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𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 2

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Shawn Mendes

Point of view

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Londres, Inglaterra

Depois de passar um mês inteiro em Toronto, que por sinal é uma bela cidade, estou de volta à Inglaterra. Quase me esqueço do clima chuvoso e da aparência acinzentada que a cidade de Londres tinha. Debaixo do meu guarda-chuva preto e do sobretudo cinza e quente que me vestia junto aos meus típicos jeans escuros, estou enfim de volta ao '' lar ''.

Havia acabado de descer do carro blindado que meu pai mandara para o aeroporto Londres Heathrow que não ficava tão longe de casa. O carro significava e me lembrava que a partir do momento em que meus pés tocaram o solo da Inglaterra, meu pai estava no controle e ele sabia que eu odiava toda aquela sua prepotência.

─ Shawn, querido, finalmente está em casa! ─ Minha mãe me recebe de braços abertos assim que aperto o botão da campainha da casa e a empregada, a qual não estava familiarizado, abre a porta gigantesca de madeira marfim.

A casa dos meus pais estava longe de ser simples e comum, pelo contrário, era a casa mais chamativa de toda a vizinhança, ela era bem alta, paredes em um tom branco gelo, mas que mal foram usadas pois no lugar de paredes temos vidros que cobriam toda a extensão da casa, luzes foram colocadas no jardim elaborado e espetaculoso da cidade. Minha família gostava de aparecer, não julgo, mas eles fazem isso de uma forma completamente errada.

─ Sim, mãe, estou de volta. ─ Digo não mais tão entusiasmado e sim surpreso pelo o que minha mãe colocou em si dessa vez. ─ O que você fez com o seu rosto?

─ É um novo procedimento estético que lançaram no mercado, gostou? ─ Ela diz enquanto toca no seu rosto puxado e seus lábios mais inchados. Lhe mostro um meio sorriso e ela me abraça novamente. ─ Venha, você precisa de um banho antes do nosso jantar em família.

Não consigo evitar o semblante torto em minha face, não gosto nenhum pouco dessa ideia de jantares a mesa com todos em volta, nunca acaba em algo amigável e duvido muito que desta vez, por milagre, iria funcionar.

─ Não acho que um jantar em família seja preciso. ─ Digo e minha mãe tem uma expressão única, para tudo, se estava feliz, triste ou zangada, eu não conseguiria descrever. O seu rosto estava tão exausto de todos esses ''novos procedimentos estéticos'' que a qualquer momento ele poderia cair. ─ Já jantei no aeroporto antes de James me buscar.

Aponto para o principal motorista e segurança da família que se mantem sempre com o seu semblante fechado e sério. Como se fosse uma estátua ou algo assim, tudo o que ele fazia era balançar a cabeça assentindo, ninguém jamais havia visto o mais novo sorrindo, exceto minha irmã, Aaliyah. Acho que os dois estão tendo alguma coisa a alguns anos em segredo, e eu sempre descubro tudo o que Aaliyah faz, ela é expressiva quando não está com o rosto vidrado no seu celular. E eu a conheço melhor do que qualquer outra pessoa.

─ Faça o que sua mãe está mandando, agora. ─ Meu pai ordena ao passar pela recepção que se localizava entre a sala e a cozinha. Ele parecia furioso, o que não era nenhuma novidade. Não esperava que ele me recebesse com os braços abertos, como minha mãe. Mas tinha um pouco de expectativa de que pelo menos ele olharia para mim ou me daria um ''boa noite''. Mas tudo o que ele consegue fazer é dar ordens.

─ Shawn, não precisa ir se não quiser. Tudo bem. ─ Minha mãe diz ao me ajudar a retirar meu casaco, sua voz saia entrecortada como se estivesse prestes a chorar. Ela estava farta, tanto quanto eu, da forma como meu pai nos tratava, principalmente das minhas discussões ou brigas com meu pai.

Eu sabia que se aceitasse jantar no mesmo ambiente que meu pai, seria quase como uma missão suicida. Mas minha mãe tenta fazer com que a nossa família pareça uma família normal, com sorrisos e piadas internas. Ela tenta fazer com que Aaliyah dê mais atenção para ela e que eu pare de fugir deles, daquela família problemática. Eu sinto muito por ela, principalmente por quando seus planos dão errados e ela começa a pesquisar mais cirurgias plásticas que na maioria das vezes dão muito errado.

─ Você venceu senhora Mendes, eu descerei para o jantar. ─ Digo e consigo ver um sorriso tentar ser formado em seu rosto. Minha mãe sempre foi linda, seu sorriso era o que mais a chamava atenção, era um sorriso feliz e não forçado para as câmeras pensarem que somos pessoas ricas e contentes. ─ Farei isso porque você pediu, não porque ele mandou. ─ Acrescento balançando a cabeça para a direção em que meu pai havia ido e lhe dou um beijo em sua testa.

Depois de um bom banho quente e refrescante, decido que deixarei as minhas malas da forma que estão, intactas ao lado da porta do meu quarto. Não sei até que dia ficarei aqui nesta casa, mesmo que eu ficasse por consideração à minha mãe, sei que só irei magoá-la pelas brigas com o meu pai.

─ Quem bom que está pronto, venha. Mamãe quer todos na mesa. ─ Aaliyah diz passando na frente do meu quarto, com a tela brilhante do celular no rosto, seus polegares ágeis teclavam rapidamente para alguém que parecia ser interessante, suponho que seja James.

─ Aali, por que não conversa comigo? ─ Pergunto indo atrás dela pelo corredor. Ela ainda mantinha seus olhos fixos naquela pequena tela. ─ Não tem medo de tropeçar e cair das escadas?

─ Shawn, o que você quer? Acha que pode ir embora para Deus sabe onde por meses e voltar achando que está tudo bem? ─ Aaliyah guarda seu celular no bolso enquanto diz enfurecida, ela fica nas pontas dos pés enquanto aponta o dedo indicador no meu rosto.

─ Me desculpe, mas eu não posso ficar aqui com ele. Simplesmente, não consigo conviver com Manuel. ─ Explico e ela tenta bater forte no meu ombro. Ela estava com raiva e está certa, antes das minhas discussões com nosso pai, éramos inseparáveis. Não nos desgrudávamos de forma alguma, tínhamos nossas brigas como qualquer outro irmão, mas éramos unidos mais do que qualquer um. Depois que crescemos e eu decidi que não podia mais suportar a relação com nosso pai, fui embora, ela aceitou nas primeiras vezes pois sabia que eu voltaria para casa, até que eu não voltei tão cedo e, aparentemente ela está me odiando agora. ─ Me perdoe, Aali, minha intenção mais foi machucar você de alguma forma.

─ Você não podia só fingir que fala com alguém super importante no celular, como eu faço? Não precisava me deixar para trás. ─ Ela choraminga, suas lágrimas caíam repetidamente sem parar, seu corpo tremia e seu rosto começava a ganhar um tom avermelhado. Eu nunca sabia o que fazer quando uma mulher começava a chora então envolvo meus braços em volta do seu corpo e aproximo sua cabeça sobre meu peito, acariciando seus fios castanhos do cabelo, como nos velhos tempos.

─ Quer fugir comigo? Vamos para algum lugar onde ninguém pode nos encontrar, você pode até escolher. ─ Digo enquanto os seus pequenos braços envolvem minha cintura e seus dedos beliscam o tecido da minha camiseta branca, como ela sempre costumava fazer.

Aaliyah não tinha culpa de nada, era apenas uma adolescente de dezessete anos que não sabia como viver com toda aquela pressão sobre ela e a pessoa em que ela mais confiava é um covarde que foge da própria família e não é capaz de protege-la de verdade. Me sentia culpado por não estar ao seu lado todos os dias, acordá-la batendo uma colher na frigideira enquanto cantava a música que ela mais odiava ou roubar seu lanche da geladeira e deixá-la super irritada. Sinto falta de cozinhar com ela ou de dar banho no nosso falecido cachorro, Peter.

─ Mesmo que você não possa fazer isso, por eu ser menor de idade. Tem um lugar no Sul de Miami. Nem papai ou qualquer outro detetive particular dele te acharia ali. ─ Ela diz limpando as lágrimas dos olhos, tentando não borrar o seu rímel dos seus cílios, sacando novamente seu celular e me mostrando fotos do lugar. ─ As praias de lá são espetaculares e existe uma pequena lanchonete que é o lugar mais conhecido dali, dizem que a comida é ótima. ─ Ela diz e então uma foto da fachada da tal lanchonete chamada Street Lincoln's. ─ Se você for para Miami da próxima vez, quero que me mande fotos de tudo, principalmente da comida e das pessoas que você conhecer.

─ Sabe que eu não faço amizades nessas viagens, não sabe? ─ Digo e ajudo ela a parecer que não estava chorando a alguns minutos atrás.

─ Espero que sim, não quero dividir meu irmão com mais nenhuma garota. ─ Ela brinca com uma gargalhada e eu reviro os olhos.

─ E você acha justo eu te dividir com o motorista? ─ Sussurro enquanto descemos as escadas e então percebo suas bochechas voltarem a ficar coradas. ─ Então é verdade, você e o loirinho estão juntos. ─ Zombo e ela revira os olhos me mostrando sua língua como uma criança de cinco anos.

─ Só saímos uma vez para o parque. Ele é engraçado, gentil e é um gato. ─ Aaliyah dizia com um sorriso enorme no rosto. Era claro de que não saíram apenas uma vez, ela parecia estar realmente gostando de alguém pela primeira vez. E eu era um idiota por não estar lá para que ela contasse tudo sobre.

─ Apenas tome cuidado, Srta. Aaliyah Mendes. Me mantenha informado sobre tudo, ou eu volto apenas para te vigiar. ─ Brinco semicerrando o olhar e ela dá de ombros. Ela é uma boa menina, apesar de ter pintado mechas do cabelo de azul, as unhas de preto e sempre andava com botas de couro pesadas e sujas, ela podia parecer rebelde por fora mais ainda era uma garota incrível. Minha garota.

─ Tudo bem, vamos. Você precisa entrar no campo de batalha. ─ Aali zomba da situação assim que adentramos a sala de jantar. Empregados corriam de um lado para o outro, com travessas, taças de cristal em bandejas, comidas e mais comidas eram postas em cima da mesa. Um ajudante do meu pai tentava centralizar o lustre perfeitamente no alto da mesa em cima de uma escada ao lado da mesma. Minha mãe, que já estava com outro vestido florido azul no corpo, supervisionava e se certificava de que os pratos, talheres estavam no lugar certo ou brilhando.

Todo esse luxo e requinte eram tão exagerados para um jantar com quatro pessoas, desde as rosas vermelhas até às pratarias nunca usadas. Isso parecia tão forçado, principalmente por nunca termos nos alimentado juntos ou usado aquela sala de jantar ao mesmo tempo. Aali sempre ia para a cozinha comer com os empregados, ela sempre foi bem próxima de todos eles, meu pai nunca saia do seu escritório, eu me alimentava fora todas as noites e minha mãe jantava sozinha na sala de jantar. Resumindo, Karen Mendes era a única que usava a mesa de jantar todas as noites.

─ Você veio mesmo. ─ Minha mãe diz com aquele sorriso leve, seus olhos azuis brilhavam ao ver Aali e eu juntos sorrindo e descendo as escadas. ─ Sentem-se, o pai de vocês já está vindo.

─ Duvido muito. ─ Murmuro um pouco alto demais, as duas mulheres ao meu lado olham para mim me repreendendo quando meu pai entra no lugar como semblante severo. Os seus olhos castanhos pararam sobre mim e estudaram meu rosto, como se realmente houvesse séculos que não me via. ─ Sentiu saudades, papai? ─ Ironizo colocando os cotovelos sobre a mesa de vidro muito bem decorada e ele ignora minha pergunta.

─ Como estava o tempo em Toronto? ─ A voz grossa e rouca soa pela sala, agora totalmente silenciosa. ─ Muito frio? ─ Ele pergunta novamente indo em direção ao seu lugar.

─ Como sabia que eu estava lá? ─ Pergunto um pouco surpreso, mas não o suficiente já que sempre sabem onde eu estou, não importa para onde eu vá. Paparazzis com suas câmeras me perseguiam o tempo todo.

─ Vi você estampando a capa de um jornal semana passada. A boate estava divertida? ─ Ele pergunta com um tom sarcástico na voz. ─ Imagina o que tive que fazer para tirar o ''filho de Manuel Mendes saindo da The Office Pub junto de duas mulheres'' da manchete.

─ Não deve ter sido tão difícil, seu dinheiro compra tudo. Principalmente o silêncio das pessoas. ─ O respondo enquanto sirvo a pequena quantidade de comida no prato, sei que não ficaria por muito tempo.

─ Então é esse o futuro que você tanto quer que eu deixe você construir? Festas até tarde, bebidas e mulheres. ─ Ele pergunta elevando o seu tom de voz. Aaliyah já tinhas seus fones no ouvido e minha mãe mexia no arroz integral do seu prato.

─ Tenho vinte anos de idade, estou no meu direito de curtir. ─ Respondo com um sorriso sarcástico, jogando o guardanapo de tecido sobre a mesa. Não ficaria calado novamente, não desta vez.

─ Curtir? Você não precisa curtir, nesse momento você deveria estar no seu dormitório em Oxford. ─ Ele alega enquanto corta o pedaço de carne vermelha em seu prato.

─ Não vou para Oxford. Principalmente porque foi algo que eu não consegui sozinho, você mexeu seus "pauzinhos" para conseguir. ─ Eu esclareço me levantando da mesa.

─ Você deveria ser mais grato pelo o que eu faço por você. ─ Ele esbraveja batendo o punho sobre a mesa e minha mãe salta rapidamente em sua cadeira pelo movimento bruto e repentino dele. ─ Além da vaga em Oxford também recusou o estágio na Mendes Company. O que você tem na cabeça?

Eu já estou cansado de tanto repetir a mesma coisa. ─ Digo no meio de um suspiro fundo. ─ Eu estou não quero seguir seu caminho. Não quero usar uma gravata e me sentar atrás de uma mesa dando ordens, eu quero...

─ Ser um cantorzinho de merda, eu sei. ─ Ele caçoa com um sorriso malicioso no rosto bebericando um pouco do vinho tinto. Algumas vezes, no início, aquilo doía e eu abaixava a cabeça todas as vezes, voltando para o meu quarto e deixando ele com esse sorriso nojento no rosto.

─ Você é tão baixo. ─ Ataco e então perco a paciência jogando a cadeira de madeira carvalho atrás de mim contra a parede derrubando os vasos de rosas vermelhas que estavam em cima do móvel no chão. ─ Eu tenho o meu próprio futuro e eu irei construí-lo sozinho, não preciso de você e muito menos do seu nome ou dinheiro sujo para ser alguém.

─ Você jamais será esse alguém que deseja ser enquanto eu estiver no seu caminho! ─ Ele esbraveja se levantando da sua cadeira, pega o copo já vazio e atira contra a parede atrás de mim.

─ Errou, papai. ─ Zombo com um sorriso debochando entre meus lábios me afastando da mesa. Aali tem os olhos atentos a mim enquanto minha mãe olha para meu pai pedindo para que ele pare e se controle. Assim que os meus olhos e os de Aaliyah se encontram, ela pisca o olho direito e sorri. Era o que ela também queria.

─ Para onde você está indo, Shawn? ─ Minha mãe pergunta com a voz falha. Tenho certeza de que seus planos para um jantar em família estavam longe de ser assim, um fracasso.

─ Vou tirá-lo do meu caminho. ─ Declaro com um sorriso vitorioso no rosto. Eu faria aquilo, estava farto de Manuel Mendes dizendo o que eu devo ou não fazer ou ser. Assim que saio daquela sala de tortura, pego minhas malas intocadas no quarto, me despeço de Aali e irei fazer sua vontade, irei para o Sul de Miami.

─ Eaiii galerus

Ui, que climão

Eu adoro essa cena final, jsus

Quem aí também já odeia o Manuel Mendes?

A Aali sendo a patroa não é mesmo?

E esse James aí? Hmm, Aaliyah Maria

Votem e comentem, señoritas.

Beijos de luz :))

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