<< Capítulo 24 >>
São em momentos como esse que alguém grita: MAS O QUE CARGAS DÁGUA ISSO TEM HAVER?
Diana nos respondeu com algo que não esperávamos.
- Eu e Regina nos conhecemos faz tempo, ela meio que era uma amiga de infância - Começou dizendo e Cloé e eu encaramos ela perplexas - Foi logo depois de eu ter me mudado para a casa do Christian.
Verdade, o Christian não comentou sobre a Diana no meio daquela história.
- Verdade que vocês duas tem andado bem estranhas ultimamente - Se bem que praticamente todos andam estranhos nesse acampamento - Mas o que tem a ver a Regina com o Zack, Cloé e você?
- Zack teve uma queda por mim quando eu era pequena, durou uma semana no máximo, eu realmente não via ele daquele jeito. Eu tinha 12 anos queria mais era pular corda e não saber de meninos - Disse parecendo óbvio e eu fico meio sem graça ao me lembrar da minha paixão pelo seu primo apenas com 8 anos.
Cloé não parece estar gostando do rumo dessa conversa.
- Mas a Regina gostava dele, eu não sabia por isso contei pra ela que na época era.... Minha melhor amiga - Disse revirando os olhos.
- O QUE? - Cloé e eu dizemos em uníssono.
- Por que não gritam mais alto acho que a Peggy do outro lado do acampamento ainda não ouviu! Aff - Encolhemos os ombros e ela continua - Quando me mudei para Nova York aos 12 anos junto com uma Camilinha de 4, ela foi minha primeira amiga na escola. Até por que ela também tinha acabado de se mudar, Regina é latina. Mas Zack era muito próximo de Christian e vivia lá na mansão, ele me ajudava muito com crises de pânico que eu tinha por conta...por conta... - Diana respirou fundo, percebi que estava tremendo e por isso segurei suas mãos e alisei. Cloé perdeu a compostura de má para amiga preocupada em um segundo - É um assunto delicado pra mim, desculpa.
- Conte quando estiver pronta sem problemas - Disse sorrindo em consideração.
- Regina parou de falar comigo depois disso, eu olhava pra ela e ela virava o rosto, e assim foi. Eu parei de me importar a muito tempo, só tinha ela de amiga, o Christian não contava ele era obrigado a me amar - Disse rindo de leve - Aí ela conheceu Ludmila e entrou para o grupinho das demônias. Eu não gosto do Zack desse jeito Cloé eu juro, ele é como o irmão que eu nunca tive e ele sabe disso. Por favor não aja como a Regina e me abandona....
Cloé estava com os olhos cheios de lágrimas e eu percebi que não tinha como essas duas ficarem brigadas por muito tempo.
- Vem cá Didi, desculpa viu? - Cloé abraça Diana e as duas ficam assim por um bom tempo - Vamos esquecer isso Ok?
- Não vou esquecer - Diana diz séria se soltando de Cloé.
- Mas....mas eu pedi desculpas...- Cloé diz desapontada.
- Como posso esquecer o dia que a minha amiga confessou ter sentimentos por meu melhor amigo?! - Diz animada e Cloé sorri envergonhada - Conta tudo! Agora!
- Você nos deve essa mocinha, principalmente pra mim! - Disse e ela começou a rir de nervoso.
- Olha ouviram isso? Acho que a Peggy tá me chamando - Disse andando mais rápido em meio a risos.
- Volta aqui Cloé não pense que vai escapar! - Disse Diana e saímos atrás dela.
[...]
Quando anoiteceu eu percebi que era oficial. Nossa última noite no acampamento.
Peggy e Peter tiveram a brilhante ideia original, de assar marshmallows na fogueira enquanto contávamos histórias.
Todos estavam rindo e se divertindo, e quando digo todos eram todos. Christian, Zack, Cloé, Diana, Demônias, eu etc todos.
Coloquei o marshmallow do meu espeto na boca depois de pronto, e fechei os olhos maravilhada. Agora sim estou acampando de verdade.
- Pelo jeito isso está bom hein? - Disse Peter se sentando ao meu lado - Se divertindo?
Ele estava usando a roupa do acampamento assim como Peggy. Ele ficava muito bem de uniforme.
- Muito, isso daqui é maravilhoso, incrível, lindo e... - Desviei o olhar para o meu marshmallow assando, acho que ele percebeu que eu misturei os assuntos - E-e você?
- Essa noite está sendo divertida, faz bem pensar em coisas boas para desestressar, coisas...bonitas - Disse e mexeu nos fios pretos do seu cabelo.
Eu coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Por que não está com suas amigas? - Disse e desviamos o olhar para as meninas do outro lado da fogueira, elas estavam rindo e Cloé vermelha. Já sabia qual era o assunto. Ou melhor, quem.
- Eu gulosa como sempre quis assar mais marshmallows, aí eu vim pra perto e elas continuaram mais afastadas. Só isso - Dei de ombros e ouvi ele soltar uma risadinha então sorri - O que foi?
- Desculpa não consigo me concentrar no que diz, seus olhos eles...brilham no luar - Disse se aproximando mais - E sua boca ela...
Está esperando uma ação Peter!
- O que tem minha boca..? - Falo inocente motivando ele a continuar.
- Ela é perfeita pra minha.
Sua boca se aproxima lentamente da minha e logo sinto seus lábios gelados encostar nos meus. E cara isso é bom, muito bom. Ele passa a mão pelo meu rosto o puxando pra ele, o beijo estava doce e suave como ele.
Ouvimos palmas e risadas e nos separamos vendo o que acontecia.
- Mua mua mua Becca não perde tempo! Uiuiui - Diana fazia barulhos de beijo no ar de olhos fechados enquanto passava as mãos nos braços simulando um abraço.
Cloé morria de rir ao lado fazendo joinha pra mim.
- Aí que vergonha... - Disse apoiando a cabeça no peitoral de Peter.
- Gostei das suas amigas - Disse entre risos e eu apenas ri junto.
[...]
- Mãee cheguei! - Disse subindo as escadas para o meu quarto.
- Como foi lá querida? - Ela grita pelo visto da lavanderia.
- Bem interessante e - Sinto meu celular vibrar no bolso e subo a tela para atender um número desconhecido - Alô?
- Rebecca é o Christian - Diz e eu franzi a testa.
- Como você tem meu número??
- Pela mesma razão de eu ter ligado, Diana. Aconteceu alguma coisa nesses últimos dias de acampamento que eu não sei? Diana voltou estranha e não quer levantar da cama desde que chegou. Se trancou no quarto emburrada.
- Ela não está naqueles dias? - Disse ponderando a situação.
- E VOCÊ ACHA QUE EU SEI QUANDO MINHA PRIMA SANGRA?! - Gritou do outro lado da linha e eu afasto o celular do ouvido - Desculpa olha....Eu não ligaria pra você se realmente não precisasse, você sabe disso.
Suspiro pegando novamente as chaves e descendo as escadas.
- Estou indo aí.
-. Valeu ple...Rebecca, obrigado - Ele desliga e eu arqueio as sobrancelhas em resposta. Ele não me chamou de plebéia dessa vez.
- Mãe vou na casa de uma amiga! Já volto - Disse e saí antes das perguntas sobre qual amiga, eu conheço, mora onde e todas essas informações de mãe protetora.
Peguei o metrô no Queens com destino a Manhattan, o que dá uns 15 minutos de uma estação a outra. Porém até chegar a casa do Christian completa 25 andando.
Chego até o portão da mansão que com certeza só a entrada grita: ESSE NÃO É O SEU MUNDO. Toco a campainha.
- Sim? - Uma voz fina diz do outro lado.
- Christian Jackson me chamou aqui, sou uma colega.
- Ah Senhorita Collins, o patrão nos avisou de sua chegada - Como que imediatamente o portão abre sozinho e eu encaro abismada - Entre por favor.
Obedeço e entro olhando ao redor. Nunca vou me acostumar a vir aqui.
A porta da frente se abre e antes de eu dizer algo Christian já me puxa pra dentro.
- Aí que recepção é essa?! - Disse me soltando da sua mão.
- Desculpa, oi tudo bem? Assim tá melhor? Venha vou te levar até ela - Disse apressado me guiando pela escadaria.
No mínimo tinha uns 6 quartos no andar de cima, mas já sabia que o quarto da Diana era o último do lado esquerdo.
- Di? É a Becca, posso entrar? - Disse junto da porta.
- Tá aberto - Ela respondeu com a voz abafada. Abro a porta e a vejo na cama.
- Dianna Montgomery o que houve?? - Disse me aproximando da cama, vi que o Christian esperou na entrada do quarto.
- Nesse acampamento eu me reaproximei de alguém importante pra mim, por mais que eu não queira admitir. Eu sinto falta dela, sinto falta da Regina. - Disse limpando as lágrimas - Eu me lembrei da amizade que tivemos por 2 anos e as lembranças estão fortes na minha cabeça.
Sentei ao seu lado e passei a mão entre seus fios vermelhos.
- Sei que é besta, faz tempo já que não somos assim. Mas sei lá, bateu saudade. Acho que a ficha caiu que acabou o acampamento e que tudo vai continuar do mesmo modo.
- Ei olha pra mim princesa - Ela levanta a cabeça e me encara - Ela não merece suas lágrimas, você é uma ótima amiga e temos sorte de ter você. Se ela não soube reconhecer isso e dar valor, perdeu problema dela. Que tal deixarmos o passado para trás, e olharmos para frente? Não podemos parar por coisas que já passaram.
- Becca como você consegue?? - Diz me abraçando sem jeito - Obrigada vou tentar.
- Agradeça ao ser desesperado encostado na porta que quase me desmembra pra eu vir aqui.
Diana sorri e coloca a mão na testa dramatizando e eu riu.
- Em minha defesa você estava estranha - Ele levantou as mãos.
- Me de chocolate e eu ficarei melhor, prometo - Diz Diana com a voz melosa.
- Já estou devendo chocolate pra alguém não piora minha situação - Disse rindo e ela faz um coração com as mãos.
- Bom descanse, quero ver você linda e abalando amanhã na escola. Tchau Di - Disse indo na direção da porta.
- Tchau Becca.
A porta é fechada e nós soltamos o ar que nem sabíamos que seguravamos.
- Amanhã tem aula - Disse casual descendo as escadas.
- Sim tem - Christian me acompanhava até a saída.
- E como fica? - Falei.
- Como fica... o quê? - Diz incerto.
- Nós? A gente? Como fica na escola? Não quero mais apostas e brigas bestas.
- Isso é algo meio inevitável não acha? - Disse debochado.
- Mas eu ganhei a última aposta, então por direito você tem que fazer o que eu mandar por hoje - Rebati e ele revira os olhos - E apartir de agora não vamos mais brigar Ok? Você não vai mexer mais comigo e as meninas, sem apostas, essa foi a última. Ah e para de me chamar de plebéia mauricinho, eu tenho um nome é é Rebecca.
- Okok Senhorita Rebecca Colins, não serei um mal perdedor. Fechado. Temos uma trégua então - Ele piscou e agora é minha vez de revirar os olhos.
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Obrigada por leeer! Até o próximo capítulo, votem e comentem é muito importante! Bye bye❤
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