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Capítulo 53 I - Adeus Anne

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@niaescarlate

Antonella ficou um bom tempo no banheiro. Eu já estava preocupado, imaginando as coisas mais obscuras quando ela saiu vestindo um robe.

Ela me encarou rapidamente, erguendo a postura para não passar seu verdadeiro sentimento.

- Achei que já tinha ido embora. - Ela diz com a voz agora calma, enroscando o dedo na fita do que cruza suas costas presa ao robe.

- Você quer que eu vá? - Eu pergunto e ela me encara.

- Não. - Ela diz baixinho. - Mas é egoísmo da minha parte. Então sim, vá embora. - Ela diz indo em direção a porta, para abri-la.

Isso parte o meu coração. Eu me levanto, pegando o meu paletó que estava em cima da cama, e o coloco no caminho que percorro até a porta.

- Se essa é sua vontade. - Eu digo, sentindo um peso enorme esmagar o meu peito.

Quando eu ia abrir a porta, ela coloca a mão por cima da minha. Seus olhos procuram os meus e ela suspira.

- Porque está me evitando? - Ela pergunta com a voz embargada.

- Eu vi você e o Gabriel no baile. Não quero atrapalhar a... relação de vocês. - Eu digo girando a maçaneta. - Boa noite, Anne. - Eu digo a ela forçando um sorriso.

- Eu não... - Ela diz forçado a porta para eu não abri-la.

Eu encaro novamente seus olhos, buscando as palavras que ela quer tanto dizer. Mas seus olhos não dizem nada, ela suspira e para de forçar a porta e caminha até a cama.

- Eu não quero ficar sozinha. - Ela diz em voz alta quando eu abro a porta. - Pode ficar se quiser...

- Eu não quero. - Eu digo ainda de costas parado olhando o corredor vazio.

- Só fica... por favor. Até a Ananda voltar. - Ela pede com delicadeza, com sofridão segurando o meu braço forte. - Por favor... - Ele diz baixinho e eu encaro os seus olhos.

- Tudo bem. - Eu digo a ela e fecho a porta, tirando novamente o paletó e o apoiando na cadeira e a arrasto para me sentar.

Ela para ao meu lado. Eu sentia que ela queria dizer algo, mas não conseguia. Eu também não queria insistir, porque podia ser uma coisa que eu não queira ouvir.

Eu realmente não queria ouvir que ela e Gabriel transaram ontem, já basta as pessoas da empresa que estavam fofocando. E tudo aquilo estava me atingindo, e eu não queria. Quero mesmo evitar tudo isso, porque eu não posso me afundar. Pelo Téo eu preciso ficar bem.

- Eu quero que você se afaste. - Ela diz atraindo o meu olhar. - Eu... Não posso estar perto de você.

- Eu já entendi que você e o Gabriel estão juntos, Antonella. - Eu digo, minhas palavras saindo mais duras do que imaginei.

- Não estamos. - Ela diz e eu a encaro. - Eu só... preciso que se afaste. Pra poder parar de sentir o meu peito doer. - Ela diz colocando a mão na direção do coração e eu me levanto.

- Acha que também não me dói, Antonella! - Eu digo e fecho os olhos saindo de perto dela.

Ela vem atrás de mim, e eu a travo no lugar, a alguns metros a frente. Eu a olho bem, seus cabelos estão humidos e soltos. O seu robe branco, está solto pelo seu corpo e nem quero imaginar que por baixo dele não tem nada.

- Por isso mesmo que eu quero que se afaste. - Ela diz dando um passo a minha frente. - Eu não vou conseguir se você ainda estiver perto!

- Então porque você não se afasta!? - Eu pergunto a ela com raiva. - Eu já sai da mansão, parei de te procurar, de te ligar, de te mandar mensagens. Eu parei de olhar para você, isso tudo não suficiente?!

- Não, não é. - Ela diz e eu suspiro. - Não é porque o seu desprezo dói. E eu não vou conseguir caminhar sabendo que você está magoado comigo. - Ela diz e eu solto um riso.

- Não estou magoado com você...

- Está sim!

- Não estou! - Eu rebato encarando os seus olhos. - Estou decepcionado comigo mesmo, porque toda vez que olho para você sinto que não sou suficiente! Sinto que nada em mim é suficiente para ter seu amor e isso tem me quebrado demais, Antonella. Eu me afastei, estou arrancando você a força do meu coração, e pra que? Para você vim, gritar que eu não estou longe o suficiente? O que você quer? Diz pra mim o que você quer!

- Eu quero que pare de doer! - Ela grita. - Quero que meu coração pare de doer toda vez que eu olho para você. Parece a todo momento que estou te traindo, que estou te machucando, que estou acabando com você...

- Porque você está. - Eu digo a ela e fecho os olhos. - Mas isso passa, porque você tem o cara perfeito ao seu lado. - Eu digo olhando seu rosto que está vermelho.

Me dói ver ela chorando.

- É melhor eu ir. - Eu digo passando por ela.

- Não podemos ficar assim, Bernardo. - Ela diz suspirando. - Não conseguimos ser amigos um do outro...

- Você que não consegue ser minha amiga! Eu encaro isso numa boa. - Eu rebato.

- Você está mentindo. - Ela diz passando a mão pelos cabelos. - Quando eu chego perto de você seus olhos queimam por mim, seu corpo todo queima por mim.

- Somos imãs, Antonella. - Eu digo abrindo um sorriso. - Sempre vamos nós atrair um para o outro, mas não significa que nos...

A palavra morre na minha boca. Ela também fica calada, ela olha para a janela enquanto eu suspiro fechando os olhos.

- Eu quero me amar. - Ela diz alto. - Eu não quero o amor de ninguém nesse momento além do meu. E eu não posso fazer isso enquanto você está perto.

- Pediu isso para ele também? - Eu pergunto e ela me encara. - Pediu para ele se afastar enquanto está nessa sua busca por amor próprio?

O seu silêncio dói. Meu corpo todo dói quando o silêncio dela se preenche com a verdade. Queria que ela gritasse e dissesse que sim, mas ela não o fez.

- Porque só eu preciso me afastar de você, Antonella? - Eu pergunto a ela que seca as lágrimas e me encara.

- Você me confunde mais do que sou confusa. Eu não consigo explicar o que sinto por você. E todos a minha volta dizem o quanto somos errados, o quanto tudo era carnal, o quanto que os nossos sentimentos não são suficientes... Isso me destruiu.

- O que me destrói é você está dividida. - Eu digo e olho para cima, espantando as lágrimas que querem muito sair. - Me destrói saber que você acredita mais nos outros do que em si mesma. Talvez, se não escutasse tanto as outras pessoas e escutasse seus próprios sentimentos, não estaríamos aqui. - Eu digo encarando os seus olhos que estão afundados em tristeza.

Eu os enxergo nitidamente. Eu os vejo porque é a mesma coisa que estou sentindo.

- Você tem razão. Eu preciso mesmo me afastar, parar de correr atrás de você sempre que você precisar. Você já tem pessoas o suficiente do seu lado que vão guiar você para o lugar que quer chegar. - Eu digo andando até a mesa. - Espero mesmo que seja feliz, Antonella. Eu te desejo toda felicidade do mundo. - Eu digo a ela enquanto seco minhas lágrimas com o dorso da mão.

- Bê...

- Vamos seguir nossa vida como se nada tivesse acontecido. Como se naquele dia no hospital, nossos olhos não tivessem se cruzado. - Eu digo agarrando firmemente o paletó em minhas mãos.

Eu vou em direção a porta, sentindo que estava deixando algo para trás. Mas não consegui dizer ao certo o que era. Sinto seus dedos tocaram minha mão que está na maçaneta da porta, eu encaro o seu rosto me lembrando do que eu estava deixando para trás.

O meu coração.

- Eu espero que você seja feliz, também, Bernardo. - Ela diz chorosa. - Eu espero que alguém lindo apareça no seu caminho, que ela deixe o seu coração paralisado por alguns instantes. Que deixe você sem ar e desnorteado. Que ela sorria para você em meio ao caos e te tranquilize, sabendo que você tem o coração dela. - Ela diz me encarando.

Eu largo o paletó em meus pés. Seguro firme o seus ombros. Sinto um leve choque ao encontar em seu corpo, mesmo que seja por cima de um tecido. Eu subo devagar para o seu pescoço, enquanto ela fecha os olhos.

Eu quase não consigo respirar quando sua mão toca o meu braço. Passo a mão por sua nuca a arrepiando. Ela me encara com um diferencial no olhar, algo que eu nunca vi antes. Mas nossa! É lindo. Então existe algo bonito no mar da tristeza?

Eu puxo sua cabeça para minha, encostando nossas testas, enquanto eu fecho os olhos. Sentindo suas mãos subirem e encostarem a pele exposta do meu pescoço. Ela anda um passo, ao mesmo tempo que eu me aproximo dela também.

Ela envolve os braços em meu corpo, enquanto eu acaricio a sua nuca com os dedos bem suave. Ela olha para cima, para o meu rosto. Ela não impede que as lágrimas saiem e molhe minha mão.

- Eu não quero ser egoísta...

- Nem eu. - Eu digo a ela baixinho. - Vá em busca da sua felicidade. Porque isso é tudo que eu desejo a você, Antonella. Quero que você fique bem de verdade, sem precisar mentir ou se esconder das pessoas que ama. Que case, que tenha filhos, que... seja ainda mais linda e feliz. Mesmo que isso signifique eu não ficarei de fora. - Eu digo a ela fechando os olhos e encostando nossas testas novamente.

- E eu preciso que você fique bem. - Ela diz alisando o meu rosto, secando as lágrimas. - Eu preciso muito que você não desmorone. Pensa no Téo, ele não merece um pai quebrado. Não volte a beber, me prometa... me prometa que você não vai virar o seu antigo eu. Me prometa que você vai continuar reagindo, sobrevivendo e vivendo. - Ela diz e eu a encaro. - Só me prometa que você será o seu mundo e o mundo do Téo. E que você continuará sendo esse homem incrível que se tornou. Por favor... me prometa.

Eu seco suas lágrimas e abro um sorriso fraco. Seus olhos brilham mesmo na tristeza, isso é tão estranho, ao mesmo tempo belo. Eu nunca esquecerei esses olhos, nunca esquecerei de todas as vezes que ela me olhou com esses olhos.

- Eu te prometo. - Eu digo com a voz falhando. - Seja feliz, Anne. - Eu digo dando um abraço nela.

Acho que foi o nosso primeiro abraço verdadeiro. Eu a seguro firme, sentindo o seu corpo junto ao meu. Tentando aguardar na memória como ela é, porque eu não quero esquece-la. Eu sinto o cheiro, forte e doce.

- Você é forte. - Eu digo segurando o seu rosto. - Você consegue, sabe porque?

Ela balança a cabeça negativamente e eu abro um sorriso.

- Porque você é a pessoa mais forte que eu conheço. E eu vejo e acredito em sua força. Nunca deixe seus demônios internos dizerem o contrário. - Eu digo e dou um beijo demorado em sua testa. - Eu...

- Não diz. - Ela fala colocando o dedo em meus lábios. - Eu consigo ver em seus olhos. Não precisa dizer. - Ela diz e eu abro a porta.

Eu saio, sentindo meu peito queimar. Todo o meu corpo dói.

- Adeus Anne. - Eu digo sem olha-la.

- Adeus, Bê. - Ela diz alto.

Eu forço as minhas pernas a andarem para longe. Minha vista está turva e meu peito parece que foi esmago. Eu só preciso de ar, eu preciso de respirar.

Não revisado.

Continua...

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