Capítulo três - Confusão Mental.
- Rafael Wilde, manual na mesa. Pode iniciar o planejamento e criação da sua maquete!
Uma voz reconhecível me tirou de meu transe mental, enquanto um filme da minha vida se passava em minha mente.
Droga, a maquete!
Pensei, preciso terminar ela logo.
E pra compensar minha desconcentração na aula, foquei no que eu tinha que fazer e me
Despertei de meus pensamentos, peguei o manual em cima da mesa, lendo o mesmo com atenção
Mas então, me desconcentrei sem nem perceber, enquanto me lembrava do sorriso no rosto de Josh e de seus amigos.
Era o mesmo sorriso do desgraçado do meu tio naquela maldita noite.
Senti meu corpo suar de tensão, minha mente me alarmou e gritou que eu estava em perigo.
Mas será que talvez não é alguma coincidência minha? Alguma loucura da minha cabeça?
Deve ser os traumas que vieram a tona e isso me estressou.
Droga, melhor esquecer isso e continuar projetando a maquete.
Li o manual até a última página, nisso já havia se passado um bom tempo, então deixei o mesmo na mesa e peguei com a professora os materiais que estavam disponíveis para criarmos as maquetes.
E com oque estava ali, fiz uma base de isopor, e fiz uma pequena casa de papelão, pintei a mesma com tinta e peguei um fio de cobre , o enrolei no fio que sai do lado chato da lâmpada de LED, a professora havia me entregado a lâmpada, e enrolei a outra ponta á um prego de uma pequena rodela de limão que eu havia pego na cozinha da escola, Coloquei-o também no fio que sai pela parte arredondada da lâmpada e em volta da moeda. Feito isso, finalizei a maquete com um pouco mais de tinta, e deixei meu esquema visível no teto do projeto da pequena casa que eu havia feito, para apresentar como funciona o sistema de criação de energia sem fio.
E logo minha maquete já estava pronta.
Limpei o suor de minha testa, louco para ver o resultado de quando a energia funcionasse.
Me abaixei um pouco, e liguei o fio de cobre ao limão.
Logo, a lâmpada acendeu, iluminando toda a maquete da casa.
A luz tornou a tinta da Pequena casa ainda mais vibrante, e a luz chamou a atenção de todos que estavam em volta de mim.
Eles pararam seus projetos e me olharam boquiabertos, e a professora dirigente do evento veio até a minha mesa.
- Rafael... isso ficou perfeito!
Disse ela, olhando cada parte da minha maquete.
Sorri gentilmente e agradeci.
- Ah, obrigado. Devo isso ao livro limitado que eu tenho do nickolas tesla, passei o dia lendo.
Falei, apontando para o livro também em cima da mesa.
A professora então o pegou, e goleou algumas páginas.
- Realmente, eu nunca havia visto essa versão do livro dele em lugar algum, você está de parabéns! É um ótimo aluno.
Disse ela, sorrindo enquanto me dava um tapinha nos ombros.
- Obrigado. A senhora também ajudou muito explicando os esquemas.
Falei e ela assentiu.
- Boa sorte !
Disse ela, indo até a mesa dos garotos ao meu lado.
Josh, Jonny e andrew.
Esse era o nome deles, ouço na chamada todo santo dia, assim como o nome de todos os outros alunos.
-E vocês oque fizeram até agora?
Perguntou ela, para os três.
Josh se levantou da mesa irritado e passou a mão pelo cabelo.
- Nada, não temos ninguém pra nos ajudar!
Disse ele e a professora o olhou.
- É claro, essa é uma disputa individual, é proibido grupos e orientações, e inclusive. Vocês tiveram mais de 5 horas pra estudar! Em menos de 3 horas, o colega de vocês ali já estudou e acabou de montar a maquete dele!
Ela disse apontando pra mim.
E novamente, recebi aquele olhar que me deixava apreensivo.
Eles me olharam daquela forma estranha de novo, minha mente insistia em me dizer que eu estava em perigo, me mostrando um estado de alerta.
Mas eu ignorei todos esses sinais achando ser apenas nervosismo e principalmente porque lembrei dos traumas que passei anos atrás.
Josh e os amigos dele se sentaram calados, e continuaram a fazer o trabalho deles.
Faltava apenas uma hora e meia para o início da votação, e eu já havia acabado.
Me sentei, e continuei a ler meu livro enquanto a sala estava em silêncio, todos estavam concentrados em não fazer barulho para focarem melhor em seus estudos.
Depois de um tempo lendo e descansando já que minha maquete havia sido um pouco cansativa e exigiu muito, ouvi passos atrás de mim e senti uma mão tocar firmemente meu ombro.
Andrew estava me olhando com aquele olhar de novo, aquele olhar que eu mais temia, que um dia me machucou.
- Ei, Rafael. Ajuda a gente aí, vamos te recompensar por isso.
Disse ele, insistindo em algo que sabia que não iria acontecer
Neguei com a cabeça o olhando.
- Sinto muito Andrew, mas eu posso ser desclassificado se eu fizer isso. Não dá.
Falei, e continuei lendo.
Andrew então pegou meu livro e o fechou, o colocando em cima da minha mesa.
- Você não é tão orgulhoso assim normalmente, isso não é nada legal sabia?
Disse ele em tom de... ameaça.
Novamente o sinal de alerta apitou em minha mente, e antes que eu pudesse responder Jonny se aproximou de Andrew e cruzou os braços.
- Deixa o cara, não ouviu ele dizer que não dá? Ele tá mais preocupado com a própria Vitória do que ajudar os outros.
Falou ele em tom de sarcasmo.
- Não é iss...
Antes que eu terminasse de me explicar pra que eles não me odiassem, fui interrompido pela professora.
- Vocês três ! Vão estudar e deixem o colega em paz! Já falei que o trabalho é individual.
Disse ela, se sentando em sua mesa.
Jonny então sussurrou baixo, enquanto me olhava.
- a desgraça quando chega também é individual, professora.
Ela então o olhou sem entender, e o questionou.
- Oque você disse?
Os três riram olhando pra mim, negaram.
- Nada.
Naquele momento, uma parte de mim ouviu a minha mente.
Algo estava prestes à acontecer, e não parecia ser bom.
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