Senhora da Máfia - Juanita Zénon.

Meu nome é Juanita Zénon, mais conhecida como Senhora da Máfia. A mulher mais poderosa do Centro-Sul, Centro-Norte e Noroeste do México. Como cheguei até aqui? Como me tornei a mulher mais poderosa e respeitada de três grandes regiões do México? Foi um longo e torturoso caminho, até meus quinze anos eu sonhava em ser uma advogada, ter uma família.

Meus pais sempre foram da Máfia, Franco e Zulema Zénon, o casal mais poderoso do país. Mas que foram traídos e perderam mais da metade da posse e poder que tinham, o problema deles? Era ter uma coisa a perder, no caso eu. Fui alvo dos inimigos e para me salvarem eles perderam parte de tudo que tinham, mas os inimigos não sonhavam que eu ia entrar na parada e que eles estavam criando um pequeno monstro pronto para ser liberto. Aos 17 anos consegui fugir, fiquei quase cinco malditos anos aprendendo a lidar com monstros que não se importavam se você estava machucada ou não, eles só precisavam enfiar o pau em você e te comer até você desmaiar por cima deles. Malditos cães nojentos.

Minha mãe sempre me avisou que eu tinha algo de valioso na vida, que poderia usá-la a meu favor. Minha vagina valia muito se fosse usada da forma certa. Então eu seduzi um dos homens de Juan, o fiz me tirar daquele buraco e depois de segura eu enfiei uma faca nos cornos dele e o deixei morrer afogado no próprio sangue. Como dizem por aí, depois do primeiro assassinato tudo fica mais fácil e eu tenho que concordar com essas pessoas.

Agora aos 27 anos quem manda nessa porra sou eu, eu quem dou as cartas eu quem permito quem pode vender drogas na minha região eu comando os cartéis, os traficantes o contrabando, tudo indiretamente pois a justiça não pode ter poder sobre mim. Então eu mando e quem eu quero obedece e executa as funções, eu sou ficha limpa, para a lei eu nunca matei uma barata. Eles sabem o quão filha da puta eu posso ser, mas não podem me incriminar pois não existem provas suficientes contra mim.

Eu moro em uma mansão muito bem protegida, longe dos ataques dos inimigos, protegida por seguranças armados até os dentes.

Abro as grossas cortinas do meu quarto e olho para a paisagem linda que tenho daqui, eu gosto do canto dos pássaros, sempre me acalma.

Passo a mão pela minha gatinha da raça Sphynx, aqueles gatinhos sem pelo. Minha Pândora, é o ser vivo que mais me importo no mundo. Mas vive no quarto dela, quietinha e sozinha. Ninguém pode saber que eu tenho um bebê, pois se alguém pensasse em fazer algo com minha gatinha eu jogaria o responsável para os porcos, eles iriam comer a pessoa viva e eu ficaria sentada assistindo.

Acendo um charuto e encho um copo de whisky, o clima hoje está ótimo para ficar deitada apreciando a vista mas eu preciso me mover e ir correr um pouco.

Tiro meu roupão e coloco roupas esportivas, dou bênção para a foto dos meus pais que está bem em frente à minha cama e saio do quarto trancando todas as fechaduras que tenho na porta e tranco a porta do corredor também.

Moro no Centro-Sul do México, na Cidade do México.

Tem muitas pessoas querendo minha cabeça então não posso me descuidar. Poucas pessoas sabem o que fiz, mas todos sabem do que sou capaz. Coleciono mais inimigos do que amigos, na verdade eu não me considero uma pessoa com amigos. A vida que tenho o melhor é não ter pontos fracos e isso inclui pessoas que poderiam ser usadas para me derrubar.

- Seu suco verde. - Pablo a pessoa mais próxima de mim diz e coloca um copo em minha frente. - Eu já pedi para a cozinheira provar.

- Pois prove novamente na minha frente. - Regra número um da vida que sigo: Desconfie até de você mesma.

Pablo bebe um pequeno gole da vitamina e me entrega o copo, eu espero alguns minutos antes de beber. Mas logo cuspo tudo no chão.

- Isso está horrível. - Bato o copo na mesa fazendo todos ao meu redo levarem um pequeno susto.

- O que está faltando Senhora?

- Gosto, isso que está faltando. Tira esse monte de merda daqui. E agora vamos pois já perdi tempo demais, preciso correr antes que eu bata em alguém. - Três dos meus homens me seguem para fora da casa.

Faço um alongamento antes de sair de casa e começar a correr. Preciso correr todas as manhãs para começar o dia bem, costumo ter muita adrenalina guardada no corpo.

Corro durante vários minutos e logo depois volto para a casa, tomo um banho gelado e me enrolo em um robe vermelho de seda e vou para o meu escritório pois Pablo precisa falar comigo sobre negócios.

Entro em meu escritório e sento em minha cadeira vermelha de couro.

- Primeira coisa Juanita, precisamos de mais soldados. Perdemos alguns na última invasão e você precisa parar de matar qualquer pessoa que pise no seu pé e não pede desculpas. - Dou risada e balanço a cabeça.

- Pablo, aqueles mereceram. O tal Giovanni achava que meus olhos estavam nos meus peitos e eu percebia o olhar dele em minhas pernas nuas, me senti assediada.

- Aí você resolveu tirar um dos olhos dele?

- Nem foi minha culpa se ele pegou uma infecção no hospital e morreu, eu só quis dar um aviso.

- E tenho certeza que deu. - Ahhh por favor, se eu converso com alguém eu quero que essa pessoa me olhe nos olhos e não para os meus seios com cara de tarado ou fique secando minhas pernas como aquele pervertido fazia. Tirei o olho dele como uma forma de aviso, agora todos me olham nos olhos a todo tempo.

- Voltando ao assunto principal... faça o que achar melhor, recrute outros homens e mulheres mas quero a ficha completa de cada um deles. - Ele concorda e se levanta vindo em minha direção.

Pablo é um homem muito bonito, alto cabelo preto com alguns fios grisalhos. Dou uns pegas nele quando estou com vontade, o homem tem uma bela pegada.

- Estou te achando um pouco tensa, o que acha de relaxar hein? - Ele aperta meus ombros e se abaixa beijando meu pescoço e descendo uma das mãos pelo meu corpo até chegar ao meio das minhas pernas.

E é nessa hora que a porta é aberta e Pablo tira a mão de onde estava e volta para a sua posição inicial. A mulher que nos interrompeu fica parada sem saber o que fazer.

- Entre logo. - Pablo diz - Volto já Juanita.

A mulher o cumprimenta com um aceno de cabeça e se aproxima da minha mesa.

- Senhora Zénon, eu encontrei isso na cozinha. - Ela bota um vidrinho de veneno na minha mesa e o pego. Respiro fundo e balanço a cabeça.

- Pablo. - Grito e ele entra rapidamente, aponto para o frasco de veneno.

- Onde encontrou isso?

- Na cozinha. - Me levanto ainda com o vidrinho de veneno na mão.

- É por isso que mato as pessoas Pablo, quero todos na sala imediatamente. - Enquanto Pablo foi reunir todos na sala, eu subo para meu quarto e me arrumo com um vestido preto, solto o cabelo e passo um bato bem vermelho e pego minha arma em cima da cômoda.

Desço as escadas mas fico parada no meio delas, para todos lá embaixo terem uma visão perfeita de onde estou. Pablo sobe para ficar posicionado ao meu lado. Ao todo tem umas vinte pessoas na sala me olhando atentamente.

- Hoje me foi trazido isso aqui. Um vidro de veneno, que estava na cozinha. E eu tenho somente dois avisos. Número Um: você pode até tentar me envenar ter a ajuda de no máximo duas pessoas, mas lembre-se que sempre terá um que vai me contar antes de você conseguir por o plano em ação, talvez seja a pessoa que esteja te "ajudando", pense nisso. E agora número dois: Eu não faço ideia de quem seja esse negócio, mas eu seria capaz de matar todos vocês por simplesmente não saber de quem é essa merda. Mataria todos e amanhã estaria colocando outros em vossos lugares. Eu não falei que teria um número três, mas... Número três: Espero que quem colocou isso dentro da minha cozinha, reze bastante pois será um prazer saber quem é. Podem voltar aos seus afazeres e tenham um bom dia. - Dito isso eu viro e volto a subir com Pablo logo atrás, e sem me virar eu dou a ordem.

- Encontre essa pessoa, eu quero me divertir um pouco.

∆∆∆∆

E aí gaRera como foi a virada de ano?
Espero que tenha sido boa. Desejo um feliz 2020 a todos.

E como o prometido está aí o primeiro capítulo. Preparados para mais uma aventura? Cheia de sangue, tretas, tiros e hot? Espero que sim, pois estou animada para isso. 🤣🤣🤣😎