<< Capítulo 33 >>
- Não é melhor a gente comer algo primeiro? Já é 12:15 - Christian diz colocando a mão na barriga teatralmente.
- Como você pode pensar em comida em uma hora dessas?? Estamos na frente da Willis Tower! Foi considerado o arranha-céu mais alto do mundo durante décadas, e você pensando em comida?! Vamos temos que ver a vista de cima! - Peguei o pulso dele e entrei na recepção do prédio animada.
Isso é real não acredito. Eu estou subindo os 110 andares do Willis Tower com outros visitantes no elevador! O guia vai nos explicando a história da torre fundada em 1973 e Christian parece bem atento enquanto eu apenas fico olhando os andares subindo ansiosa.
- Se eu fosse você prestaria atenção, pode esperar uma lição sobre esse assunto depois - Christian se inclina e susurra no meu ouvido e eu o olho consternada.
- Você não seria tão mal a esse ponto né Christianzinho..? - Disse esperançosa e um sorriso travesso aparece nos seus lábios antes de susurrar de volta.
- Ah eu seria sim Rebequinha - Minha cara de tédio ficou clara naquele momento, ele parecia amar me perturbar - Olha só chegamos.
O elevador se abre dando para o telhado do arranha-céu e aquela vista maravilhosa que eu queria ver de perto.
Conforme íamos nos aproximando da beirada do terraço protegida por uma grade de segurança, um frio no meu estômago ia se instalando. Acho que Christian percebeu pois segurou minha mão repentinamente sem olhar pra mim.
- Isso é... - Disse vendo Chicago pequenininha e a breve leve soprando no meu rosto.
- ...Fantástico - Completa Christian boquiaberto com a a paisagem.
Eu não parava de sorrir de felicidade, era maravilhosa. Senti meu rosto quente e quando passei a mão por ele vi que estava chorando, lágrimas de alegria.
- Ai meu Deus você está chorando - Christian diz me olhando sem saber como reagir e eu riu ainda mais da sua cara de perdido.
Empurro a cara dele para o outro lado e seco minhas lágrimas.
- Bom agora eu estou com fome, que tal irmos almoçar? - Disse e ele segura meus ombros me levando em direção a saída.
- Agora sim você está falando minha língua - Responde feliz.
[...]
Depois de andarmos um pouco e pegar um trem andamos pelo centro procurando um lugar bom para comer e seguir o passeio.
- Achei esse lugar adequado - Christian diz apontando para um restaurante com uma fila enorme, porém parece ser bem sofisticado.
- Christian eu vou te falir desse jeito, tudo que você sugeri é chique e fino criatura. Nunca comeu lanche de rua não? - Perguntei brincando mas me surpreendo quando vejo ele negar com a cabeça - É sério isso?
- Lógico que já comi lanches, porém o normal é ir em uma Hamburgueria onde faz aqueles sanduíches personalizados - Diz não parecendo entender meu espanto.
- Se prepara que eu vou te tirar dessa sua bolha de "playboyzinho rico" que você vive agora mesmo. Eu escolho o lugar e você vai aceitar - Disse decidida andando e olhando em volta no meio daquelas pessoas que passavam apressadas.
Visualizei uma lanchonete modesta porém amistosa. É ali mesmo. Me virei para o Christian que me olhava com uma expressão de "não mesmo". Está decidido é ali mesmo.
Quando entramos um sininho na porta tocou. Era um lugar estilo retrô, com mesas vermelhas e cadeiras de banco combinando, optei por ficar no balcão. Um jovem ruivo nos atende com um sorriso no rosto.
- Boa tarde, qual vai ser o pedido? - Vi que ele estava me encarando muito então resolvi tentar algo.
Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e molho os lábios me apoiando no balcão.
- O que me recomenda? - Disse sorrindo e ele sorri de volta.
- O que nos recomenda? - Christian diz encarando ele de forma séria. Caramba ele não vê o que estou tentando fazer?
Lancei um olhar o repreendendo e o mesmo finge que não viu. Me volto novamente para o rapaz que olhava para gente confuso.
- Hã... o especial de hoje é o X-Burgue. Sai pela metade do preço.
- Metade do preço? Tem certeza? - Olhei pra ele fazendo biquinho e ele me olha malicioso.
- Pra vocês o refrigerante sai por conta da casa - Sorri animada e concordei - Já volto.
- Mas o que diabos foi isso Rebecca?? - Christian pergunta parecendo irritado e eu riu da sua inocência.
- Pensei que você soubesse o que eu estava fazendo, até porquê foi sua prima que me ensinou esse truque - Ele arregala os olhos e eu começo a rir mais ainda - Consegui um refrigerante grátis para nós viu?
- Você flertou com ele por um refrigerante que custa 5 dólares? - Ele diz como se não fizesse sentido.
- 5 dólares para quem não esbanja dinheiro é muito Chris! Que tal um desafio? - Falei provocadora e ele arqueia as sobrancelhas ouvindo atento - Está vendo aquela garçonete ali? Quero ver se você consegue descolar nossa sobremesa.
Parei quando o ruivo voltei sorridente com nosso Hamburguers e nossa coca grátis. Agradeci e encarei o Christian que ainda sorria desacreditado. Diana faz isso sempre e é a primeira vez que eu faço.
- Humm - Falei depois de dar uma mordida no sanduíche - Quero ver como você faz garanhão.
- Deixa que o mestre mostra como se faz - Ele olha na direção da loira que estava limpando uma das mesas distraída, quando ela se vira para limpar o balcão e olha na nossa direção ele pisca e sorri estranho.
Eu cobri a boca com a mão para conter a risada. Olhei para a moça discretamente e ela olhou ao redor dela para ver se realmente foi com ela. Depois volta a encarar ele com uma cara debochada, antes de rir e se virar indo para os fundos.
Não aguentei e comecei a rir da tentativa falha dele e o mesmo me encara bravo, mas logo depois começa a rir também.
[...]
Depois da lanchonete - que por sinal certa pessoinha acabou gostando, convenci Christian a irmos em outro lugar que eu sempre quis conhecer em Chicago.
- Meu Deus eu estou no Navy Pier! Temos que ir no parque de diversões daqui! - Disse animada puxando o Christian pela manga da jaqueta.
- A meia hora atrás você me fez comer em uma lanchonete para não gastar meu dinheiro, e agora está com cara de querer ir em todas as atrações do parque Rebecca Colins? - Diz irônico e eu sorri dando de ombros.
- Faz essa caridade para sua amiga pobre Christian Jackson - Disse fazendo cara triste e ele ri olhando pro céu antes de passar por mim e dizer:
- Mas é uma plebeia mesmo - Eu olhei para ele torto sabendo que ele queria me provocar.
- Vou torrar todo seu dinheiro por isso babaquinha - Disse correndo para a entrada e ele vem logo atrás.
Andamos na montanha russa que era gigantesca, eu ia com as mãos levantadas gritando de adrenalina e Christian ao meu lado se segurando nas barras de proteção gritando apavorado.
Depois de tanto pedir convenci ele a ir no batebate, porém eu era um desastre batendo em tudo então Christian pegou o volante e saiu dirigindo com o braço acima do meu, giramos pela pista sem parar.
Quando o Sol já estava se pondo pedi um ultimo brinquedo. A roda gigante. Subimos comendo maçã com chocolate e vimos o Sol dizer boa noite para a grande Chicago.
- Hoje foi simplesmente incrível! Estou ansiosa para ver como vai ser amanhã! - Disse enquanto andamos algumas poucas quadras para voltar ao Hotel, pegamos um trem mas depois optamos por continuar o trajeto a pé e ver como é a cidade de noite.
- Vamos ver se você consegue responder as perguntas que vou formular então - Disse e eu dou um tapinha no seu braço em resposta.
Sinto algo gelado atingir meu braço. E depois outro, e outro. Ai não.
- Está começando a chover! - Christian diz e aumenta o passo, começamos a andar mais rápido, mas parecia que a chuva seguia nosso ritmo.
A chuva engrossou e em resposta começamos a correr. Eu não parava de rir com a situação, minhas roupas estavam ficando encharcadas e a camisa do Christian colada pela chuva.
Chegamos finalmente ao hotel e paramos na recepção ofegantes pela corrida, nos olhamos e vendo nossa situação deplorável começamos a rir descontroladamente. Os hóspedes passavam e nos olhavam como se fossemos dois loucos. E acho que realmente eramos.
Depois de subirmos de elevador e entrarmos no nosso quarto, corri peguei minha toalha e entrei no banheiro antes que ele entrasse.
Tomei um banho quente e sequei meu cabelo molhado. Depois de terminar me enrolo no roupão e observo por uma brecha da porta Christian sentado em uma cadeira do quarto escrevendo algo em um papel.
Abri e sai nas pontas dos pés para ele não me ver assim.
- Já saiu do banho Rebecca? - Disse se virando e no mesmo instante eu me virei de costas.
- Quer fazer o favor de ir tomar banho e deixar eu me trocar?? - Perguntei com o rosto queimando de vergonha e em resposta recebi uma risada. Me virei apenas quando ouvi a porta do banheiro fechando.
Depois de me trocar me joguei na cama e peguei o celular para conversar com meus pais e dizer que tudo está bem.
- Rebecca, sua vez de fechar os olhos - Ouvi a voz do Christian dizer alguma coisa.
Mas antes de eu processar ele joga o roupão na minha cara.
- O que você pensa que está fazendo?! - Disse fechando os olhos com força mesmo sabendo que o roupão me impedia de ver qualquer coisa.
De repente ouvi ele gargalhando, mas não ousei tirar o roupão da cara ainda.
- Rebecca eu já sai do banheiro vestido sua besta, meu Deus devia ter filmado seu panico! -Ele gargalhava e eu finalmente abri os olhos constrangida.
- Babaca idiota! Nunca mais faça isso! - Joguei o roupão nele mas não acertou, então jogo o travesseiro que atinge sua cara.
Ele vai até a mesa e busca o papel que estava escrevendo. Percebo ser a tal tarefa que mencionou o dia inteiro e fico aflita.
- Nem me venha fazer essa cara, estamos aqui para estudar lembra? - Disse se sentando de frente para mim na cama.
- Não, não lembro - Disse soltando o ar pesadamente - Vai me diz as perguntas.
- Número 1, quando foi fundada a Willis Tower?
- Hum, 1970? - Chutei e ele negou com a cabeça - 1972? 1974? - Negou novamente - 1973?
- Correto. Número 2, quantos visitantes o Neavy Pier recebe por ano? - O olhei incrédula.
- E como você quer que eu saiba disso??
- O guia disse, se a senhorita tivesse prestado atenção.... - Deixou a frase no ar e eu mostrei a língua para ele que devolveu o gesto.
- Algo entre nove milhões e dez milhões - Disse e ele concorda.
- Isso parabéns. Numero 3, o que devemos fazer quando não queremos pagar algo? - Ele termina de dizer e eu começo a rir da pergunta.
- Devemos jogar um charme, porém se for o seu caso apenas pague por que você pode - Disse e ele revira os olhos.
- E por ultimo mas a que vale mais pontos, quem é o melhor amigo do mundo? - Perguntou arqueando uma sobrancelha e um sorriso babaca no canto da boca.
- Humm deixa eu pensar - Fingi que estava pensando olhando para cima - Zack com certeza.
Ele desfaz o sorriso e franze a testa.
- Eu te trouxe para Chicago! - Responde inconformado e eu dou de ombros.
- Zack não é babaca - Constatei e em resposta ele joga o travesseiro na minha cara.
~~~~~
Primeiro dia em Chicago! Até o próximo capítulo, comentem e votem. O que mais esses dois vão aprontar? Byebye
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro