🥂| Capítulo 03|🥂
O tilintar dos movimentos da colher sobre a cerâmica da pequena xícara de café com leite servido era o único som que era escutado naquele ambiente tão tranquilo. Havia pouco movimento, algumas mulheres num canto, um homem sobre o outro, e dois jovens apaixonado sobre o outro. Leedo permitia seus olhos caminharem sobre todo o ambiente enquanto esperava seu pedido.
Assim que uma bandeja de vime com um pratinho de bolo de morango repousou sobre a mesa, a atenção de seus olhos foram no ser que lhe servia, o sorriso surgiu, a doce mão que lhe entregava, com a aliança de ouro marcando o noivado mostrava quem estava lhe atendendo.
— Que honra em pleno sábado você aqui na cafeteria. — Comentou em um tom baixo, sentando a sua frente da mesa. Leedo sorrindo, apaixonado por aquele anjo que adorava lilás e ursinhos fofos, estendeu a mão para segurar a do menor.
— Achei o dia agradável para vir lhe ver, você está tão radiante. — Ele não havia mentido, Dongju estava com o sorriso mais lindo nos lábios.
— Muito obrigado, você está lindo como sempre.
— Obrigado amor. Você sabe que hoje é a festa de despedida de solteiro minha, não é?— Os olhos do menor lhe encararam concordando.
— Você prometeu não pegar ninguém e nem beber de mais. — Dongju o relembrou do que fizera prometer.
— Claro que eu lembro. Farei o que me mandaste amor. — O menor sorriu com sua resposta. — Está animado para o casamento?
— Não vou mentir, estou nervoso. Já fui ver minha vestes e já vi onde iremos comemorar. — Os olhos do mais velho se abrem em surpresa.
— Meu amor é mais esperto que eu. Onde vai querer sua festa meu anjo?
— Minha não, nossa. E eu conversei se poderia ser feito naquele salão lindo que tem aqui perto. — O mesmo fez um olhar pensando onde que ele estava falando. — O salão Palaci.
— Ah, nossa. Aquele lugar é perfeito amor. — Ditou as palavras surpreso da escolha do amado.
— Acha que vamos conseguir fazer a festa lá?— Sentiu um leve encômodo com a pergunta do noivo, mas era justo aquele tipo de pergunta, já que o menor era Garsom de uma cafeteria e o salário não se comparava ao seu.
— Eu te garanto meu pequeno beija-flor, que dá e ainda sobra. — O menor sorriu alegre em ouvir aquilo. Seria o casamento dos sonhos dele. — Já escolheu onde vamos ter nossa lua de mel?
— Pensei em uma viagem para Jeju. Mas, não sei se você se agradaria do local. — Leedo olhou em seus olhos enquanto mastigava a torta que havia pedido.
— Não vejo mal nenhum. Tem um baita hotel lá com direito a tudo. Podemos pegar quatro dias depois de nosso casamento. — Dongju sorriu animado, aquele lugar era mágico, e sempre havia sonhado em ir.
— Yaa, obrigado por tudo isso.— Exclamou animado. — será o casamento mais lindo do mundo inteiro. — Leedo acabou achando fofo o noivo, e sua felicidade estampada sobre o rosto.
— Fico eu feliz, de poder dar o melhor a você e realizar seus sonhos meu anjo. — terminou o bolo, quando sentiu o telefone vibrar, pegando o aparelho sobre os dedos viu o número de Keonhee a brilhar na tela. — Só um minuto meu amor. — Atendeu o mesmo. — Fala keonhee.
— Que horas é mesmo essa bosta que você marcou?— A voz do mesmo saiu falha já que estava com o corpo cansado da corrida que estava dando com seu cachorro no park.
— Ah, vai ser as onze da noite. Está ansioso é? — Deu uma gargalhada abafada, quando um rosnado se escutou do outro lado da linha.
— Leedo, vai ver se eu estou na esquina. Idiota. — Negou, apesar que estava achando aquele comentário engraçado. — Podemos ir que nem magnatas?
— Ah, nem vem. É uma festa, de terno num local assim não é legal. — Leedo resmungou fazendo carinho na mão de Dongju, esse que se despediu do seu noivo para voltar a trabalhar — Tchau meu anjo. Até amanhã.
— Mas eu não quero ir parecendo um bed boy maloqueiro. — Keonhee revirou os olhos. — Vou usar minhas roupas mesmo.
— Deixa de ser chato. Vai usar roupas bregas num local de vaidade. Vai com aquelas roupas que eu invejo tanto. — Keonhee acabou rindo e parando de correr.
— Seu invejoso. — Keonhee o provocou. — Hum, pensando melhor, acho que irei mesmo com aquelas vestes. Ficarei belo e sexy. — Brincou recebendo um rosnado de Leedo.
— Você sempre se achando, não é?— A gargalhada de Keonhee ecoou na linha.
— Não reclame. Pelo menos eu sou bonito.
— Eu vou desligar a chamada. — Revirou os olhos, pagando sobre o que tinha comido e seguindo para fora da loja.
— Onde você está?— Pegou a coleira do seu cachorro e assim começou a seguir caminhando até um banco para se sentar.
— Estava na cafeteria do meu noivo. — O maior na linha soltou um suspiro entendendo. — E você? Continua correndo nesse park?— acabou ouvindo o latido do cachorro atrás.
— É um gosto que não consigo tirar. Eu gosto de sair correndo para por os pensamentos em ordem.— Olhou para a volta, e novamente aquela ideia de dar um valor para fingir ser seu namorado surgiu em sua mente. — Eu não acho uma boa ideia.
— O que você não acha uma boa ideia? — Leedo entrou dentro de seu carro, para dirigir até sua casa, e começar a se arrumar, nem tanto as horas voavam.
— De dar dinheiro. Para ser por três semanas meu namorado. — Sua voz saiu baixa, nem tanto estava num lugar público, Leedo ligou o motor do carro para dar partida.
— Não veja isso como algo ruim. É apenas um emprego que estará dando a alguém. — O jovem do outro lado soltou um suspiro, Leedo estava correto, seria como um novo emprego, e não ia precisar se esquentar depois com mais nada.
— Eu vou desligar, até mais tarde. — Keonhee profere, desligando a chamada assim que ouviu o outro, pegou a coleira e seguiu a caminhar de volta para sua casa. Quando pisou na mesma, se direcionou para o quarto no segundo andar.
Entrou no banheiro, e ajeitou a banheira para ter aquele belo banho quente e retirar todo aquele cansaço e suor que possuía em seu corpo. Aproveitando bem a água ficou novamente a pensar se devia ou não fazer a proposta a alguém que nem conhecia. Suspirando, levantou da banheira e caminhou até seu guarda-roupa secando seus fios e deixando a toalha maior cobrindo metade de seu corpo.
Keonhee não era muito magro, possuía as coxas levemente malhadas, as canelas finas, é um abdômen definido, além de suas veias e clavícula serem bem marcadas. Escolheu entre suas peças de roupas, uma calça jeans preta, uma camiseta branca. Um cinto preto, e uma jaqueta de couro. Nos seus pés optou por um tênis branco, para não ficar tudo no escuro.
Penteou os fios e passou um belo perfume, colocou algumas jóias, e pegou as chaves do seu carro. Caminhou em direção a saída da casa, o cachorro que dormia sobre um canto deu um latido ao ver o dono se mover.
— Vou voltar de madrugada. Até mais! — Negou, como se o cachorro entenderia suas falas, e depois saiu da casa indo a sua garagem, já escolhendo um dos três carro que possuía. Como a balada não era tão chique, chegar no local com um carro chamativo seria até perigoso. Então optou pelo veículo preto.
Dando a partida, seguiu a estrada para a boate, na metade do caminho o telefone deu um toque estridente, quebrando o silêncio. Apertou o botão e deixou ligado no rádio do carro.
— Fala Leedo.
— Está demorando em madame. Não vai me dizer que levou horas para fazer a maquiagem. — O mesmo zombou em ironia, causando um revirar de olhos não visto por si, em Keonhee.
— Eu estou pontual. Diferente de você que parece estar adiantado. O que foi, ansiedade bateu no neném?— Leedo no outro lado da linha rosnou irritado com o comentário.
— Não tem nada haver. Só vim mais cedo.
— Neném ansioso.
— Vai a merda Lee!
— Pra que eu vou, se automaticamente já estou na merda. — Leedo iria protestar com um xingamento, quando os outros amigos chegaram.
— Anda rápido lesma. — Desligou a chamada e Keonhee acabou rindo sozinho, ele sabia bem como irritar o amigo.
Não havia demorado muito, já estava em frente a boate, deixou o carro no estacionamento e seguiu caminhando até os jovens reunidos em cinco pessoas. Keonhee cumprimentou a todos, e seguiram até a entrada.
— sejam bem vindos a Black Moon. Identidades por favor. — A jovem dos belos cabelos negros, olhos castanhos pegava os documentos que possuía ali e foi anotando cada um em seu sistema. — a entrada é esse valor. E caso qualquer um deseje algo privado. O valor é tratado no balcão dentro. Bebidas para esse tipo de evento é liberado. — A mesma entregou a cada um um crachá. — sejam muito bem vindos e boa festa de despedida. — Os demais sorriram, apesar do semblante de Keonhee estar completamente sério. Ambos seguiram para dentro da boate, e subiram de escada para o segundo andar.
Havia muita diferença no ambiente, as melodias de baixo, chegavam a deixar a cabeça de qualquer um doendo quando ouvia, além dos jovens gritando eufóricos na dança. Já a parte vip, possuía um ambiente agradável e quente, a melodia ficava lenta e sexy, mulheres caminhavam de mesa em mesa servindo bebidas para os homens que já estavam ali, outros já estavam agarrando algumas como fossem propriedades deles.
Aos olhos do mais velho, era terrível aquela vista, quando chegaram na sala fechada, havia um palco na frente, cadeiras estofadas, e muitas coisas, como petiscos e doces, além de frutas. O cheiro era agradável, e um ambiente perfeito para a diversão dos demais ali. Os jovens se sentam, e não demorou muito para começar as bebidas chegarem. Estavam distraídos em conversa quando as luzes se apagam e um vermelho acende, iluminando o palco, dentre os três dançarinos, estava um que para Keonhee fora como ter visto o céu na terra.
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