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Capítulo 79 II - Foi um prazer te conhecer

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@nia_escarlate

Olho para o Bernardo, observo ele bem, gravando na memória o que me faltava. Eu sentia que lembrava de tudo, mas era sempre diferente quando nos encontrávamos. Eu respirei fundo, olhando o céu dos seus olhos, nublados e tempestuosos. Seu maxilar travado e postura dura. Ele estava puto. E com razão.

Eu estava imóvel, como se tivesse sido pega com a mão em algo que não era meu. Ele apenas me encarou, da cabeça aos pés, automaticamente meu corpo todo ficou quente e o nervosismo sumia aos poucos. Esse era o poder dele sobre mim.

— Eu posso...

— Explicar. Claro que pode, só não sei se é algo diferente do que eu imagino — sua voz estava pesada.

— Eu ia dizer, se eu posso pedir desculpas, se você acetaria minhas desculpas...

Ele fica em silêncio, me olhando novamente. Ele suspira levanto, eu instintivamente ando para frente, mas com apenas o seu olhar de desprezo e magoa eu recuo, ficando novamente parada onde eu estava antes.

— Você pode tentar. Gostaria de ver isso — seus olhos estavam me estudando, eu relaxo os ombros.

Eu já queria fazer isso a muito tempo, mas eu preferia que olhasse em meus olhos para saber que estou mesmo arrependida de ter saído daquela maneira e deixado apenas um bilhete vago para trás.

— Eu sinto muito por ter me despedido por um bilhete. Mesmo que não acredite, eu estou mesmo arrependida de ter saído daquela maneira. Nunca fui boa em me despedi, todo mundo que prometeu voltar em minha vida simplesmente sumiu. Não queria que eu fosse uma dessas pessoas em sua vida.

— Você é uma dessas pessoas, simplesmente porque sumiu — ele se aproxima da janela que tinha ali naquela sala. — Nenhuma ligação, nem mensagem. Ficava sabendo de você pela Ananda. E a surpresa de que não voltaria em um ano também.

— Eu sinto muito...

— Só isso que tem a me dizer? Se é, melhor não dizer nada. Suas desculpas não valem de nada.

— Para mim vale, eu... não quero ficar dessa maneira, com um mar de magoa e decepção nos separando. Não estou pedindo para sermos como era, acho que agora é impossível e uma perca de tempo voltar a ser o que éramos. Mas eu peço que não me odeie.

— O problema aqui Antonella, é justamente porque eu não consigo te odiar. Seria mais fácil odiar você do que te amar.

Eu fiquei calada, eu respirei fundo fechando os olhos.

— Eu sei que desculpas vão muito além de palavras. É a maneira que eu mostro que estou arrependida que reforça e afirma minhas desculpas, e isso, agora, é impossível te mostrar. Mas quero que aceite, ou ao menos, leve em consideração.

O clima da sala estava cada vez mais pesado, eu sentia-o distante, isso me machucava ao mesmo tempo que me aliviava. Ele estava finalmente seguindo a vida dele sem mim, esse era o certo. Por que eu não o merecia. Isso já estava óbvio.

— Eu vi você indo embora, naquele dia do lago. Eu sabia que você faria algo assim, era do seu feitio. Se esquivar ou sumir quando não controla as coisas. Infelizmente, Antonella, ninguém é capaz de controlar o sentimento. É algo que acontece e cresce sem sua permissão. Não podemos controlar.

— Eu sei disso, agora eu sei disso.

— E agora é tarde demais — ele se vira para me olhar, apesar de tudo, Bernardo estava bem calmo.

— Eu também sei disso.

Novamente o silêncio me aborda, eu suspiro, chegando mais perto e me sento na cadeira a sua frente.

— Eu não posso dizer que se tivesse a chance, não faria novamente. Eu estaria mentindo e isso não é algo que eu queira fazer mais. Eu... estou constantemente mudando e isso tem me feito bem, me feito feliz, me feito... eu. A verdadeira Antonella — eu pauso quando seus olhos me encaram bem fundo, como se ele estivesse lendo a minha alma. — No restaurante, você me disse que queria ver o que tinha debaixo da minha armadura, e é isso. Uma pessoa que falha, uma pessoa que erra, que prefere se apunhalar mil vezes do que fazer quem ama sofre. Que carrega a culpa do mundo nas costas porque acha que merece, que não gosta de despedidas. Que protege à sua maneira quem ama e que se afasta, mesmo que se quebre em milhões de pedaços, só para proteger aqueles que ela não viveria sem. Essa sou eu, Bernardo. Essa é a pessoa por debaixo da armadura sexy.

Eu solto uma risada que foi acompanhada de uma lágrima quente e solitária, eu a seco rapidamente. Eu encaro minhas mãos, brincando com o anel que estava ali. Sua aproximação me faz encara-lo, ele senta ao meu lado, ainda calado, sem me olhar.

— Eu já via essa pessoa, Antonella. Mas fico feliz em saber que agora você saber qual Antonella você é.

— Está mais para qual eu prefiro ser, e é essa. A que está vivendo, sozinha, mesmo que doa.

— Não é necessário se exilar, tudo que vez ou que escolheu fazer não é um crime. Fez o que achava ser certo — Bernardo apesar de tudo ainda me tentava jogar para cima, isso só afirmava que eu não o merecia.

— Mas não era certo, você sabe que muitas escolhas que eu fiz não eram certas. Eu menti para você, fui hipócrita em relação a Sabrine, fui egoísta em relação ao Gabriel. Isso não foi nada saudável e te envolveu em tantas confusões desnecessárias.

— Fui eu quem me envolvi, Antonella. Não queira tirar isso de mim. Eu fiquei ao seu lado porque eu quis. Me envolvi, me apaixonei porque eu me permiti a isso.

Caímos novamente no silêncio, eu sabia o que deveria fazer, era o certo, mas eu temia que fosse definitivo demais para ser revertido no final.

— Não quero que me espere, não vou mais alimentar falsas esperanças — nossos olhos se encontram. — Talvez eu não volte. Martina me deu uma proposta de viajar pelo mundo por mais um ano após a formatura aqui em Paris.

— Parece bom — ele estava magoado, ele se levanta. — Aproveite a experiência.

— Espera...

— Esperar mais o que? Estou vendo que não tem espaço para nenhum tipo de relacionamento entre nós. Deveríamos nos conformar, deve doer menos.

Eu me levanto parando na sua frente. Ele estava tão próximo, bem na minha frente. Eu queria que ele ficasse no sofá, sentado, sorrindo, para que eu o desenhasse. Era tão impossível assim, nós dois acontecer?

— Não vai doer menos, Bernardo. Eu sinto muito — eu novamente encaro os seus olhos. — Vamos sair machucados, mas acho que é o necessário para vivermos nossas vidas. Separados.

Sua mão toca o meu rosto. Eu fecho os olhos, sentindo o leve carinho que é feito por sua mão grande e quente. Eu queria o beijar, ser dele ali, em outros lugares, em qualquer lugar do mundo, mas algo dentro de mim ainda dizia que eu não estava pronta. Eu tinha que seguir minha intuição mesmo que doesse. Porque doía. Doía demais.

— Você está ainda mais linda.

Eu abro meus olhos bem devagar, observando seu rosto, todo indício de raiva havia sumido, aquele ali era o Bernardo da casa do lago. Muito além de amante, ele estava ali como um companheiro, um amigo, um amor. Esse era ele, o meu amor.

— Você também está muito bonito, o tempo só te faz bem. Muito bem, a propósito.

Ele abre um sorriso, parecia que até o meu coração sorriu junto. Dessa vez eu não estava nos enganado, eu queria ele, mas não podia largar tudo. Tínhamos obstáculos, dificuldades, impossibilidade de termos algo agora. O que podíamos fazer era esperar, esperar que não fosse tarde demais quando nos encontramos novamente. Porque eu sentia que isso ia acontecer algum dia.

— Você me parece bem, acho que nunca te vi assim.

— Nem eu tinha me visto assim, eu estou mesmo bem. As sombras do passado e o monstro da minha vida não tem mais poder sobre quem eu sou. É isso que me fez e faz bem.

Ele desce os dedos até o meu pescoço, depois para sua mão em meu ombro, acariciando-o.

— É bom... te sentir assim.

Eu toco o seu rosto, sentindo com a mão toda a sua expressão. Eu percorro as linhas do seu rosto delicadamente com os dedos, sinto a curvatura do seu sorriso, a carne dos seus lábios. Depois de hoje meus desenhos seriam ainda mais intensos, porque eu sabia o que faltava neles. O meu amor por esse homem, era o que faltava.

— Eu queria que fosse diferente, mas talvez se fosse não seria tão bom esse momento — minha voz sai baixa, mas decidida.

— Também não mudaria nada que nos fez chegar aqui. Quando eu disse que meu coração era seu, eu estava dizendo a verdade. Uma parte dele sempre será seu, foi bom te conhecer. Conhecer a Antonella que você escolheu ser.

Ele se afasta, eu encaro suas costas, sua mão na maçaneta da porta. Meu coração batia descontroladamente no meu peito, eu sentia minhas pernas falharem para correr atrás dele.

— Bê...

Ele olha para trás, vira todo o corpo na minha direção. Eu fecho os olhos por segundos, sentindo que eu deveria ir até lá. Eu forço todo o meu corpo a cooperar com a minha vontade, era eu que mandava e que estava no controle. Eu, apenas dessa vez, concordava com os meus sentimentos.

Eu o abraço, sentindo todo seu corpo em minhas mãos. Em segundos suas mãos também me rodeavam. Eu afundei minha cabeça no seu peitoral, não deixando de o apertar. Sua mão acaricia a minha cabeça. O silêncio pela primeira vez nessa noite tinha ficado calmo e satisfatório.

— Espero que seja feliz com as escolhas que fez — ele diz assim que nos afastamos.

— Espero que suas decisões e escolhas também o leve para a felicidade. A sua felicidade, só isso que importa.

Ele beija a minha testa, eu sentia as lágrimas presas nos meus olhos. Eu coloco minha mão por cima da sua que estava no meu rosto. Um sorriso estava no meu rosto, quando nossos olhos se encontraram pela última vez ele também sorria.

Meu coração estava alegre, de alguma forma ele estava. Nossas mãos se enroscaram, ele deixa um beijo suave ali e abre a porta.

— Fico feliz de ter esbarrado no hospital com você — ele diz sorrindo e eu rio.

— Foi um prazer brigar com você por meses.

Ele me abre um sorriso de canto colocando as mãos na calça, e anda pelo corredor despreocupado. Eu o observo até que seu corpo suma dali e eu ando na direção contraia, indo de volta para o salão novamente.

— Está tudo bem? — os olhos de todos eles me observavam, eu abro um sorriso genuíno.

— Nunca esteve tão bem.

Uma taça é colocada em minha mão e naquela noite brindamos a felicidade.

A felicidade e o amor próprio.  

Não revisado. 

Antonella tomou a decisão certa? Comenta aqui. 

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