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Capítulo 14

- Eu queria falar com você amanhã.

- O que?- diz Emma- não prometo que vou amanhã pra escola.

- Quando você for - diz - podemos conversar?.

- Você vai me assassinar? Já me avisa, que levo meu bastão.

- Eu não vou - diz - só conversar.

- Ok...tchau - desliga.

- O que queria?- fala Kenzinho.

- Não te interessa- sorri de canto.

- Faz o que você quiser- diz irritado e volta arrumar a moto.

- uhmmm- sorri - ficou com ciúmes?.

- De você nunca - fala Kenzinho.

- Ahhh sei - fala Kazutora.

- Está do meu lado ou do dela?- diz Kenzinho.

- Da fofoca - sorri.

- Estou com fome - diz Baji.

- Vamos comprar algo- fala Pah.

- Ok- saem da oficina.

Fica eu, Kenzinho e Emma, sinto às lágrimas saírem dos meus olhos.

- Sabe que não precisa se segurar - diz Emma ficando do meu lado.

-Emma- agarro sua cintura com força e choro.

- Ela está bem- sorri.

Kenzinho continuava arrumando as motos e enxugo o rosto. Estava segurando as lágrimas desde quando eu a vi na moto com Takemichi e Wakasa.

Pv Licy:

Acordo e vejo que estou sozinha no quarto. Resolvo levantar e o negócio de soro vem junto, vou andando pelo hospital.

Passo por corredor e tinha criança brincando,entro nesses quartos.

Eram crianças tinham câncer ou algum tipo de deficiência.

- oi- sorri uma menina.

- Olá -a olho.

Resolvo me sentar no chão e fico brincando com todos eles. Quando menos percebo, ficamos a tarde todinha nisso.

- A senhorita está bem machucada- fala um garoto.

- Isso não foi nada - forço um sorriso.

- Tem certeza?.

- Sim - sorriu - estou muito bem.

- Ok- sorri e me entrega um desenho.

- fofo- digo - posso também desenhar?.

- Claro - fala.

Me entrega os papéis e desenho....faço o rosto do garoto.

- Nossa- diz- ficou perfeito.

- Você é artista?- fala uma garota.

- Não....participo do clube de artes.

- Eu também quero - sorri.

- Eu faço- me entregam outro papel.

- Tem tintas - fala a morena.

- Também quero - sorri o garoto.

Ficaram brincando de pintura, enquanto fazia os desenhos que me pediram.

- Olha - aparece a dotora - então estava aqui.

- Sim- digo.

- Pode me chamar de Agata - se senta do meu lado- a moça que ficam com eles de desenho e leitura foi embora.

- Uhmm- digo- que triste.

- Você gosta bastante- me encara.

- Sim - falo.

- Não quer ficar com eles - diz - assim, fica fácil deo te avaliar. Pensa em ser médica?.

- Nunca pensei no que queria - suspiro- faço mínima ideia.

- Você tem cara de ser inteligente- sorri - as faculdades públicas do Tokyo são as melhores. Só que as provas são bem difícil.

- Você passou?.

- Sim- sorri- não tinha dinheiro, minha mãe passava fome para eu comer, mesmo assim, meu sonho era fazer medicina....foi sofrido só que fiz.

- Quantos anos você tem?- digo.

- Vinte e nove- sorri.

- Shinichiro tem vinte e quatro- digo- e ainda está solteiro.

- Normal - sorri - ele me contou que cria você e os três irmão dele...muito difícil uma mulher querem aceitar isso, ter uma responsabilidade dessa. Apartir do momento que ele entrar em um relacionamento, a garota tem que saber, que vocês quatros vem de brinde.

- Uhmm....você não me acha muito nova para cuidar deles?.

- Você trabalhava em um livraria - diz - e quase a mesma coisa..na verdade, não...não é a mesma coisa...só que vai está fazendo o que gosta.

- Sim.

- Por qual motivo quis trabalhar?.

- São caros os matérias de desenho - digo- não queria ficar pedindo toda hora, para o papai ficar comprando.

- Papai?- levanta a sombrancelha.

- O Shinichiro- digo- de vez enquanto acabo chamando ele assim.

- Que fofa!- fala- pensa no que te falei, tenho uma cirurgia agora.

- O que faz você ser uma boa médica?.

- Saber que sou responsável por uma vida - sorri- da outra chance de viver de novo.

- Se não conseguir?.

- Aí Deus que decidi - suspira - infelizmente nós médicos não somos deuses...estudamos o suficiente para conseguir salvar alguém...quando a morte vem, não podemos fazer nada. Podemos chegar tarde para salvar o indivíduo ou medo na hora da realização da cirurgia.

- mesmo assim, continua.....

- Ser médico vai muito além de um salário bem recheado- me encara - seu primeiro passa já está dado - sai da sala.

Olho para as crianças brincando e solto um sorriso largo.

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