<< Capítulo 27 >>
Camila Montgomery na imagem (irmã da Diana)
Didizinha adicionou você no grupo "Aleatórios", toque para saber mais.
A notificação aparece na minha tela e eu abro apreensiva. O que a Diana inventou agora?
(Chat Grupo On)
Didizinha: Já estava na hora de alguém criar um grupo com todos, é cansativo ter que ir em cada chat para conversar. Me agradeçam 13:45
Moreno: Aleatórios? 13:45
Didizinha: É eu estava sem criatividade no momento Zack, até porque esse grupo é bem estranho se pararem pra pensar 13:46
Fields: Vou add seu número Zack, e o do Christian também rsrs 13:47
O Christian está no grupo???? 13:47
Numero Desconhecido: Olha eu aqui, não me pergunte por quê 13:48
Didizinha: Antes de você me chamar no pv para reclamar querida Becca, sim coloquei meu primo no grupo. Tadinho eu pensei, roubei o único amigo dele e agora ele ta só, deixa eu fazer uma caridade em nome da família e add ele no grupo com os outros kkkkk 13:48
Numero Desconhecido: Diana não me faça ir no seu quarto 13:49
Moreno: Eu sou o único amigo? 13:50
Didizinha: Christian se cuide, um segundo longe do seu celular e eu mudo o contato do Zack para "Único Amigo" 13:50
Fields: Meu Deus Diana 😂 13:52
Numero Desconhecido: Não estou em paz nem na minha própria casa 13:52
Didizinha: Tu não vive sem mim que eu sei ❤ 13:53
Nova mensagem de Numero Desconhecido
Numero Desconhecido Online
Não vou conseguir ir hoje na sua casa para dar a aula, pode ser as 15 aqui em casa? 13:55
A gente não pode fingir que você deu aula pra mim hoje não? É sábado! 13:55
Combinado então, 15 horas na minha casa 13:56
Não vou não 13:56
Ah você vem sim, ou o professor vai saber da sua falta de hoje. Isso seria péssimo não acha? 13:58
Estraga prazeres 13:59
15 horas na minha casa 14:00
Numero Desconhecido Offline
Esse numero não foi adicionado na sua lista de contatos, deseja adicionar?
Como devemos salvar o nome?
[ Babaquinha/ ]
[...]
- Que demora onde estava? 15 minutos atrasada - Christian diz abrindo o portão pessoalmente dessa vez.
- Desculpa burgues, mas pessoas com menos dinheiro não tem motorista particular e sim metrô, já ouviu falar?
- Andei muito de metrô pequeno, e ainda ando de vez em quando, quando Diana vai na livraria - Ele andava ao meu lado usando um casaco azul escuro e percebi que estava com a barba por fazer. Observei ele andar despreocupado com os braços atrás das costas, olhando para frente.
Ele estava no seu habitat natural.
- É eu acho que te vi no metrô no primeiro dia de aula - Ele abre a porta da frente me indicando para entrar.
Na sala principal está duas empregadas de meia idade conversando despreocupadamente, quando Christian entra elas fingem tirar o pó de algo.
- Dona Ana, dona Marta, sabem que não precisam se preocupar comigo - Christian sorri para elas que parecem relaxar.
- Desculpa patrãozinho, força do habito. Sua mãe está na área de massagem ela pediu para que levasse a Camila hoje a noite no evento.
O sorriso de Christian some imediatamente.
- Ela prometeu que ia para a Camila - Ele diz sério e a que parece se chamar Ana suspira pesadamente.
- O senhor sabe como é a patroa...ela não gosta desses eventos.
- Ela não gosta de nada além dos cigarros dela - Ele diz passando a mão pelo rosto - A meninas, essa é a Rebecca, não sei se lembram dela. Ela já veio aqui fazer trabalho com a Diana. Veio para eu dar aula de reforço. Por favor pedem para a Olivia ou o Antônio prepararem algo para servir.
- Sim patrãozinho - Elas dizem juntas.
- Descansem um pouco, estão trabalhando desde hoje cedo - Ele olha severo para elas e depois olha pra mim que estava meio atônita a situação. - Meu quarto é o lugar mais silencioso para estudarmos, venha.
- S-seu quarto..? Eu prefiro aqui obrigada - Falei firme.
- Relaxa eu não mordo, e não foi uma pergunta . Vamos estudar no meu quarto - Ele diz subindo as escadas e eu vou atrás bufando brava.
- Vai por mim, não são mordidas que me preocupam - Disse em um tom reclamão e ele me lança um sorriso malicioso entendendo do que eu falo, me deixando constrangida e desviando o olhar.
Seu quarto era a segunda porta do corredor diferente do de Diana que era o ultimo da ponta oposta. Ele abre a porta e entra e eu entro em seguida observando o local.
- Seu quarto é do tamanho da minha sala e cozinha juntas - Comento em voz alta e depois coloco a mão na boca, o mesmo ri.
Seu quarto era branco com uma parede azul escura central, onde ficava uma cama de casal arrumada ao lado de duas cômodas uma de cada lado. Quadros do que suponho ser ele pequeno além de posters com frases de musicas.
Ele me apontou uma cadeira giratória ao lado de uma escrivaninha e eu me sentei, ainda receosa de estar em seu quarto.
É a primeira vez que entro no quarto de um menino.
- Vamos começar? Que tal por Progressão Aritmética? - Ele pegou livros e colocou na mesa, junto de seu notebook.
Ele começou a explicar pela 3 vez como se resolvia as questões de P.A para tentar fazer com que eu gravasse a fórmula, mas de nada adiantou. Meus olhos estavam ardendo e eu estava com dificuldade para enxergar.
- Espera só um pouquinho, minhas lentes estão me incomodando. Vou colocar colírio - Abri a mochila que levei comigo e comecei a revirar procurando pelo colírio.
- Achou?
- Que estranho, tinha certeza que estava aqui. Acho que meu pai deve ter pegado hoje cedo - Suspirei frustrada, comecei a procurar pela segunda opção que eu tinha.
Tirei meus óculos da caixinha e coloco ele na mesa, tirando cuidadosamente as lentes e substituindo pelos óculos.
- Pronto, podemos continuar - Arrumei os óculos no rosto e me voltei para o caderno, mas Christian não dizia nada, apenas me encarava - O que foi?
- Nada só me lembrei que você trocou de óculos. Quantos graus?
- 2.5 na esquerda e 2.6 na direita.
De repente ele se aproxima do meu rosto e eu não sei como reagir.
Ele tira meus óculos e coloca no seu rosto.
- Como estou? - Pergunta.
Estreito os olhos mas não adianta muita coisa.
- Um borrão azul - Ouço ele rir.
- Toma - Ele diz se aproximando novamente do meu rosto colocando os óculos nele - Ta melhor assim?
- Sim... - Disse com a voz estranha, depois ouvimos batidas na porta e nos viramos.
- Christian olha como eu estou linda! - Uma Camilinha saltitante vestida de bailarina entra no quarto.
- Tá linda mesmo bailarina - Christian diz sorridente e Camila faz uma reverencia agradecendo.
- Quem é essa? - Camila perguntou chegando perto de mim.
- Não se lembra Camila? Rebecca amiga da Diana - Disse.
Ela pareceu pensar um pouco mais depois um sorriso aparece nos seus lábios.
- Não lembro não! - Ela diz sorrindo e eu fico confusa com essa reação.
Christian se aproximou do seu ouvido e disse algo que não escutei e logo Camila abre a boca surpresa.
- Aah por que não falou antes Chris? Você é a plebeia daquele dia! O que faz aqui? Se perdeu? O quarto da Diana é o ultimo ao lado do meu.
Fechei a cara me lembrando do apelido ofensivo que ele me colocou, parece que Camila gravou bem. Pestinha.
- Eu vim fazer lição com seu primo hoje - Me expliquei.
- Aah tendi. Hoje eu vou me apresentar na Broadway plebeia, não é legal? Minha professora Kátia tem contatos lá e eles marcaram uma apresentação com algumas bailarinas, eu vou ser o cisne!
- Broadway?! Tipo aquela Broadway?! - Ela só podia estar brincando comigo.
Christian confirmou com a cabeça e eu fiquei pasma.
- CAMILA ONDE VOCÊ SE METEU?! FALTA COLOCAR O ENFEITE NO CABELO!
Escutamos Diana gritar de fora e depois invadir o quarto do Christian.
-Rebecca? O que faz aqui??
- Di eu tava contando pra ela da minha apresentação que vai ser um espetáculo! - Camila deu uma pirueta animada.
- Aposto que você vai errar e cair ao vivo, eu vou gravar e rir muito prometo - Diana diz e Camila ataca ela com tapas leves - Vem arrumar o cabelo daqui a pouco temos que sair já são 17 horas. Pensei que o reforço era na casa da Rebecca e não no seu quarto Christian.
- Eu não podia colocar em risco me atrasar para a apresentação, o transito do centro é horrível nesse horário.
Então era esse o motivo.
- Vou terminar de arrumar a pequena criatura agitada aqui - Diana disse segurando a mão da Camila para ela não sair novamente.
- E eu já vou indo, não quero chegar tarde em casa - Me levantei e comecei a recolher meu material.
Quando descia as escadas senti cheiro de cigarro.
- Docinho a criança já está pronta? Que horas vão sair? - Carmem estava sentada no grande sofá vermelho com um cigarro acesso em uma mão e uma bebida na outra - Ana essa vodca tá sem gelo!
Ela bateu o copo na mesa e rapidamente Ana veio para trocar a bebida.
- Você disse pra Camila mãe. Você deu a sua palavra que ia na apresentação - Christian diz sério.
- Meu docinho você sabe que eu não tenho palavra, pra que se estressar atoa? Isso provoca rugas amor. Ela vai superar é só uma pentelha, e além disso tenho uma noite muito melhor programada pra hoje. Um amigo meu vem aqui hoje, não se preocupem com o horario de voltar - Ela piscou e eu senti nojo.
Christian estava com a respiração acelerada e tenso. Ele apenas pediu para que eu seguisse um funcionário até a saída e disse para eu revisar a matéria.
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