Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 35 - Já nos conhecíamos

Eu quero muitoo agradecer os 4k de Views. Eu estou extremamente feliz e grata a todos que fazem parte disso e levam essa história para cima, sempre. Obrigada!

Me sigam no Instagram. Lá eu posto sempre que tem atualização do livro.

@nia_escarlate

Eu ajeito a bolsa no meu ombro enquanto eu crio coragem pra bater na porta de uma casa verde claro que Diogo disse que Dafne morava. Eu respiro fundo, sentindo minhas mãos soarem de nervosismo. Bato na porta branca algumas vezes, e a porta se abre.

A mulher de cabelos curtos vermelhos como fogo me encara com seus olhos redondos azuis iguais os do meu pai. Eu abro um sorriso nervoso e ela abre mais a porta. Sua barriga redonda e grande atrai a minha atenção e ela a alisa com cuidado sem dizer uma palavra.

— Oi. Eu sou o...

— Bernardo. — Ela me corta. — Reconheceria esses olhos em qualquer lugar. — Ela diz melancólica. — São parecidos com os da sua mãe, alguém já te contou isso? — Ela pergunta e eu olho novamente pra sua barriga e depois pros seus olhos.

— Ela mesma me disse. Através de uma carta. — Eu digo ainda nervoso.

— Entra. — Ela diz enquanto adentra a casa.

Eu entro, bato a porta enquanto avalio a casa. É maior do que aparenta ser por fora. A casa é bem bonita, eu caminho até onde ela foi e ela está se sentando numa cadeira branca na cozinha.

— Sua casa é bonita. — Eu digo quando chego na cozinha.

— Obrigada. — Ela diz e batuca a outra cadeira. — Senta aqui. — Ela pede e eu caminho até lá e me sento.

— Eu não queria te incomodar. — Eu começo a dizer olhando novamente pra sua barriga.

— Eu devia ter mantido contato. — Ela diz e suspira. — Mas depois da morte do meu irmão eu não… aguentava ficar por ali. — Ela diz e me encara. — Você está um rapaz lindo. — Ela diz sorrindo.

— Obrigado. — Eu digo. — Está grávida de quantos meses? — Eu pergunto pra quebrar o clima triste que se instalou.

— Seis meses. — Ela diz alegre. — São gêmeos. Miguel e Sâmela. — Ela diz acariciando sua barriga volumosa.

— Parabéns. — Eu digo. — São seus primeiros filhos? — Eu pergunto lembrando do que Valentina tinha me dito.

— Eu tenho Breno. Ele tem oito anos. — Ela diz me olhando. — Ele se parece muito com o seu pai. — Ela diz melancólica.

— Ele está aqui? — Eu pergunto curioso olhando em minha volta.

— Saiu com o meu marido. Foram ver um jogo de futebol. — Ela comenta e se levanta. — Ele foi um dos motivos que eu quis ir embora sem olhar pra trás, Bernardo. — Ela diz e eu a encaro. — Ele foi a minha salvação. Eu era uma mulher rancorosa, amargurada… ele me tirou de tudo isso. Vim pra cá, meu melhor amigo Carlos me ajudou e alguns anos depois nos casamos. Agora eu tenho uma família. — Ela diz e eu continuo a encara-la.

— Eu não vim aqui pra entrar em sua vida. Eu… só quero saber de algumas coisas. — Eu digo e ela desvia o olhar pra algo atrás de mim e eu acabo olhando também.

Eu olho o porta retrato, parece ser um grupo de amigos felizes. Bem de longe eu reconheço Gabriela que está abraçada com o meu pai. Tem algumas outra pessoas também que eu não reconheço, além dela... Valentina.

— Eu sabia que um dia você viria Bernardo. — Ela diz respirando fundo. — Você deve ter inúmeras perguntas, mas eu infelizmente não posso responder todas. Não cabe a mim isso. — Ela diz e eu encaro os meus dedos que estão apoiados na mesa.

— Eu sou o seu sobrinho. — Eu digo.

— Eu sei, Bernardo. Mas eu não...

— Você sumiu, Dafne. — Eu digo a encarando. — Meu pai falava muito de você. Você quase não ia nos visitar, eu não lembrava nem do se rosto. A única coisa que eu quero é a verdade. —  Eu peço pra ela que está com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu fiz uma promessa, Bernardo. — Ela diz e caminha até o porta retrato. — Todos nós fizemos após o enterro do seu pai. — Ela diz e coloca o porta retrato na minha frente.

— Eu não prometi nada! — Eu digo a olhando. — É sobre a minha vida, Dafne. — Eu digo e ela se aproxima tocando nos meus cabelos.

— Tenho certeza que é sobre Valentina, Breno, Gabriela e Antônia. — Ela diz. — Eu não posso responder nada sobre eles…

— Quem é Antônia? — Eu pergunto e ela para de acariciar os meus cabelos e me olha surpresa.

— Valentina não te disse sobre Antônia? — Ela pergunta ainda mais surpresa.

— Essa seria amiga misteriosa dela? Que ela não menciona sem derramar rios de lágrimas? — Eu pergunto e Dafne recusa um passo.

— Você não sabe mesmo sobre Antônia… — Ela diz e volta a se sentar. — Acho que isso eu posso te contar, já que faz parte da sua vida. — Ela diz e pega o porta retrato.

— Essa loira aqui, é Valentina. — Ela diz apontando. — Essa agarrada a ela é Antônia. Melhor amiga dela e sua tia por parte de mãe. — Ela diz apontando para a morena sorridente.

— Como assim? Gabriela teve irmã? — Eu pergunto surpreso.

— Irmãs. — Ela me corrigi. — Eram quatro, mas as outras duas não estão na foto. — Ela diz como se lamentasse.

— Eu estou confuso. — Eu digo observando bem a morena.

— Antônia era uma menina doce, gentil, engraçada e com frases enigmáticas como…

— Se faz sentir, faz sentido. — Eu digo primeiro que ela e ela sorrir admirando  foto.

— Ela adorava essa. — Ela diz rindo. — Tem outras, mas nem todas fazem tanto sentido quando essa. Trocadilho. — Ela diz alegre.

— Ela teve filhos? — Eu pergunto sentindo que não vou gostar da resposta.

— Ela se casou com esse garoto aqui. — Ela aponta para o moreno na foto.

Eu observo bem, os olhos e o sorriso são tão familiares...

— Ele se chama Fábio. — Ela diz meio irritada. — Eles tiveram uma filha linda, ela se chama Antonella. — Ela diz contente.

Fodeu!

— Antonella? — Eu pergunto esperando ela corrigi o seu erro. — Ela se parece com ele? Com o tal Fábio? — Eu pergunto e ela me encara.

— Sim, se parece. Você não lembra dela? — Ela pergunta e eu a encaro surpreso.

— Por que lembraria? — Eu pergunto curioso.

— Eu não acredito que esqueceu sua amiguinha, Bernardo. — Ela diz rindo e eu fico cada vez mais pálido. — Eu e Antônia adoravamos, mas Valentina nunca gostou muito da aproximação de vocês. Deixa eu ver onde eu guardei. — Ela diz se levantando e indo para algum lugar.

Minha respiração começa a ficar errática. Eu acho que estou soando frio... Minha mãe tinha irmãs. Antônia era uma delas, que é a mãe de Antonella, isso significa que somos primos e nossa… eu estou cada vez mais ferrado. Como isso foi acontecer?

— Nos incentivamos a amizade de vocês. — Dafne retorna a cozinha falando. — Vocês dois pareciam ser muito amigos, você sempre a protegia. — Ela diz colocando uma caixa vermelha em cima da mesa.

Ela a abre com cuidado, como se tivesse apego a aquelas fotografias. Ela continua falando, mas eu não consigo ouvir, principalmente quando eu pego a foto que ela está procurando. Meus cabelos loiros estão grandes e bagunçados, meus dentes da frente não existem, e eu estou com um pijama azul. Ao meu lado a morena que parece ter uns dois anos está vestida com um pijama listrado rosa, seus cabelos são curtos e ela está sorrindo.

— É essa foto mesmo. — Ela diz me encarando. — Você dizia que quando crescesse ia se casar com ela. Valentina sempre ficava espantada. Mas você só tinha seis anos. Que mal teria. E pelo visto vocês nem se conhecem…

— Eu a conheço... E muito bem. — Eu digo engulo a saliva a seco.

— Está tudo bem? Você está pálido. Quer um copo de água? — Dafne pergunta se levantando com cuidado por causa da barriga.

— Porque eu não me lembro dela? — Eu pergunto, mais pra mim do que pra ruiva.

— Vocês dois eram pequenos demais. Impossível que se lembrasse já que depois de um tempo Antônia e Valentina brigaram, e decidiram não aproximar vocês. Achei bobagem, mas eu não era nada além de tia. — Dafne diz lamentando.

— Eu não...

— Engraçado que Antonella ficou com a mesma reação que você...

— Quando você viu ela? — Eu a pergunto, não deixando ela completar sua frase. Ela coloca o copo de água a minha frente e me e cara doce.

— Ontem. — Ela diz dando de ombros. — Ela veio me visitar. Precisava saber se os diários da mãe estava comigo, mas infelizmente eu não vejo esses diários desde a morte de Antônia. — Dafne diz se sentando, com a voz triste.

— Como ela morreu? — Eu pergunto a encarando enquanto seguro o copo de vidro firme.

— Eu... não gosto de falar disso. Eu, não consigo. Antonella também me proibiu de comentar qualquer coisa da mãe dela pra você... — Dafne diz com cautela.

— Por que ela faria isso! — Eu pergunto irritado. — Eu vacilei com ela, eu entendo isso. Aturo esse silêncio ridículo dela, mas isso é a minha vida também! — Eu digo ficando de pé, enquanto tento normalizar minha respiração.

— Ficar nervoso não vai adiantar muito, vai? — Dafne diz, me encarando calma e ainda sentada.

— Ela disse onde está? — Eu pergunto e Dafne desvia o olhar. — Ela disse pra você não me dizer não é? — Eu pergunto, mas já sei bem da resposta.

Até quando Antonella pretende ficar se escondendo de mim?

— Ela disse pra não contar, mas eu estou com uma dúvida incontrolável. Se me contar a verdade, eu te dou o endereço. — Dafne diz me encarando com seus olhos azuis redondos.

— Que dúvida? — Eu pergunto também curioso. Dependendo do que ela perguntar, eu vou finalmente saber onde ela está.

— Você e Antonella estão juntos? — Ela pergunta e eu a encara surpreso e volto a me sentar na cadeira ao seu lado.

— Não, não estamos. — Eu digo.

É verdade. Eu e Antonella não estamos juntos. Já transamos, mas não passa disso. Eu quero que passe, sinto que ela quer também, mas sempre tem uma maré de mentiras que nos separam.

— Mas já se envolveram? — Dafne pergunta e eu encaro a fotografia de nos dois pequenos e suspiro.

— Mais do que deveríamos. — Eu lamento. — É complicado... — Eu comento apreensivo olha do para ela. — Valentina fica nos cercando com seus jogos de mentira, frases mal acabadas e enigmáticas. Ela me disse pra ficar longe de Antonella, mas não disse que somos primos! Tudo seria mais fácil se ela dissesse a verdade...

— Não condene tanto Valentina. — Dafne a defende. — Eu não gosto de Valentina, desde que a conheci eu não a suporto. É complicado a nossa relação, mas temos respeito uma pela outra, já que sou a cunhada dela. Eu admiro a coragem dela, ela luta de verdade pelas coisas que ama. Ela vai até o final, não desiste... Eu gosto da força dela. — Dafne diz forçando um sorriso.

— Por que ela mente tanto? — Eu pergunto e Dafne recua um pouco.

— Antônia dizia que Valentina foi moldada para as mentiras. Ela teve que mentir pra sobreviver. Sua mãe não estaria viva se não tivesse mentindo. É uma auto defesa. Sua mãe já sofreu muito nessa vida, Bernardo. — Dafne diz melancólica.

— E porque ela não se abre comigo? Porque não me conta a verdade? — Eu pergunto irritado.

— Você diz como se fosse fácil. E você e Breno só sabiam a julgar. A única que entendia ela de verdade era Antônia... não lembro porque as duas brigaram, mas isso fechou mais Valentina. Lembro-me Que Valentina tinha virado outra pessoa, não ligava pra mais nada além da empresa. Foram anos difíceis e cansativos para ela. Breno também não a ajudava muito...

— Meu pai era um bom pai. — Eu digo, e ela sorrir.

— Ele era sim um ótimo pai. Mas era um péssimo marido. Se Valentina não o amasse mesmo, ela já teria a deixado. Ele só tinha olhos pra você porque era filho de Gabriela, Bernardo. Eu sou a única pessoa que pode te dizer o quanto Breno era péssimo com Valentina. — Dafne diz suspirando de tristeza. — Breno após a morte de Gabriela entrou em um luto horrível, Valentina o ajudou, cuidou de você mesmo não suportando crianças. E quando Breno se recuperou, começou a humilhar e jogar na cara de Valentina que ela não era sua mãe. Depois as coisas começaram a quebrar. — Dafne diz olhando em meus olhos.

— Breno não era assim... Valentina que se afastava ao máximo. — Eu digo com raiva.

— Ela se afastou sim. Porque Breno não dava espaço pra ela. Você não conhece outra Valentina porque ela não teve chances. Ela estava depressiva, infeliz, num casamento gasto demais... Breno não a ajudou a se recuperar como ela fez com ele...

— Isso é mentira! — Eu digo alto e Dafne continua calma.

— Breno foi um ótimo pai. Ele te amava muito, e sempre demonstrou isso. Mas ele não era um bom marido pra Valentina. Você era pequeno quando as coisas começaram a mudar, por isso não lembra de um Valentina doce, amorosa e feliz por ter você. Como voltar a ser isso se vou tachada como errada por amar um filho que não era dela? — Dafne não pergunta pra mim, ela pega o porta retrato na mão e depois me olha.

— Isso não pode ser verdade. Porque ela não me contou? — Eu pergunto devastado.

— Ela não quis tirar a imagem boa que você tem de seu pai. Do cara perfeito. Mas ele não era, não com Valentina. — Ela diz e segura minha mão por cima da mesa. — Não seja como o seu pai, Bernardo. Não julgue Valentina antes que ela diga como se sente. Ela não se abre muito, mas quando se abre, não deve ser ignorada. Ela ama muito você, não tenha dúvidas sobre isso. — Dafne diz de levantando.

Ela volta minutos depois com um papel e me entrega. Tem um endereço e ela suspira.

— Não seja como ele. Não julgue antes de perguntar. Só seja sincero. Agora vai, vai atrás de Antonella e ajeite as coisas com ela. — Ela diz e eu me levando.

— Mas somos...

— Toda verdade tem dois lados. Eu te dei um, agora vá atrás do outro. — Dafne diz segurando meu rosto. — Seja como Gabriela, ame loucamente mas não abandone a razão. Não tenha medo de ser verdadeiro. — Dafne diz me abraçando. — E me desculpe por ficar longe... prometo te ligar sempre que possível. Eu te amo, querido. — Ela diz beijando minha bochecha.

Eu me despeço dela, com lágrimas nos olhos. Entro no carro e respiro fundo. Coloco o endereço no gps e vou atrás de Antonella pra quebrar de vez esse silêncio.


Não revisado.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro