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Capítulo 2 - Traidores de Halla (Primsy)

     Aquela área do palácio era a preferida da princesa de Vellarium. Era a mais silenciosa, já que poucos passavam por ali. O lugar mais claro e arejado. Com enormes janelas que iam do chão ao teto. Ela amava a bela visão que lhe proporcionava. Do mar. Infinitamente lindo. Primsy imaginou muitas vezes como seria mergulhar naquela altura. A sensação da queda logo antes de ser abraçada por aquelas águas profundas. A empolgação a pegava toda vez que pensava sobre tal loucura. Mas ela não deveria ter tempo para tais pensamentos. Ela precisava se tornar uma mulher madura e forte para em breve governar com sabedoria. 

     Primsy bufou e o som encheu as paredes do salão. Aquelas infelizes palavras eram o que todos a diziam. Não queria se tornar rainha, não queria a porcaria da coroa e toda as obrigações que viriam junto dela. Ela queria apenas as festas, sem reuniões e jantares formais, queria roubar beijos de jovens tímidas e dançar a noite toda com vestidos feitos de brilho e alegria. 

     Se pudesse fugir, iria para o lugar mais longe, mas que fosse perto de água, é claro, do mar em específico. Das ondas espumantes e salgadas, com areia quente e macia sob seus pés. Seu paraíso particular. Ansiava tal vida sossegada, mas jamais pensou realmente em tê-la. Sua herança de nascimento não permitiria. E amava seus pais demais para ir embora de forma tão repentina, odiava despedidas e por tal motivo que as evitava. E então havia seu povo, com o qual tinha obrigação. Deveria aceitar seu insatisfatório destino. Como uma verdadeira princesa e futura rainha faria.

      — Alteza? 

     Primsy se virou lentamente em direção a voz que conhecia tão bem, e que especificamente amava tanto.

     — Você sabe que não precisa me chamar assim quando estivermos sozinhas. — A princesa disse a jovem mulher com um sorriso largo no rosto.

     Primsy deu um, dois, três passos até a garota e a envolveu em seus braços. A criada particular da princesa já estava a sorrir também. A loira encheu o rosto de sua amante de delicados beijos, e se pegou acariciando os fios cacheados que se desprendiam de seu coque apertado. Rebeldes, como o coração da princesa se sentia sempre que a olhava.

     — Precisam de você na sala do trono. — A criada soltou ao finalmente conseguir se desvencilhar dos braços apertados de Primsy.

     — Por que? — O bom humor da princesa começou a se separar de suas feições.

      A criada, seu amor e segredo de tantas noites de diversão se chamava Reya. Elas começaram a se encontrar como jovens apaixonadas depois de Reya enfim, ceder aos avanços da princesa. Primsy mandava que deixassem flores amarelas do jardim em sua cama toda noite. Flores amarelas a lembravam da mulher pequena e de pele escura. Reya era magnífica, linda como a noite de céu estrelado. 

     — O general chegou hoje. — Reya parecia ansiosa agora.

     — E então? 

     — Ele convocou uma reunião com todos os sete poderes. 

     Aquilo era inesperado e até mesmo preocupante. Primsy não imaginava o porque de o general querer todos os poderes juntos. Ele teria notícias do reino gelado? Ou das terras damnus? Os damnus eram a maior preocupação atual. Espiões da Alta descobriram que esse povo estava em grande movimento e exploração perto das águas do sul. Construindo minas e retirando um poderoso veneno para os omnis. Os damnus o chamam de Damvitta, esse mineral é capaz de enfraquecer e matar qualquer omnis se for ingerido na quantidade certa. Primsy odiava a sensação de ameaça se aproximando, sempre que refletia sobre os motivos dos damnus estarem tão empenhados em terem Damvitta em mãos. Principalmente nessa quantidade. 

     — Isso parece estranho.

     — Torcerei por você princesa.

     Primsy sorriu e encaixou seu braço no de Reya. As duas mulheres seguiram para a sala do trono em um silêncio desconfortável. Estavam com suas mentes cheias e cansadas. Cada uma com seus próprios medos e preocupações. Tudo poderia acontecer, e rezava aos deuses que nada grave pudesse surgir. Aliás, seu general era um homem sábio, que por anos manteve os bons hábitos entre as cortes e fronteiras. Uma guerra deveria ser evitada a todo custo, mesmo que Primsy duvidasse que o general não a quisesse.

     Assim que alcançaram as grandes portas que levavam a reunião, as amantes se separaram e apenas Primsy seguiu a diante. Os guardas abriram o caminho e a princesa teve visão completa da cena. Cinco dos sete poderes estavam ali, seis incluindo ela agora. Faltava seu pai, o rei. Sua mãe estava sentada no lado direito da cadeira do rei. A mesa feita para tais encontros fora colocada a três anos, quando Primsy e seu irmão gêmeo Maison, alcançaram idade o suficiente para participar dos assuntos reais de Vellarium.

     Maison estava ao lado de sua mãe, sua postura era firme. Seus cabelos loiros soltos sobre os ombros largos. Conversava de braços cruzados com o tio dos dois. Polo era o irmão mais novo da rainha, mas aparentava ser muito mais jovial. Poderia até ser confundido como um dos filhos do rei supremo, seu primogênito. Mas isso seria impossível, já que a sucessora ao trono era Primsy e todos sabiam disso. 

     Primsy caminhou até seu lugar reservado a esquerda na mesa. Apenas quando se aproximou que todos olharam para ela. Pareciam estar dispersos, sem sorrisos. Apenas olhares cautelosos. Avaliando-a. O conselheiro Yan, o homem mais velho na corte, a encarava enquanto se acomodava em sua cadeira, da mesma forma que o general, chefe da guarda real. A presença dele sempre deixava a princesa arrepiada, com uma sensação gelada sobre sua pele. Primsy o evitou, acenou a todos e perguntou direta:

     — O que houve?

     — Apenas um problema a resolver Alteza.  — Dillas, o general respondeu.

     — É grave?  — Primsy ainda o ignorava, olhou de sua mãe a seu irmão tentando decifrar suas expressões.

     — Nada que nossa corte com os devidos aliados não consigamos abater.

     Interrompendo a todos, o rei finalmente apareceu no salão. Acompanhado de sua guarda pessoal. Ele vestia sua costumeira capa vermelha para tais ocasiões. Seu cabelo com fios grisalhos a mostra, estavam perfeitamente penteados para trás. Por um instante só se pode ouvir suas pesadas botas batendo no chão de mármore. Ele olhou primeiro para ela, lhe deu um sorriso que não chegou aos olhos. Em seguida cumprimentou os outros presentes. Fazendo questão de ignorar Dillas, da mesma forma descarada que sua filha fizera. 

     — Agora que estão todos reunidos, vamos discutir sobre as notícias que nosso general trouxe do sul.

     — Majestade. — Dillas começou. — Temo que o reino de Portlake e seus governantes estejam iniciando uma tentativa de controle e perseguição contra nossos povos damnus. Meus fiéis espiões testemunharam a meses as rígidas formas de proteção nas fronteiras, com violência extrema da parte de seus soldados omnis. Além de que, foi confirmado diretamente a minha pessoa, a exploração exacerbada de damvitta naquelas imundas terras. 

     A sala permanece em silêncio mortal. Até ali todos acreditavam que todas essas informações eram boatos exagerados. E que Portlake apenas se defendia de invasores. Os omnis os odiavam, mas jamais imaginaram que retalhariam de forma tão imprudente e covarde. Envenenando os damnus e os aniquilando como animais selvagens.

     — Há uma trégua determinada por todos os reinos de Halla. — O rei se remexe nervosamente em seu lugar. — Portlake vive em separação dos outros, independente. Se estão atacando em seu território, do qual somos proibidos através do tratado de passar, é porque devemos repensar nossas próprias atitudes.   

     O general não fica satisfeito com o comentário do rei. Obviamente ele espera mais ação de seu soberano. 

     — Não podemos mandar soldados até lá. A tensão só aumentará. 

     — Devemos proteger nosso povo. — O general irrompe.

     — Nosso povo está aqui no norte, Dillas. — O velho conselheiro reage.

     Todos concordam, inclusive Primsy. Os omnis que estão sendo mortos no sul são do reino gelado. Eles têm suas próprias rainhas para governa-los. As mesmas rainhas que negam por décadas qualquer parceria com Vellarium. Nunca estiveram realmente do lado deles em nenhum momento de suas histórias. Nem na paz e muito menos nas guerras. Qualquer aliança que pudessem fazer antes, não poderia mais ser selado agora.

     — Os omnis se acham superiores a toda criatura existente em Halla. São ignorantes e depravados. Se deixarmos que fiquem livres para torturar e matar todos que querem por capricho acham mesmo que se contentaram apenas em ficar em suas fronteiras? — Dillas parece com raiva agora, incrédulo quanto a atitude de todos na mesa.

     — Não iremos nos intrometer. — O rei finaliza.

     — Mas isso é...

     — Já basta, Dillas. — A rainha o interrompe firme. — Essas são suas ordens. Certifique-se de cumpri-las.

     — Minha soberana. — O general tenta mais uma vez. — Precisamos pensar com cautela sobre esse povo traiçoeiro. Nos prevenir de possíveis confrontos.

     — Faremos isso. Estaremos atentos graças a seus soldados, meu general. Caso uma ameaça seja perceptível tomaremos providências tão retalhadoras quanto puderem imaginar. Sem caos e medo. Apenas um fim limpo. Mantemos nossos exércitos em suas habilidosas mãos por uma razão, Dillas. — A voz do rei sai calma e fria. — Somos feitos de confraternização e amizade. Mas também sabemos empunhar escudos e espadas.

     — A magia nas veias de Vellarium é garantia o suficiente de tranquilidade. — O príncipe Maison se pronuncia. — Não temeremos por omnis frágeis e sem honra. 

     — Se não querem ser mortos apenas não se aventurem naquelas terras perigosas. — Pollo comenta no fim.

     Dillas visivelmente irritado se levanta, faz uma rápida reverência e sai da sala. Algo em Primsy lhe avisava que aquele assunto não acabaria ali. Pelo contrário, sentia na alma que algo muito pior cresceria e visitaria seus sonhos em forma de sombras e pesadelos. Ela precisaria dormir aos olhos de Archo, e rezar a ele por dias de música e boa vida. 



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