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Capitulo 53 II - Eu quero ser saudável

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@niaescarlate

Eu fecho a porta com as mãos trêmulas. Meu coração está agitado dentro do meu peito, parece que minha carne vai se rasgar e ele vai pular para fora. Eu me agacho ali, sentindo e lembrando de todas as palavras que me machucam.

Porque está doendo tanto. Porque todo o meu corpo treme como se eu precisasse ir atrás dele. Eu seguro firme o tecido do meu robe e tento respirar, sugando todo ar a minha volta.

Eu abro a porta. Olho para os dois lados, tentando vê-lo, tentando encontra-lo novamente. Não é assim que as coisas tem que terminar. Eu corro, corro na direção onde o meu coração manda, mas tudo o que encontro são os olhos dela.

Eu ando para trás, e sinto a parede fria. Eu me agacho, sentindo as costas arrastarem pela parede e me sento no chão. Sinto como se meu coração estivesse sangrando demais para continuar batendo.

— Por que está doendo tanto, Jane! — Eu pergunto a ela, olhando em seu direção.

Ela se abaixa na minha frente, passando a mão no meu joelho descoberto. Seus olhos estão me avaliando, e eu não gosto disso. A tristeza transborda pelo meu coração, mas algo a substutui rápido quando eu lembro dos conselhos que ela me deu.

Eu me levanto, ficando na sua altura, ela me encara com o olhar doce enquanto os meus dançam na fúria.

— Eu fiz tudo o que disse! E está doendo...

— Você fez o certo, Ella...

— Então porque dói! — Eu grito e ela tenta tocar o meu braço, mas eu me afasto dela. — Você me disse para parar de ser egoísta, que eu não o amava, que era tudo carnal... Mas está doendo pra caralho! Eu nunca senti isso, nunca!

— Porque você nunca tinha feito isso, Antonella. — Ela diz se aproximando, mas eu recuo novamente. — Você nunca deu adeus a ninguém.

— Eu já tinha terminado minhas questões carnais com outras pessoas e minha única preocupação no final do dia era qual era a próxima foda! — Eu grito para ela, não me importando que estamos no meio do corredor. — Porque está doendo!? Porque eu sinto que meu coração está apertado, sendo esmagado, pisoteado e simplesmente indo embora do meu peito! Em me diz...

— Você precisa se acalmar, Ella.

— Me acalmar para que? — Eu pergunto a ela secando as lágrimas com força do meu rosto. — Acho que dessa vez, doutora, você não estava certa! — Eu digo dando as costas para ela, indo para o quarto.

Ainda consigo escutar os seus saltos baterem rápido no piso. Eu tento fechar a porta, mas não quero brigar agora com Jane. Eu a deixo entrar, e vou em direção a janela, a abrindo.

— Ella...

— PORRA! Eu fiz tudo certo! — Eu grito passando a mão forte pelo meu peito que doi enquanto as lágrimas caíem sem serem impedidas. — EU FIZ O CERTO E ESTÁ DOENDO PRA CARALHO, JANE! — Eu digo me virando para olha-la, ela encara os seus saltos respirando e me encara.

— Deixar de ser algo que sempre foi, dói mesmo, Antonella. — Ela diz com cautela. — Você sempre foi egoísta, abrir mão de Bernardo foi o certo e essa dor vai passar...

— Estou sufocada. — Eu digo colocando as mãos no meu pescoço. — Não consigo respirar. — Eu me sento ali, em frente a janela, tentando respirar o ar que entra por ela, mas meus pulmões não o aceitam.

— Você está tendo uma crise, Antonella! — Jane diz me puxando para olha-la. — Você tem que querer respirar...

Pra que? Pra quer respirar. Eu não tenho mais nada. Fui uma puta egoísta a vida toda e a única vez que eu escolho não ser me quebra. Jane me sacode pelos ombros, eu vejo desespero em seu olhar e culpa.

Ela está se sentindo culpada. Eu não consegui entender o porquê. Talvez meus olhos estejam vazios demais, iguais a minha alma. Ela nem sempre foi vazia, ela nem sempre foi escura e amarga. Quando foi que ela se transformou em um monstro? Quando foi que eu deixei que ela virasse um monstro?

— ANTONELLA!

A voz da Jane começa a ficar longe. Eu sinto todas as veias do meu corpo pararem. Eu já senti isso antes. Ela fala algo, mas eu simplesmente não consigo ouvir, parece que tudo a minha volta ficou escuro.

Essa é a pior crise que eu já tive.

Não imaginava que coração partido me deixaria assim, porque o amor é uma bobagem. Eu nunca vi o amor. O que é esse sentimento que fazem as pessoas pularem de prédio porque não os tem mais?

Porque está doendo tanto?

Afinal, eu não o amava.

Eu nunca vi amor em meus pais. Desde pequena eu ouvi as brigas deles, mas no final, eles sempre vinham me abraçar e me beijar. Eu era a ponte do amor deles. Quando foi que toda esse amor sumiu? Ou será que ele nunca existiu antes? Éramos tudo fingimento? Uma farsa?

Eu lembro quando o Fábio me ensinou a andar de bicicleta, lembro-me do desespero em seu rosto quando eu cai e ralei o joelho. Quando foi que esse amor sumiu? Ou isso tudo era fingimento dele?

Lembro quando minha mãe reagia às novelas que assistia. Ela chorava, ela ria, ela ficava surpresa, ela fica animada e ansiosa. Tudo isso também eram sentimentos falsos? Ou aquelas cenas que provocavam alguma reação nela, que eram forçadas por pessoas que talvez nem sentiam o mesmo, era verdadeira?

Porque eu nunca vi o amor?

Eu não o mereço?

Acho que não.

O que aconteceu comigo para desacreditar tanto nesse sentimento. Eu me baseei nas pessoas erradas? Antônia e Fábio não eram o exemplo de casal perfeito, mas eles se amavam. Ou aquilo não era amor? Se não, o que era?

O que mantinha Antônia presa ao Fábio após todas as agressões? Qual é o sentimento que se sustenta através da humilhação, das surras, do desrespeito e do desprezo?

— Ella? — Sinto os braços de Gabriel me envolverem.

Ele me puxa para o seu corpo, e me balança devagar.

— Eu estou aqui, Ella...

Eu o quero aqui? Logo após eu e o Bernardo terminarmos tudo? É errado eu o querer afasta-lo justo quando eu preciso de seus braços? Devo ser honesta com ele, ou comigo?

Você é forte...

A voz de Bernardo sooa em minha mente. Eu consigo senti sua testa colada a minha ainda. Consigo senti todo o seu sentimento. Eu deveria te dito até logo, e não adeus. Porque quando eu estiver melhor... Eu vou lutar por ele.

Isso é egoísmo meu?

Eu o amo?

Eu cheguei a ama-lo?

Todos a minha volta dizem que não. Mas porque dói então?

Eu vejo e acredito em sua força, foi o que ele me disse. Isso deixa o meu coração tão quente. Porque isso está se tornando tão importante para mim?

Acho que ele foi a única pessoa que desde o começo me disse que eu era forte. É que via a minha força, sem ao menos conhecer os meus demônios. E sua opinião, o seu jeito, o seu carinho, sua forma de cuidar não mudou. Seu olhar não mudou. Ele continuou o mesmo diante de tudo que lhe foi apresentado.

Ele esteve lá. Ao meu lado. Então, era isso que ele ia me dizer? Então é isso que é o amor?

Ele me ama?

Era isso que ele ia me dizer? Que me amava? Acho que não era isso que eu precisava ouvir. Eu acredito em você, seriam suas palavras. Eu acredito em sua força, era os seus pensamentos. Eu confio no seu potencial eram os seus sentimentos.

Eu puxo todo o ar a minha volta com força, sentindo tudo voltar a tona. As lágrimas joraram silenciosamente enquanto eu aprecio o ar fresco que me rodeia. A brisa que entra pela janela entra primeiramente em mim.

Eu encaro a lua grande e redonda que está no céu. Eu abro um sorriso para ela.

— Ele acredita em mim. — Eu digo com dificuldade, ainda apreciando o ar entrar pelas minhas narinas.

— Ele quem, Ella? — A voz de Gabriel surge atrás de mim, antes mesmo que ele me toque eu me levanto, encarando o seu rosto de baixo.

— Quero que me interne. — Eu digo secando as lágrimas enquanto Jane me encara assustada.

— Anto...

— Eu quero me curar. É o que eu mais quero agora. — Eu digo a respirando bem fundo. — Eu quero me senti completa. Sem precisar de ninguém para dizer eu te amo, porque os meus sentimentos serão o suficiente para mim. Nada mais importa para mim além da cura. — Eu digo olhando nos olhos dela enquanto caminho em sua direção. — Me interne, Jane, no lugar mais longe que tiver naqueles panfletos. Eu quero ir embora, só assim eu vou conseguir caminhar com minhas pernas. — Eu digo e ela me encara com lágrimas presas nos seus olhos.

— Você está fugindo? — Ela pergunta encarando os meus olhos, estudando os meus movimentos e calculando o efeito das minhas palavras.

— Estou me libertando. — Eu digo ao balançar a cabeça. — Estou indo em busca do meu amor, da minha paz, da minha liberdade, de todos os meus sentimentos. Até mesmo daqueles que eu não conheço. Ainda. Porque, — Eu olho para trás, vendo o Gabriel com a mandíbula cerrada, enquanto segura o choro. — Sobreviver não é o bastante. — Eu digo estendendo a mão para ele.

Ele a encara, e depois me olha. Ele pega na minha mão e eu aperto. Pego na mão de Jane também e beijo as duas.

— Eu quero viver. — Eu digo soltando minhas lágrimas que tanto prendi. — Eu quero renascer, florescer como a Antonella sem traumas, sem mágoas, sem dor, sem perdas viveria. Eu quero ser essa Antonella que vocês enxergam. Eu não vou mas lutar contra. — Eu digo olhando para os dois. — Vou tentar não lutar contra. Eu prometo.

— Ella?

— Só me deixe caminhar sozinha, Gabriel. Me deixe encarar essa busca sozinha. — Eu peço a ele que me abraça, eu puxo Jane para o abraço também.

Eu preciso ser saudável.

E eu vou.

Porque sou Antonella Alencastro, e consigo tudo o que eu quero.

E eu quero a cura.

Não revisado.

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