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Capítulo 61 II - Saiba a hora certa

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@nia_escarlate

Eu já conseguia imaginar o que Bernardo queria conversar. Talvez fosse sobre nós ou talvez Valentina já o ligou e ele está aqui para me impedir, ou ao menos tentar. Do mesmo jeito, independentemente de qual assunto era, eu estava nervosa demais, o que era estranho.

Era raro eu ficar nervosa com Bernardo. Sua presença me relaxava, em todos os sentidos, mas conforme fomos andando até a cafeteria que ele queria, vi que seu rosto ficava mais sério conforme andávamos.

Ele estava apreensivo e também nervoso e seu silêncio me deixava cada vez mais nervosa. Quando chegamos no estabelecimento ele abre a porta para que eu entre, não deixo de sorrir com sua gentileza e entro no lugar.

O espaço era moderno, com cores neutras nas paredes, alguns quadros relacionados a café. Bernardo está atrás de mim, me guiando para a mesa mais reservada do local. A mesa de madeira com um vidro especial no meio é bem bonita. Bernardo puxa a cadeira com estofado marrom para que eu me sente.

Eu sorri para ele agradecendo e esperei que ele se sentasse na cadeira a minha frente. Eu ainda estava nervosa com o assunto que ele queria falar, eu não queria pensar nisso agora, não precisava pensar, afinal já tínhamos terminado tantas vezes que isso já estava enraizado em minha mente, me punindo talvez por estragar tudo.

— Se veio aqui falar sobre a empresa, minha resposta continua sendo não. Não irei voltar. — Eu digo apressadamente fazendo com que ele possivelmente desistisse disso.

— Não sei do que está falando. — Ele pontua e chama o garçom que rapidamente vem nos atender. — Um frapê de café com chantilly, um café duplo e uma água. — O jovem atendente anota tudo com atenção e diz que os pedidos ficaram prontos em poucos minutos.

— Como você sabia que eu gostava de frapê com chantilly?

— Não sabia. — Ele diz devagar e encara os meus olhos. — Provei uma vez o daqui e gostei...

— Você disse que seria breve, então pode começar.

— Gentil como sempre.

Eu abro um sorriso para ele e apoio minha cabeça em minha mão, com o pulso virado para fora. Eu encarei seu rosto, Bernardo era bonito, um homem muito bonito. Seus lábios eram finos e rosados, seu nariz era fino e arredondado na ponta. Sua barba por fazer deixa-o atraente, e com um rosto mais maduro.

Eu consegui ver a beleza posterior dele, mas também sabia que ele era um homem gentil, meio rude as vezes e péssimo com as palavras, as vezes parecia um homem das cavernas, mas tinha um bom coração.

Eu vejo sua expressão serena e tranquila mudar, eu tiro a mão que estava apoiando minha cabeça e conserto a postura.

— O que foi? — Eu pergunto quando seus olhos estão longes. — Bernardo...

— Seu pulso... Eu acho que nunca o tinha reparado. — Ele diz com a voz baixa. — Sinto que nunca tinha reparado em você.

Eu coloco a mão no pulso instintivamente e o coloco sobre o meu colo. Eu fiquei desconfortável. Eu olho para o quadro que tem perto de onde Bernardo estava, para desviar a atenção.

Isso nunca me incomodou na verdade, mas eu cobria com maquiagem sempre. Hoje acordei tão desnorteada e feliz que esqueci. Como eu simplesmente esqueci disso?

— Eu lembro que te perguntei da tatuagem na virilha, a flor negra, — Bernardo começa a falar, mas eu me recuso a olha-lo. — Você disse que era em forma de luto, eu não entendi no dia, mas desde a conversa no hotel eu fiquei repassando todos os nossos encontros e sabe o que eu descobrir? — Ele pausa, mas não queria que eu respondesse. — Que não sei nada sobre você. Do seu passado, enquanto você sabe tudo sobre mim...

— Bernardo! — Eu o corto, encarando seus olhos azuis. — Eu não gosto de falar muito sobre mim, minha história não é nenhum pouco bonita, ela espanta. Ela choca as pessoas e as deixam desconfortável, igualmente eu estou agora. — Eu digo a ele e encaro o meu pulso e olho para cima.

Droga, eu estava prestes a chorar.

— Veio aqui, nesse café para me perguntar sobre o meu passado? — Eu pergunto a ele, abrindo um sorriso falso, o mais falso que eu conseguia dar naquele momento.

Ele não diz nada, e quando ia dizer algo o jovem garçom coloca as bebidas na nossa frente. Eu pego a minha, bebendo um pouco para disfarçar e saborear.

— Eu quero você. — Ele diz e eu entalo com as gotas de chocolate que estavam em cima do chantilly.

Eu respiro fundo engolindo a gota de chocolate que parece que era um elefante. Minha garganta fica bem irritada e eu bebo um pouco da água, sentindo que meu rosto todo ficou vermelho. Não só porque parecia que tinha engolido algo maior do que realmente era e sim pelo o que ele disse.

— O que... — Minha voz sai falhada e eu ainda sinto a minha garganta doer. — Do que você está falando.

— Eu disse que eu quero você.

Eu encaro seus olhos que me olhavam fixamente, me avaliando. Eu toso, segurando o guardanapo na frente da boca.

— Eu sou teimoso e prepotente demais para aceitar que não vamos ficar juntos, — Ele começa dizendo e eu não deixo de encarar seus olhos. — Não sem tentarmos de verdade.

— O que esse seu tentar de verdade significa?

— Encontros. — Ele diz e eu bebo a água sentindo que deveria fugir dessa conversa antes que ela ficasse tentadora demais. — Eu quero ter encontros com você, te conhecer melhor. Saber seus medos, suas conquistas, seu passado, sobre sua família...

— Nossa família. — Eu o corrijo e ele solta uma risadinha.

— Começamos como um simples caso, apenas uma transa sem pretensão de envolvimento. Sem pensar em depois.

— E foi bem gostoso assim. — Eu assumo para ele que não deixa de encarar os meus olhos.

— Foi sim, mas eu te disse na casa do lago, eu não quero apenas sexo. Não com você. — Ele diz e beberica um pouco do seu café. — Eu já ouvi o seu lado, já ouvi adeus, até logo, até um dia qualquer, mas nenhum deles nos separou por muito tempo. Sempre caminhávamos um para o outro...

— Isso é coisa de livro de romance, Bernardo. — Eu digo rindo me apoiando na mesa com meus braços. — Cá entre nós, você não faz o tipo romântico. Você é aquele cara que fode tão gostoso que é difícil achar alguma mulher que se enquadre no seu padrão.

— Mas sou eu quem escolhe, não é? — Ele me pergunta e eu fico calada. — O problema das mulheres é achar que o cara que fode bem não pode te levar para um bom jantar, te trazer flores, te elogiar mesmo que esteja descabelada. Eu sou romântico, Antonella. — Ele diz e eu rio.

— Acredito em você.

— Não quero que acredite, eu quero que veja. Porque eu vou te mostrar.

Bernardo estava determinado a algo, ele realmente queria alguma coisa, nunca o vi tão determinado antes.

— Eu já aceitei tudo o que as outras pessoas me disseram. — Ele diz e eu encaro os seus olhos, tentando enxergar através deles. — Eu fiz tudo o que você quis, já fiz tudo o que eu achava que era certo, mas eu preciso fazer algo sobre o que estou sentindo.

— Sobre o que está sentindo...

— Eu gosto de você. Eu quero você. Não é mais porque eu preciso de você, não são mais minhas emoções exteriores ou só porque não quero ficar sozinho. Eu não sei explicar, mas eu sinto que gosto de você de uma maneira diferente.

Eu estava de queixo caído e sem palavras. Bernardo estava falando sobre seus sentimentos. Não havia malícia em sua voz, ou desejo, nada com o teor sexual e isso me deixava sem palavras.

— Eu não conseguia mais ficar na minha cama, muito menos dormir lá. Sempre que eu a olhava eu lembrava de você, dos seus olhos, de como você dorme tranquilamente sempre na ponta esquerda. De como seus cabelos ficam avermelhados quando o raio de sol bate neles. — Ele pausa e abre um sorriso. — De como sua voz é rouca e sonolenta quando acorda...

— Eu achei que ia falar de como gemíamos naquela cama. — Eu digo rude, eu sabia que estava querendo que o velho Bernardo voltasse porque com ele eu sabia lidar, com esse eu não sei.

Esse é o Bernardo na casa do lago... Eu não sei lidar com ele.

— Eu sonhava com muitas coisas, mas quando eu fecho os olhos tudo o que eu vejo é o seu sorriso. — Ele diz e eu olho para o lado, aquelas palavras eram desajeitadas, mas estavam me deixando vermelha. — Lembro do seu sorriso quando disse que milkshake de baunilha não tem graça.

— Porque não tem!

— Esse sorriso aí mesmo. — Ele diz e eu encaro os seus olhos desfazendo o sorriso.

— Você está me deixando sem graça.

— Só quero que veja, ou lembre que nem tudo com a gente se resume a sexo. Não somos só isso, — Ele diz colocando a mão por cima da mesa, aberta em minha direção. — Tivemos momentos, poucos, mas tivemos. Mas sabe por que todos dizem que somos só sexo?

Eu queria responder, mas as palavras não saiam. Eu coloco a mão por cima da sua, sentindo um calorzinho diferente ao tocar em sua pele. Eu encaro os seus olhos brilhantes e sorriso boba.

— Porque ninguém além de nós viu.

Meu sorriso se alargou e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas. Parecia que algo dentro de mim estava borbulhando, era estranho demais. Eu encarei mais Bernardo, eu não consegui desviar os olhos dos dele.

— Ninguém precisa saber do que vivemos além de nós. — Ele diz e eu concordo rapidamente com a cabeça. — Isso não é sobre eles, isso é sobre nós. Eu quero mesmo tentar algo com você, Antonella. Não consigo dormir sentindo que podia ter feito mais por nós, por você...

— Eu estou sem palavras, não sei o que dizer.

— Não diga nada, — Ele diz acariciando minha mão. — Eu quero você, — Eu encaro seus olhos brilhando, suspirando com algum sentimento novo, que eu nunca senti antes. — Só diga sim. Só diga isso, Anne.

Eu paro, sinto minha cabeça dando voltas e voltas, mas a única coisa clara é que eu quero tentar isso.

— Sim. — Eu digo a ele sorrindo.

O Bernardo me encara por um breve momento, também sorrindo. Mas ele suspira e se levanta. Meus olhos curiosos não abandonam o seu rosto, ele chama o garçom enquanto abre a carteira.

— Onde vai?

— Eu disse que seria breve. — Ele diz sem me encarar.

— Você diz que me quer, que quer encontros e agora está indo embora!?

Ele bebe o café restante na sua xícara, e eu o encaro sem entender, isso é serio?

Ele deposita uma nota generosa em cima da mesa. Fecha a carteira colocando no bolso interno do seu paletó, ele está mesmo indo embora. Meu queixo cai, tenho certeza que estou de boca aberta.

— Mas...

— Eu disse que seria só um café. — Ele diz olhando as horas no seu relógio prata.

Ele acha mesmo que eu sou aquelas mulheres que gostam de ser ignoradas? Ele está muito enganado, não é ele quem controla. Eu não...

Ele sai depois que o garçom chega, ele tinha dito algo, mas eu estava tão chocada que não escutei.

— E o encontro? — Eu grito para ele, mas ele já tinha atravessado a porta.

Todos do restaurante me encaram e eu sinto o meu rosto queimar, eu forço um sorriso e fico ali sentada, tentando entender o que foi que acabou de acontecer.

Ele está mesmo fazendo esse joguinho comigo? Quem ele...

— Eu vou te ligar, — Eu prendo minha respiração. — E te convidar para sair, — Sua voz baixa e rouca no meu ouvido me arrepia inteira. — Espero mesmo que atenda.

Eu me viro para encara-lo, e ele sorrir com os olhos e sai. Meu queixo está agora completamente no chão.

— Quando vai me ligar...

Ele não diz nada, apenas sorrir e anda até a saída despreocupado. Eu continuo olhando até que ele cruze a porta de saída e eu fecho os olhos respirando fundo.

Eu me obrigo a levantar, ficando segura sob os meus saltos, eu continuo com a boca aberta, sem consegui a fechar por tudo como se desenvolveu.

Eu saio da cafeteria, pensando quando é que eu fiquei sem palavras. Quando foi que Bernardo achou o meu ponto fraco? Isso é um ponto fraco? Eu tenho algo assim?

Eu faço sinal pro táxi que para a minha frente, eu abro a porta, mas antes de entrar meu celular toca. Minhas mãos começam a soar só na esperança de ser ele.

Eu procuro rapidamente o meu celular, e quando eu leio o seu nome um sorriso ansioso abre em meu rosto e eu atendo rapidamente.

— Está disponível para um jantar?

— Quando?

— Passo na sua casa amanhã as seis.

Ele desliga, e eu suspiro abrindo um sorriso ainda maior e seguro a porta do taxi com força sentindo algo dentro de mim borbulhar.

— Moça, vai iniciar a corrida?

— Claro, vou sim.

Eu entro no táxi, encarando o nome e o número do Bernardo sentindo um nervosismo correr pelas minhas veias desesperadamente. Não deixando o sorriso em meu rosto desaparecer e nem minhas mãos de soarem.

Jantar. Amanhã as seis com o Bernardo.

Uau.

Quando foi que isso aconteceu?

Não revisado.

Continua...

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