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Capítulo 30 - Negativo

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@nia_escarlate

Fecho a última mala de Téo. Ele está sentado na cama me encarando triste, deixei Sabrine ligar para se despedir dele, que daqui a alguns meses ele a veria novamente. Quando voltei na madrugada do mesmo dia, pensei em como explicaria melhor para Téo.

Eu tentei ser o mais claro possível, tentei dizer coisas que não deixariam ele pensar que Sabrine estava o abandonando. Ela precisava pensar em sua vida, precisa reorganizar a sua vida e Eduardo se comprometeu a ajudá-la por cinco meses.

Logo depois eles voltariam para cá, Sabrine ficaria um final de semana na casa de Valentina com Téo e Eduardo contaria que era pai dele. Concordamos em não falar nada agora, ele já estava bem triste e confuso com o que escutou e agora com a partida de Sabrine.

— Eu posso liva o dinossauro? — Ele pergunta atraindo minha atenção para onde ele olha.

Vejo a estátua de dinossauro que Eduardo deu a ele e sorrio. Pelo menos ele tentou algo. Encaro Téo que me olha triste e eu sorrio de lado meio chateado por causar essa tristeza nele. Mas é preciso, foi preciso.

— Claro que sim. O tio Eduardo vai gostar de saber que você gostou do presente. — Eu digo acabando de fechar a mala e vou até a estátua a colocando na mochila. — Pronto amigão? Podemos ir? — Eu pergunto a ele que concorda com a cabeça e eu o pego no colo descendo com ele.

O olhar de Valentina me encara surpresa, eu a ignoro e deixo Téo com a nova babá chamada Paula e ela o leva para o carro enquanto eu pego as malas dele.

— Isso não é necessário. — Valentina diz parada na porta do meu antigo quarto.

Eu nem a olho, vou pegando as malas e passo por ela sem dizer uma palavra. Ouço o barulho do seu salto contra o piso do corredor, mas não paro.

— Até quando vai me ignorar, Bernardo! Que infantil! — Ela diz e eu suspiro fundo e continuo a caminhar para as escadas. — Pelo menos fica aqui, essa casa é tão grande. Tem espaço suficiente para você continuar com essa infantilidade. — Ela diz e eu desço as escadas colocando as malas na porta e peço para uma das empregadas levarem para o carro.

Eu encaro a mulher a minha frente, de camisola azul, cabelos soltos e penteados. Olhos azuis e olheiras pretas embaixo dos olhos. Eu estou com tanta raiva dela, algo que está me consumindo de um jeito que não consigo explicar. Eu só quero beber, para anestesiar a dor. Quero também bater, para aliviar a pressão no meu peito. Corro todas as manhãs para me sentir vivo, porque parece que estou morto.

Quando Antonella se foi, eu só desejei uma coisa. Uma única coisa. Que o maldito teste de D.N.A desse positivo. Eu já estava com muita raiva, e isso ao menos ia provar que Valentina não mentiu novamente para mim e para Antonella, mas, infelizmente, nem tudo é do jeito que deveria ser.

Três semanas atrás...

Olho novamente para onde a bebida está, me ajeito na cadeira do escritório, na antiga sala de Antonella. Não foi uma boa escolha ficar aqui, parece que o cheiro dela está empreguinado em todos os lugares que ela já foi.

— Mandou me chamar, Senhor Martínez? — Fernanda pergunta abrindo a porta da sala.

— Ente por favor. — Eu digo calmo. — E fecha a porta. — Eu completo e ela me encara confusa, mas faz o que eu digo.

— O que deseja? — Ela pergunta abrindo o caderninho azul de anotações.

— Eu quero ela. — Eu digo e os olhos escuros encaram os meus após levantar a cabeça levemente.

— Não entendi. — Ela diz depois de corrigir a postura.

— Claro que entendeu! — Eu digo sério. — Você sabe onde ela está, e não quer dizer. — Eu digo e ela suspira.

— Foram ordens da Senhorita Alencastro. — Ela diz séria.

— Eu posso te demitir, sabia? — Eu pergunto e ela continua a me encarar com o semblante calmo.

— Na verdade não pode. — Ela diz. — Fui contratada pela Antonella. — Ela diz e fecha o caderninho. — Foi só para isso que me chamou? — Ela pergunta.

— Por favor, Fernanda. Eu estou desesperado, eu quero saber ao menos se ela está bem. — Eu peço.

— Ela está bem. — Ela diz calma. — Mas alguma coisa? — Ela pergunta e eu jogo minhas costas na cadeira passando os dedos pelos olhos.

— Não. Pode sair. — Eu digo suspirando fundo.

— Ah, quase me esqueci. — Ela diz atraindo o meu olhar. — Chegou esse pacote para o senhor hoje mais cedo. — Ela diz e pega um envelope que estava abaixo de umas revistas que ela segurava e usava de apoio para o carderninho.

— Sabe do que se trata? — Eu pergunto ao pegar o envelope.

— O carteiro disse que era confidencial. — Ela diz com um ar de curiosa e eu a encaro.

— Já que não que me dizer onde ela está, também não vai saber o que tem aqui dentro. — Eu digo e ela faz uma cara de decepcionada e sai da sala fechando a porta.

Eu encaro o papel pardo, com o meu nome e em letras grandes e vermelhas escrito confidencial. Eu sei o que é isso, queria não saber, mas... Se eu tiver certo, hoje eu descubro se Ellen é ou não filha de Valentina.

Levanto indo para o pequeno bar que montei ali, encho o copo de whisky e o viro a seguir, sentindo a garganta queimar, os dentes ranger e o meu corpo relaxar um pouco. Volto para atrás da mesa e rasgo o envelope, comprovando ser mesmo do laboratório que eu confio, e abro o documento. Meus olhos lêem cada palavra com muita atenção e ansiedade. Quando eu chego até a palavra que eu precisava ler, eu fecho os olhos.

— Droga! — Eu digo pegando o meu paletó e saindo disparado para casa.

Negativo! Elas não são nem parentes! Quem será essa Ellen? Valentina a contratou para fingir ser filha dela? O que ela acha que ganharia com isso? Aperto o volante tão forte que sinto a pressão sanguínea parar de correr. Bato as mãos forte do volante, querendo descontar a minha raiva antes de entrar naquela casa.

Saio do veículo um tempo depois, bato a porta firme e vou caminhando até a casa. Entro e dou de cara com Sabrine, que está com o Téo no colo.

— Papai! — Téo diz se debruçando para os meus braços.

— Oi amigão. Está indo passear com a mamãe? — Eu pergunto olhando para a Sabrine, seu rosto está ainda machucado e ela no máximo caminha no jardim.

— Eu vou levá-lo no jardim. Pedi sorvete e vamos brincar muito na grama. — Sabrine diz sorrindo para Téo e me encara. — Será que podemos...

— Fica lá fora até eu mandar. Não quero Téo aqui dentro, e nem você, entendeu? — Eu digo sério para ela que pega o Téo do meu colo e sai pela porta da frente sem dizer nada.

Eu vou procurando por Valentina e Ellen, elas estão na sala de estar conversando baixo. Eu respiro fundo, tentando controlar minha raiva.

— Estão conversando ou falando em segredo? — Eu pergunto atraindo o olhar das duas loiras para mim.

— Bernardo? O que faz aqui há essa hora? — Ela pergunta se levantando. — Tem notícias da Antonella? — Ela pergunta esperançosa.

— Vocês já se conheciam antes? — Eu pergunto a elas.

— Antes do que? Não entendi. — Ellen pergunta e eu vou e me sento na poltrona de frente pro sofá.

— Imaginei que vocês duas se conheciam antes e estavam rindo pelas nossas costas. — Eu constato e Valentina me encara confusa.

Eu devolvo o olhar sério, com raiva, e sem nenhuma vontade de disfarçar. Valentina senta no sofá e coloca a mão na coxa de Ellen.

— Ele já sabe. — Valentina diz ainda me encarando.

— Sabe do que? — Ellen pergunta desviando o olhar entre mim e Valentina.

— PARA DE SER SONSA! — Eu grito perdendo o controle e ela se retrai.

— Ellen é melhor você ir, querida. — Valentina diz olhando bem para a garota.

— Ela vai ficar! — Eu mando antes que Ellen se levante. — Vocês fizeram isso juntas ou a mamãe mentirosa te pagou? Te pagou quanto? — Eu pergunto olhando para Ellen que está assustada.

— Eu não sei...

— Sabe sim! Não precisa mais mentir, quer a prova concreta? Eu te dou. — Eu digo pegando do bolso esquerdo da calça o papel e jogo na mesa de centro.

Ela pega o papel com as mãos tremendo, ela o abre enquanto eu e Valentina estamos nos encarando furiosamente.

— Já chega dessa palhaçada! — Valentina diz alto se levantando.

— Sou eu quem diz quando essa palhaçada acaba! — Eu digo mais alto que ela. — Senta. Agora! — Eu mando e ela me encara com raiva, reluta um pouco mais senta.

— Eu não tô entendendo...

— Ela não sabe de nada. — Valentina diz a interrompendo.

— Você mentiu para ela também? Inacreditável! — Eu digo rindo de surpresa e me levanto.

— O que está...

— Então sai! Isso aqui é assunto de família. — Eu digo para a Ellen que continua com a expressão confusa.

A mulher se levanta, brava e confusa. Da uma última olhada para Valentina e nem olha para mim, sai batendo o pé como uma criança mimada. Eu encaro Valentina que se levanta, tenta dizer algo, mas as palavras morrem em sua boca.

— Como você consegue? Diz para mim. — Eu peço rindo de desgosto.

— Bernardo, eu...

— Como consegue mentir tanto? Como consegue dormi a noite com esse poço de segredos que você guarda? Em me diz! — Eu pergunto alto, me sentindo traído mais uma vez.

— Me desculpa. Por favor...

— Eu não quero o caralho das suas desculpas! — Eu digo nervoso e passo a mão pelos cabelos os bagunçando e os puxando com força.

— Eu não posso... Eu te diria ser pudesse, mas você me odiaria. — Ela diz com a voz embargada.

— EU JÁ TE ODEIO! — Eu grito me virando para olha-la.

— Me odiaria de verdade. Ela é uma pessoa tão boa, tão linda e eu... Eu não posso acabar com a vida que ela tem. Isso é tudo o que ela tem, eu não a mereço. — Valentina diz chorosa.

— Mas eu mereço saber! — Eu digo e ela rir.

— Não! Não merece. Como você adora jogar na minha cara que não é o meu filho, isso tira qualquer direito que você teria de saber quem é a sua irmã. — Valentina diz com raiva.

— Você me criou. Eu sou o seu filho. Infelizmente eu sou a droga do seu filho! Ela também é, você pode ser a pior mãe do mundo, pode ser mentirosa, manipuladora, cega pelo poder, mas ainda é a mãe dela! — Eu digo e ela balança a cabeça negativamente enquanto fecha as mãos em punhos.

— Agora quer falar que eu te criei? Não Bernardo! Você não precisa saber. — Ela diz furiosa.

— Eu preciso sim! — Eu devolvo encarando ela.

— NÃO! NÃO PRECISA! — Ela grita batendo as mãos na mesinha que quebra, fazendo os vidros voarem por todo o chão da sala. — Por que você quer tanto saber disso? Esquece isso, vai viver a sua vida, salvar a sua família que está desesperada por atenção! DEIXA A MINHA VIDA EM PAZ! — Ela grita e eu olho para a sua mão cortada.

— Você prefere se ferir do que contar a verdade. — Eu afirmo.

— Eu prefiro morrer do que contar a você quem é a minha filha. Isso não te interessa. — Ela diz apontando o dedo machucado na minha direção.

— Sabe porque eu quero tanto saber? — Eu pergunto a ela que não desvia o olhar de mim nem por um segundo. — Um ano antes do meu pai morrer, você mudou. Tinha voltado a ser indiferente, quase não voltava para casa, quase não falava comigo, vivia trancada naquela merda de sala, só começou a ficar mais presente quando Breno ficou doente. Você nunca foi uma mãe perfeita ou exemplar, mas ainda tinha sorrisos, ainda tinha gargalhadas, ainda demonstrava que me amava mesmo sendo fria. Naquele ano, a dez anos atrás, você estava num felicidade que não cabia em você, mas aí, algo aconteceu, e parecia que você tinha morrido, se perdido dentro de uma solidão inexplicável! O que aconteceu? — Eu pergunto vendo sua expressão mudar.

— Eu não quero falar sobre isso. — Ela diz nervosa.

— Você não quer falar de nada! Mas agora você não vai correr de mim. — Eu digo me aproximando dela.

— Bernardo, eu estou te implorando. — Ela diz segurando na minha blusa e olhando em meus olhos. — Por favor, deixa isso para lá. Esquece isso! Não me faz falar sobre isso. Por favor. — Ela pede prendendo o choro.

Seus olhos carregam uma tristeza enorme, seus olhos azuis parecem um mar revoltoso e sem fim, suas mãos tremem e seu semblante é uma mistura de sentimentos, mas o que prevalece é a tristeza. Eu vou ser enganado novamente? Ela vai mentir para mim novamente? Vai agir como se essa conversa não tivesse acontecido? Eu devo ou não ignorar isso?

— Eu só preciso saber. Eu não consigo ignorar essa vontade grande de saber quem é. Parece que algo despertou essa fome da verdade em mim, e eu não posso ignorar. — Eu digo a ela que começa a chorar.

Eu só a vi assim uma vez, que foi a conversa sobre a sua gravidez. Essa conversa também não sai da minha cabeça, fica batendo, voltando como flashes inesquecíveis e em todas as cores e sentimentos possíveis.

Algo estala em minha mente, um flash específico trava, a voz de Valentina começa a falar sobre a sua amiga, que ela se esquivou em contar mais. Algumas coisas que Valentina fala, parece sempre ser jogadas no ar, mas agora, parece que se encaixa perfeitamente.

— Quando ela morreu? — Eu pergunto e Valentina me encara.

— Ela quem? — Ela pergunta se afastando um pouco.

— A sua amiga. Que tentou te convencer a não abortar. — Eu pergunto e os olhos de Valentina se arregalam.

— Por que quer saber? Isso não tem a menor relevância agora. — Ela diz rápido se afastando mais de mim.

— Foi a dez anos atrás não foi? Você amava ela, não amava? Foi por isso que você se afastou. Você estava de luto. — Eu digo juntando as peças.

— Não! Eu não vou falar disso. Eu não quero. — Ela diz se afastando mais, e eu vejo as lágrimas dela cairem.

— Você a amou não foi? — Eu pergunto para ela.

— Ela era a minha melhor amiga. — Ela diz triste.

— Não estou dizendo como amiga. — Eu digo e ela desvia o olhar para a mesa quebrada. — Você a amou mesmo. Um amor que não cabia em você. Eu naquela época achava que você estava traindo o meu pai, sua felicidade era diferente, eu não sei explicar. Mas algo me diz que é você a amou...

— PARA! — Valentina grita.

Ela cruza os braços em volta do corpo, seu choro aumenta, seus soluços ficam incontroláveis. Ela se ajoelha no chão, e eu me aproximo para consola-la.

— Por favor, só para. — Valentina pede entre os soluços. — Eu não quero, eu não posso...

— Tá tudo bem...

— NÃO! NÃO ESTÁ! — Ela diz me empurrando.

— Valentina...

— Eu a amei sim. Eu ainda a amo. E você não tem nada haver com isso! Deixa o meu passado em paz! Ele está onde deve está, enterrado a sete palmos abaixo do chão! Para de investigar ou se meter onde você não deve. — Ela diz se levantando e me olha séria e com raiva. — Eu não te devo a verdade. Não cabe a você decidir quem sabe ou não. E nunca mais toque nesse assunto. — Valentina diz com um tom de ameaça e passa por mim.

Eu continuo sentado no chão. A conversa tomou um rumo diferente, caminhou para um lugar onde eu não sabia o que me esperava. Mas agora eu estou perto de saber, muito perto mesmo.

Sinto muito, Valentina. Mas eu vou desenterrar o seu passado e descobrir todos os segredos que você quer tanto esconder. Agora é só uma questão de tempo.

Não revisado.

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