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Capítulo 10

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Camila Cabello

Point of view

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Ótimo, agora ele também trabalhava no mesmo lugar que eu, uma semana se passou, limpando sua sujeira e o ensinando a não ser um desastrado. Eu merecia isso? Sério, justo eu? Por que logo comigo? Mas, quem eu queria enganar? Uma parte de mim gostava de vê-lo todas as manhãs, naquele uniforme ridículo, carregando aquele sorriso torto sempre que me via. Peter Michaels era cativante. Ao mesmo tempo que detestava ter que levantar da minha cama todos os dias para ensinar um homem, que tinha a cara de ser um filhinho de papai, a como anotar pedidos, eu adorava passar mais tempo com ele, rindo de suas burradas.

- Então todos aqui tem uma mesa destinada? - Ele perguntava pela vigésima vez. Estávamos fechado tudo, Shawn limpava o balcão enquanto eu guardava os porta-guardanapos e checava se a chapa estava mesmo desligada, prontos para ir embora. Bem, eu esperaria um táxi enquanto Shawn subiria na sua moto e iria para Deus sabe aonde.

- Isso mesmo, Sr. Lincoln adotou esse ''método'' para deixar tudo em seu devido lugar. Todos trabalham o mesmo número de horas e saem com o mesmo número de mesas atendidas, na maioria das vezes. Como ele mesmo diz ''nada de empurrar com a barriga''. - Explico e Shawn não parecia prestar muita atenção no que eu falava, apesar de permanecer com os olhos fixos em mim.

- Quer uma carona? - Ele pergunta e eu sou pega desprevenida. Ele aponta para a sua moto e tenho que juntar muitas forças para negar.

- Não, tudo bem. Geralmente o táxi passa bem mais rápido em dia de semana. - Dou uma desculpa. E que desculpa mais ridícula essa viu Camila. Ele não me pareceu derrotado.

- Não vá fazer uma desfeita como essas. Você não pode preferir um táxi, e que provavelmente você vai demorar horas esperando um carro vazio passar em horário de pico, do que voltar em uma moto que é muito mais rápida. - Ele tenta me convencer, mas cruzo os braços tentando pensar em outra desculpa para tirá-lo do meu pé. Mas ele estava certo, sabia disso e eu o odeio por ser tão convencido.

Depois de muito pestanejar, eu acabei em cima da moto de Peter. Me senti desconfortável de início, mas logo aproveitei que estava segurando seu corpo, tão próximo do meu, e explorei seu abdômen com a palma da minha mão por cima da sua camiseta branca de botões. Às vezes até apertava mais sua cintura, me aconchegava atrás dele e apoiava minha cabeça no seu ombro. Eu deveria ter aceitado mais rápido, pois estava no paraíso, mesmo que ele não soubesse tudo o que eu tenho desejado, por tanto tempo.

A verdade é que me doía, sim, eu sentia ciúmes dele e eu sei, isso é errado. Mas eu odiava vê-lo trabalhando e aquelas loiras bonitas e com corpos esculturais darem  em cima deles sempre que ele ia atender determinada mesa com aquele seu sorriso brilhante, isso era bom para a lanchonete, atrair mais clientes, mas era horrível presenciar aquilo. Eu era tão patética que chegada a ser engraçado. Como eu odiava aquele homem.

-Bem, chegamos. - Ele anuncia assim que para na frente do meu prédio. - Eu disse que seria mais rápido. - Ele se alimenta do próprio ego, e eu reviro os olhos. 

-Convencido. 

Ele sorri, o filho de uma mãe abre seus dentes brancos e perfeitos e aquilo me faz querer bater em seu rosto. Ele achava que era tudo isso, mas não era. Ou pelo menos, eu tentava me convencer de que não era. Grr.

-Acho que já estou indo. - Ele anuncia depois de um silêncio estranho entre nós dois. Mas ele continua em pé na porta do prédio. 

Eu não queria que ele fosse.

- Você não prefere entrar? Ariana me deu um vinho ótimo de aniversário. - Ofereço e ele pensa um pouco calado. Camila, sua idiota. Com certeza ele vai negar, quer ver um não seco sair da boca dele.

- Eu adoraria. - Ele diz depois de muito pensar. O que ele tanto pensava antes de aceitar? Me surpreendo e com sorriso se forma em meus lábios.

- Ok. - Digo me virando para abrir a porta principal do prédio com minhas chaves. - Espero que esteja em dia com a sua academia porque são nove andares de escadas. Eu teria recusado quando tive a chance.

- Me parece que você já está bem acostumada em recusar as coisas. - Ele diz e então abro a porta o deixando entrar. Peter olha para as escadas estreitas do meu prédio e logo depois para mim como se fosse uma piada. 

- As damas primeiro. - Zombo e ele revira os olhos, subindo os degraus da escada. Todos os nove andares. Eu já havia me acostumado com nove andares, o lugar onde eu morava não tinha elevador por ser muito pequeno, ou espaço era mal aproveitado.  Jacob conseguiu um apartamento um pouco mais embaixo, ele mora no quinto, mas não deixa de ser muita escadaria.

Assim que chegamos nos entreolhamos, abro a porta de madeira clara do meu apartamento e logo deixo com que Peter adentre o apartamento. Bem, não tinha nada fora do normal, meu TOC não deixava com que meus livros estivessem jogados ou que uma louça estivesse suja em cima da pia. Me chamavam de maluca por limpeza e organização, mas depois de viver por anos dentro daquele orfanato limpando as bagunças de outras garotas, isso me parecia normal.

- Uau, quanto livro. - Foi a primeira coisa que Shawn disse quando se sentou no sofá e deu uma olhada em todo o apartamento.

- É, eu gosto de ler. - Respondi colocando a minha bolsa no balcão e pegando duas taças e o vinho seco na geladeira, eu adorava aquele vinho. - É uma das minhas coisas favoritas.

- Do que mais você gosta? - Ele pergunta segurando a taça que lhe estendo. Era uma pergunta meio óbvia e conseguia ser bem difícil, eu gostava de muitas coisas, mas a minha favorita, sem dúvidas era...

-Cantar. - Respondi simples com um sorriso no rosto enchendo nossas taças. - Faz parte de mim, não me lembro muito bem, mas acho que é minha coisa favorita desde que era pequena.

- Você tem uma péssima memória. - Ele brinca e então mordo o lábio, virando o vinho na boca e logo sentindo o seu amargo.

- Quando eu era mais nova, enquanto eu e minha família viemos para Miami, eu sofri um acidente, fiquei em coma por um tempo e quando acordei minha memória havia desaparecido por completo. - Solto com um peso no coração, eu não iria chorar ali, não na frente de Peter. Vejo sua expressão se entretecer pela minha história.

-E onde está sua família agora, quero conhecer. - Ele diz enquanto encho novamente minha taça. Ele queria mesmo me ver soluçar de chorar. Não queria pensar na perda dos meus pais, mas acho que poderia ser sincera com Peter, eu até confiava nele, apesar de tudo.

- Meus pais morreram no acidente contra o tal caminhão, apenas minha irmã, que agora está na Espanha, e eu sobrevivemos. Foi um milagre termos escapado. - Explico enquanto Peter continua a me olhar fixamente, atento a toda a história. Seus olhos castanho-esverdeados agora estavam tristes.

- Ah, Camila. Eu sinto muito, eu não queria... - Ele se atrapalha com as palavras, aquilo me faz sorrir, quando ele não sabe o que dizer, me faz odiá-lo menos do que geralmente odeio.

- Está tudo bem, não se preocupe. Talvez conheça minha irmã, se ela vir me visitar algum dia, não a vejo desde o acidente. - Digo e ele parece surpreso, talvez pela minha irmã ter sido uma covarde e ter ido embora, como se não tivesse deixado nada para trás.

- Você tá me dizendo que sua irmã foi pra Espanha sem você? Por livre e espontânea vontade? - Ele pergunta o óbvio e eu reviro os olhos, logo depois assentindo.

- Minha irmã é ambiciosa. Se tornou uma mulher importante, agora é divorciada, mas ainda sim importante na Espanha. - Digo bebericando mais um pouco do meu vinho. - Mas, já falamos muito da minha tragédia, vamos falar um pouco de você, o que te trouxe a Miami?

-Minha irmã mais nova, por incrível que pareça. Precisava ficar um pouco longe de casa, aquele lugar é uma loucura. - Ele diz e fico confusa.

- Mas a nossa casa, geralmente, não é o lugar onde encontramos conforto e sossego? - Pergunto e agora foi a vez dele de virar a taça de vinho nos lábios, ele não fazia caretas como eu, parecia acostumado com bebidas.

- Eu não dou muito bem com o meu pai. Vivemos discutindo, o tempo inteiro. Sempre que estou em casa, é a mesma coisa. - Ele explica e, droga, aquilo era ruim. Toda a minha vida pensei que as pessoas tinham uma boa convivência com os pais, além de que, eles que haviam dado a vida aos filhos, obviamente. Mas, então conheci Jacob e agora Peter. Uma família realmente não é um conto de fadas como sempre pensei enquanto morava no orfanato.

- Por que vocês discutem? - Pergunto e ele suspira pesado. Aquele papo estava ficando desconfortável demais, mas eu queria conhecer mais de Peter, ser mais próxima dele e entender o porque do ego dele ser tão gigantesco.

- Ele não apoia a carreira que quero seguir, amo a música com tudo o que eu sou. Mas, bem, ele quer que eu seja como ele, e eu me recuso a ser como ele. - Ele diz e enche o copo de vinho pela terceira vez desde que começamos a falar da vida dele. - Acho que precisamos de outro vinho, ou melhor, você ou Ariana, não guardam nenhuma vodka por aqui, não? - Ele pergunta e eu não deixo de rir.

- Acho que temos alguma coisa por aqui. - Digo me levantando e indo até o armário da cozinha. Assim que me abaixo, escuto alguns passos de Peter e logo depois sua voz rouca pergunta:

- Pensei que essa camiseta estava no lixo a muito tempo. Como ela veio parar aqui? - Ele diz e logo me levanto com a garrafa em mãos. Já sentiram gosto de sangue na sua boca em um momento constrangedor, o nome disso se chama desespero. Tudo estava no lugar, menos a merda da camiseta dele. Claro que precisava ser assim, logo hoje, logo comigo. 

- Eu...E-eu posso explicar, hm...- Digo envergonhada, podia sentir minhas bochechas queimarem de vergonha. Eu precisava disso, um pouco de vergonha na cara, era sempre bom. 

- E, tem seu cheiro. - Ele diz cheirando a camiseta branca manchada de café. - Você...

- Acho melhor deixarmos a história da camiseta de lado... O que acha? Achei a vodka e acho que tenho alguns copos por aqui. - Digo me virando para a pia da cozinha, parecia quase cômico aquela situação, coisas daqueles filmes clichês de comédia-romântica que vemos na televisão ou no cinema. Por que não deixei aquela camiseta onde ele havia deixado? Eu tinha que trazer para casa e dormir com ela todas as noites.

Continuo a procura dos copos que eu  sabia exatamente onde estava, mas eu não queria olhar para Peter agora, a conversa sobre a nossa vida teria sido menos mal do que isso. Ele continuava em silêncio, daqueles que são barulhentos, minha cabeça estava a um milhão e meu coração batia tão rápido que subir as escadas era fichinha comparado a isso.

Escuto novamente os sapatos de Peter baterem contra o chão. Logo, sinto as mãos de Peter na minha cintura, algo familiar cai sobre mim, aos mãos dele se encaixavam tão bem na minha cintura, seu corpo está quente e bem próximo do meu, consigo sentir sua respiração contra a minha nuca. Toda a preocupação deixa meu corpo, dando espaço ao fogo que crescia dentro de mim, enquanto Peter se aproximava mais do meu corpo.

- Fico feliz de que minha camiseta agora tem seu cheiro. - Ele diz me virando de frente para ele, nossos olhares se conectam, nossos narizes roçam um contra o outro e nossos lábios se encontram.

Logo sinto o gosto do vinho em nossas línguas se misturarem. Peter tira a garrafa de vodka das minhas mãos e colocam sobre o balcão. Minhas mãos entrelaçam-se em seus cachos e Peter desce suas mãos até minhas coxas, me levantando e fazendo com que minhas pernas se cruzassem em volta de sua cintura. Ele aprofunda o beijo, e as coisas esquentam, o fogo que antes era quase imperceptível em mim, agora havia se espalhado, tomando proporções maiores, eu não pensava em muita coisa agora, apenas em como a língua de Peter explorava cada canto da minha boca e como eu queria deixá-lo fazer coisas sujas comigo. Tão sujas. 

Peter me leva até o balcão, ele puxa meu cabelo de leve enquanto desce seus beijos até meu pescoço, um gemido baixo escapa dos meus lábios. Ele suga minha pele e sei que aquilo me trará prejuízos mais tarde, tantos deles. Mas eu queria mais, só conseguia fantasiar as coisas ruins que eu tanto almejava de Peter. Oh Deus, onde vim parar. Eu não sei, mas Peter já tinha a cabeça enterrada no decote da minha blusa, deixando beijos no relevo dos meus seios. 

Volto a beijá-lo, dedilho os músculos de Peter por cima da sua camiseta branca de botões e imediatamente o desfaço de sua camiseta, tendo uma bela vista dos músculos de Peter, quanto tempo meus olhos estiveram longe de tamanha perfeição, por Deus, aquilo era fantástico.

Peter Michaels teve uma atenção extra de Deus. Não era possível, o corpo desse homem era um abismo de perfeição, e eu estava mais do que disposta a me jogar daquele precipício que tanto me chamava. Era a minha vez de provocar seu corpo, de saborear sua pele e ter acesso ao seu corpo, por hora, aquilo tudo era meu. Beijo seus ombros, clavícula exposta e dou uma atenção extra a seu pescoço.

- Camila... - Ele deixa um gemido escapar pelos seus lábios, aquilo me excitava, aproxima nossos corpos, eu o sentia duro entre minhas pernas, separados apenas por algumas peças de roupa.  Volta a me beijar intensamente e meu corpo responde imediatamente a ele quando suas mãos descem aos meus seios. Eu já não aguentava mais, eu queria mais, precisava mais dele.

- O que tá acontecendo aqui? Camila? - Era a voz de Ariana. Peter e eu nos afastamos, saio de cima do balcão e Ariana permanece intacta na porta, sua expressão permanecia totalmente espantada pela cena que acabava de presenciar. Ela vestia um vestido branco coberto por pequenas bolinhas pretas, usava saltos e parecia ter acabado de sair de uma festa pela bagunça que seu cabelo estava e a sua maquiagem borrada, mas não tanto quanto a minha deveria está.

- Eu posso explicar, Ari. Nós...

- Não precisa, eu vou pro meu quarto. Podem terminar o que começaram, apenas não façam muito barulho, os vizinhos são bem chatos com barulho. - Ariana dizia com um sorriso malicioso nos lábios. A vergonha de minutos atrás cai sobre mim novamente, Peter me olhava engraçado enquanto Ariana atravessava a cozinha, ainda com aquele sorriso. 

- Acho melhor você ir agora. - Digo meio sem jeito. Ariana acaba de me impedir de fazer uma grande besteira que me atormentaria pelo resto dos dias que eu vivesse convivendo com Peter Michaels. Mas era uma besteira que eu desejava tanto, que chegava a parecer certo.

- Eu também acho. - Ele diz vestindo sua camiseta branca manchada de café. 

-Essa camiseta é a errada. - Alerto e ele dá de ombros, agora abrindo um sorriso fofo, eu queria beijá-lo novamente agora, levá-lo até meu quarto e deixar com que ele fizesse um pouco de tudo comigo. 

-Eu sei, mas quero levar um pouco do seu cheiro comigo e deixar um pouco do meu com você. - Ele explica me deixando um beijo na testa antes de sair. - Tenha uma boa noite, Senhorita. - Ele diz com sua voz rouca e seu sotaque britânico pesado e então fecha a porta atrás de si, por um momento penso ir atrás dele, fazer com que ele me beijasse mais uma vez. Queria que ele tivesse ficado por mais tempo.

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