Capítulo Único
Fanfic pensada enquanto via um vídeo aleatório no tik tok, espero que gostem
---//---
Izuku chegou em casa cansado de mais um dia de trabalho, sua casa não era grande, o dinheiro não dava para pagar um bom aluguel então se virava em uma casa pequena com poucos cômodos, mas não que isso importasse, ali era seu cantinho
Andando pela sala ele reparou nas fotos que tinha por ali, lembrando de repente de tudo o que fez para chegar onde estava
Eles eram amigos de infância, ele e Katsuki, moravam na mesma rua e assim como toda criança andavam sempre juntos, eram inseparáveis, até os pais de Katsuki se separarem, pelas conversas dos adultos isso afetou muito seu amigo e ele passou a ser malvado com todos, descontando principalmente em Izuku o que os fez se distanciar, talvez ali devesse ter percebido que sempre que algo não saísse como queria Bakugou iria ser agressivo, mas quem disse que na época se importou? Tinham sete anos
Os anos passaram e Bakugou atormentava a todos na escola, mas sequer olhava para Deku que assumiu que era dessa forma porque seu Kaachan gostava de si e não queria o magoar, tolice de sua cabeça, na primeira oportunidade ganhou um apelido grotesco que o magoou mais do que o que ele fazia com as outras pessoas
Apesar disso quando entraram no ensino médio e Izuku fez amizade com Todoroki, o aluno mais popular de seu ano, Kaachan fez questão de demonstrar seu ciúmes e os dois voltaram a andar juntos para cima e para baixo, Izuku não poderia estar mais feliz de ter o melhor amigo de volta apesar do jeito esquentado dele
O primeiro beijo? Ah sim, esse foi quando tinham 15 anos, foram acampar com a turma, todos se divertindo ao redor de uma fogueira quando Uraraka comentou sobre vagalumes ali perto, claro que adolescentes idiotas não poderia ficar na área segura do acampamento e resolveram se aventurar em uma caça à vagalumes na escuridão em uma floresta perigosa sem a supervisão de um professor
Os dois acabaram correndo de um urso e pararam em cima de uma arvore, Izuku lembrava de sentir o coração acelerado bombeando sangue para acompanhar a adrenalina daquela noite, Katsuki estava vermelho e ofegante pelo esforço, o céu estava começando a se tingir de cores mais claras e de repente, depois de uma experiência de quase morte, os dois estavam muito conscientes um do outro e, como se fosse o certo, os dois se aproximaram até unirem os lábios em um selinho casto
Antes que aquele ato se prolongasse o sol nasceu cegando momentaneamente Izuku, que se separou corado e sorrindo bobo, talvez o Astro Rei o avisasse que não era certo, mas Izuku só conseguiu pensar em como se assemelhava as cenas dos filmes agua com açúcar que sua mãe tanto gostava
Depois disso foi quase natural ver os dois sempre aos beijos pelos corredores da escola, Kaachan sempre o puxava para matarem aula e ficarem juntos e Deku se sentia nas nuvens durante aquele tempo, lembrava que não levou nem mesmo dois meses para o pedido de namoro e seus amigos, apesar de não gostarem muito de Bakugou, os apoiaram bastante
Kaachan esperou os dois se formarem na faculdade antes de o pedir em casamento, estavam ambos com 22 anos e Deku prontamente aceitou, então enquanto organizavam o evento o Midorya começou a planejar como seria viver longe da casa materna, a primeira coisa que colocou na lista de que deveria saber era cozinhar
Entre a escolha dos convites e o chamado dos padrinhos ele aprendeu o básico da cozinha com a mãe e sobre os cuidados básicos da casa, sabia bem que Katsuki não teria paciência para esses detalhes e não se importava em aprender, eram ensinamentos para toda a vida
Levou ainda dois anos para finalmente se casarem, Izuku lembrava bem dos votos de seu então marido, dele dizendo que nem mesmo a morte separaria os dois, com um suspiro o homem deixou a sala indo para o único quarto da casa onde dois anjinhos dormiam no berço e Uraraka dormia jogada na cama, se não fosse os amigos estaria perdido claramente já que trabalhava até tarde para comprar o essencial
Lembrava de quantas vezes durante as noites Katsuki sussurrou em seu ouvido que nunca o deixaria, a vida de casados era boa e Izuku ia ver a mãe animado nos fins de semana, lembrava ainda de como as discussões começaram
Na época Izuku trabalhava em uma clínica pediatra para adquirir experiência, e convivia o tempo todo com crianças, foi quando a vontade surgiu e conversou com Katsuki sobre adotarem, mas o loiro se negou a isso, não queria crianças e muito menos crianças que não teria seu sangue, lembrava que discutiram feio
Mas Izuku não desistiu e as discussões continuaram até que o esverdeado ganhou, mas com a condição de que não adotariam, assim a busca por uma barriga para carregar o filho deles começou, Uraraka concordou e Izuku abriu mão das economias de sua futura clínica para a inseminação artificial, Katsuki não moveu nem uma palha, mas não é como se importasse, estava muito feliz em ter seu bebê finalmente
Mesmo assim as discussões não pararam, Bakugou voltou com seu ciúmes infundado dizendo o tempo todo que ele preferia a companhia da melhor amiga a sua e os dois voltaram a brigar sem parar
Lembrava bem da noite em que seus filhos nasceram, discutia com Bakugou novamente, havia pedido para o marido verificar o jantar enquanto organizava os detalhes do quarto das crianças apenas para pouco depois sentir o cheiro de queimado
Correu para a cozinha para desligar e reclamou que Kaachan não fez o que foi pedido, este alegou estar cansado do trabalho a qual foi rebatido que os dois trabalhavam o dia inteiro, então Katsuki disse que quem queria crianças fedorentas naquela casa era ele e que Izuku que se virasse para conseguir organizar a casa e preparar a comida porque ele mesmo nada faria
A discussão se prolongou por muito tempo e só acabou quando Bakugou perdeu a paciência e pela primeira vez na vida bateu em Deku, o menor apenas o olhou surpreso, a bochecha esquerda ardendo com o tapa, e então subiu começando a arrumar suas coisas, quando estava terminando enquanto ignorava os pedidos de desculpas do marido seu celular tocou, era sua mãe avisando que Uraraka entrou em trabalho de parto, com as malas em mãos Izuku pegou o carro que estava em seu nome e foi direto para o hospital
Passou alguns dias na casa da mãe até Uraraka estar bem e então começou a buscar aluguel, mesmo que a matrona dissesse que poderia voltar a morar lá ao saber do ocorrido Izuku se negou, a mãe já estava idosa e bebês davam trabalho, preferia ter um cantinho para criar os filhos e ir vê-la sempre que possível
Usou todas as economias que tinha para esse primeiro momento e para dar entrada nos papéis de divórcio, aguentava tudo do marido menos agressão e não aceitaria pedido algum de desculpas
Isso tinha sido a seis meses, Deku, além de trabalhar no hospital da família Todoroki graças a uma ajuda do amigo de adolescência, ainda ganhava uma renda extra com artesanato que fazia, passava o dia fora e se não fosse pela mãe e pela melhor amiga estaria perdido com duas crianças e sem rumo algum
Beijando a testa das duas crianças e a bochecha da melhor amiga Deku se dirigiu a cozinha procurando algo para cozinhar enquanto arrumava a sala, a casa tinha apenas aqueles três cômodos e o banheiro, não era difícil de se organizar, mas com dois bebês hiperativos e uma amiga desengonçada era difícil a manter arrumada
Ligou o rádio enquanto arrumava tudo e sentiu o peito apertar ao reconhecer a música brasileira, de Maiara e Maraisa
Ela já estava aprendendo a fazer o jantar
Pintava o próprio cabelo pra economizar
Organizava a casa antes dele chegar
Deixou o conforto da casa dos pais
Confiou demais naquele rapaz
Que jurou até que a morte os separe
Mas o que separou foi uma vida
Uraraka apareceu na sala bocejando e sorriu para o amigo dizendo que precisava ir pois tinha um encontro, Deku agradeceu a ajuda e foi novamente verificar os filhos, o mais velho tinha cabelos verdes e os olhos vermelhos de Bakugou e a mais nova tinha os cabelos loiros e sardinhas pelo rosto, os olhos verdes ainda descansavam em baixo das pálpebras, eram a mistura perfeita sua e do ex-marido
Separada!
Mas agora bem melhor acompanhada
De um anjo espalhando brinquedos
Pela casa toda
Separada!
Dois empregos pra pôr comida em casa
Enfrentou tudo e nunca reclamou de nada
Ela é mais uma entre milhões que foi pai e mãe
Nessa estrada
Deku pegou os filhos e se sentou na cama os abraçando com carinho, faria tudo de novo se no fim os tivesse em seus braços, certamente não se arrependia de nada em sua vida
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro