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Capítulo 4 - Assombrado pelo passado

Antonella sobe no palco, reluzente, porém o brilho em seus olhos é de puro ódio. Acho incrível e bem divertido o fato de que seus olhos não conseguem disfarçar suas emoções enquanto o sorriso pode enganar qualquer um, se duvidar até ela mesma.

Saio da frente do microfone ficando ao lado de Valentina, que agora parece nervosa, porém sua felicidade está bem evidente.

Feliz por mim ou por ela? Talvez por Antonella.

— Obrigada, Bernardo. — Ela diz me olhando e depois volta sua atenção para o público a frente.

— Eu não esperava nada disso. Estou... lisonjeada por essa promoção. Acredito que nos tornaremos uma bela dupla, claro que ainda não lhe conheço muito bem e muito menos sei o que você fez nos últimos nove anos que esteve... digamos que de férias. — Ela diz e todos riem.

— Anne é audaciosa, ambiciosa e muito perigosa quando quer alguma coisa. Devia ter me perguntado antes de ter essa ideia repentina. Acabou de dar um tiro na própria perna. — Valentina diz chamando minha atenção e eu a encaro.

Sua cara de preocupação agora está evidente, nem parece a mesma mulher que estava chorando junto com Antonella por algum problema particular.

Mulheres, não as entendo!

— Fiz alguma coisa de errado? — Cochicho agora não prestando mais atenção no discurso de Antonella.

— Deu asas a cobra meu filho. — Ela diz olhando para Antonella e eu faço o mesmo.

— Farei o meu melhor pela empresa que tive o prazer de conhecer e trabalhar. Um brinde a Martínez Cosméticos. — Antonella diz e ouço as taças batendo umas nas outras e ela sorrir pra mim finalizando seu discurso e uma música começa a tocar e ela sai do palco praticamente às pressas.

Ela está fugindo?

Saio do palco segurando a mão de Valentina, ela faz aquele pequeno teatro para a imprensa e eu saio atrás de Antonella que segue discretamente para o jardim, bebo uma taça de champanhe em um gole lembrando que não posso beber muito já que nesses últimos oito anos foi difícil ficar sóbrio.

Ela contorna entrando pelos fundos da casa, pela entrada dos funcionários. Por que ela está fazendo esse trajeto todo para subir para o quarto?

A sigo, numa distância segura que ela não me veja. Mesmo vendo que Antonella é esperta, por ela está surpresa e atordoada com alguma coisa fica totalmente perdida e distraída.

Olho no relógio e são quase meia noite. Me lembrei do meu pai me seguindo enquanto eu corria pelo corredor enquanto brincávamos de pique pega.

Ela entra no seu quarto, mas não bate à porta, ela abre a janela e fica apoiada na sacada, o vento balançava seus cabelos lisos e castanhos escuros.

A lua cheia predomina o céu escuro apenas iluminado pela luz das estrelas o que deixa o quarto não tão escuro.

Sigo devagar entrando no quarto, porém Antonella se vira e me encarar, eu esboço um sorriso e ela revira os olhos.

— O que você quer? — Ela pergunta voltando sua atenção para o céu.

— Achei estranho você vir aqui depois do belo discurso que deu. — Eu debocho e ela esboça um sorriso.

— Eu devia ter falado a verdade sobre você, mas pega mal um funcionário falar coisas negativas do novo presidente. — Ela diz e eu me aproximo ficando ao seu lado.

— Não precisa mentir se isso te deixa desconfortável. — Eu digo sincero e calmo, e ela me encara. Seus olhos brilham com a luz da lua nos iluminando.

— Olhar pra você me deixa desconfortável e com muita raiva, mas eu tenho que olhar pra você né presidente? — Ela pergunta ainda mantendo o contato visual.

Ela tem a expressão cansada igualmente a minha. Parece que seus problemas a atormentam todas as noites como os meus. Então temos algo em comum mesmo isso sendo triste e sufocante.

— Sim querida. Vai ter que olhar pra meu rosto bonito todos os dias. — Eu digo e ela rir.

Um riso sincero... o primeiro.

— Quem te disse que você é bonito? — Ela pergunta e eu rio.

— Todas as mulheres que eu conheço ou conheci. — Eu digo. — Alguns homens também. — Eu completo e ela rir mais.

— Nem todas... Eu não te acho bonito. — Ela diz quebrando o contato visual quando a porta é aberta.

— Finalmente te achei... — Uma mulher baixa, de cabelos escuros e olhos claros para de falar assim que nos ver.

Acho que lembro dela do hospital. Acho que se chama Ananda.

— Vocês não estão brigando não né? — Ela pergunta depois de um tempo em silêncio nos observando com seus olhos arregalados parecendo ter visto um assassinato.

— Não vou brigar com o meu chefe. Não hoje. — Antonella diz saindo do meu lado e caminhando até sua amiga que agora sorrir doce para ela.

— Espero que nunca brigue com seu chefe, pode ser demitida. — Eu digo e ela se vira para trás com um sorriso, lindo.

— Quero ver se você possuir essa bravura toda de demitir a pessoa que vai ajudar no seu trabalho. — Ela diz e sai sem esperar uma resposta.

Que mulher é essa? Ela não tem medo de nada?

Eu observo o quarto dela, vermelho e preto dominam o ambiente, uma cama de casal com cobertor de veludo, lembrei de Sabrine e balanço a cabeça negativamente esquivando qualquer pensamento nela.

Saio do quarto fechando a porta e seguindo para a festa novamente. Preciso beber, meu corpo está necessitando relaxar nem que seja de tanto beber.

Mas lembro que estou em uma festa social e que se eu ficar bêbado talvez os acionistas presentes não me veem como um bom presidente e tenho que mostrar, que sou um bom líder.

➶➶➶➶➶

Acordo ofegante, mas uma vez o pesadelo me consome. Deixando minha mente pesada e meu corpo suado.

Sonhar com a morte do meu pai dizendo aquelas coisas me tortura até hoje, me deixa com medo, inseguro e com receio. Além de mostrar que tudo que vivi até antes de decidir sair dessa casa eram tudo mentira.

Nove anos atrás...

— Filho, preciso falar com você... — Meu pai diz entrando eufórico no meu quarto, estou aqui conversando com Sabrine pelo celular.

Sabrine é uma mulher que conheci pela internet ano passado, ela tem dezenove anos e mora na cidade vizinha no interior de Bavin city. Ela é linda, além de muito safada o que faz totalmente o meu tipo.

Nos encontramos no final do ano passado, onde ela passou uma semana aqui em Amarílis e eu fiz questão de mostrar toda cidade a ela. E satisfaze-la todas as noites que transamos.

— O que houve pai? — Eu pergunto deixando a conversa picante com Sabrine de lado e sentando ao lado do meu pai na cama.

— É uma conversa um tanto delicada, mas necessária. Não me sinto mais tão forte como antes e sinto que a qualquer hora posso morrer. — Breno diz, sorrindo fraco, e eu forço para aquelas palavras não me afetam tanto.

A cerca de dois anos meu pai foi diagnosticado com tumor maligno no cérebro, passou por inúmeras cirurgias, inúmeros tratamentos em vários lugares do mundo, mas isso só prolongava seu sofrimento.

Sete meses atrás ele parou de tomar os remédios, o deixando muito mais fraco e precisando de mais atenção e ajuda. Tem horas que ele entende o que nós falamos outras não.

Fora as fortes dores de cabeça e no corpo, as vezes não sente parte do seu corpo no lado esquerdo. E ainda faz confusão misturando alguns assuntos e épocas.

Ontem ele exigiu uma festa natalina, na mente dele era Natal mesmo ainda faltando dez meses para o feriado.

— Sabe que o senhor me deixa triste em falar que pode morrer. — Eu digo um pouco triste. — Mesmo sabendo que sua doença já está muito avançada, não quero ouvir que o senhor vai morrer. — Eu digo e ele olha nos meus olhos e suspira.

— A vinte anos atrás, fui casado com uma mulher. Ela se chamava Gabriela. Cabelos loiros longos, tinha olhos tão azuis quanto o céu, seu sorriso era encantador e eu amava muito. — Ele diz e se levanta um pouco com dificuldade, eu me levanto junto e puxo a cadeira onde eu estava sentando antes e o sigo até lá deixando ele na minha frente.

— O senhor já me falou dela pai. Disse que só amou duas pessoas na vida, ela e a mãe. — Eu digo e ele balança a cabeça negativamente.

— Ficamos dois anos e meio casados. Porém meus pais não aceitavam que eu amava uma mulher mais pobre do que eu. Pra mim isso nunca me importou, eu a amava tanto que acreditava que nada seria capaz de nos afastar. Porém numa noite eu acordei com o barulho da chuva, e os gemidos fortes de Gabriela, ela estava dando à luz ali no chalé dos meus pais. — Ele diz e uma lágrima sai dos seus olhos e eu fico confuso.

— Você teve outro filho além de mim? — Eu pergunto espantado.

— Era você Bernardo. Gabriela teve você naquela noite. Mas ela não resistiu ao parto normal nas condições que tínhamos no chalé. Lá não tinha telefone e estava chovendo muito para sair de carro com ela. Ela faleceu em meus braços após dizer que você deveria ser chamar Bernardo. — Meu pai diz aos prantos.

Eu me levanto da cama, nervoso, triste. Algumas lágrimas saem dos meus olhos, minha respiração está descompassada e minhas mãos suadas.

— Você está delirando... minha mãe se chama Valentina e é a mulher que está no quarto ao lado. — Eu grito estando irritado e achando que vivi uma mentira por dezoito anos.

— O que está acontecendo aqui? — Valentina diz entrando no quarto, desesperada e olha para mim e meu pai.

— Contei tudo a ele. — Meu pai diz virando a cadeira devagar olhando para minha mãe que fica com o rosto vermelho.

— Tudo o que Breno? Você não tinha o direito de fazê-lo passar por isso. Tão desnecessário. — Ela diz vindo me abraçar enquanto eu choro que nem um bebê.

— Desnecessário Valentina? Gabriela deu à luz a ele, é mãe de sangue, isso já devia ter sido conversado a muito tempo e não agora que estou já de partida. — Meu pai diz tentando se levantar fracassando no processo.

Meus olhos estão marejados, suas mãos parecem suadas e fracas assim como seus pés descalços sob o chão.

— Deu à luz mais não o criou. Eu sou a mãe dele e ninguém vai mudar isso. — Minha mãe diz me abraçando forte.

— É engraçado ouvir você sendo tão afetuosa com o garoto agora, por que todos esses anos Bernardo foi criado por mim e por Gabriela que está no céu nos protegendo. — Ele diz se levantando e minha mãe para de me abraçar.

Eu odeio quando eles brigam, ainda mais vendo a situação que meu pai está.

— Eu amo Bernardo. — Ela diz convicta.

— Ama mais um garoto que não tem o seu sangue do que sua própria filha. — Meu pai diz nervoso. — Até quando você achou que eu não ia descobrir Valentina? Me traiu com o meu melhor amigo, teve uma filha e ainda deixou a menina na adoção. Não sei o tipo de mãe que você é. — Breno diz, eu encaro minha mãe e ela me olha.

— Isso é mentira Bernardo. Seu pai está delirando. Não está dizendo coisa com coisa. — Minha mãe diz desesperada e forçando suas lágrimas para não saírem.

— Só me responda uma coisa, como teve coragem de abandonar uma criança inocente? — Ele pergunta, minha mãe para de me olhar e direciona o seu olhar para meu pai.

— Eu não a abandonei. Só não sabia e não sei ser mãe... Bernardo já era grande, ela era um bebê frágil, chorão e eu não conseguir ficar mais nenhum segundo com ela. Me doeu, me dói até hoje ter a abandonado, mas ela estar muito melhor do que ela poderia está vivendo com alguém como eu sendo mãe. — Minha mãe diz, seu choro está mais alto e seus soluções são escutados.

Mesmo chocado com todas as revelações caminho para abraça e consola-la porém paro onde estou quando meu pai pergunta:

— Não foi por causa da empresa? Sabendo que ia perder seu cargo, sua empresa, a honra da sua família por ter traído seu marido com alguém inferior que você? Que não tem onde cair morto?

Valentina levanta seu olhar, seca suas lágrimas e sorrir.

— Diferente de você eu não gosto e não costumo perder as coisas importantes para mim. Aquela empresa tem todo o meu suor e não ia estragar ela por ninguém. Muito menos por um caso de uma noite insignificante. Justamente a noite que você assumiu que amava mais Gabriela que estava morta do que a mim. — Minha mãe diz bem perto do meu pai.

— E a criança foi apenas um erro do seu cálculo ganancioso Valentina? Estou cansado de ser peça do seu tabuleiro, fazer tudo a sua maneira, cansei...

Meu pai não termina de dizer, leva a mão no coração e cai no chão bruscamente aos pés da minha mãe. Eu corro para o ajudar, os seus enfermeiros vieram correndo assim que eu grito por ajuda.

Naquela noite, meu pai morreu. Mas não foi pelo tumor grave no seu cérebro e sim por infarto.

Valentina o matou... com palavras, com gestos e principalmente por sua frieza que torna seu coração escuro e sua mente cheia de recebimento pelas inúmeras coisas que ela fez.

➶➶➶➶➶

Atualmente...

Levanto da cama vendo que preciso acalmar o meu coração e minha mente. Vou fazer o que meu pai sempre fazia para não ficar estressado ou com muita raiva acumulada. A festa acabou às uma hora da manhã e eu olho no relógio que ainda são três horas da manhã.

Meus pesadelos com meu passado me atormentam cada dia mais, deixando minha cabeça cheia e a vontade de beber aumentar superficialmente me deixando com a boca seca.

Saio do quarto luxuoso que um dia eu tive prazer de chama-lo de meu, agora só restou um local onde minhas lembranças felizes ficavam por que as tristes me perseguem por onde eu vá.

Caminho até a cozinha e a vejo, ela está mexendo algo na panela. Seu robe vermelho transparente mostra seu pijama preto, seus cabelos estão presos num coque mal feito e ela cantarola alguma canção infantil.

Eu fico ali na porta da cozinha observando, a maneira tão calma que ela está.

— Vai ficar aí me olhando? — Antonella  pergunta chamando minha atenção ainda de costas para mim.

— Como soube que eu estava aqui? — Eu pergunto e ela se vira para me olhar e sorrir.

— Sua respiração, está forte. — Ela diz e volta a mexer algo ali.

O cheiro de brigadeiro começa a aparecer, vou caminhando para perto, querendo matar minha curiosidade. Se a aparência está tão boa quanto ao cheiro.

Quando chego perto de Antonella, ela se arrepia e se encolhe. Fico parado esperando alguns xingamentos ou até mesmo ofensas que ela não deixou de solta-las desde que nossos olhos se encontraram no hospital.

— O cheiro está ótimo. — Eu digo perto do seu ouvido e ela se arrepia mais.

— Você não vai comer, o meu brigadeiro. — Ela diz meio risonha. — E, eu bebi dois dos champanhes  de Valentina e estou um pouco bêbada então se afaste de mim. — Ela diz e desliga o fogo.

Continuo parado atrás dela. Seu perfume lembra a chocolate ou é simplesmente o fato desse brigadeiro está mexendo com os meus neurônios assim como as pernas de Antonella que estão expostas.

Parando para observa-la agora que ela está inofensiva, ela é muito mais bonita do que tinha visto. Seu corpo é bonito, não é nada exagerado e aparentemente é tudo natural. Uma tatuagem me chama atenção no alto do seu pescoço.

— O que é que você pensa que está fazendo? Nem ouse encostar o seu dedo em mim. — Antonella diz assim que eu toco a parte exposta do seu pescoço admirando a sua tatuagem e bem curioso para saber o que está escrito.

Ficamos cara a cara, seus olhos castanhos encarando os meus e ficamos assim por alguns segundo até ela desviar e me empurra pra ficarmos alguns metros afastados.

— Não é por que não estou cem por cento sóbria que gosto de você. — Ela diz pegando uma colher de brigadeiro e passando por mim. — Eu ainda te odeio, presidente. — Ela diz me encarando.

— Não sei por que esse ódio todo. — Eu digo e ouço o som da sua risada.

— Sabe muito bem. — Ela afirma e eu me viro para olha-la.

Ela senta na bancada e fica ali comendo seu brigadeiro quieta.

— Posso comer um pouco? — Eu pergunto me arrependendo no processo.

— Só se me dizer por que está acordado a essa hora? Algum pesadelo? — Ela pergunta colocando a colher cheia de brigadeiro na boca e revirando os olhos de pura satisfação.

Fico preso ali, estático, observando-a se deliciar com aquela colher de brigadeiro.

— Pega logo, e para de me comer com os olhos. Não vai rolar nada. — Ela diz e eu rio cruzando os braços.

— E quem disse que eu quero algo com você? — Eu pergunto e ela larga a colher de brigadeiro dentro da sua tigela e sorrir.

— Seu pênis ereto por baixo da sua calça de moletom responde sua pergunta? — Ela pergunta e eu olho para cima, encarando o teto.

Nunca fui uma pessoa religiosa, mas nesse momento eu pedi a Deus pra ela está brincando, mas será que fui traído pelo meu próprio pênis?

Me viro enquanto ouço sua risada, pego o brigadeiro colocando na tigela e pego uma colher desejando que isso seja apenas fruto da minha imaginação fértil.

— Ele não está ereto querida. — Sussurro no seu ouvido e beijo sua testa. — Não tenha sonhos eróticos comigo, seria constrangedor já que agora eu sou o seu chefe. — Digo e a deixo ali com a cara mais vermelha que um tomate.

Naquela casa silenciosa o que predominou foi minha risada ainda com a imagem engraçada da cara avermelhada de Anne...

Antonella!

Até que vim pra cá vai ter algo interessante.

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@nia_escarlate

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