, vou levar quem pode.

O feiticeiro não gostou nada daquilo, não queria ver o guerreiro perto de sua companheira. Muito menos sendo tocado por ela, porém nem tentou argumentar. Tinha a sensação que seria voto vencido ali.

Respirando fundo, fez sinal para que começassem a descer.

Thalion tentou pegar Luna.

Ani resistiu.

- Me dê a criança, Allania!

- Quando chegar lá embaixo eu te dou.

- Quando chegar lá embaixo você vai me segurar e levantar vôo. Não devemos perder tempo fazendo a troca.

A fêmea, não conseguindo argumentar, entregou a princesa sem muita vontade e seguiu atrás do guerreiro.

Apesar do número de degraus, a descida foi rápida devido a alta velocidade que eles impuseram a caminhada.

Assim que saíram na mata fechada, Thalion olhou para o céu procurando um vão por onde pudessem passar.

Não havia.

O céu já apresentava as primeiras cores da manhã, mas ali embaixo permanecia escuro como a noite.

Cam se concentrou na copa da árvores para abrir uma passagem. No entanto, uma movimentação estranha em sua visão periférica interrompeu o feitiço que começava a evocar.

Vários guerreiros saíram de trás dos arbustos e, no meio deles, estava a antiga Rainha Kaeena.

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