11) Atravesse a floresta
**A) Ir pela floresta**
"Merda," você sussurrou, encarando as densas árvores. Você se perguntava se ainda dava tempo de voltar, mas, lá no fundo, sabia que não podia.
"Quer morrer?" Lisbeth repreendeu do nada. "Precisamos nos apressar."
Sabe aquela sensação de que alguém está te seguindo, então você começa a andar mais rápido? Agora multiplique essa ansiedade por dez.
Por cinco minutos, você e Lisbeth avançaram pela floresta, sem rumo. Como você havia acabado de se mudar, não fazia ideia de onde encontrar qualquer sinal de civilização, então se manteve em silêncio enquanto ela liderava o caminho.
Diminuindo o ritmo, você começou a falar. "Você não acha que deveríamos ter avisado os vizinhos? Quer dizer... acho que sim, não sei."
Lisbeth parou, ofegante, com a expressão de quem se sentia exatamente como você: doente, cansada, assustada e... algo mais. Algo que você não conseguia identificar. "Vamos lá, estamos quase lá", ela disse, tentando animar. Animar? Sim, animar.
"Olha, moça, obrigado por ter me salvado lá atrás e tudo, mas eu não vou a lugar nenhum até você me dizer pra onde diabos estamos indo." Você disparou, de repente irritado com a atitude dela.
Como se o perigo de um serial killer tivesse desaparecido, Lisbeth caminhou até você e segurou seu pulso com força. "Vamos!"
Você se desvencilhou e se virou. "Obrigado, mas não, eu vou achar meu próprio caminho."
Aparentemente, isso foi o limite para Liz, que começou a gritar palavrões incoerentes. "Shhh, fala baixo," você tentou acalmar a mulher alterada, "você quer morrer?" Droga. Aquele maluco doentio provavelmente podia nos ouvir com todo o barulho que ela estava fazendo.
Você começou a recuar e voltou para o caminho em direção ao seu bairro. Não sabia o que faria quando chegasse lá, mas parecia muito melhor do que ficar ali. "Tudo bem. Estou indo embora."
"Não. Não. Não. Não. Não!" Você parou. "Não era pra ser assim!"
Sim, ela tinha perdido a cabeça. Não era como se você tivesse planejado passar sua primeira noite aqui desse jeito.
Antes que pudesse responder ao surto dela, ela te derrubou no chão. Forte. "Você simplesmente não quis ouvir. Agora vai pagar por isso."
Que- espera, por que está pensando isso? "Mas que droga, garota..." você gaguejou, notando de repente a grande faca na mão dela. "Não, você também, não. Por favor, não."
A forma como ela se inclinava deixava a lua iluminar seu rosto. E, pela primeira vez na sua vida, você desejou que estivesse mais escuro. Pois, agora, finalmente, você conseguia ver aquilo que não conseguia definir... mas ao mesmo tempo não via nada. Porque aquilo não estava lá. Sua sanidade estava completamente ausente, desaparecida.
---
Se sua arma de escolha foi a faca de açougueiro, vá para o capítulo intitulado "Faca". (Capítulo 14)
Se sua arma de escolha foi o revólver, vá para o capítulo intitulado "Revólver". (Capítulo 13)
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro