Apenas uma recaída?
Esclarecimento, esse capítulo se passa no mesmo dia dos capítulos narrados pelo Ethan do dia de ação de graças, mas pela visão da irmã.
"O coração de uma mulher é
um oceano de segredos."
Titanic – Filme📌
Joguei a jaqueta que estava sobre a minha escrivaninha com raiva no chão, enquanto procurava meu celular. Tinha que confessar que o meu humor pela manhã sem os treinos das líderes não estava sendo um dos meus melhores, tudo me deixava bastante estressada.
— Princesa, sua mãe tá chamando pra tomar café — meu pai avisou entrando em meu quarto mexendo no seu celular.
— Eu já vou descer. — Tentei parecer calma ao tempo que o observei sentar na minha cama e guardar o aparelho.
— Você tem estado bem nervosa ultimamente — o homem apontou acabando com minha tentativa de esconder o que sentia.
— Desculpa pai — pedi e sentei na cadeira da escrivaninha bufando.
— Há alguma coisa que eu possa fazer para ajudar? — Seus olhos azuis me encararam com intensidade.
— Não, tudo bem, eu vou resolver isso sozinha — O alertei e mesmo sem muita certeza, ele concordou.
Depois que havia sido suspensa das líderes, não contei ao meu pai o que tinha acontecido, o diretor até telefonou para casa e falou com minha mãe, e ela me prometeu não contar a ele, se não no dia seguinte, papai estaria na sala do diretor provavelmente ameaçando seu cargo gentilmente.
O senhor Afonso sempre foi assim, um pai orgulhoso e protetor. Às vezes ele usava seu lado sério e assustador para conseguir coisas para os filhos, eu já perdi as contas de quantas vezes seu olhar intenso desafiou o diretor da escola a suspender Ethan por alguma das suas brigas, o resultado dessas conversas? Papai sempre ganhava e meu irmão escapava das punições.
— Tem certeza? — Ele me encarou com o olhar estreito.
— Total certeza — avisei e sorri para ele. Afonso retribuiu o gesto e se levantou devagar.
— Qualquer coisa só falar — meu pai me alertou se aproximando de mim — Não demore pra descer, seu irmão deve chegar logo — O homem disse antes de dar um beijo no topo da minha cabeça e sair.
Voltei a procurar meu celular sem pressa, eu sabia que Ethan não iria controlar a saudades da namorada e antes de vir para casa, e iria passar na fazenda dos Mitchell para ver a ruiva.
🐈🐈🐈
— Bom dia! — falei ao entrar na cozinha.
Mamãe estava atrás do balcão da ilha guardando as coisas que ela provavelmente fez Noah comprar no mercado. Ela sorriu ao me olhar.
— Bom dia, querida — a mulher respondeu enquanto eu fazia carinho na Kira que correu até mim assim que me viu.
Depois de deixar a cachorra de pelos brancos deitada de barriga para cima, fui até minha mãe e sentei no banco da ilha observando ela continuar a arrumar as compras.
— Sabe onde seu irmão está? — Ester me perguntou ao se inclinar sobre o mármore da ilha e passar as mãos em meus cabelos.
— O que acha mamãe? — devolvi a pergunta e ela sorriu revirando os olhos.
Mamãe amava a nora, e sempre sorria ao ver o quanto Ethan era feliz ao lado da Luna, mas sua impaciência para ver o filho às vezes falava mais alto, então ela se afastou e pegou o celular ligando para ele.
Sai da cozinha ouvindo mamãe choramingar para Ethan que estava com saudades, fui até a sala de TV e encontrei Noah deitado no sofá.
Ele mexia no celular e não notou a minha presença, bati no seu pé e meu irmão se assustou antes de sentar, me dando espaço para me jogar ao seu lado.
Escorreguei meu corpo no sofá fofo e olhei para a TV onde passava desenho animado, meus irmãos podiam ser muito maduros, bem resolvidos e adoravam mulheres, bebidas e se encrencar com os amigos, mas nunca abandonavam os desenhos animados.
— Mandando mensagem para a Agnes? — perguntei quando olhei para seu celular — Desde quando vocês estão dormindo juntos? — provoquei ele e depois lhe dei um peteleco na orelha.
— Não estamos — Ele respondeu com tranquilidade e guardou o aparelho.
— Ainda — completei e ele sorriu antes de apertar a ponta do meu nariz.
— Cuida da sua vida — Noah sussurrou e me deu um tapa na testa, quando fui revidar, papai entrou na sala e sentou na poltrona ao lado do meu irmão.
— Não estão brigando de novo, né? — O homem disse ao colocar os pés em cima da mesa de centro.
— Estamos! — respondemos juntos e papai revirou os olhos antes de sua atenção ir para a TV e ele dizer que adorava aquele desenho.
Levantei e dei um tapa na cabeça do Noah antes de correr para a cozinha. Eu não perdia a chance de implicar com meu irmão, e ele fazia o mesmo comigo. Sendo sincera, nós nunca brigávamos de verdade, Noah sempre foi muito compreensivo e deixava algumas coisas idiotas que eu fazia passar, já com Ethan, era o oposto, ele pegava no meu pé até cansar e gritava comigo até eu entender que tinha sido uma garota má.
— Conseguiu convencer o Ethan a vir pra casa? — perguntei a minha mãe ao parar ao seu lado.
— Ele deve estar chegando, e está trazendo convidados — Ester falou me analisando.
— Eu sei — respondi já sabendo o que ela estava querendo dizer com convidados. Na verdade a mensagem subliminar daquilo era, seu irmão está trazendo seu ex.
Lembro que quando terminei com Enzo chorei no colo da minha mãe, e quando expliquei o motivo, ela disse que achava que eu tinha me precipitado. Na época achei que mamãe disse aquilo porque adorava ele, mas depois de tudo, minha mente sempre voltava a esse momento, e talvez seja realmente o que eu fiz, me precipitei.
— E está tudo bem? — mamãe insistiu ao cruzar os braços.
— Claro! — respondi ao pegar o pote de biscoitos de cima da ilha em uma tentativa de fugir do assunto, indo comer.
Fiquei ao lado da minha mãe mexendo no celular, e ao tempo que ela descascava algumas batatas, eu comia biscoitos,até que a ouvi falar com o meu irmão. Olhei para frente e a vi ir até ele e o abraçar.
Terminei de mastigar o que já estava na minha boca e meu olhar foi além dos dois e parou nos olhos castanhos que me encaravam. Enzo desviou a atenção de mim e eu me apressei em limpar os farelos da minha boca.
— Oi! — Luna disse ao se aproximar, abracei minha amiga sentindo seu perfume doce e sem controlar, observei seu irmão de novo. Ele sorria enquanto falava com minha mãe.
— Ele tá bonito — falei para ela assim que nos afastamos.
— Ele sempre tá — a ruiva respondeu, já sabendo que eu estava falando de seu irmão.
— Você adora exaltar a beleza dele — provoquei cruzando os braços.
— E você adora fingir que não sente falta dele — Luna disse me fazendo ficar um pouco irritada. Só que antes que eu pudesse desmentir algo que nós sabíamos que era verdade, Ethan se aproximou pra me dar um abraço.
🐈🐈🐈
— Senti falta do cabelo mais comprido? — perguntei ao Enzo assim que sentei ao lado do Noah, em uma das espreguiçadeira perto da piscina. O garoto parou de falar com meu irmão e me olhou.
— Você sente? — Ele disse e sorriu.
— Do meu ou do seu? — falei um pouco confusa e seu sorriso se alargou. Logo ele voltou a falar com meu irmão me deixando ainda mais perdida.
Encostei as costas no apoio da espreguiçadeira e observei o céu azul. Estávamos no fim de ano e o frio já dava sinais de que estava chegando, senti a brisa fria bater contra meu corpo e me escolhi um pouco.
— Eu sempre achei que loiro combinasse com você — Maya falou ao sentar na minha frente ganhando minha atenção.
— É eu também, só demorei pra assumir — confessei e me sentei cruzando as pernas.
Logo Luna se juntou a nós na conversa sobre minha não tão recente cor de cabelo, até que Sarah surgiu com uma peteca e começamos a brincar, nós quatro. Enzo e Noah continuaram na sua conversa sobre alguma coisa de meninos, mas quando me afastei com as meninas, o garoto que eu costumava chamar de namorado, me deu uma boa olhada, tanto que eu tropecei nos meus próprios pés, roubando um sorriso dele.
Depois de alguns minutos, Maya foi a primeira a desistir da brincadeira, seguida por Sarah que quando viu Kira aparecer saiu correndo atrás da cachorra que fugiu na direção da quadra de basquete.
Continuei a brincar com Luna, e confesso, eu me aproveitava toda vez que a peteca passava por cima da minha cabeça, pelo fato de ter que pegá-la para olhar para Enzo. Algumas das vezes ele retribuia meu olhar e em todas elas, meu coração acelerava.
Por mais que eu dissesse que havia superado o fim desse namoro, no fim, eram só palavras. Eu poderia fazer tudo, menos esquecer Enzo Mitchell.
🐈🐈🐈
Quando Ethan saiu de casa e passou por nós, ele pegou Luna no colo atrapalhando nossa brincadeira, bufei irritada jogando a peteca no chão, mas ainda assim segui os dois para onde estávamos antes.
Sentei ao lado da Maya e começamos a conversar sobre coisas aleatórias, até que o assunto foi para o campeonato de futebol e consequentemente para as líderes, Ethan me perguntou como estavam os treinos, e sim, isso foi uma pergunta inocente, pois eu não tinha contado ao meu irmão sobre minha suspensão, mas não conseguir ficar tranquila e me levantei me afastando por não querer falar disso. Sabia que Luna ou Noah iriam explicar a minha situação.
Segui para dentro de casa andando com pressa, fui direto para o banheiro no fim do corredor, entrei deixando a porta aberta, quando fiquei de frente para o espelho respirei fundo e lavei meu rosto tentando me acalmar.
— Droga de trabalho — resmunguei me afastando e sentei na tampa do vaso sanitário fechado.
— Está tudo bem? — a voz rouca de Enzo me assustou quase me fazendo cair.
— Droga — murmurei colocando a mão no peito.
— Foi mal — Enzo respondeu e senti a diversão em sua voz, o que me fez olhá-lo a tempo de ver que ele realmente tinha se divertido com a situação.
— O que quer? — perguntei um pouco irritada e ele sorriu antes de sentar no tapete felpudo do chão, quase de frente para mim.
— Conversar — Ele respondeu me encarando com o olhar intenso.
Engoli em seco e desviei minha atenção dele. Aquele modo que o garoto me olhava sempre deixava minhas pernas bambas e meu coração quase explodindo de emoção.
— Não tenho o que dizer — menti olhando para meus pés.
— Não quer gritar? Reclamar? Dizer o quanto você está certa? — Ele brincou e eu o olhei sorrindo.
— Ainda se lembra da minha loucura? — questionei.
— Como eu poderia esquecer? — Ele disse e o olhar intenso voltou fazendo meu coração voltar a saltar com pressa.
— As pessoas esquecem coisas — disse desviando o olhar dele.
— Não coisas importantes — Enzo respondeu fazendo a surpresa de suas palavras me atingirem com força. Olhei para ele confusa e Enzo balançou a cabeça parecendo tentar espantar algo que pensava.
O vi se levantar e bater as mãos na calça tirando o pó do chão. Queria prolongar a conversa, mas ele parecia incerto em fazer isso, e sua dúvida me fez recuar. Respirei fundo e olhei para ele.
— Eu estou brava, sabe — comecei e ele me encarou — as líderes têm sido muito importantes pra mim. Não que eu me resuma a isso, mas — fiz uma pausa e olhei para minhas mãos sobre meus joelhos — me faz bem, eu sinto que tenho um lugar só meu, não sei se você entende — expliquei e senti Enzo tocar em minha cabeça, mexendo em meus cabelos.
Seu toque era gentil, e as lembranças dele me tocando voltou a minha mente como um tsunami, era como se todas as barreiras fossem derrubadas naquele segundo, e tudo com um gesto sutil.
— Eu sempre vi como você se divertia Ollie — Enzo me alertou e o ouvir me chamar assim, fez um arrepio subir por minha coluna. — Sei que é importante pra você, então por isso, a minha certeza é que você vai dar um jeito de voltar.
— É, pode ser — respondi e meu olhar foi até ele.
Observei uma mecha de cabelo que deslizou devagar pelo canto do seu rosto e parou a centímetros de seu olho, esperei ele passar as mãos pelos fios os colocando para trás, mas o garoto não se mexeu para tirá-la dali, ele estava concentrado demais em me devolver o olhar.
Eu notei quando sua atenção desceu até a minha boca e minha garganta pareceu fechar no mesmo segundo e, nesse instante, passou pela minha cabeça que para que eu voltasse a sentí-lo como antes, que pudesse despentear seu cabelo, sentir seu perfume, tocar em sua pele macia e beijá-lo, era só me levantar e fazer um simples movimento. Enzo não me negaria um beijo, não é?
— Enzo pode pegar minhas bonecas no carro? — ouvi o pedido de Sarah e junto com o garoto olhei para a passagem da porta, onde a garotinha loira coçava os olhos.
— Pego sim — ele sorriu para ela, que fez o mesmo. Eles tinham sorrisos quase idênticos, a diferença é que o de Sarah era inocente, já o do irmão, não era assim.
Enzo me olhou mais uma vez parecendo não querer ir, mas depois de alguns segundos, torceu a boca e começou a se afastar. Observei ele pegar na mão da Sarah e caminhar sem olhar para trás.
— Terminamos essa conversa depois, Mimadinha — ele me avisou usando o apelido que me chamava toda vez que eu choramingava algo para ele, sorri ao deixar as lembranças invadirem a minha mente.
Não poderia nunca negar que Enzo foi um namorado perfeito, um amigo perfeito, e um dos meus maiores incentivadores, ele sempre me fazia me sentir bem.
— Droga, Olívia! Porque você terminou com ele? — me questionei levantando irritada.
Voltei para a parte detrás da casa, e avistei Luna e Ethan namorando na espreguiçadeira, meu irmão entrelaçava a língua com a da ruiva enquanto segurava seus cabelos com força.
— Eu que não vou me aproximar — resmunguei dando de ombros e segui na direção da casa da piscina.
Me juntei a Noah e Maya na sala e logo Sarah e Enzo voltaram com as bonecas.
Sarah me chamou para brincar com ela, e desde esse momento até o fim do jantar, mesmo querendo, não consegui conversar com o menino de cabelos castanhos escuro, recebi apenas alguns olhares dele.
🐈🐈🐈
— Eu nem vou te perguntar se vai me fazer companhia hoje — falei assim que vi Luna voltar do hall de entrada, depois de se despedir dos pais, dos avós e das duas irmãs.
— Eu amo você Ollie, mas...
— Ama mais o pinto do meu irmão — a interrompi sem notar e Luna arregalou os olhos envergonhada com meu comentário.
Dando risada olhei para o lado e vi mamãe me olhando com reprovação, eu estava ajudando a secar e guardar a louça.
— Desculpe — pedi e ela revirou os olhos antes de nos dispensar da ajuda.
Caminhei ao lado da Luna até a sala de TV, encontrando meus irmãos e Enzo jogando vídeo game. minha amiga encostou no batente da porta e vi quando mordeu o lábio observando o namorado.
— Sabe que é só chamar que ele vem, né? — questionei e ela sorriu e me olhou.
— Eu sei que vocês precisam de um tempo com ele também — minha amiga me alertou ao tempo que eu via Ethan abandonar o jogo na metade e caminhar até nós.
— E ele sabe disso também? — brinquei e Luna fez uma careta confusa e em seguida se assustou quando Ethan tocou sua cintura lhe dando um beijo no pescoço. — Eu acho que ele discorda — completei e Luna riu, já Ethan pareceu ficar confuso.
— Eu já posso roubar ela de você? — meu irmão me olhou e sorriu.
— Tá, tanto faz, eu fico com ela mais tempo que você mesmo — o provoquei e mostrei a língua para ele que tentou segurá-la, mas eu dei um passo para trás por reflexo.
— Eu te recompenso no café da manhã — Ethan falou ao me dar um beijo no topo da cabeça, sorri ao sentir seu perfume que me trazia tanta segurança e confirmei com um aceno, eu sabia que os dois precisavam de um tempo sozinhos.
Quando Luna e Ethan se foram, olhei para a sala cogitando ir até lá, mas desisti e subi para o meu quarto. Talvez uma boa noite de sono era o que eu precisava para ficar de bom humor novamente.
🐈🐈🐈
Eram quatro horas da manhã quando acordei após ter um sonho ruim envolvendo as líderes, no pesadelo as meninas me jogavam para cima, mas não me pegavam e eu caia em um buraco negro sem fim.
Sentei na cama sentindo um aperto no peito e respirei fundo antes de tirar o cobertor de cima de mim, levantei e segui para a porta. Eu precisava de água.
Já na cozinha peguei a jarra na geladeira e enchi o copo antes de sentar sobre a ilha, eu balançava meus pés recordando do sonho e tentando decifrar ele.
— Será que elas vão me abandonar? — me questionei e tomei um susto quando alguém me respondeu.
— Tenho certeza que não — Enzo disse dando a volta na ilha, ele parou de frente para mim e cruzou os braços — pesadelos?
— É — respondi sem desviar meu olhar dos seus olhos. Eu queria ele, não tinha como negar.
Sem pensar muito nas consequências, estiquei meu pé na sua direção e com a ponta dos dedos levantei um pouco da sua camiseta.
— Sente saudades, Enzo? — perguntei e o vi estreitar o olhar, eu juro que achei que ele iria me dar a maior bronca da minha vida, mas Enzo me surpreendeu ao se aproximar devagar e em silêncio, ficando a centímetros de mim.
— Você sente? — ele devolveu a pergunta e sem nem tentar resistir ao garoto a minha frente, segurei em seu pescoço e lhe dei um beijo.
Enzo ficou imóvel no início, e quando eu estava prestes a dizer que eu estava errada e pedir desculpa, o garoto segurou em minha cintura me puxando para si, intensificando o beijo.
Meu coração batia de uma maneira que a tempos não fazia, porque aquela felicidade e satisfação só acontecia com ele.
Enzo colocou as mãos dentro da camiseta de futebol que eu usava e não sabia se ele tinha notado, mas aquela era uma das que eu tinha pegado dele e não devolvi. Ele subiu seu toque até o meio da minha coluna e depois voltou a descer acariciando minha pele, me causando um arrepio que fez minhas pernas tentarem se fechar, mas seu corpo me impediu de fazer isso, e então eu gemi.
— Você quer? — Enzo perguntou ao afastar sua boca da minha.
Meu olhar vagou pelo seu rosto até parar em seus olhos. Eu não sabia se estava pronta para ceder a ele sem me machucar ou machucá-lo, afinal, depois de todos esses meses não sabia se Enzo pensava em me ter de volta.
Tinha uma parte minha que me pedia para dizer não, mas a sensação que me tomava cada vez que o menino desviava o olhar para minha boca, foi maior.
— Quero — sussurrei e fiquei satisfeita quando um sorriso preencheu os lábios dele.
Enzo voltou a me beijar, o beijo era intenso, forte e me deixou extasiada. Ele me puxou novamente pela cintura na sua direção e quando afastou sua boca da minha, me deixando puxar o ar que me faltava, começou a beijar meu pescoço. Agarrei sua camisa e inclinei a cabeça para trás sentindo minha respiração ficar cada vez mais forte e alta.
Eu não poderia mentir e dizer que eu estava sem fazer isso a muito tempo, assim como sabia que Enzo tinha os seus casos espalhados pelo campus da faculdade. Mas, com ele sempre era diferente, era melhor.
Enzo como sempre não desperdiçava um segundo que tínhamos, logo ele estava descendo com os beijos pela minha clavícula, mas quando chegou na altura dos meus seios, ele parou e abriu os botões da camisola de seda rosa que eu estava e afastou o tecido para os lados, deixando meus seios a mostra. O menino me deu uma olhada rápida antes de começar a chupar um deles e me roubar um gemido alto, que se espalhou pelo primeiro andar vazio.
— Se você fizer muito barulho seus pais vão achar que tem alguém te matando — Enzo me avisou se divertindo com a situação.
— Eles não estariam tão errados assim — resmunguei e um sorriso travesso surgiu nos lábios do garoto.
Enzo voltou a aproximar seu corpo do meu e me roubou um beijo enquanto as suas mãos começaram a puxar minha calcinha, e com uma pequena ajuda minha, logo a peça estava no chão.
O menino de cabelos castanhos até tentou descer com o rosto para o meio da minhas pernas, mas o impedi continuando a beijá-lo , segurei a mão dele e a coloquei no lugar que pulsava sedento por ele, Enzo entendeu o recado e assim que seus dedos entraram em mim, um gemido abafado me escapou e eu apertei seus cabelos.
— Me leva pro meu quarto — pedi e ele logo atendeu meu pedido.
Eu podia estar submersa naquele momento, mas não queria que meus gemidos ecoassem pela casa. Além disso, sabia que assim como eu, Enzo não carregava uma camisinha no bolso do pijama.
Ele subiu as escadas me levando no colo enquanto eu aproveitava para mexer nos seus cabelos e sentir seu perfume e quando entramos no cômodo, Enzo me colocou na cama devagar e continuou me provocando até eu não me aguentar mais e começar a abrir sua calça. Eu não podia mais esperar, queria ele dentro de mim.
Assim que minha mão deslizou para dentro da sua cueca, eu toquei nele, Enzo arfou e apertou minha cintura, e automaticamente o apertei de volta, e sem me conter sussurrei seu nome em um pedido ansioso e ele me entendeu.
O garoto se afastou, abriu a gaveta onde eu sempre deixava as camisinha, pegou uma e tirou a roupa enquanto eu observava seu corpo definido que tanto sonhei em ter de volta.
Não demorou até ele estar sobre mim novamente, Enzo me beijou devagar enquanto eu circulava sua cintura com as pernas.
— Sempre apressada — ele me provocou e após alguns segundos, um gemido alto preencheu o quarto quando ele me penetrou, o ouvi resmungar um palavrão e em seguida começar a se movimentar em um ritmo lento. Fechei meus olhos e o abracei trazendo seu corpo quente para mais perto do meu.
Enzo mordeu minha orelha e em seguida sussurrou o quanto eu era gostosa e então os movimentos começaram a acelerar. Minha respiração era alta e rápida, assim como a dele. A cama balançava e o som da sua pele batendo contra a minha me deixava mais excitada. Eu sabia que não iria demorar até que eu chegasse ao ápice com ele, e não estava errada, quando ele se afundou por inteiro em mim, gemendo meu nome e apertando minha bunda com força, meu corpo cedeu junto com o dele e eu voltei a gozar como só ele conseguia fazer.
Naquela noite, aproveitei cada segundo que tive seu corpo junto ao meu, e não consegui deixar de lembrar o porquê de ter me apaixonado por ele. Quando o menino saiu do quarto pedindo para que eu pensasse bem antes de tomar qualquer decisão, só pensei em como eu tinha sido burra por ter acabado com nosso relacionamento e que precisava mudar aquilo.
🐱🐱🐱
Sabe que momento é esse? É o momento de vocês dizerem que me amam e que me perdoam pela demora, sim? Não? Talvez?
Essa autora aqui que ama tanto vocês está em um momento de bloqueio, mas espero que passem logo, não me matem, tenho que terminar o livro kkkkkkkkkk
Espero que tenham gostado do capítulo da nossa amada Olívia, por essa vocês não esperavam né?!!!! E aí será que agora ela e o Enzo voltam?
Esperem pelos próximos capítulos kkkkkkk nossa que malvada eu!
Já sabem né? Quem quiser falar comigo, link das redes sociais na minha bio, meu pv tá aberto pra vocês SEMPRE!!!!
Até o próximo capítulo meus amores, amo todos vocês 💛
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