Depois do que Franco disse, Bárbara se sentia triste, pois parecia que o bebê era aceito pelo pai apenas por ser menino e vendo o estado da irmã Alba foi falar com ela.

Alba: O que aconteceu? (Senta na cama ao lado da irmã gêmea).

Bárbara: O Franco me magoou.

Alba: O que ele fez?

Bárbara: O Franco desde o inicio queria um menino e soube fingir muito bem que não, quando eu fui toda animada contar a ele e a Nanda que vou ter um menino, as palavras dele foram horríveis, como se ele tivesse preferência por um menino apenas pra disputar com o irmão. (Olhos marejados).

Alba: Não posso acreditar que ele fez isso, se o papai descobre acaba com a raça dele.

Bárbara: Melhor esquecer isso, pois eu gostando ou não o Franco é meu marido e pai dos meus filhos.

Alba: Não gosto de te ver assim, Baby. (A abraça).

Fernanda: Mamãe, o que a senhora tem?

Bárbara: Nada, a mamãe vai ficar bem.

Emanuel: Seus olhos dizem outra coisa, titia.

Alba: Crianças, a minha irmã está um pouquinho triste. Será que vocês podem me ajudar a animá-la?

Emanuel e Fernanda: Abraço coletivo. (Abraçam Bárbara).

Bárbara: É amor demais. (Se emociona com o amor da filha e do sobrinho). Obrigada, meus amores.

O que ninguém percebeu foi que Eladio havia escutado tudo e ficou furioso com a atitude de Franco, então sem fazer barulho se retirou dali e começou a procurar o irmão gêmeo, logo a empregada o informou que Franco havia saído de carro pra conhecer o restante da fazenda, sem pensar duas vezes e de cabeça quente Eladio foi atrás dele.

Firmina foi até o quarto de Bárbara e ao ver ela e a irmã juntas foi tentar saber o que estava acontecendo, mas antes demonstrou o seu carinho de sempre por elas.

Firmina: Minhas meninas, percebo que há algo errado. (Acaricia o rosto das duas).

Bárbara: O Franco foi um idiota quando soube que vamos ser pais de um menino.

Firmina: Não posso acreditar, ele cresceu e continua infantil com essa história de querer ser melhor que o irmão. (Balança a cabeça negativamente).

Alba: As crianças estiveram aqui e animaram um pouco a Baby.

Firmina: O menino Eladio não sabe do ocorrido, sabe?

Alba: Não, eu achei melhor não contar a ele.

Firmina: Se ele souber vai acontecer uma briga entre ele e o Franco.

Alba: E se ele escutou a minha conversa com a Baby?

Bárbara: Vai acontecer a maior briga entre o Eladio e o Franco.

Alba: Precisamos encontrá-los.

Firmina: Vocês duas tratem de ficar calmas e eu vou atrás daqueles dois. (Se retira).

Bárbara: Tomara que o seu marido não tenha escutado a nossa conversa.

Alba: Vamos orar, joelho no chão é a melhor arma nesse momento.

Nesse meio tempo, Eladio encontrou o irmão e o puxou pelo ombro já encarando-o e Franco ficou furioso com aquela atitude.

Franco: O que pensa que está fazendo?

Eladio: Eu já soube que você magoou a sua esposa e que cometeu a besteira de ter preferência por um menino.

Franco: Foi isso mesmo, eu queria um menino pra mostrar pra você que também posso ter um filho homem e calar a sua boca.

Eladio: Nunca quis competir com você, se eu tive um filho menino foi porque Deus assim o quis e o Emanuel é a minha alegria e o meu orgulho.

Franco: Está mentindo.

Eladio: Eu não minto. (Soca a cara dele).

Os dois começaram a brigar e todos que estavam a volta começaram a incentivar aquela briga absurda dizendo pra eles brigarem, Eladio e Franco estavam fora de si e dispostos a acabar um com o outro.

Franco: Você sempre foi fraco e por isso era tão divertido me passar por você e te causar problemas. (Tenta socar a cara do irmão que desvia).

Eladio: Ter um coração de carne no peito disposto a amar e perdoar não é fraqueza, mas força. (Soca a cara dele novamente).

Franco: Vou acabar com a sua raça. (O Agarra e rolam no chão ainda brigando).

Eladio: Só se eu permitir isso.

Firmina: PAREM VOCÊS DOIS. (Grita se aproximando).

Eladio: Babá. (Se afasta do irmão e se levanta).

Franco: A culpa foi dele que já chegou me provocando.

Firmina: CALADO QUE VOCÊ TAMBÉM TEM CULPA NO CATÓRIO. (Os encara decepcionada). Parecem duas crianças e nem mesmo crianças seriam capazes de uma selvageria dessas.

Eladio: Perdão. (Abaixa a cabeça).

Firmina: E você? Não vai pedir perdão?

Franco: Eu não, foi ele quem começou essa briga.

Firmina: Vocês me decepcionam, nem parecem que são dois homens casados e pais que logo terão filhos novamente, francamente, que decepção.

Franco: Vou voltar pra fazenda. (Tenta sair andando, mas Firmina o impede).

Firmina: Você não vai a lugar nenhum, aliás, nenhum de vocês vai. (Cara fechada). Pela atitude de vocês, não me resta outra opção além de castigá-los.

Eladio: Sou um homem, mas agi de maneira infantil então aceito o castigo que vier.

Franco: Está brincando, né?

Firmina: Nunca falei tão sério em toda a minha vida e por tempo indeterminado vocês ficarão morando no celeiro, longe de suas respectivas esposas.

Eladio: Isso é tortura, eu só quis defender a minha cunhada.

Firmina: Mas brigando não se resolve nada e se a Alba e a Bárbara tivessem presenciado essa briga? Elas poderiam ter perdido os bebês por culpa da imaturidade de vocês dois. (Se retira).

Firmina se retirou e deu ordem para os peões não deixarem Eladio e Franco se aproximarem da casa da fazenda, enquanto os dois ficaram sem reação.

21/12/21