Capitulo 14 I - Quero o mesmo que você
Sempre gostei de brincar com fogo, e sempre gostei de ser queimada por ele. A chama da paixão que dança pelo meu corpo é inexplicável, o fogo do desejo que deixam minhas pernas bambas me enlouquecem. Eu não me sinto assim a tanto tempo que a minha primeira reação foi afastar.
Precisava afastar Bernardo de qualquer jeito possível. No amor ou na dor, mas não adiantou. Algo sempre me atraia pra ele, algo dentro de mim gritava por ele, e já estava cansada de seguir ordens, quero ser a louca que fui tachada!
Bernardo me ergue e automaticamente minhas pernas se cruzam em suas costas. Nossos lábios grudados um no outro, nossas línguas dançam inquietantemente pela boca de ambos. A temperatura parece que elevou ao máximo.
Sou colocada no sofá de sua sala, ele desgruda nossas bocas por milésimos de segundos, só pra se ajeitar por cima de mim, suas mãos vão para dentro da minha blusa, tocando em meus seios, que estão sensíveis de prazer.
Eu me afasto, para olhar o brilho que possuí os olhos de Bernardo. Suas íris azuis claros como o céu estão escuras de tesão e isso me tira o ar.
- Era pra ser um beijo pra te acalmar... E não nos acender como fósforo e gasolina. - Eu explico.
Bernardo sorrir maliciosamente pra mim, e segura firme a minha cintura e choca contra sua ereção em minha perna subindo para se encaixar entre elas.
- Eu estou assim desde que te vi hoje. - Ele diz, com a voz rouca e sexy me fazendo quase gemer. - Sua intenção foi boa, mas a minha já estava mal intencionada desde o bom dia que você me deu. - Ele diz rápido e começa a beijar meu pescoço.
Eu reviso os olhos e mordo os lábios forte pra não gemer alto. Subo minha mão até encostar em sua bunda redonda e durinha, mas não paro ali, continuo subindo até encontrar suas costas musculosas e o aranho puxando-o mais pra perto.
- Não devemos fazer isso aqui. - Ele diz, parando tudo e me encara.
- Não devemos mesmo. - Eu digo me equilibrando sobre os cotovelos. - Foi você que me trouxe pra cá. - Eu digo rindo.
- Ainda vai jantar comigo? - Ele pergunta, beijando devagar o meu queixo e dando uma mordidinha de leve, me arrepiando inteira.
- Só se eu for a sobremesa...
- Ótima escolha. Parece ser deliciosa. - Ela diz no meu ouvido, segurando firme meu seio e eu gemo em seu ouvido.
- Você já teve sua prova inicial. A noite você vai comer a sobremesa inteira. - Eu digo beijando o seu pescoço.
Bernardo inverte a posição, me deixando por cima. Segurando minha cintura, e me encaixando em seu pau, aproveito para provoca-lo. Abro o meu blazer, ele fica vidrado no que estou te mostrando, rebolo um pouco em cima dele e sinto-o segura mais firme minha cintura me travando no lugar.
- Se me provocar desse jeito, vou te comer aqui. - Ele diz se sentando me deixando ainda em seu colo.
- Estou te dando um aperitivo pra mais tarde. - Eu digo manhosa em seu ouvido e mordo o lóbulo da sua orelha.
Saio do seu colo, e fecho o meu blazer, o volume em sua calça me deixa além de curiosa, com muita água na boca.
- Que horas eu te busco? - Ele pergunta ansioso enquanto eu ajeito o meu cabelo em frente ao espelho.
- Vou fazer a reserva pras oito no Zoe. Lá tem uma risoto de camarão fenomenal. - Eu digo e ele se levanta e caminha até onde estou. - Me faz gemer com apenas uma garfada. - Eu comento e ele fica atrás de mim.
Ele coloca os meus cabelos no ombro esquerdo, desce um pouco o meu blazer e beija o meu ombro até o meu pescoço. Eu gemo baixinho, chegando pra trás pra sentir sua ereção novamente.
- Estou muito ansioso pra esse jantar. - Ele me gira e segura minha nuca com sua mão forte e grande.
Ele beija meus lábios com necessidade, de uma maneira que quase não consigo ficar em pé e ainda sem ar nos pulmões. Não deixo que nossas línguas se toquem, estamos necessitados e alterados, qualquer um que permita agora o menor movimento possível, vamos acabar transando aqui e não é isso que eu quero.
- Como vou conseguir trabalhar assim? - Ele sorrir pontando pra sua calça.
- Acredite, estou tão molhada que posso molhar a calça. - Eu digo e rio. - Até mais tarde, é perigoso nos vermos... podemos acabar transando. - Eu digo saindo de seus braços.
- O que não seria má ideia. - Ele diz piscando e eu rio.
- Até logo, Bernie. - Eu digo, ajeitando o meu gloss todo borrado.
- Espero ansiosamente para te encontrar, Anne. - Ele diz e eu saio fechando a porta.
Dou de cara com Sabrine, ela me olha desconfiada, eu não deixo que se aproxime muito, estou com o cheiro do perfume penetrante e masculino de Bernardo.
- Não devia está trabalhando? - Eu pergunto cruzando os braços.
- Estava esperando você sair...
- Já sai. Pode continuar o seu trabalho. - Eu digo andando para minha sala.
- Vocês têm alguma coisa? - Ela pergunta, e eu me viro pra encara-la.
- Não é da sua conta. - Eu digo e ela comprime os lábios. - Somos adultos com a libido aflorada, entende? - Eu digo fazendo cara de safada só pra provoca-la.
- Entendo perfeitamente. - Ela diz e sorrir falso. - Ele foi assim comigo, hoje é com você, vai saber com quem ela vai ser assim amanhã? - Ela diz tentando me provocar.
Logo eu? A rainha do veneno e do deboche?
- Não quero relacionamento com ninguém. Essa foi a sua intenção, prender ele. Mas todo pássaro nasceu livre pra voar e não ficar numa gaiola. - Eu digo e a vejo ficando vermelha de raiva - Eu e ele somos dois pássaros livres, enquanto você é a gaiola que nós tememos entrar um dia. - Eu digo e saio, piscando pra Fernanda e entro em minha sala sorrindo.
Vou ao banheiro da minha sala, ao me olhar no espelho eu sorrio, passo a língua pelos lábios ainda sentindo o gosto forte e marcante de Bernardo. Após me ajeitar, sento-me na minha cadeira novamente para recomeçar o trabalho, o que vai ser difícil.
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- Que sorriso grande é esse? - Ouço Ananda dizer e levo a mão ao peito de susto.
- Você quer me matar! O que faz em casa essa hora? - Eu a pergunto, olhando a hora no celular que marca cinco e meia da tarde.
- Eu... sai mais cedo. - Ela diz e eu cerro os olhos desconfiada.
Avalio Ananda da cabeça aos pés, seus cabelos longos e castanhos escuros estão bagunçados num coque como se ela tivesse dormido a tarde toda. Seu pijama da vez é de pequenas maçãs, o que me faz revirar os olhos e sorrir. Ela está descalça, me parece que estava pintando as unhas, o esmalte e o pau de laranjeira a entrega fácil.
- Você não foi trabalhar hoje? - Eu pergunto colocando a bolsa no sofá.
- Não...
- O que está acontecendo, Ananda? Você não é de mentir. - Eu pergunto e ela suspira.
- Tem um novo dono na empresa de joia, ele demitiu todo mundo sem nenhum motivo plausível! - Ela diz com raiva abanando as mãos. - Ele disse que ninguém é confiável ali, e a mocreia da Dona Elizabeth não me contratou pra continuar sendo sua assistente pessoal. - Ela diz e respira fundo unindo as mãos nervosas. - Eu fui demitida. - Ela diz cautelosa e segundos depois começa a chorar.
Eu sento ao seu lado e a puxo para um abraço apertado. Me dói ver Ananda assim, dói no fundo da minha alma.
- A empresa não está bem das pernas, mas depois da reunião com os acionistas eu posso arrumar um emprego pra você lá. - Eu digo alisando suas costas.
- Sério? Se for algo que vá ter prejudicar, não precisa. - Ela diz me olhando.
- Você precisa de um emprego, Ananda. Sua família infelizmente precisa de você. - Eu digo e lhe abraço de novo.
- Que perfume diferente. Parece ser masculino da linha do ano passado da Line's perfumaria. - Ananda diz e eu a afasto pelos ombros.
- Como é que esse cara te demitiu? - Eu pergunto e ela rir. - Seu nariz parace ser de um farejador! - Eu digo me levantando.
- Dizem que ele é irmão mais novo da Elizabeth. Mas não muda de assunto não, Anne. De quem é esse perfume? - Ela pergunta e eu sorrio.
- Comprei ele semana passada. - Eu minto e ela gargalha.
- Você odeia perfume masculino. - Ela comenta e eu cruzo os braços. - A não ser que seja de quem eu estou pensando. - Ela diz e se levanta.
- Você está viajando. - Eu digo e o celular dela toca.
- Sabe que eu não estou. É a Gina, vou atender. - Ela diz e atende o celular e eu faço cara de nojo e vou para o meu quarto.
Vou até o meu armário e observo bem as minhas roupas. Preciso de algo que vai concentrar a atenção de Bernardo toda em mim, não quero que a vontade de transar com ele se esvaia por minhas mãos. Eu preciso dele entro de mim e isso não é loucura da minha parte.
Assim que vou passando uma roupa por vez, visualizando bem como ficariam, eu paro num vestido de couro preto, ele é tubinho, fica bem colado ao corpo, seu decote é mediano, mas levanta os seios até o pescoço e ainda tem uma fenda na perna direita.
Ele é perfeito pra alucinar Bernardo.
Pego uma calcinha de renda vermelha bem pequena, e escolho não colocar sutiã. Depois que tomo um banho, passo um óleo de rosas e visto apenas a calcinha e coloco o roupão para poder fazer a maquiagem e devolver umas ondas mais perfeitas pra o meu cabelo.
- Antonella eu preciso ir a... Nossa, você vai matar quem vestida assim? - Ananda diz de boca aberta.
Acabo de passar o batom vermelho e solto o cabelo balançando para soltar os cachos.
- Assim como? Estou normal. - Eu digo alisando o vestido de couro ao meu corpo e me levantando para colocar o salto fino.
- Normal? Parece até uma mulher fatal. Se vestiu assim pra quem? - Ananda pergunta e eu rio envergonhada.
- Me arrumei pra mim. Já que vou jantar fora, preciso ao menos me arrumar melhor. - Eu digo e ela dar um sorrisinho cínico.
- Bernardo está na sala te esperando. - Ela diz e eu passo por ela praticamente correndo e ouço sua risada atrás de mim.
Quando chego na sala não tem ninguém além de mim, e eu me viro com raiva pra olhar para Ananda que está rindo, com um vestido azul leve e uma sapatilha nos pés.
- Você tinha que te visto sua cara! - Ela diz rindo.
- Você é muito engraçadinha. Vai logo que a cobra da Gina tá te esperando. - Eu digo e ela chega perto de mim.
- Ela é uma chata mesmo. - Ela concorda dando de ombros. - Eu posso voltar pra casa? - Ela pergunta e eu a empurro até a porta.
- Não seja boba, Ananda. - Eu digo e ela abre a porta.
- Não estou sendo boba, mas se quiser privacidade...
- Você sabe que isso aqui, é sagrado. - Eu digo apontando pra o apartamento. - Eu nunca traria qualquer um pra dormir aqui, muito menos transar. - Eu digo e ela sorrir.
- É a casa da Antônia né...
- É o lar dela. Ela merece no mínimo esse respeito. - Eu digo e ela beija minha bochecha.
- Então eu posso voltar pra casa tranquila? Não vai ter nenhum glúteo nu quando eu abrir essa porta? - Ela pergunta apontando pra porta e eu reviso os olhos e rio.
- Não vai ter! Agora vai logo. - Eu digo e ela faz cara de triste.
- Poxa então não vou ver a bundinha bonita do Bernardo...
- Ananda Violeta Davis Jones!
- Já estou indo, qualquer coisa me liga. - Ela diz levantando as mãos e rindo. Dou tchau a ela e retribui e eu fecho a porta e respiro fundo.
Não sei por que estou tão nervosa, algo dentro de mim está ansioso como se tivesse esperando a séculos esse encontro.
É um encontro?
Eu vou ter um encontro com Bernardo Martínez. O gostoso e muito quente do meu chefe!
Passo a língua pelos meus lábios e me concentro no gosto da boca dele, sinto que estou molhada, e sorrio mordendo os lábios.
- A noite vai ser bem quente!
Não revisado.
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