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Capítulo 43 - Estarei ao seu lado

Maratona: Conhecendo o seu outro lado. Terceiro capítulo.

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@nia_escarlate

Meu coração estava despedaçado. Como alguém poderia machucar Antonella daquele jeito! Uma raiva me consumiu por completo. Primeiro foi por Gabriel não deixar chegarmos perto dela até a ambulância chegar.

Eu estava tão aflito, preocupado, senti que minhas mãos estavam atadas e eu infelizmente não podia fazer nada. Quando cheguei no hospital, ficamos esperando por quatro horas até o médico responsável pela Antonella aparecer.

Só estava eu e Gabriel ali. Esperando notícias sobre ela. Valentina teve que ficar até o final do evento e Gabriel achou melhor não falar com Ananda até sabermos algo sobre o estado de Antonella.

Faturas nas duas costelas e lesões graves no olho esquerdo. Quando ela foi para o quarto, meu estômago todo se embrulhou de ver ela naquele estado. Não havia mais sorriso, nem provocações e muito menos ela brigando comigo.

Ele estava dormindo, ficaria assim por doze horas ininterruptas, de acordo com o médico. Mas Jane, a psicóloga de Anne disse que ela poderia ficar até mais tempo dormindo, por causa do cansaço emocional que ela sofreu.

Ela dormiu por exatamente dois dias sem demostrar alguma reação. Mas enquanto Gabriel e Ananda saíram para comprar um café, ela abriu os olhos. O pânico no seu olhar era tamanho, palpável até.

Ela segurou minha mão tão forte, como se pedisse ajuda. Ela ainda tava em pânico, afundada nas lembranças. Segundos depois ela voltou a dormir. O médico disse que era um bom sinal, porque a medicação estava fazendo efeito.

Depois de deixar o Téo e Gisele na escola, eu segui para o hospital. Queria passar lá antes de ir para a empresa. Entrei na ala onde ela estava, cumprimentei sua enfermeira e os policiais e entrei no quarto fechando a porta.

Ela estava lá, parada, agora sem os tubos o que me deixou completo de felicidade. Eu não tinha dúvidas de que Antonella era forte e depois de tudo que ouvi de Ananda e Valentina sobre a adolescência dela eu acredito ainda mais em sua força.

— Oi Anne. Só passei aqui pra te dar um beijo. Eu vou pra empresa, pode deixar. — Eu digo e abro um sorriso triste enquanto me aproximo da sua cama. — Não vai precisar cortar o meu salário na metade. — Eu brinco e beijo a sua testa.

Eu acaricio o seu rosto e me viro para saída, mas a voz dela me faz travar.

— Acho bom mesmo.

Eu me viro para olha-la. Ela abre um sorriso, mas depois o fecha após reclamar de dor. Eu me aproximo dela e a abraço com delicadeza.

— Eu senti falta até dos seus resmungos! — Eu digo e ela me empurra e olha nos meus olhos.

— Não queria te preocupar... Nunca achei que me veria nessa situação, também não queria que visse assim. — Ela diz com a voz fraca, eu me sento ao seu lado enquanto ela vira o rosto com hematomas roxos para o lado oposto.

— Eu entendo o porquê, Anne. Só nos conhecemos a quatro meses. Isso é algo bem doloroso para você. Eu... entendo. — Eu digo segurando sua mão.

Ela olha em meus olhos, buscando algo que eu não sei se posso dar.

— Fico feliz que esteja reagindo assim. — Ela diz me avaliando.

— Assim como?

— Como se isso não fosse o meu maior problema. Não está me olhando com pena, ou com lamento... está normal. Como sempre me olhou. — Ela diz e respira fundo.

— Quando você olhou pra mim ontem, eu vi em seus olhos o que você precisava de mim. Eu te conheço a pouco tempo, mas você sempre demonstrou que é forte. Pena não é algo que se enquadre em você. — Eu digo sorrindo.

— Não mesmo. — Ela diz rindo. — O que houve na sua mão? — Ela pergunta segurando minha mão firme enquanto avalia.

— Foram uns socos... na parede. — Eu digo abrindo um sorriso. — Nada que tenha que se preocupar. — Eu digo e seus olhos encaram os meus.

— Eu posso sair dessa cama? — Ela pergunta e eu rio.

— Vou ver o que posso fazer. — Eu digo me levantando.

Vou até o corredor e peço a enfermeira uma cadeira de rodas. Ela me ajuda a colocar Antonella sentada ali e eu vou com ela até a área arejada do hospital, onde os pacientes pode pegar um sol.

O tempo está frio, porém é bom ela pegar um ar fresco. Eu travo a cadeira de rodas e vou ajeitando a manta no seu colo e o casaco em seu corpo.

— É bom receber mimos sabia? — Ela diz e eu a encaro sorrindo.

— Não abusa. — Eu digo e ela rir.

Eu me sento ao seu lado, numa cadeira branca. Encaro o seu nublado e escuro. Esses três dias amanheceram com sol, mas ele foi coberto pelas nuvem carregadas.

— Como o Téo está? — Ela pergunta depois de um tempo em silêncio.

— Animado com a nova amiguinha. — Eu comento a encarando. — Consegui convencer Ananda a deixar que eu pague a escola de Gisele. Agora ela estuda com o Téo. Eles vivem brincando na casa de Valentina.

— Gina não pagou a escola dela, de novo. — Anne diz com raiva.

— Ela sumiu desde o dia do seu...

— Acidente. — Anne diz após eu ficar calado. — Vamos chamar assim. — Ela diz e eu concordo com a cabeça.

— Tem três dias que ela não aparece. Gisele fica na escola de manhã, a tarde na casa de Valentina e a noite eu levo ela seu pro apartamento. Ela está ficando com a Ananda e o Gabriel lá. — Eu explico a encarando enquanto ela fecha os olhos.

— Ela faz isso as vezes. Some e deixa a Gisele com a Ananda como se fosse filha dela! — Ela diz ainda com os olhos fechados. — Eu odeio aquela.... cobra. Odeio como a família de Ananda a trata. Ela é merecia mais. — Anne diz com raiva e em encara. — Obrigada por fazer isso por ela.

— Não precisa agradecer. Téo anda muito triste e confuso após a partida de Sabrine e saber que Eduardo é o pai biológico dele. Eu... me sinto um pai horrível. — Eu lamento e Antonella segura a minha mão.

— Você é um pai maravilhoso, Bê. Téo te ama independente de qual tipo sanguíneo ele puxou. Tenho certeza que ele vai amar os dois, igualmente. — Ela diz e abre um sorriso de consolo. — Quando Eduardo vai ficar com Téo? — Ela pergunta.

— Nesse final de semana. Vamos ver como vai ficar as coisas para ver o melhor dia pros dois. Ele trabalha e eu tambem, mas queremos ficar bastante tempo com o Téo. Vamos ver a melhor maneira. — Eu digo e suspiro.

— Vão achar, tenho certeza. — Ela diz e fica calada. — Eu... fiquei com receio de te contar sobre Fábio. — Ela diz depois de tempo.

— Não precisa me explicar nada...

— Eu quero. Ainda mais que Gabriel voltou e estávamos... progredindo no nosso relacionamento. — Ela diz me interrompendo.

Ela passa umedece os lábios e coloca os cabelos atrás das orelhas.

— Minha relação com o Fábio nem sempre foi turbulenta. Ele nunca foi um pai excecional, porém ainda dava carinho e atenção quando eu precisava. Mas aí ele mudou. Minha mãe dizia que era por causa do falecimento da mãe dele, mas eu tenho certeza que aconteceu algo pior. Ele começou a me olhar com desprezo, sempre chegava mais tarde para me evitar, saia mais cedo pra não olhar pra mim. Isso me machucou. — Ela faz uma pausa enquanto brinca com o suéter. — Foi aí que eu passei a não fazer questão, me dediquei a literatura feminina e o carinho da minha mãe supria o dele. — Ela diz e seca rapidamente uma lágrima que cai em seu rosto.

Eu pego a cadeira e a coloco a sua frente. Me senti ali para olhar melhor para ela.

— Se passou algums meses e ele começou a mudar com a minha mãe também. Ele sempre dizia que a amava, porém a humilhava, impedia ela de trabalhar, as vezes nos travava em casa. E começo a beber. — Ela diz sem me encarar.

Sua voz já está embargada com as lágrimas que insistem em cair. Meu coração se abre, porém eu não sei o que fazer nessa situação, então eu apenas deixo desabafar.

— Ele chegava todos os dias bêbado. Cada dia pior do que o anterior. Ele fedia a tabaco e cerveja barata. Eu não notei os sinais na época, mas agora eu vejo que minha mãe sofria abuso psicológico e agressões como eu passei. Ela passou a vestir roupas escuras e mais longas, ela que nunca gostou muito de maquiagem passou a usar e eu ingênua achando que ela só queria que meu pai a notasse como antes. — Ela rir triste e fecha os olhos.

Eu seguro as suas mãos levemente, e seco as suas lágrimas bem devagar.

— E um dia, ele surtou. — Ela diz enquanto segura a minha mão. — Descobriu que minha mãe estava trabalhando com bolos por encomenda. Ele quebrou a cozinha inteira. A minha mãe não conseguiu ficar quieta e parada ver tudo o que ela conquistou e admirava se quebrar. Ela mandou eu ir pro quarto e ficar lá enquanto foi pra cozinha acalmar o Fábio. — Ela diz e para ao soluçar.

Eu seguro mais firme as suas mãos enquanto sinto minhas lágrimas caírem também. Até o ar a nossa volta estava pesado.

— Ela não prometeu que ficaria bem. E mesmo se prometesse não ia adiantar em nada. — Ela diz dando de ombros. — Eu voltei lá, não queria e não podia deixar ela sozinha com ele transtornado daquele jeito. — Ela diz e suspira. — Mas eu fui o alvo dele, em nenhum momento ele queria ferir Antônia como queria ferir a mim. Eu não sei mesmo o que ele tem contra mim, eu sou a filha dele! Ele não deveria ter tanto ódio de mim. — Ela diz aos prantos.

Ela agarra mais forte a minha mão e me encara.

— Naquela noite ela morreu. A perícia disse que ela escorregou e bateu a cabeça! Mas não foi isso. Fábio a empurrou! — Ela diz com raiva. — Eu não vi nada porque fui idiota demais e fechei os olhos após ele me ameaçar me bater.

— Você não foi idiota, Antonella! — Eu digo secando suas lágrimas. — Você estava com medo, não se culpe por isso.

— Então porque eu não consigo tirar esse sentimento de culpa? Eu sinto que se não tivesse entrado ali, ele não teria a matado. Ela foi me proteger! — Ela diz com raiva de si mesma.

— Olha pra mim. — Eu peço e ela olha. — O que aconteceu não foi culpa sua! O cara que devia te proteger, te dar amor e carinho não fez. A culpa é toda dele. Você é sua mãe são as vítimas. — Eu digo a ela que não demonstra nada além de tristeza e raiva.

— Depois que eu estava pronta para seguir sem a carga do luto, que me fez tentar me matar diversas vezes, ele me agrediu. Foi um ano e alguns meses após a morte dela. No dia do meu aniversário. — Ela diz e respira fundo tentando impedir que as lágrimas caíam em vão. — Eu nunca mais comemorei o meu aniversário. Era como se eu sempre fosse absorvida por essa memória. Entrava em crise, sempre na mesma hora. Eu lembro de tudo perfeitamente. Ele desagraçou a minha vida. — Ela diz com raiva.

Eu me levanto e a abraço. Ela corresponde me abraçando enquanto chorar no meu ombro.

— Eu estou aqui, Anne. Vou sempre está. — Eu digo a ela que concorda com a cabeça.

➷➷➷➷➷

— O que você está fazendo!? — Gabriel pergunta enquanto se aproxima de mim e Anne.

Estávamos correndo pelo corredor. Eu empurrava rápido a cadeira de rodas enquanto ela ria e gritava animada. Depois daquela conversa pesada, ficamos um tempo abraçados e sem falar nada.

— Estávamos nos divertindo ué. — Eu digo dando de ombros enquanto paro a cadeira em sua frente.

— Ella não pode fazer esforço! — Ele diz alto e eu suspiro.

— Pelo amor de Deus, Gabriel. Eu estou machucada e não morta. — Ela diz se levantando  ficando na frente dele. — Você não é a minha babá, não é o meu médico então não se envolve! — Ela diz e entra pro quarto dela.

— Só estava distraindo ela. — Eu digo enquanto passo por ele.

— Você é um irresponsável! — Ele diz atraindo minha atenção. — Ela não pode...

— Para de dizer o que ela pode ou não, Gabriel! Eu sei que está preocupado com ela, mas não precisa a lembrar toda hora do que aconteceu. — Eu digo me virando pra ele.

— Eu estou tentando fazer com que ela saia mais rápido desse hospital porque sei que ela não gosta. — Ele diz irritado.

— Pode fazer isso, mas não precisa ser chato. — Eu digo e ele rir.

— O que vocês estão fazendo! — Ananda diz ficando entre nós. — Isso aqui é um hospital, estão todos olhos pra vocês dois. — Ela diz baixo.

— Deixa eles, Ananda! Agora que estava ficando bom. — Antonella diz rindo.

— Você bem que gosta né? — Eu pergunto encarando ela que abre um sorriso sexy.

— Ah eu gosto muito. — Ela diz ainda sustentação o sorriso. — Mas, Ananda tem razão. Ao menos entrem no quarto, não gostei do jeito que as enfermeiras olharam pra vocês. — Ela diz puxando a gente pelo braço. — Eles dois são meus! Só meus! Tirem os olhos! — Ela grita para as enfermeiras que soltam risinhos e começam a voltar pros seus postos.

— Eu sou seu é? — Eu pergunto a ela abrindo um sorriso malicioso.

— Vocês dois são meus. — Ela diz e meu sorriso morre. — O que foi? Dona Flor teve dois maridos, eu posso ter também. — Ela diz rindo e entra no seu quarto.

— Como assim, Antonella! — Gabriel e eu dizemos em uníssom.

Ela só pode estar de brincadeira!

Continua...

Não revisado.

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