Não tinha como explicar aquele sentimento, era algo tão inexplicável o que sentia. Seus olhos verdes parados sobre aquele corpo, aquelas curvas desenhadas e marcadas por uma corrente de brilho que dava aquele ar de calor ao seus lábios. Fechou a boca quando sentiu que seu ar ia ser retirado de seu pulmão.

Tentou mirar os olhos daquele que dançava com alma aquela música, viu nele as orbes brilhando em uma luxúria jamais imaginada. Aquele desejo do pecado capital o hipnotizando, nem a música atrapalhava aquela conexão. Sentiu o mundo inteiro fugir da sua volta, sobrando apenas os dois ali. Era como se aquele corpo estivesse dançando somente para ele.

Agarrou as pernas descontando a vontade de agarrar aquele garoto ali, sentiu que seu membro poderia saltar da cueca, respirou fundo, como poderia aquele sentimento aparecer novamente. Algo que ele mesmo achou que depois de seu último namorado não retornaria mais.

Não era um desejo de apenas o ter deitado em sua cama, gemendo e arfando seu nome, enquanto seu membro desenhava sua entrada a cada sentimento que entrava. Não era apenas o desejo da luxúria que ele queria com aquele ser ao qual não conhecia. Era algo surreal, o desejava mais de uma vez, o desejava como uma bela escultura para ser exibida com luxo.

Queria mostrar que aquele garoto era muito mais que um dançarino de boate, que aquele rosto suado mostrava mais que um rostinho expressando a luxúria daquele momento quente. Foi aí que seu raciocínio voltou, e teve a droga da decisão, de telo como seu namorado falso.

Leedo, que olhava a dança como se não houvesse nada de fora do comum, conseguiu ver o incomodo de Keonhee, levou a mão até o braço do mesmo o fazendo olhar para si, percebendo as pílulas dilatadas. A música chegou ao fim e os dançarinos se retiraram deixando somente os mesmos ali.

- está tudo bem?- Keonhee não conseguia dizer nada, parecia que sua mente ainda estava ofuscada por aquele anjo que dançava sobre aquele palco. - Keonhee?

- Eu estou super bem. - Respondeu calmo, e piscou para relaxar os músculos. - Acho que já achei o jovem que vai ser meu namorado de falso.

- Não me diz que vai escolher ele?- A surpresa era nítida nos olhos de Leedo, Keonhee sem temor nenhum acenou dando impulso para se erguer.

- Ele mesmo. - Se direcionou a porta abrindo a mesma. - Não precisa esperar por mim. - Fechou a porta atrás de si, levando o corpo para o andar de baixo. Queria ele saber como teria aquele garoto exclusivo somente para si.

Seoho quando pode repousar o corpo no sofá do camarim, cansado e com dores nas curvas por conta dos rebolados tensos. Ele se lembrou do jovem, que tinha uma áurea quente, e olhos vibrantes. Além de uma bela aparência que poderia ser desejado até no seu sonhos mais íntimos.

- Como pode haver homens tão lindos nessa vida? - Sussurrou, mas, seu interior queria ele, queria poder tocar, poder saber se ele queria ser seu mestre. Acabou logo desviando aquilo de sua cabeça, como poderia ele estar pensando tantas bobagens com um desconhecido.

Porém, batidas na porta do camarim se ecoaram, seu corpo se moveu em delicadeza, por ser baixinho, novinho também para estar envolvido naquele mundo. Sua mão virou a maçaneta, revelando o jovem que trabalhava com os pagamentos de todos os meninos e meninas da boate.

- Soso, tem uma dança particular. No quarto 20. - Seoho olhou pasmo, nunca haviam chegado a pedir danças particulares para si. Concordou soltando o casaco que vestia sobre seu corpo nu, e começou a caminhar pelos corredores escuros, com iluminação vermelha até os quartos vip.

Assim que chegou em frente a porta do quarto, tentou respirar fundo, estava nervoso, nem tanto, com os dançarinos existia uma regra, que era não deixar ser tocado. Abriu a maçaneta dourada do quarto e empurrou a porta para dentro, vendo um homem de costas para si, olhando fixo para onde estava sua caixinha de música e com as mãos dentro dos bolsos. Engoliu em seco, ele era alto e muito bonito de costas, nem imaginava quem era quando virasse para si.

- Boa noite senhor, que tipo de dança deseja?- Seu corpo estremeceu, sentiu que o ar fugiu do pulmão e a batida do coração errou quando viu o olhar do jovem sobre seu corpo. Era o que acabou de dançar com suas parceiras, e ele estava ali novamente agora olhando para Seoho com um olhar de análise. O que estava soando estranho para Seoho.

- Eu quero que me provoque. - Seoho deixou a sombrancelha subir confuso.

- Como?

- Quero que me excite. Que me deixe de pau duro. - Seoho sentiu engasgar ouvindo aquele pedido. Ele nunca havia deixado alguém nesse nível com suas danças, nem tanto eram sempre os mesmos movimentos. Mas agora aquele home queria sentir o quanto podia ficar excitado com sigo.

- Tudo bem senhor. - caminhou em passos lentos até sua caixinha de música, já programada com músicas lentas e quentes própria para cada movimento que fazia ali. Soltou um suspiro quando viu que o mesmo estava já se sentando sobre uma das cadeiras elegantes do quarto, sua mente sumiu em uma imaginação pecaminosa dele sendo levemente penetrado ali. Negou com a cabeça, ficando em sua missão.

- Qual é o seu nome, garoto? - Seoho olhou o jovem mais velho.

- Seoho. - Sua voz saiu tímida, o que fez Keonhee gritar no seu interior de fofura, Seoho se posicionou e a música deu seu início de batidas. - Só existe uma regra senhor...

- Lee Keonhee... - Seoho podia gemer aquele nome de tanto poder que tinha, sentiu seu corpo se contorcer em excitação desse momento.

- Lee... Você não pode me tocar, em nenhum momento da música. - Seoho sorriu sapeca quando o olhar verde sobre si concordou com num balançar de cabeça positivo. Seoho então começou com sua dança.

Keonhee não estava preparado para aquilo, assim que a batida da música começou, Seoho já não era mais aquele ser inocente que conversava com sigo. Agora era o próprio demônio disfarçado naquele corpo de anjo. Seu corpo mexia de um jeito quente, suas atitudes de esfregar as nádegas sobre seu membro que já acordava, de rebolar sobre a cadeira e arrastar as mãos sobre o pescoço.

Keonhee grudou as mãos na cadeira vendo que sentiria a louça vontade de segurar aquelas curvas, Seoho era um pecado de homem e ele queria provar daquele fruto. Gemeu quando o menino intensificou a dança fazendo ele ficar rouco.

Sua mente viajava longe quando os olhos do jovem cruzava a linha que ele mais desejava. A linha do desejo carnal, aqueles olhos castanhos de pupilas dilatadas mostrava que ele não estava para brincadeira, e que cumpriria com o que ele pediu. Keonhee sentia que poderia infartar, seu membro debaixo das calças já estava duro e escorrendo pré gozo de tanto prazer que sentia com a dança daquele garoto.

O que brilhava não era só as pulseiras que o menor usava, era também o suor que escorria sobre aquele corpo, Seoho estava tão quente, e tão inebriado pela música que ficava que nem estava mais ali. Sua mente vagava numa longa vontade de se entregar, os hormônios de um adolescente queimando sobre a pele, e isso que deixava Keonhee mais excitado.

A música e Seoho não estavam sendo uma boa colaboração, sua mente estava borrada, sua cabeça voava quando sentiu que ia desmaiar de tão excitado, a música então teve seu fim. Seoho parou os movimentos cansado, se afastando devagar do corpo que não estava longe do seu. Keonhee estava com os fios grudados na testa.

- Espero ter cumprido o que o senhor desejou. - Sua voz saiu falha, estava seca, e sua cabeça doía de leve. Sabia ele que depois disso desmaiaria cansado na cama, e só acordaria no dia seguinte.

- Você faz mais que um desejo. E eu tenho uma proposta para você. - Keonhee se curvou juntando as mãos, apoiando os cotovelos nos joelhos e sorrindo para si, sem mostrar os dentes. Seoho deixou a sombrancelha arqueada mostrando a confusão em seu olhar.

- Proposta?

- Sim, eu preciso de um namorado por três semana. Para me acompanhar em tudo. E estou oferecendo cinquenta e cinco mil wons. - Seoho sentiu o corpo prender, olhando para Keonhee completamente em choque. - Não precisa me responder agora. Porém não demore muito. - Estendeu o cartão para o menor, que exitante pegou de suas mãos. - Mande mensagem para esse número quando tiver decidido. - Se ergueu da cadeira, se direcionando para a porta, abrindo a mesma e saindo logo depois sem olhar para o garoto que ficou olhando o mesmo sumir de seus olhos e depois olhar para o papel.

- meu Deus. - Sussurrou desacreditado de todo aquele dinheiro em sua mão, ele não podia negar uma proposta daquelas, apesar que continha riscos. Mordeu os lábios inferiores quando se sentiu perdido no que decidir. Então apenas guardou o cartão no celular e suspirou saindo do quarto tentando pensar com mais calma.

Keonhee se esbarra com Leedo, o mesmo olhou a situação do jovem mais alto confuso com aquilo.

- Mas o que houve?- Pasmo perguntou, o mesmo não o respondeu, seguindo para o balcão. - Keonhee, me diga. O que houve?

- Nada uai. O que poderia ter acontecido?- Perguntou, já entregando na mão do jovem. - Esse é o pagamento do jovem que pedi para dançar para mim. E diga que ele é perfeito. - O mesmo concordou confuso e viu o corpo se afastar de si, Leedo correu atrás de keonhee que já estava se direcionando a saída da boate.

- Voce transou com o garoto?

- Não, eu não gosto disso. - Leedo ficou ainda mais confuso.

- Mas você está todo melado e duro.

- Eu pedi uma coisa a ele. E o mesmo fez com muito prazer. E agora estou esperando para ver, se ele vai aceitar ser meu namorado. Espere ele ligar para você Leedo. - Entrou no carro, e Leedo concordou vendo ele sair de seu campo de visão. Leedo acabou negando, mas em seu interior sabia que isso ia terminar de outra forma.