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Capítulo 6 - Minha luz é ela

Entro no meu apartamento, Ananda ainda está na empresa e eu me sinto muito sozinha aqui sem ela. Vou até meu quarto tirando a blusa do Bernardo que carrega seu cheiro tão característico.

Não devia está pensando nele, mas desde que ele fez o que fez na cozinha eu não consigo. Tô tentando porém não consigo. Tem algo nele que me arrepia demais, me descontrola e me arranca do controle. Eu não gosto disso, do efeito que ele tem sobre mim porque é perigoso demais.

Mas bater no Alfred me fez relaxar, eu não gosto de violência, nunca gostei e a situação só piorou depois das agressões de Fábio. Não consigo entender o que leva ele a me bater e do nada da um estalo que o fazia para, olhava em meus olhos e saia, mas a raiva não o abandonava e aumentava cada vez mais quando ele me via.

Visto uma saia jeans, um sutiã branco, uma blusa de tule por cima e um salto preto. Deixo o meu cabelo solto e pego minha bolsa, antes de ir no shopping comprar roupas para o primeiro dia de trabalho como ceo preciso visita-la.

Pego as chaves do carro e saio de casa, descendo até o estacionamento e segundos depois entrando no meu carro. Sigo para o lugar onde Antônia foi enterrada. Me dói pensar que antes esse era o lugar que eu mais ficava depois que ela morreu. Por incrível que pareça, eu me sentia tão confortável, tagarelando  sobre tudo o que tinha acontecido em minha vida após a sua ida.

Depois de chegar no cemitério, e passar pela recepção, vou caminhando até onde seu corpo foi enterrado. O caminho está gravado em minha mente, e isso também me entristece.

O caminho de flores que pago pra colocarem toda semana está ali lindo, bem parecido com o jardim que ela tanto amava. Eu sento na grama recém aparada em frente à lápide de Antônia Alencastro. Passo a mão por ela, já se passaram dez anos e parece que esse cenário deprimente ainda não passou.

— Oi mãe, vim te visitar. Sei que você não está aqui, mas é o único lugar que eu posso conversar com você e não me acharem uma completa maluca. — Eu digo rindo e seco as lágrimas quentes que descem sem permissão.

— Está tão complicado desde que a senhora se foi. Eu já disse que te perdoei por ir, por me deixar pra trás sei que não foi sua escolha. — Eu digo e suspiro fundo.

— Fábio ainda está preso, a pena acaba  daqui a cinco anos. Isso me apavora um pouco, porém ele não sabe onde eu moro, e nem com quem eu falo ou ando, isso é a única coisa que me tranquiliza desde que ele foi preso. Valentina foi um anjo que a senhora mandou em minha vida e eu agradeço do fundo do coração por ela ter entrado e mudado tudo. Sei que ela é controladora, maluca, mente mais que respira porém eu a amo muito. Porque eu sinto que ela é a minha mãe, não se ofenda, eu ainda te amo tanto que dói e você sempre será minha mãe. — Eu digo secando minhas lágrimas.

Olho para o lado e vejo uma família se despedindo de alguém. Choro, tristeza, saudades é o que sinto vindo dali e daqui também. Olho para a lápide a minha frente e sorrio.

— Achei pouco a pena do Fábio, porém foi o que consegui provar. Treze anos dentro daquele presídio foi pouco pelo que ele fez comigo. Me culpo até hoje por ter fechado os olhos Mãe! Me culpo por não te visto ele te empurando. Eu sei que foi ele que te empurrou, ele que te matou, e sinto que ele me bate por isso. Por ser a única que não acredita que a senhora escorregou em meio às coisas que estavam no chão e bateu a cabeça. — Eu digo fechando minhas mãos em punhos com tanta raiva que eu sinto dele e do que aconteceu com ela.

— A senhora sempre foi tão cuidadosa com tudo. Não escorregaria em nada, não cairia e bateria a cabeça. Devia ter percebido seus machucados antes, devia te coligado tudo que o Fábio tinha feito a senhora e obriga-la a ir denunciar... Eu mesma devia ter denunciado ele quando me agrediu pela primeira vez porém fui fraca demais, achava que merecia e que só assim eu ia encontrar a senhora, mas o canalha sempre parava quando eu estava quase me entregando pra morrer. — Eu digo olhando pro lado e forço os lábios um contra o outro pra não soltar um grito desesperado.

— Até hoje eu não acredito que você o amou. Como conseguiu amar um monstro como ele. COMO ANTÔNIA! COMO VOCÊ AMOU AQUELE VERME? — Eu me levanto e passo a mão pelo cabelo nervosa e com muita raiva.

— Você me disse pela primeira vez quando eu perguntei pra você sobre ele, sobre vocês e você virou pra mim com a cara mais boba de apaixonada e disse: " Se faz sentir, faz sentido". Eu tatooei isso no meu corpo, por cima da cicatriz que ele deixou em mim no dia que quase me matou pra valer, quando eu não queria mais desistir da minha vida, quando eu amei alguém de verdade. Sabe porquê Antônia? Por que eu pensei que o homem amoroso que você amou podia ainda está nele, tentei apagar de todas as formas o pai agressor que eu tenho, porém eu não consegui, eu não consigo esquecer e nem o perdoar. — Eu digo revoltada, meu peito queima e eu fico sufocada.

— Eu sei o que ia falar agora. Que perdoar liberta a alma, porém minha alma está com você aonde é que você esteja. Só tem um corpo oco aqui, não tenho mais nada. — Eu digo e coloco as mãos na boca e tampo os soluços que vem com toda a força junto com as lágrimas.

Eu me jogo no chão, minha cabeça repousa na grama e inalo o cheio das flores. Me lembro dela, do sorriso verdadeiro dela cuidando das flores. Sorrio por isso acalmar meu coração, encaro o céu nublado, pesado e que mostra que vai chover e muito. Sento na grama e olho a lápide novamente.

— Viu não falei mal dele em sua presença. Na verdade desde que ele foi preso eu não falo mais sobre ele. Digo que meu pai morreu, as vezes digo que nunca o conheci. Sabe... É mais fácil inventar desculpas do que encarar a verdade. — Eu digo suspirando e junto minhas mãos e fico brincando com os dedos.

— Sei que você não pode me responder. Mas o que acha de Bernardo? Ele parece muito com Fábio e isso me assusta, eu tento disfarça, sendo do meu jeito, intensa demais, porém sei que ele percebeu que eu me assusto com aproximação inesperada dele. Aquilo me faz reviver quando Fábio chegava bêbado e me batia. Ele era sempre silencioso, dava-lhe uma de pai amoroso e sentimental e depois virava um monstro e me agredia. — Eu digo e separo minhas mãos, me sinto exausta só de lembrar dessas coisas.

— Hoje Bernardo foi tão gentil, tão carinhoso... ele foi tão você. Calmo, não me julgou, não perguntou nada depois da minha crise. Pode parecer muito idiota, mas quando ele me abraça eu sinto aquela coisa... boa. É igualzinho quando eu abraço Valentina, me sinto acolhida em um colo de mãe, no caso dele, de alguém que pode me proteger. É bem idiota pensar assim, por que eu o odeio total. — Eu digo rindo e seco minhas lágrimas.

— Eu sei que eu te conto tudo o que já aconteceu e acontece na minha vida. Desde o primeiro beijo, desde a primeira transa, desde tudo mãe. Você ainda é minha melhor amiga, eu te amo tanto... tanto... tanto...

Olho para trás, sinto como se tivesse sendo vigiada. Me levanto rápido, um desespero correr por toda a minha espinha junto com o vento gelado. Olho novamente pra lápide da minha mãe e sorrio tentando me distrair.

— Eu briguei recentemente com a Valentina. Eu estava chateada demais, era o seu aniversário 48 anos. Eu lembrei de todos os seus aniversários que eu ficava no Jardim com você, depois ficávamos assistindo filmes e comendo bolo com café. Fábio começou a estragar esse dia também, porém antes era lindo demais passar esse tempo só nós duas. Bernardo me falou coisas que me fez desconfiar dela, eu tenho esse direito né? Então por que me sinto tão culpada por desconfiar da pessoa que mais me ajudou nesse mundo? Me mostra uma maneira de não a magoar mais, ficaria perdida novamente sem ela. — Eu digo e aliso a lápide.

Levo minha mão aos lábios sentindo as últimas lágrimas descerem dos meus olhos e deixo um beijo terno ali e direciono a mão até a lápide.

— É sempre bom conversar com a senhora. Eu explodo no começo, de raiva, porém depois eu termino amando cada vez mais você. Você sabe que eu, Ella Ramírez, sua menininha que ama seu nome de solteira sou uma pessoa intensa até demais. Queria entender de onde tirei esse jeito tão louco de ver e viver a vida. Prometo que da próxima vez eu te trago um buquê de rosas vermelhas que são suas flores favoritas. — Me levanto pegando minha bolsa.

Não sinto que estou mais sendo observada o que é estranho. Olho para todos os lados e não tem mais ninguém aqui. Lembro-me do dia em que o diagnóstico da minha mãe saiu, e aquela injustiça aconteceu.

Dez anos atrás...

— Anne pare de andar assim. Fique sentada e quieta. — Fábio diz porém eu nem o encaro.

Estou me sentindo tão mal. Sem chão, sem esperança, sem vida. Minhas mãos ainda tremem, as imagens da minha mãe morta em meus braços vem toda hora em minha mente e eu não consigo controlar o sentimento tão pesado e triste que saiem em forma de lágrimas, com o objetivo de me afundar na tristeza.

— Estou falando com você Antonella. — Ele diz segurando firme o meu braço.

— Você vai me soltar agora seu assassino! Eu vou gritar aqui e você vai ser preso por te matado a minha mãe. — Eu grito e ele me puxa pra senta no banco azul de plástico da sala de espera que está vazia.

— Escuta aqui menina eu amava... Eu ainda amo a Antônia. Amo ela desde que me considero um homem, fui tudo pra ela desde sempre, ela foi tudo pra mim... ela é tudo pra mim. Eu nunca a machucaria...

— Mas a machucou! A agrediu e eu sei que não é de hoje que essa sua atitude vem mudando. O que aconteceu com você Fábio? O que te fez se transformar nesse cara horrível? — Eu pergunto olhando em seus olhos idênticos aos meus.

— Sr. Alencastro? — O médico que nos atendeu antes o chama e ele me larga se levantando.

Eu aliso a região onde ele apertou. Sinto que vai ficar vermelho, porém a única coisa que me importa agora é que ele vá preso por matar a minha mãe! Me levanto ficando ao lado dos dois, preciso ouvir cada palavra que o médico diz, por que se Fábio tentar fugir eu mesmo corro atrás dele.

— Entrem na minha sala. É um lugar mais calmo pra conversar. — O Doutor diz e abre a porta pra passarmos.

Não reparo muito na sala, nunca gostei de hospitais e muito menos nessa circunstância onde estamos no lugar onde cadáveres ficam.

— Quero saber o que houve com a minha mãe! — Eu digo sem me sentar e Fábio me repreende apenas me olhando porém eu o ignoro.

— Você deve ser a Antonella. Filha de Antônia. — Ele diz porém eu não me finjo de simpática.

Só eu nessa droga de sala que veio saber sobre Antônia? Só eu que me importo com o que aconteceu com a minha mãe. Ainda me sinto sonolenta por causa do sedativo que me deram. Eu passei o final da noite e a manhã todinha dormindo, foi agonizante demais porque eu presenciei mais de 10 vezes a morte da minha mãe.

— Doutor... diga o que houve com a minha mulher? — Fábio pergunta.

— Recebemos esse laudo médico hoje. Antônia sofreu um traumatismo craniano e morreu na hora devido a uma queda. — O Doutor diz e eu fico chocada.

— Devido a uma queda? — Eu pergunto rindo de nervoso.

— Ela escorregou. Perdeu o equilíbrio após pisar em uma garrafa quebrada de plástico que estava com água. Ela pisou, escorregou e caiu de cabeça na ponta do balcão e acabou morrendo. Sinto muito. — Ele diz.

As palavras dele me torturam, ele falando tão calmo do jeito que minha mãe morreu me dói.

— Isso é mentira! — Eu grito.

— Antonella...

— Você a matou! Você a matou! — Eu digo e o médico me olha.

— Você viu Antonella? Viu Fábio empurrando Antônia e ela batendo a cabeça no balcão? — O Doutor pergunta.

— Eu não vi... estava de olhos fechados.

— Não sei porquê ainda me acusa disso, Anne. — Fábio diz com o semblante preocupado.

— Eu te acuso porque você a matou! Vou te acusar pra sempre até conseguir provar que você a matou. Seu monstro! — Eu digo e Fábio se levanta derrubando a cadeira e eu me encolho de medo.

— Agora já chega Antonella! Você não pode me acusar de matar a mulher da minha vida! Eu sei que é doloroso perde-la, mas vamos se ajudar, vamos cuidar um do outro como pai e filha. — Ele diz abrindo os braços pedindo um abraço.

Eu olho para ele a minha frente, ajoelhado. O Doutor está comovido porém Fábio não me desce mais. Me aproximo dele e aceito o seu abraço e digo em seu ouvido:

— Você deixou de ser meu pai quando virou alcoólatra, quando bateu nela, quando não a deu um relacionamento amoroso e agora quando a matou. Pra mim Fábio o meu pai morreu! Pra mim você está morto. Só não falo que está  junto com ela porque ela está no céu e você vai queimar no fogo do inferno.

Eu me separo dele e sorrio. Seco minhas lágrimas e saio da sala com o meu coração na mão.

Eu odeio ele por te tirado a melhor parte de nós! Ele nós tirou a Antônia, ele me tirou a minha mãe, porquê ela era a minha luz.

➶➶➶➶➶

Atualmente...

Meu celular vibra na minha bolsa. Eu coloco a garrafa de água em cima do carro e abro a bolsa a procura do maldito celular. Quando olho no visor suspiro porém sorrio.

— Oi.

— Por que não está mais na casa de Valentina?

— Boa tarde Ananda.

— Me responde Anne!

— Eu precisava ficar longe de Bernardo. Ele está sendo... irritante demais. — Eu digo. Mas na verdade queria dizer que ele estava me irritando por ser fofo demais.

— Está onde agora?

— Em casa...

— O porteiro disse que você saiu tem mais de uma hora.

— Você devia ser detetive e não trabalhar como secretária pessoal em uma empresa de joias. — Eu digo rindo.

— Não estou brincando. Onde você está?

— Eu vim ao... psicólogo tá legal. Precisava desabafar com alguém que me entendesse — Eu minto, de certa forma Antônia foi minha psicóloga hoje.

— Espero que não esteja mentindo. Está bebendo não né?

— Estou bebendo água.

— Água que rasga a garganta ou água mineral?

— Água mineral, se quiser te mando até uma foto.

— Sabe que fico preocupada quando você some... Não quero que nada lhe aconteça de novo...

— Okay Ananda. Mãezona do meu coração. Preciso ir, tenho que passar no shopping e comprar uma roupa pra trabalhar amanhã.

— Que impressionar o seu chefe?

— Queria que ele não fosse o meu chefe... E desde quando eu me arrumo pra homem? Jamais!

— Sei... Volta pra casa já estou quase saindo da casa dos meus pais.

— Como eles estão?

— Quando chegar em casa eu te conto. Te amo muito. Beijos.

— Beijos.

Jogo o celular na bolsa após encerra a ligação. Pego a garrafa de água e bebo mais um pouco do líquido transparente que refrescou minha garganta e devolveu minha voz ao normal que estava embargada por causa do choro.

Entro no carro dando partida para o shopping. Algo que vai me relaxar por completo é fazer compras. Sexo também resolveria, mas por enquanto isso vai ajudar.

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@nia_escarlate

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