🥂|Capítulo 10|🥂
A dança não era só um ato sexual, e nem um ato de esporte, para Seoho, era como se ligasse a um cadeado em uma pequena jaula, destrancar- se ele e o libertasse da dor e pressão que a própria vida lhe dava. Dês de novo, a dança foi o único meio de comunicar com o silêncio, não tinha melodia, não tinha se quer sabedoria do que era uma dança. Mas, o tanto que imaginava, apenas deixava seu corpo ir.
E muitas vezes, por ser pego fazendo a dança, seja ela de um jeito confuso, ou até estranho para os demais que pudessem ver, era levado a salinha do castigo ou obrigado a fazer lições da casa que não lhe pertenciam. Por apenas querer ser livre como um passarinho.
Sua mente quando criança, se perguntava se as freiras do orfanato contavam para os pais que vinham adotar sobre como era as suas atitudes, por isso nunca o levavam ou vinham conversar com sigo. Tantas questões surgiam em sua mente, de criança, adolescente e jovem, quando estava fechando a idade que não podia mais ficar entre as demais crianças.
— Você precisa ir... — A freira mais velha comentou ajeitando uma mala com um pouco de roupa, sendo ela duas vestes e uma sandália nova para ele caso arrebentasse aquela. — Tem que saber que lá fora não pertence mais aqui. E que o mundo espera com braços maléficos.
— Eu entendo madre. Irei me cuidar, sou grandinho como dissestes a mim. Estarei seguro. — Não, ele não estava seguro, Seoho ficou exposto a maldade do mundo, quando passou a primeira noite na rua, sem saber onde sentar, onde comer, o que comer. Céus, o que fizeram com esse menino não podia ter perdão.
Andar por entre os becos, sem se quer uma dica de que encontrar, faminto e com sede. Seoho não conheceu um mundo bom, Seoho se entregou a um mundo que pertence a corrupção da carne, mas ele foi diferente.
Ele não vendia seu corpo, ele não vendeu sua alma, ele apenas pediu para ser o que sempre sonhou em ser, um belo dançarino. Ele levava a cintura, ele fazia aquele povo louco por tesão gritar e jogar notas de dinheiro sobre seus pés. Gritos aos quais sua mente nunca guardou, eram gritos, apenas gritos. Esses que eufóricos faziam em shows, nesse momento foi quando tomou a decisão em si. Que aquele palco onde dançava com a alma, e levava a luxúria de suas curvas, era seu show.
Após a boate estar prestes a fechar, quando tudo estava somente os funcionários cansados sentados em bancos e mesas, Han se aproxima deles sorridente.
— Tivemos um pulo essa madrugada. — Os jovens se olharam surpresos. — Tivemos mais gente do que na noite anterior.
— Acho que o Seoho faz falta pra nós. — Liz comentou alegre, Seoho sem jeito acabou por rir.
— Não exagere meu bem. Nem sou tanto assim.
— Mas é meu destaque. E foi o que mais ganhou dinheiro essa noite, suas danças estão cada vez melhor meu pequeno.— Seoho acabou deixando seu semblante vermelho, mostrando estar envergonhado com os elogios de Han, porém, estava ele sastifeito com o progresso que estava tendo.
Han pagou o dinheiro de cada funcionário, e por fim, havia ficado somente os dois fechando a boate para irem para casa.
— Eu tenho uma novidade. — Seoho sorriu mechendo em seus dedos, estava um tanto que nervoso.
— Que novidade?
— Eu vou amanhã viajar com o Keonhee. — O mais velho olhou surpreso mesmo que em direção a estrada, dirigindo seu carro para a casa de ambos.
— Oh, isso sim é novidade. — O mais velho estava meio incomodado com aquilo.
— É sim, mas vai dar tudo certo. É uma viagem em família. Só para curtir. Então vai ficar tudo bem. — Garantiu Seoho animado, Han olhou para o jovem quando o veículo parou em frente a casa de ambos.
— A questão acho que nem é essa. E sim o fato que você, vai estar longe de mim. E se acontecer algo com você?— Os olhos do menor foram em direção do mais velho, Seoho entendeu a preocupação. Abriu um leve sorriso para quebrar o clima tenso e negou.
— Não pense nisso. Estarei seguro, eu te garanto. Mandarei mensagem para qualquer coisa. Só não fica preocupado assim Hyung. — O mais velho suspirou, acenou concordando e abrindo a porta do carro.
— Tudo bem, vamos então entrar para comer, por que temos que levantar cedo amanhã. — Animado concordou, abriu a porta do carro e saiu com o mesmo para ir para dentro de casa. Entrando, Seoho fez questão de fazer o jantar para os dois, e por fim, subiram para os quartos. Seoho ainda havia demorado um pouco mais para dormir, já que estava organizando as malas, como não sabia para onde seria essa viagem, botou de tudo um pouco na mala e quando terminou deitou em sua cama pondo o telefone para despertar e se entregou no sono.
Esse que pareceu tão pouco, levantou num pulo quando ouviu o despertador fazer aquele toque ao qual muitos se irritam, e se levantou rapidamente para ir tomar seu banho e se ajeitar para viajar. Quando estava quase pronto, o telefone deu deu toque indicando uma mensagem, Seoho pegou o aparelho sobre os dedos e viu ali a mensagem de keonhee.
"Estou esperando você na frente de sua casa."
Seoho pegou a mala, e sorrindo saiu do quarto e passou pelo corredor até chegar na sala, vendo seu hyung ali sentado sobre o sofá teve os olhos do mesmo sobre si.
— Já está de saída?— Seoho acenou concordando, sem desmanchar o sorriso angelical.
— Já sim, nos vemos quando voltar. — Deu um beijo sobre a bochecha do maior e começou a caminhar em direção a saída, vendo o veículo preto parado em frente a sua casa pode perceber os milhares de olhares dos vizinhos sobre si. Negou envergonhado, e pode correr até o carro.
— Bom dia Soso. — Ditou Keonhee pegando suas malas e pondo no porta malas do carro.
— Bom dia Keon.— Sem jeito respondeu, Keonhee olhou para os demais que olhavam eles e acenou cumprimentando, logo abriu a porta para Seoho entrar e por fim fez a volta no carro e seguiu a estrada para o aeroporto. — Perdão pelos meus vizinhos. — Olhou o maior sem jeito, Keonhee acabou rindo.
— Tudo bem, rico ou pobre as velhas fofoqueiras nunca morrem. — Seoho acabou por rir, negando com a cabeça sobre o comentário dele.
— Han, seu filho saiu com quem?— a vizinha curiosa perguntou, ele acabou rindo.
— É o namorado dele dona Choi, ele está namorando um ser bem importante. —. Senhora espantada olhou para Han, que gargalhando saiu para dentro de casa para ele se preparar para a viagem a família que iria fazer.
Chegando em frente ao aeroporto Seoho estava em choque, olhando para o avião que estava voando, ele nunca tinha pisado em um aeroporto e sempre sonhou ver um avião de perto. Keonhee desceu do carro junto com ele, vendo aquele olhar do menor, achando muito fofo aquela expressão. Para Keonhee era como se fosse comum, sempre viajava de avião para vários lugares, porém, ver os olhos do jovem menor era como se sentisse a mesma vibração que ele, como se fosse a primeira vez sua também. E sabendo desse detalhe só pelo olhar, decidiu fazer a vontade dele se tornar real.
— Ei, pequeno. Vamos bater uma foto?— Seoho olhou confuso para o jovem maior, mas não negou e alegre pegou o telefone para bater uma foto com ele, Keonhee observou o aparelho de Seoho e logo sorriu batendo a foto com sigo. Fazendo a pose ser fofa e ele dar gargalhadas animado.
— Eu vou por na tela de bloqueio. Estamos lindo oppa!— Sentiu o impacto das palavras quando aquela simples palavra foi ecoada sobre seu ouvido. Keonhee namorou Hwanwoong e nenhum daquele tempo que esteve com o jovem uma palavra de carinho era trocada, e Seoho sendo falso, pelo menos até que tomasse a decisão de o tornar real. Ele tinha o chamado daquela forma. — Desculpa, eu falei algo errado? Se quiser eu não ponho de ...
— Tudo bem. — interrompeu Seoho — Pode colocar, eu adorei. Vamos Soso? Temos um avião para pegar. — Incentivou o mesmo, que concordou animado, pegando em sua mão como fossem um casal de verdade foram puxando as malas até o local de embarque. Subindo no avião particular dos pais, estavam todos já em seus acentos.
— Achei que não iam vir. Ia ficar triste.— Leeseo comentou olhando os dois entrando.
— Perdão omma, mas sabe como são os namorados, temos que tirar fotos. — Comentou Keonhee, seu pai acabou negando e olhando para seu jornal novamente, Keonhee olhou Hwanwoong com seu pai, sentindo um nojo em seu estômago. Mas quando os olhinhos de seu amado brilharam pela janela que estava sentado, tudo sumiu dando espaço somente para aquele ser angelical.
Hwanwoong sentiu o ódio subir pelas veias sanguíneas, fechou a cara e ficou olhando para frente, seu pai confuso se aproximou de seu ouvido.
— Quem é aquele garoto?— O mesmo deu de ombros já com raiva.
— Namorado do Keonhee. O infeliz está ganhando mais atenção que eu. — Revirou os olhos com um bico sobre os lábios, o mais velho nada disse, apenas chamou uma começaria e mandou ela fazer o que havia sussurrado em seu ouvido, Hwanwoong sem saber o que se tratava apenas olhou confuso.
— Vamos ver por quanto tempo ele vai ser bom para os lees. — Deu uma risada estranha e se ficou em olhar a janela, Hwanwoong olhou ainda confuso para o pai e depois ficou em sua revista de fofoca para ver o babado que tinha entre as páginas.
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