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• CAPÍTULO 08 •


" Pontes e Ruínas"

"Smells Like Teen Spirit" - Nirvana

JACK FLETCHER • 18 ANOS

WASHINGTON, DC - USA

Eu assistia a Emma se afastar com o tal do Thomas com um gosto amargo na boca. Aquela coisa de "amizade" entre eles me incomodava. Conhecia o tipo. Aquele garoto tinha todas as características dos "populares bonzinhos", os que jogavam charme para todo mundo, mas que, no fim... só pensavam em si mesmos.

Revirei os olhos e me virava para a universidade, tentando afastar a irritação, mas os pensamentos continuavam insistentes. Esses caras eram sempre iguais. Gostavam de ser simpáticos, com aquele sorrisinho de bom moço... até que algo ameaçava levar o que consideravam "deles". E eu já sabia que isso não ia acabar bem, mas como tentar explicar isso para a Emma? Ela ia rir da minha cara e me chamar de louco.

Acho que acabarei dando problema para o meu velho de novo, mas talvez, dessa vez, ele concordasse... pensei com um sorriso travesso, lançando um olhar para trás. Afinal, George Fletcher, naquele exato momento, estava na diretoria. Junto com a polícia e o advogado da família, apresentando os vídeos que o Ryan nos entregou ontem.

Respirei fundo, quase chegando ao campus, quando recebi uma mensagem do meu velho. Ele queria que eu observasse o Ryan, especialmente em relação à Emma. Soltei um suspiro e passava a mão pelo cabelo, ponderando como faria isso, mas respondi rápido, deixando claro que tinha uma condição:

"Vou querer meu carro de volta."

Não que eu não fizesse qualquer coisa pela minha irmã, pela minha família, mas... não faz mal ganhar algo em troca por algo que eu faria de graça.

Mas, droga! Como eu ia vigiar meu veterano? Suspirava, indo para a minha aula. E por que, dentre todas as pessoas, ele tinha que ser filho daquele homem?

...

Depois das aulas, ao sair do prédio, avistei Ryan andando pelo pátio. Ele estava com o olhar distante, as sobrancelhas levemente franzidas, como se estivesse mergulhado em pensamentos. Ao longo do dia, entre as aulas, eu o procurei, observando à distância sua interação com outras pessoas, e era verdade: embora não fosse mal-educado, seu comportamento em relação às demais pessoas era muito mais frio do que era conosco. Ele mantinha aquela expressão dura e fechada de sempre e, embora fosse popular pela sua aparência, ninguém se aproximava muito por causa do seu comportamento, salvo algumas garotas, que o achavam atraente justamente por isso.

Quando me aproximei dele pela primeira vez, só para confortar meu avô, é verdade que só fiz isso porque ele foi justamente a pessoa que me ajudou bêbado, e isso meio que era uma coisa boa sobre ele. Contudo, naquela altura, eu tinha que admitir: embora seu caráter não mostrasse falhas, ele sempre parecia manter um ar de mistério, e eu não sabia dizer se isso era bom ou ruim.

Acelerei o passo para alcançá-lo, e, quando cheguei ao lado dele, chamei sua atenção:

— Ryan! — falei animado e relativamente despreocupado, com um sorriso no rosto. — E aí, cara!

Ele parou, aturdido, saindo dos pensamentos, olhou para mim e demorou alguns segundos até me reconhecer.

— Ah! Olá, Jack. O que foi? O que você quer de mim? — perguntou, direto e sem rodeios, numa sinceridade brutal.

Meu corpo todo parou por um momento e então, abri um sorriso divertido, pensando que não conseguia evitar gostar dele, mesmo tendo mil motivos para desconfiar.

— Tá ocupado agora? — perguntei, ajustando minha mochila no ombro, me sentindo relaxado.

Ele parou e pensou um pouco, então disse:

— Agora, não. Mas daqui a duas horas, sim. Por quê?

— Vou buscar a Emma na escola... Não fui com a cara daquele merdinha chamado "Thomas". Ainda temos tempo; vou passar em casa e pegar meu carro para buscarmos ela... e tentarei o meu melhor para não passar por cima dele — completei com um sorriso travesso.

Ryan me olhou erguendo as sobrancelhas, como se dissesse: faz sentido os cabelos brancos de seu avô. Nos voltamos para sair do campus, mas acabei vendo o meu carro parado no estacionamento, estranhando, mas quando me aproximei, um homem se desencostou do carro carregando as chaves.

— Senhor, sou Fabian Forbes e trabalho como motorista particular. O seu avô me contratou para trazer o carro aqui, te entregar as chaves e mandou uma mensagem: "Se você voltar a aprontar, seu pirralho, mando esse carro para o ferro-velho." — repetiu o homem, me dando um sorriso bem-humorado.

— Valeu, Fabian! — falei, abrindo um sorriso enquanto agarrava as chaves.

Depois de receber as chaves do carro, olhei para o Ryan, balançando a cabeça, meio rindo.

— Acha que irá sobreviver ao meu avô? — perguntei, brincando, sabendo que ele provavelmente já tinha percebido que meu velho o investigava.

Ele deu de ombros, com um leve sorriso, mas não respondeu. Cara misterioso e de poucas palavras, hein? O fraco de 99% das garotas, pensei, balançando a cabeça com um sorriso discreto. Depois que entramos no carro, dei partida e saímos do campus em direção à escola da Emma, com tempo de sobra.

Enquanto dirigia, não pude evitar dar uma olhada rápida no Ryan, que observava a paisagem pela janela, quieto. Se não fosse pela clara diferença de sexo, altura e afins, eu poderia ver a Emma ali. Quieta, perdida em pensamentos, tão perto e tão longe. Era meio estranho, mas até que fazia sentido a Emma e o Ryan se darem bem... Ainda que ela fosse a luz e ele a sombra, eles eram terrivelmente parecidos.

Perdido nesses pensamentos, nem percebi que Ryan estava me observando de volta.

— O que foi? — ele perguntou, quebrando o silêncio. Direto.

— Nada. Só... tentando entender qual é a tua, sabe? — admiti, sincero, mas mantendo o tom leve.

Ele apenas ergueu uma sobrancelha, meio cínico.

— Não há nada de complicado para entender — disse ele, depois de um momento, como se entendesse o que eu estava falando sem precisar que eu colocasse em palavras. Em seguida, voltou a atenção para a estrada. — Já fui bem sincero com você e com o seu avô, Jack.

Soltei uma risada curta. Ele provavelmente tinha razão. Mas essa "simples" resposta não diminuía minha curiosidade.

Pouco depois, chegamos à escola da Emma. Estacionei perto da entrada principal, numa área de onde podíamos observar o movimento. Saímos do carro e ficamos ali, encostados, esperando a hora da saída dela. A escola estava cheia de adolescentes saindo em grupos animados e barulhentos. Ryan continuava em silêncio, atento. E então, lá estava ela: Emma, surpresa ao nos ver ali e então, contra qualquer probabilidade de ficar feliz em me vez ali, ela sorriu, mas... olhei para o lado e vi Ryan sorrindo. Não era para mim que ela estava sorrindo... Oh... caralho!

Meu maxilar se contraiu, lancei um olhar de advertência ao Ryan ao meu lado, mas ele estava sereno. Contudo, pude ver em sua expressão o tempo fechando. Vi seus olhos escurecendo um pouco e sua sobrancelha franzindo. Voltei meu olhar para a Emma e vi aquele garoto. Ele segurava o braço dela com uma expressão que não me agradava nem um pouco, impedindo-a de vir até nós.

— Merda... — murmurei, com os punhos cerrados.

Por um segundo, fiquei em dúvida, considerando a ideia de ir até eles e simplesmente arrancar a Emma dali. Mas o que eu ia dizer? "Desculpa, pirralha, mas o seu amiguinho não presta. Vamos embora."? Não, ela não ia aceitar isso e, pior, ia querer ainda mais ficar perto dele.

Ryan me observava, como se esperasse que eu tomasse uma atitude como irmão. Por mim, queria só ir até lá e socar a cara do idiota, mas...

— Ah! Foda-se, eu vou... — comecei desencostando do carro, mas Ryan simplesmente seguiu em frente, em passos calmos e decididos, passando pelo portão da escola dela e ignorando todos os olhares ao redor.

Porra... Odeio admitir, mas ele era muito foda! Admiti em pensamento, com um sorriso no rosto da minha própria desgraça, e fui atrás dele. Eu tinha que fazer algo, se não naquele momento mesmo, Emma se apaixona por ele!

•••

EMMA FLETCHER • 14 ANOS

Ao ver Jack e Ryan ao lado do carro, encostados, senti um frio percorrer a minha espinha de surpresa. Contudo, ao olhar para o Ryan, não pude evitar um calor no coração e abri um sorriso involuntário. Mas, de repente, ouvi passos pesados se aproximando por trás de mim, e antes que eu pudesse reagir, senti uma mão segurando meu braço com força. Ao olhar para trás, encontrei Thomas com uma expressão séria, quase desesperada e ofegante.

Seu aperto no meu braço era firme ao ponto de machucar. Algo estava errado. Tentei soltar sua mão do meu braço, enquanto meu rosto se contorcia com a dor, mas ele só apertava mais. Senti uma onda de medo crescente dentro de mim, por causa da expressão dele. Era como se houvesse uma rachadura se abrindo entre nós, lentamente, mas de forma inevitável. Aquele garoto não parecia o meu amigo, o "Golden" que eu conhecia.

— Thomas... o que você está fazendo? — comecei.

— Emma... — ele murmurou, a voz baixa, quase implorando, mas ao mesmo tempo assustadora. — Quem é aquele cara? O jeito como você olha para ele... é como se... — Ele parou, os olhos cheios de uma intensidade que me fez desviar o olhar.

Ele não conseguia dizer, mas eu sabia exatamente o que ele queria falar: "É como se você gostasse dele". E era verdade, era impossível para mim não gostar de Ryan.

Eu pude ver em seus olhos, naquele instante, que ele percebeu que eu nunca o veria como ele me via. Eu não o amaria como ele queria, como ele sonhava. Ele entendeu, através dos meus sentimentos por Ryan, que seu amor por mim nunca seria retribuído, assim como eu sabia que o meu próprio sentimento pelo Ryan também não seria.

A expressão de Thomas mudou de negação para mágoa e raiva, seus olhos enchendo-se de lágrimas. Ele me encarava em silêncio, com um olhar possessivo, e era como se um abismo estivesse se abrindo entre nós.

— Thomas... — murmurei, tentando suavizar a voz, mas sentindo um nó na garganta. — Você está apertando o meu braço. Por favor... me solta.

Ele hesitou, mas não afrouxou o aperto. A intensidade no olhar dele só aumentava, como se estivesse esperando uma confissão em palavras.

Desviei o olhar e, instintivamente, procurei por um socorro onde nunca havia buscado antes. Então, vi Ryan vindo em minha direção, com Jack logo atrás. Eu sabia que aquilo poderia ficar ainda mais complicado, mas, por algum motivo, a presença deles me deu coragem para falar.

— Thomas, escuta... — comecei, respirando fundo, tentando não soar cruel. — Eu não sinto por você o que você quer que eu sinta. Nunca vou sentir... Eu pensava que era porque você é meu amigo, mas percebi agora que eu sou completamente incapaz de te ver de outra forma.

As palavras saíram mais duras do que eu pretendia, e vi a expressão de Thomas se contorcer em dor. A rachadura invisível se espalhou entre nós, uma ruptura que eu sabia ser impossível de consertar. A culpa pelo fim de nossa amizade apertava meu peito, mas, ao mesmo tempo, também me trouxe um alívio inesperado.

Soltei o ar devagar e, finalmente, ele soltou meu braço. Seus olhos estavam marejados, mas ele não disse nada. Só ficou ali, me encarando, como se tentasse entender o que havia mudado. Depois, desviou o olhar para além de mim, como se tivesse encontrado um culpado.

Virei-me e vi Ryan a poucos metros de mim, com aquela sua expressão calma, como se nada no mundo pudesse abalá-lo, e como se, independentemente do que acontecesse, ele sempre estivesse ao meu lado. Eu sabia que ele tinha ouvido tudo, e senti vergonha por isso. Mas Ryan me olhava com uma expressão tão serena que minha vergonha pareceu algo bobo de se ter. Ele me deu um sorriso discreto, quase imperceptível.

Um sorriso que parecia dizer "Você fez o certo". Senti meu rosto corar, borboletas dançarem em meu estomago e para minha surpresa... ele estendeu a mão para mim.

Meu coração bateu mais rápido, mas me vi dando alguns passos hesitantes em sua direção. Eu sabia que aquela mão estendida representava mais do que um simples convite para ir embora. Era um caminho para abandonar tudo o que estava se quebrando... de forma irreparável.

Segurei a mão de Ryan, sentindo o calor da pele dele me preencher com uma calma inexplicável. O mundo ao meu redor parecia desacelerar, o cheiro do seu perfume me envolveu e era como se tudo estivesse se encaixando em seu devido lugar...

— Emma... — ouvi a voz de Thomas atrás de mim, baixa e cheia de tristeza, com pesar voltei o meu olhar para trás para fitá-lo a tempo de ver o braço delicado de Vicky envolvendo os ombros dele.

— Vai ficar tudo bem, Thomas — falou ela, olhando para ele antes de lançar um olhar breve para mim enquanto dizia: — Vocês conversam depois, com calma, tá?

— Sim...

Ela não disse mais nada e ele apenas desviou o olhar. Vicky fez com que Thomas voltasse a andar, passando ao meu lado em direção à saída.

O meu mundo pareceu voltar a mudar, tão violentamente e abruptamente como anos atrás. E tudo que eu conhecia, se desfazia para então recomeçar... Mas dessa vez, por uma escolha minha.

Com o coração batendo pesadamente, voltei-me para Ryan e Jack.

Jack colocou uma mão firme e reconfortante no meu ombro, me fitando nos olhos em seu apoio silencioso, então dei um sorriso de canto ao meu irmão. Ao lado dele, Ryan que ainda segurava minha mão, disse:

— Vamos?

Olhei para as nossas mãos e suspirei com um sorriso.

— Vamos...

•••

Eu terminei esse capítulo ainda o o Jack na cabeça e eu só conseguia lembrar do "Bela e a fera":

Só que ao contrário do clima feliz de bela e a fera, o Jack está meio que surtando com essa ideia. KKKKK'

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