8° Capítulo
Dois Dias...
Ele deve estar muito ocupado
Quatro Dias...
Muito Serviço ?
Seis Dias...
Eu acho que aconteceu algo
Oito dias...
Eu fiz alguma coisa ? Será ?
Dez Dias...
ELE SIMPLESMENTE SUMIU!
Vai fazer quase duas semanas que Gabriel e eu nos vimos, duas semanas que nos beijamos com aquela vista maravilhosa.
Fico me perguntando se fiz alguma coisa para ele simplesmente de uma hora para outra, sumir do mapa.
Me sinto tão, eu não sei, me sinto esquecida. Uma idiota, certo? Só nos beijamos duas vezes e eu achando que estávamos tendo algo sério? Não!
- Poderia me responder está questão, Angelina ? - Me assusto com a voz do Sr. Queiroz, meu professor de Geografia.
- Er...Me desculpe! Eu não sei muito bem a resposta. - Nem a questão.
- Preste mais atenção, Dona Angelina, preste atenção!
O professor volta a ler as tais questões e com o falatório de sempre que muitas das vezes me deixam com sono e sem paciência.
Sinto algo ser jogado no meu braço, e quando olho para baixo encontro uma pequena bolinha de papel.
Olho para os lados tentando descobrir quem jogou aquilo e vejo Duda virada para cá.
Abro o papel e leio: Pensando naquele carinha? :)
Respondo abaixo: Como sempre, sou tão idiota, Duda!
Amasso o papel, novamente e com cuidado jogo para a mesa dela, abrindo o papel ela me olha e faz sinal de conversarmos depois.
As horas passam e o sinal para o intervalo bate, espero todos saírem para eu sair logo atrás encontrando Duda a minha espera.
- Você precisa esquecer esse idiota, Minha Flor. - Ela diz.
Sinto meus olhos lacrimejarem, e um aperto no meu coração.
- Eu sou a idiota da história, Duda! Acreditei que só por que nos beijamos duas vezes, ele iria querer ter algo comigo. - Sigo para a fila do lanche - Fui infantil o suficiente para achar isso rs
Pego uma maçã e um copo de suco indo sentar em uma das mesas do refeitório junto com Eduarda.
- Que tal se sairmos hoje à tarde, e a noite você dormir lá em casa?
- Acho que Preciso disso, mesmo! Vou perguntar a papai quando chegar em casa, eai combinamos onde nos encontrarmos.
- Maravilhoso! - Bate palminhas
°~°~°~°~°~°~°~°~°~°
Bato a porta de casa, deixo a mochila no sofá e vou para a cozinha vendo Papai e João sentados, almoçando.
- Ei, Minha Pequena! Nos desculpe por não te esperar, estávamos famintos!
- Tudo bem, acho que não vou almoçar agora. Sem muita fome! - Digo para meu pai.
- Aconteceu alguma coisa, Angel ? - João me pergunta depois de ter engolido a comida na boca.
- Não... Apenas sem fome, mesmo!
Ele fixa seu olhar em mim por um momento, e continua a comer deixando de lado.
- Eu e seu irmão vamos chegar tarde em casa, hoje! Tranque toda a casa e não atenda ninguém!
- Posso sair agora a tarde com a Duda e a noite dormir na casa dela?
Papai toma um pouco de suco. - Acho ótimo, fico mais descansado sabendo que vais estar na sua amiga. Pode sim, Meu Amor! Mas não fiquem muito na rua!
- Obrigada! - Levanto e lhe dou um abraço e em seguida indo para meu quarto arrumar minha mochila com os materiais para amanhã e roupas para dormir e tomar um banho.
Minutos depois, ligo para Duda lhe avisando onde poderíamos nos encontrar. Marcamos na praça aqui perto de casa, onde tem bancos ou grama para sentarmos descansadas.
°~°~°~°~°~°~°~°~°
- Acho tão gostoso esse lugar, me trás uma tranquilidade maravilhosa. Em você não? - Pergunta de olhos fechados e o rosto iluminado pelo sol.
- Com certeza, me sinto bem aqui! É ótimo para pensar....
- Em coisas boas, Dona Angelina! Pense em coisas boas!
- Eu sei...- Murmuro
- Eu estava pensando aqui, nós somos muito na nossa, precisamos socializar mais! Tanto gatinho por aí, e nós dando bandeira sem conversar com ninguém.
- Você tem várias amizades, do que está falando, louca? - Dou risada
- Ah, mas parece ser tão pouco. É porque vejo tanta gente naquela escola e não conhecemos muitas delas!
- Ué, não conhecemos porque não conhecemos! - Pego uma das bolachas que trouxemos e mastigo sentindo o gosto leve de morango.
- Estou lhe dizendo, avisando na verdade, vou encontrar uma galerinha e vamos nos misturar.
- Duda, cale a boquinha e come umas bolacha aí! - Ela revira os olhos e pega a bolacha.
- Você está muito mand... - Me perco na cena em minha frente e não escuto mais nada do que Eduarda está falando. Encontro Gabriel, aos beijos com uma loira.
Eles estão se beijando com tanta vontade que parecem estar no próprio mundo sem se importarem com a platéia.
[...] Você pode ver, que não existem dois sem três, Que a vida vai e vem e que não se detém Eu é que sei Mas minta para mim ainda que seja, me diz que existe algo Entre nós dois, que em sua casa O sol nunca aparece, que o tempo não passa, Nem a dor. [...]
Me levanto assustada, sentindo as lágrimas caindo pelo meu rosto, e uma vontade enorme de ir até lá e perguntar para Gabriel o que ele pensava que eu era.
[...] Mas leve se você quiser se entregar A nenhum destino, sem nenhum porque [...]
- Flor...- Antes de Eduarda terminar de falar, sigo para fora daquele lugar.
- IDIOTA! BURRA! COMO VOCÊ É BURRA!! AQUELE FALSO! ARGH!!! - Penso indignada.
Paro no meio do caminho para respirar, olho para trás e vejo Duda chegando perto de mim, tensa.
[...] Já sei que o coração que não vê É o coração que não sente o amor o coração que te mente amor Mas você sabe que no fundo da minha alma Continua aquela dor por crer em você O que aconteceu da ilusão e da beleza que é viver? [...]
- Não fala nada...Apenas me leva para casa. - Peço.
Ela me abraça e liga para sua mãe pedindo para ela vir nos buscar urgentemente.
Sinto-me quebrada, enganada lembrando da cena de minutos atrás, eles pareciam um casal ou até são um casal e Gabriel mentiu para mim.
O que ele iria querer com uma pirralha como eu? Nada.
[...] Quem encherá de primaveras este janeiro, E baixará a lua para que brinquemos? Me diga se você vai, me diga meu amor, Quem vai me curar o coração partido? [...]
Depois da mãe da Eduarda nos pegar na praça e nos levar até a casa delas, com muito custo pois queria ir para minha. Fomos direto para o quarto.
Me respeitando Duda não falou nada, apenas deitou minha cabeça em seu colo e ficou fazendo carinho em meus cabelos, me fazendo dormir instantaneamente.
°~°~°~°~°~°~°~°~°
João pediu para mim ir ao mercado comprar algo para ele e Papai comer, pois estão sem nada na barriga desde de manhã.
Me sinto mal ainda por conta da cena de ontem, acordei e fui para escola ao automático hoje de manhã.
Tento tirar aquele homem da minha cabeça, mas simplesmente não consigo. Parece que posso sentir ainda suas mãos me tocando os braços, o rosto. O gosto do seu beijo.
Droga, isso é demais pra mim! Pareço uma pirralha tendo sua primeira paixão. E é o que sou!
Quando viro a esquina, bato de frente com uma pessoa, sem intenção.
- Me Desculpa, estava tão avoada que não olhei para frente. - Olho para cima e arregalo meus olhos.
- Eu desculpo se me der um beijo! - Murmura com um sorriso cínico
- Seu Idiota! Acha que sou o que?!
Gabriel não se mostra nem um pouco surpreso com a minha resposta e diz. - Muito estressadinha. E chingando ainda? O que você fez com a Angel ?
Apenas reviro os olhos e passo por ele batendo nossos ombros, mas ele aproveita e puxa meu braço fazendo ficarmos com os corpos colados.
- Doce Angelina...- Susurra antes de pegar meu rosto com uma das mãos livres e me beijar.
Instantaneamente abro a boca dando passagem para a língua dele que faz uma dança gostosa e lenta com a minha.
Me arrepio toda, sem pensar direito passo meus braços em volta do seu pescoço, enquanto ele me puxa ainda mais pela cintura aprofundando o beijo.
Abro meus olhos, e me toco na idiotice que estava fazendo, separo-me rapidamente de Gabriel e lhe dou um tapa na cara.
- Mas o q...- Murmura sem terminar
- Fica longe de mim e vê se me esquece!
Com passos apressados continuo indo em direção a padaria e pude ouvir Gabriel me chamando.
- Você fez o certo, Angelina. - Penso por final.
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